Prólogo: Zaketrin, A Guerreira & Bradur, Contador de Histórias

A jovem responde sem olhar para a Drow ao seu lado.

- Você faz perguntas demais para quem não aceita os termos da missão e do pagamento. Não respondo nada antes de me garantir e me dar sua palavra que participará.

Samara tinha mudado totalmente o tom da conversa. Não estava mais brincando e seus olhos fuzilavam tamanha a seriedade do assunto.

A drow ouve as exigencias da mulher e pensa que mal poderia ter em aceitar essa missão? Seu ouro logo acabaria e ela precisaria arranjar qualquer trabalho. Essa missão era simples e o item poderia vende-lo em qualquer cenario.

- Eu dou minha palavra, pronto digo logo. Agora que especie de garantia você quer eu lhe de além da minha palavra? - Pergunta a Drow.

O anão então diz:

-E aí? Vão responder as minhas perguntas ou não?

O anão estava bastante curioso acerca do que ele combateria e que maldito item era aquele, afinal sua palavra sempre bastou para comprovar qualquer tipo de coisa.

Os homens na mesa de Bradur estavam ficando um pouco impacientes com o anão. Ele era muito divertido, mas também era muito desconfiado. Pallonyr fica visivelmente irritado, mas Morun estava mais tranquilo, embora estivesse ficando um pouco cansado de responder tantas perguntas.
Pallonyr é o primeiro a falar, visivelmente alterado:

- Magia?! Não se fala de mais nada nessa terra neste ano!! Sinceramente esta conversa não nos levará a lugar nenhum...

- Olhe, veja bem Bradur... - Diz Morun tentando manter o controle - No Mar da Lua há muitas criaturas e entre elas aranhas, orcs, gigantes, kobolts... tudo poderá vir te atacar ao mesmo tempo ou não. Precisamos que entregue apenas uma carta à um homem que você reconhecerá rápido na taverna da cidade de Phlan.

- Morun você é muito frouxo! Vamos procurar alguém que queira trabalhar ao invés de contar histórias e fazer perguntas...

Pallonyr nunca foi a pessoa mais calma do mundo. Ele vira sua caneca de cerveja e a de Morun tentando acalmar-se. Bate a última caneca na mesa e diz olhando sériamente para Bradur:

- Escute pequeno, se acha que não pode fazer essa missão tudo bem, não faça! Ela guarda perigos que não podemos prever e mistérios além da conta... E então? Está dentro ou fora?


Ao terminar de falar isso ele grita da mesa onde estava para o Taverneiro que estava no balcão:

- Hey! Providencie um quarto e duas raparigas para minha noite!

Todos que ouviram o seu grito riram e bridaram à idéia.

Samara responde à Zaketrin:

- A garantia de que fará a missão... Está dentro ou fora?

Bradur bebe sua cerveja como se fosse água e diz, deixando escapar gotas para todos os lados molhando sua barba e quem estivesse a sua frente:

-Vocês acham que preciso aceitar qualquer servicinho que me oferecem por aí? Estou atrás de aventuras que me deixem satisfeito em fae-las, não estou atrás apenas de peças de ouro! Vocês não me conhecem e eu não conheço vocês, já rodei por muitos lugares para ouvir desaforos sem sentido. Se não querem responder as minhas perguntas achem alguém idiota o bastante para aceitar um trabalho o qual não saberá com o que está lidando.

O anão diz isso o mais rispidamente possível, chegando a gritar a ponto de sua voz rouca ser ouvida em todas os cantos da taverna, mesmo com o som alto característico das tavernas.

Morun revira os olhos e sai da mesa, não gostava de tumulto na taverna...

Pallonyr, por outro lado, respondeu à altura:

- Bebeu tanta cerveja que está surdo!? Morun respondeu suas perguntas, mas pelo visto é só um contador de histórias... Tudo bem então. Não respondo perguntas de uma missão sigilosa para uma pessoa que não tem interesse em cumpri-la.

Ele se levanta e vai de encontro com duas moças de cerca de uns 32 anos cada uma e saiu do campo de visão do anão.

- Estou dentro. Ainda fico pensando em que tipo de garantia você quer - responde Zaketrin.

Bradur ergue o braço e pede mais uma cerveja:

-Taverneiro, traga mais uma cerveja pra cá!

Ele então continua tomando sua cerveja tranquilamente enquanto ouve a música da taverna e sobre o que os bardos cantavam.

