Prólogo: Zaketrin, A Guerreira & Bradur, Contador de Histórias

Zaketrin e Bradur se conheceram em uma missão mercenária. Ambos já tinham um bom conhecimento nesses tipos de serviços e ouviram boatos que na cidade de Thentia teriam uma orientação para uma nova aventura.
Era uma dupla muito diferente, afinal uma Drow e um anão não eram muito vistos, mas aprenderam a se dar bem e, com o passar dos longos anos, eles se tornaram amigos e uma ótima dupla em combates.
Chegando na cidade, logo à noite, eles decidem por ir em uma floresta. Bradur não teve problema em conseguir uma mesa agitada e começou a ouvir histórias de dois homens que estavam na mesa com ele. Contavam histórias sobre os magos que passaram pela metrópole e como ela era pacífica ao contrário de outras.
Zaketrin, por outro lado, preferiu juntar-se ao balcão onde foi muito mal recepcionada pelo Taverneiro, mas permaneceu ali no balcão após expor um pequeno saco com moedas de ouro para o homem que a convidara para sair. Ele logo lhe serviu uma cidra e saiu de perto da mulher para evitar qualquer conversa com ele.
Ao lado dela havia uma mulher e longos cabelos negros e olhos castanhos que comentou:

- O taverneiro foi um imbecil em lhe enxotar desta forma. Cliente é cliente, não importa o povo em que veio... Sou Samara, qual o seu nome?

Ela termina de beber sua bebida e vira seu rosto para Zaketrin, aguardando uma resposta.

Enquanto isso o anão permanecia rindo e bebendo com os dois homens na mesa, mantendo os olhos em sua amiga e os ouvidos nas histórias que ouvia.

Spoiler:

- Eu sou Zaketrin, prazer. É as vezes eu pago o pato pelo fato de o meu povo ter pintado o sete com os outros, mas eu não levo pro lado pessoal - Diz a Drow sorrindo pra Samara.

Samara faz um gesto para o taverneiro e ele entende como sendo para mais uma bebida.

- Afinal o que veio fazer por estas terras? Não é comum ver seu povo aqui dividindo uma bebida numa taverna da superfície... - diz Samara correspondendo o sorriso e virando o resto da bebida que estava em seu copo.

- Vim pra superficie a muito tempo, por causa de uma missão e acabei ficando por aqui. Gostei do lugar que é bem melhor que o underdark - Respondeu Zaketrin.

- Uma missão? Que tipo de missão...? Não sei se sabe, mas algumas "habilidades" são muito apreciadas nessa região...

Ela termina de falar com a chegada do Taverneiro com duas grandes canecas de cerveja. Ela entrega uma à Zaketrin e ergue a outra, em seguida vira quase metade da caneca de uma vez.

Zaketrin pensou antes de falar e concluiu que a missão já tava terminada mesmo. O anel já tinha sido entregue mesmo e a cleriga continuava no underdark e ninguem iria pra lá e nem ela pra cá.

- Foi uma missão pra recuperar um item que eu já conclui a muito tempo. Que tipo de habilidades você está falando? - Pergunta ela olhando pra mulher e pegando o caneco de cerveja.

Ha ha ha ha ha ha... Ri o anão de uma das histórias que acabara de ouvir.

-Você acha que isso é força? Certa vez conheci um halfling que conseguia carregar três cavalos de guerra nas costas. Ele poderia entortar a sua espada usando apenas o dedo mindinho de um dos pés.

Assim ele pega seu jarro de cerveja e dá mais um bom gole e continua.

Aquilo sim era força. Ha ha ha ha ha. Não acreditam? Um dia quem sabe apresento vocês a ele.

Os homens brindam ao comentário de Bradur, como quem aprovava a história. Era a mesa mais alegre da taverna, gritavam histórias e riam quase de todas. Os homens podiam não ser os mais carismáticos fisicamente do local, mas eram a melhor companhia da taverna.
Foi quando um deles diz ao outro:

- Hey Pallonyr, o que acha de contarmos ao anão onde viver uma dessas aventuras?

- Não sei não, Morun, acho que ele não tem "aquilo" que precisa...- respondeu o outro.

- Ah... qual é o baixinho é boa gente e parece entender da coisa toda... Eu me prontifico a dar "o meu" à ele, o que acha? ha ha ha

- Você sabe que isso não se dá a alguém, simplesmente... Está bem, se o pequenino aceitar, levo-o aonde consegui o meu, o que acha?


Conforme iam conversando o tom da conversa foi ficando um pouco mais séria, mas ainda estava divertida.

No balcão, Samara conversava com Zaketrin...

- Falo de habilidades fora das normais. Todo o Mar da Lua, praticamente, está cheia de guardas, mas nenhum com astúcia que um bom mercenário tem...

