Capítulo 1 - 7 Dias no Mar

A jovem ouvia com atenção as palavras do capitão, que estavam certas, ela realmente iria enfrentar coisas piores no labirinto.

- Eu entendo isso capitão. Também não quero ser um transtorno para sua tripulação. Me perdoe qualquer coisa e obrigada! - ela comia o salgadinho com uma expressão de raiva - ah... porque eu, droga? Se eu pudesse mandava aquele gordo desgraçado para esse labirinto... que ódio... a dívida é dele... - ela sofria por saber que seus pais estavam cativos em algum lugar, nas mãos de bandidos.

Cid também se pronunciou para ajudar a moça e ela não conseguiu deixar de marejar seus olhos.

- Sim, seu Cid, eu vou me esforçar ao máximo. Darei minha vida pelos meus pais se preciso for. Me manterei viva até o fim da viagem, podem deixar... obrigada para o senhor também, seu Cid... fico mais aliviada em saber que posso contar com os senhores também. Espero não decepcioná-los.

Mesmo com a tristeza pela lembrança dos pais, ela sorriu ao ouvir que teria uma folga. Era o que precisava depois de um dia cheio de fortes emoções.
Logo se aproxima um dos competidores, igualmente preocupado e Anemona  o ouve, prestando atenção em mais um possível ser perigoso no lugar.
Cid fica sem graça na sequencia e a jovem apenas sorri para ele.

- Está tudo bem, seu Cid... não sou lunática, mas devo admitir que minha melhor performance no picadeiro é de uma jovem lunática com aros de fogo - e sorri ao se lembrar do picadeiro - espero voltar a interpreta-la. Ah... me desculpem... eu vou para meu quarto e me trancarei lá. Boa noite para os senhores e obrigada mais uma vez. E se cuidem também... o senhor principalmente, seu Cid, cuidado com a cabeça - levanta-se e segue para seus aposentos.

Lá, ela coloca todos os móveis disponíveis no quarto em frente a porta, para evitar que tentem abrir. Se a cama for solta, ela também a arrasta para criar uma barricada junto aos outros móveis. Verifica se a janela é bem fechada também. Por dúvida, fica abraçada à mochila o tempo todo.

Nathu se levanta quase com um pulo, enquanto um sorriso estampava o rosto diante da nova parceria que fizera. Incrivelmente, ele já havia firmado duas companhias para enfrentar o labirinto, logo ele, o menino que mal consegue se expressar por conta de sua timidez.

- Pode apostar que sim!!! Aperta com firmeza a mão do arqueiro.

Virou-se para Mieu para vê-lo sumir diante de sues olhos para levar a mensagem.

Bar - Mesa de Harlock

Cid olha para Lagann que depois de tentar uma conversa com Anêmona fica parado diante deles, observando a Kurogasa e Sheila, o monge das chamas viu o misterioso Gama sair de cena, levantou-se de sua mesa e se foi.

Depois lá no balcão Lagann conseguiu notar que Sheila passou o braço por cima do copo de Kurogasa, ela pegou a garrafa que estava do outro lado, disfarçou pois havia jogado algo no copo do samurai sombrio, Lagann notou, mas percebeu que somente ele o fez, as mãos da garota eram rápidas.

O Samurai levou o copo a boca e virou de uma vez, levantou da cadeira e também se foi, Lagann notou que o bar ficava cada vez mais vazio, Sheila permaneceu no balcão sorrindo e com a garrafa na mão, colocou bebida em seu copo e balançou o liquido no recipiente para poder ouvir o tilintar do gelo.

O monge das terras geladas ouviu atrás de si a voz de Cid:

- Mais alguma coisa a acrescentar maninho?!

Harlock se recostou na cadeira mais confortavelmente, enquanto Cid o olhava e comia os salgadinhos de camarão.

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Quarto de Anêmona - 108

Saindo do bar e já em seu quarto Anêmona arma a barricada e se tranca dentro do quarto, uma fortaleza da solidão, a garota tinha agora apenas os seus pertences básicos como companheiros, se é que isso pode se chamar de companheiro, trancada no quarto a menina solitária ficou no canto sem dizer nada, um silêncio mórbido a tocou, por ficar um tempo calada e imóvel o sono a beijou, ela fechou os olhos de leve, quase adormeceu, mas manteve-se firme.

O mar brincava com a donzela, o movimento de ninar do Navio iria ser o suficiente para fazer com que Anêmona finalmente dormisse...

Fechou os olhos algumas vezes, iria sonhar...

Anêmona fechou os olhos mais uma vez, então cochilou...

Em outro lugar

Um homem sombrio está em seu quarto, está escuro exceto por uma pequena lamparina em sua mesa, ela serve para iluminar o papel que esta sobre a mesa, ele possui uma caneta tinteiro e com ela estuda as palavras do papel.

Ele escreve em outra folha, esta com um livro em mãos que consulta de vez em quando, diante daquela pequena luz trabalha arduamente, suas mãos macabras e seu rosto sombrio se movem diante da condição de pouca iluminação.