Samara então se levanta e abraça a drow do nada.
Zaketrin sente as mãos da humana invadir a abertura de sua armadura e acariciar sua pele. E então Samara diz em seu ouvido:

- Aqui está a carta que deverá ser entregue ao homem de cicatriz na face na taverna principal do vilarejo de Phlan... e quanto a garantia...

Ela faz uma pausa, tira as mãos de onde estavam desprendendo-se do abraço dado na Drow e diz:

- A garantia será sua confiança em mim. Quero que aceite um presente...

Zaketrin olha com uma cara estranha pra Samara quando a mesma o abraça. Mulheres não eram exatemente a preferencia da Drow considerando que a vida sexual dela era um terreno mais vasto que o underdark, já tinha ocorrido situações em que tinha se deitado com outras mulheres. Entretanto essas raras ocasiões foram quase sempre por obrigação e não por prazer. Apesar da drow pensar nesse monte de besteiras, ela sente o envelope cair por dentro de sua roupa e fica mais tranquila. Era tudo apenas uma encenação pra lhe entregar o item. Ela sorri e diz:

- Considere feito.

Samara sorri e coloca um colar com um pingente vermelho no pescoço da drow. Ele brilha assim que é colocado e então a Samara diz:

- Esté é o presente...

Termina de dizer sorrindo e, após um longo silêncio ela diz:

- O homem que receberá o envelope lhe pagará pelo serviço.

Ao terminar a fala ela se levanta e sai da taverna.

Teste Oculto pro Bradur:

Spoiler:

Bradur continuava bebendo e ouvindo as canções. Nada mais além disso, ele não havia prestado atenção em nada do que a Drow fazia.

Um hallfling sentava próximo da mesa em que o anão estava e o viu gritando com os outros dois na mesa e resolveu tentar pregar uma peça no anão.
Se aproximou de fininho e tentou colocar um inseto dentro das calças do anão.
Bradur sentiu na hora sua calça sendo puxada por alguém e, ao olhar para trás, tratava-se de alguém quase de sua altura, um pouco mais alto, de cabelos pretos e olhos castanhos, segurando um inseto que parecia ser uma largatixa ou um pequeno rato, não importava.

Bradur percebe que alguém tentava pregar-lhe uma peça e ele se levanta na hora, evitando que seja lançado dentro de suas calças um bicho qualquer.

Ele imediatamente diz ao mesmo tempo que tenta dar um bom soco no halfling:

-O que acha que está fazendo? Não lhe dei a liberdade de pregar-me peças. Vou lhe pregar o nariz.

Soco:

Bradur acerta um soco certeiro no rosto do hallfling, fazendo seu nariz sangrar na hora.
Ele se levanta e sai correndo, era apenas um moleque.

No entanto aquele golpe foi o gatilho para iniciar uma semi guerra dentro da taverna.
Corpos rolaram, garrafas se quebravam, o taverneiro gritava e os bardos nunca deixavam de cantar.

No balcão Samara vê a confusão e sai correndo, deixando no balcão um anel pratiado cheio de detalhes. Zaketrin o vê no balcão.

Na mesa em que estava o anão um corpo foi atirando encima da mesa levando-a no chão assim como a bebida do anão.

A tarverna, antes alegre, agora estava tomada pelo caos.

Zaketrin é tomado pela surpresa pelo caos que se tornou a taverna. A mulher com que tinha negociado sai correndo e esqueçe um anel prateado na balcão. A Drow grita pra mulher:
- Hei! Você tá esquecendo seu anel aqui!
Ela pega o anel e olha ao redor. Samara já tinha saído da taverna. Zaketrin dá de ombros e bota o anel em um bolso na sua roupa. Olha aquela confusão toda em busca do anão. Será que aquele maluco tinha alguma coisa haver com isso?

O anão já estava puto de raiva.
-Merda, agora nem beber em paz eu posso?! O melhor que eu tenho a fazer é sair desta espelunca, senão vou acabar matando alguém aqui.


Ele vai na direção em que se encontrava a Drow e diz:


-Vamos sair daqui. Não consigo nem beber minha cerveja em paz! Argh, droga.

A drow ve o anão se aproximar e ouve o que ele diz:

- É melhor a gente sair mesmo, senão daqui a pouco vão dizer que a culpa foi minha - Diz ela saindo da taverna com o anão.