Ela termina com um sorriso malicioso no rosto e bebe a cerveja olhando para a drow.

O anão fica bastante curioso com o que poderia ser:

-Desembuchem logo! Onde consigo o que? Estou escolado em aventuras. Se juntar todos os orcs que matei até hoje e empilharmos aqui nessa taverna não vai sobraria lugar pra mais ninguém.

O anão havia se interessado e esperava pra ver o que seria "aquilo".

A drow gargalha. Pensa ela o que falta de inteligencia pros guardas sobra em numero.

- Se você diz, eu não sei nada de guarda. Talvez se rolar alguma coisa dourada posso saber - Fala ela ironicamente.

- Peças de Ouro eu não posso oferecer, mas como recompensa poderá ter até três ítens e, lhe garanto, neste ano qualquer ítem tem a sua magia...
Ela apenas sorri, seu tom de voz abaixo conforme falava.

Pallonyr responde ao anão enquanto Morun bebia mais um grande gole da cerveja:

- Calma aí amigo... trata-se de uma aventura, o que acha? Podemos lhe pagar por ela, sim. Precisamos que faça uma entrega à alguém em um outro lugar...

- Hey Pallonyr, não enrole o rapaz! Diga sobre o que é... - ele vira-se pra o anão, interrompendo a fala do outro e continua - olha, não será muito fácil. Tem alguns perigos e você precisa de um, como posso dizer, uma espécie de amuleto, brasão... para ter acesso ao lugar da entrega...

Pallonyr fica bravo com a atitude de seu companheiro e bate forte na mesa após revirar os olhos, como o repreendendo com o que fez, mas Morun não se importou e continuou olhando o anão.

Ela fica em duvida claramente, itens poderiam ser interessantes, mas dependeria do que faria e qual era a missão.

- Itens magicos...hum... depende do que ele faz e tambem depende do que você quer eu faça? - Pergunta a Drow.

Bradur responde: isso mesmo n me enrola. Fale de que amuleto e esse, e de quais perigo estão falando?

Samara responde à Zaketrin:

- Se não quiser o ítem, não tem problema... mas saiba que pode ser um desperdício. O ítem haje de uma forma diferente de acordo com a personalidade de seu portador... E preciso apenas que você entregue um pacote para um homem de cicatrizes em Phlan. E então, aceita?

Enquanto isso Bradur estava curioso na mesa com os outros homens, Pallonyr responde:

- Você é muito apressado, mas isto pode ser bom... Ouça os perigos são os mesmos de uma missão mercenária em meio ao caos do Mar da Lua, dentre eles está a morte por exemplo... Mas à ela estamos sujeitos à todo o instante... Sobre o brasão, pois será um brasão Morun - diz voltando-se para seu colega, em seguida volta a beber e continua a falar pro anão - você precisará para ser reconhecido pelo homem que possui a víbora...

Bradur sabia que o risco era a morte, mas não era bem isso que ele perguntava:

-Estou querendo saber que tipos de inimigos estarei enfrentando. Gigantes, orcs, ogros, kobolds, aranhas, quais?

E esse brasão possui alguma magia? E o que precisam entregar? E para quem seria? Não posso entrar em uma missão sem saber com quem ou o que estão lidando, principalmente se existe risco de morte, mesmo que por minha força e astúcia seja bastante difícil me derrubar. hehehe

- Hum...só um pacote. Missão simples, mas sempre tem uma pegadinha. Esse item que você falou se comporta de acordo com a personalidade da pessoa. Então quer dizer se eu for de um jeito ele pode me beneficiar e se eu for do outro ele pode me prejudicar. Pra que eu iria querer como pagamento algo incerto? Algo que pode me fuder e não do jeito que eu gosto de ser fudida, não entendo por que me interessaria por isso - Afirma ela sendo sarcastica e boca suja.

A drow bebe um gole de cerveja e sorri pra Samara esperando uma boa resposta pra sua indagação.

Samira responde à ela:

- Não querida... você entendeu errado. Ele não muda de acordo com seus atos e decisões e sim de pessoa a pessoa. Comigo foi de um jeito e com a pessoa que o passou a mim, em uma missao também, foi de outra. A unica coisa que é certa deste ítem é que poderá fazer milagres que lhe beneficiará, mas precisará de um pouco de sorte... Mas me parece que esperei demais de uma drow qualquer em uma taverna. Não parece ter a coragem necessária para ter este ítem. Lamento pelo meu engano...

Ela vira-se e volta a beber sua cerveja voltando a ficar como antes de falar com Zaketrin.

- Ei... não precisa ficar ofendida. Tenho certeza que podemos chegar a um acordo. Esse homem de cicatrizes em Phlan é quem? É facil ou não pra uma drow chegar perto dele pra entregar o pacote? - Falou Zaketrin andando e parando em frente de Samara.