Capítulo 2 - A Entrada para o Subterrâneo

Darksol fica chocado ao ver o corpo da Drow esmagado, o kobold arregala os olhos e logo em seguida se afasta de perto da cena:

-Que horrivel! Sim, horrível sim, Darksol não gosto de ver corpos assim esmagados, não, não gosta não, Darksol prefere ver corpos cortados e furados sim, prefere sim. Não adianta mais, não, não adianta não, temos que achar o Johan, sim, temos sim, Darksol espera que ele esteja bem, aquela armadura dele resiste a muita coisa sim, sim resiste sim!

O kobold então começa a chamar por Johan e arrastar umas pedras na esperança de que ele esteja vivo.

Tomdrill procurava pelos desaparecidos e, ao encontrar Morwen, imaginou que Johan sofria do mesmo destino. Não teve um sobressalto. Não estava triste e aquela falta de sentimentos de certa forma o consolava. Começava a pensar em dar um rumo à missão. Sua mente já abandonara o Cavaleiro. Não era muito saudável ser assim...

A ficha caíra ao mago e via com clareza sua situação. Ele rearranja rapidamente os pensamentos e começa a mover a roda das incertezas. Era importante encontrar Johan, teria sido importante que a Drow sobrevivesse, estavam expostos demais naquelas circunstâncias. Tantas certezas e nenhuma grande solução a caminho.

O primeiro grande problema é que ouviam água e, pelo pouco que conhecia, em todos os ecossistemas onde há água, há vida. Não era lá um profundo conhecedor do subterrâneo, mas ouvira histórias que narram criaturas perigosas. Além disso tinham que sair dali o quanto antes, mas seguir a esmo pelos caminhos lá de baixo poderi ser mais perigoso do que aguardar ali, no meio de um "terremoto" que se não anunciou sua chegada, ao menos tocou bem forte a campainha do subterrâneo. Sua guia jazia ali, morta. Fosse quem fosse, a chegada de habitantes, à visão de uma Drow morta com uma comitiva tão singular a sua volta, significaria que ela fora atacada.

Além disso, tinham um novo membro entre eles. Não lembrava se a capa da Drow também era para disfarces, afinal ela não era bem vinda entre seus pares. Se a dela não era, então precisavam da de Johan, ou precisariam improvisar e esse não era o seu forte. Por fim, não lembrava se a elfa negra havia separado nomes para eles, não falava o idioma e desconhecia os costumes do povo. Pesara muitas coisas e, por fim, decidira por si mesmo. Precisamos abortar a missão!

Mas primeiro temos que sobreviver. Ajudou com muito mais afinco a procurar Johan e externou suas preocupações:

- Gente, temos um problema grave nas mãos. A nossa guia está morta. Por mais que não inspirasse confiança, ela é quem conhece os costumes do povo, quem prepararia os nomes para os nossos disfarces, quem falava o idioma. Além do mais, aqui estamos expostos. Precisamos achar Johan e sair daqui. Não pode haver corpos aqui. Para todo caso, foi apenas um deslizamento. Temos que ser rápidos. Essa missão fracassou.

Era duro pensar assim, mas precisavam de razão e não de afagos. Depois precisariam descobrir como sair daquele lugar.

Darksol não se agrada nem um pouco da ideia de abortar a missãoporposta por Tomdril:

-Não, não vamos abortar nada, não vamos não, e não podemos voltar a montanha gigante está a solta, temos que seguir o plano sim, e cumprir a missão dada pela gran senhora Alustriel, sim, sim temos sim! Mas antes temos que achar o Johan, ele está vivo sim, está sim e vamos ajudara resgatar ele sim, vamos sim!

O kobold então começa a procurar minuciosamente até encontrar Johan, mesmo que demore muito.

Mecânica::

O anão patrulheiro ajuda os outros a encontrar os desaparecidos e a visão da drow esmagada entre os escombros não era nada reconfortante, se ela estava morta pelo soterramento, outros poderiam estar também. Rapidamente começou a procurar o guerreiro santo que até agora não sabia como nomeá-lo, mas ouviu o nome Joham das palavras de seus novos companheiros.

Naín viu o impasse em que se encontravam, havia uma missão a ser realizada e a morte de sua principal guia parecia colocar tudo a perder. - Não sei os detalhes da missão de vocês, mas se foi um pedido da Senhora Alustrel, coloco meus serviços a sua disposição. - Apesar de Darkstrider ser um anão com vivência na superfície, ainda conhecia o subterrâneo. - Se o motivo é a guerra contra os Drows, então a Cidade das Aranhas é seu detino, Certo? - Continuou sem esperar a resposta de seus companheiros – Nunca estive lá, mas posso levá-los a Menzoberranza.

TESTES:

- Não acho que tenha mudado alguma coisa em relação a missão. Eu não conhecia Morwen e nem convivi com ela, mas pelo pouco tempo em que viajamos dava para perceber o fato dela não ser parecida com os seus irmãos do subterrâneo. Não estou dizendo que Morwen era confiável, mas acredito que os costumes dela eram diferentes dos drows de Menzoberrazan. Não mudou nada a nossa situação, não sabiamos antes não, não sabemos agora. Vamos seguir em frente. O que temos que ter em mente é que vamos para a cidade das devotas da deusa aranha Lolth e lá - Belediel fez uma cara de desgosto - temos que prestar respeito a lolth ou seremos descobertos. Temos que nos focar agora em encontrar Johan. Não acredito que ele tenha morrido com essa queda.

Belediel sacou a espada e falou:

- Que haja luz.

A lamina da espada da elfa se iluminou.