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Quarto de Keldar - 104

-  Até mais galera!!! Vou transmitir o recado! Tchau senhor Keldar e boa noite senhor... É... Senhor Cabelão!!!

O bichinho saiu da cama de Keldar e alçoou voo, com suas orelhas balançando sem parar fazendo o movimento de asas, ele saiu pela janela voando, e foi indo e indo até desaparecer no meio da névoa e escuridão do lado de fora, pelo visto tinha de teleportar pegando no tranco.

Então ficaram no quarto Keldar e Nathu, a janela soprava um vento forte e gelado, o cheiro do mar entrando em suas narinas, a lembrança do Invocador veio o sonho onde Leviatã apareceu.

- Meu nome é Na... Mieu já havia partido.Thu. Espero que ele lembre meu nome quando for falar com a Donzela. Falou com um sorriso sem graça.

As lembranças vieram junto com um leve sono.

"Será que vou vê-lo novamente algum dia?" Pensou enquanto olhava para a janela e sentia o toque gelado do vento. O grande ser marinho ainda habitava suas recordações.

Rumou até a porta do quarto e a abriu.

- Então acho que vamos ter que espera-lo. Qualquer sinal dele, me avise, combinado? Agora vou pro meu quarto que acho que passei muito da hora de dormir. Após levantar seu dedo como afirmativa, Nathu saí dos aposentos de Keldar e vai até o seu próprio.

No caminho, decidiu desfazer a magia de invocação de Wildmutt para que o mesmo descansasse em sue próprio mundo, pois achava que já havia dado tempo de Charllote ter caído em sono profundo. Chegando em seu quarto, adormeceu de vez.

Gil Valentine

Gil após cumprimentar seu novo amigo, se juntou a caminhada com ele e prestou atenção em cada detalhe. "Mais navios? Interessante", se viram parado no corredor, convidou seu novo amigo: - Bem Burashi, se trabalharmos juntos, pode vim uma espécie de semi deus que iremos sair vencedores! Nunca achei que iria fazer uma pergunta a um grandão acorrentado, porém, quer ir ao meu quarto? - Gil da uma pequena risada e depois prossegue - Poderemos continuar lá, e desculpe-me a pergunta, mas porque raios você esta todo acorrentado meu amigo?

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Ficou um pouco desconfortável em não ter recebido uma palavra da garota que logo se retirou.

...

Aos poucos o salão esvaziava. Percebeu os movimentos da garota que acompanhava Kurosaga, curioso como um felino observou com maior atenção até Kurosaga se retirar.
Não houve nada de mais até Cid intervir.



"Oh... não quero mais importuná-los. Mas ouvi também sobre um tal de Nathu, competidor que está neste navio sabem me dizer quem é? Tenho algumas coisas a falar com ele."

Trilha Sonora:

- Hahaha!!! Engraçadinho, vamos logo pra lá!!!

Entraram e Burashi responderia a pergunta de Valentine...

- Como disse sou um traficante de informações, certa vez a pouco tempo um figurão cheio da grana me procurou pra comprar uma informação, ele apostava em corridas de biga, aqueles carros de guerra puxados por cavalos, ele também gostava de apostar em gladiadores.

Burashi fez sinal que queria água, foi servido e continuou:

- Acontece que ele iria apostar muita grana nos carros e eu fui atrás pra saber se tinha alguma marmelada, foi então que descobri que tinha, tava valendo um artefato mágico na parada, uma coisa chamada de Crânio de Nemesis. O troço valia muito e a corrida tava acumulando colecionadores do mundo todo.

Bebeu todo o copo... Pediu mais...

- Eu descobri que tava armado, sabia qual cavalo ia ganhar, qual carro tá ligado, dei a informação e fui muito bem pago, no entanto, depois que usei a grana pra umas dividas e pagamentos de informações e alguns luxos também, ninguém é de ferro sabe...

Mexeu nas bolas de aço fazendo referência a sua frase.

- Enfim, depois no último segundo fiquei sabendo que um figurão bem da pesada entrou na parada querendo o troço, era um cara dos grandes, então a parada foi re-armada pra ele, Atho o sombrio, o escuro sei lá alguma coisa assim, ele devia ganhar a parada ou muitos iriam morrer, muitos mesmo, então eu não tive tempo de avisar meu patrão, o cara que me contratou, só vi a merda feder pro meu lado depois, o cara me capturou e exigiu a grana de volta, não deu pra devolver, aí o cara me aprisionou e me obrigou a pagar a dívida assim, se eu não morrer ele quer a grana como prêmio. Eu venço e pago ele sacou?!

Por isso to aqui, conseguir liberdade e não morrer pro porco desgraçado não rir na minha cara ta sabendo!!!

Trilha Sonora 2:

Burashi contou mais informações, conversaram amigavelmente por algumas horas da noite, depois ele se foi, foi para o quarto, Annie depois de um tempo passou pelos corredores para vistoriar, bateu na porta de Anêmona, mas a mesma estava dormindo profundamente e Annie não conseguiu falar com ela.

Na noite que se seguiu as mãos sombrias se moveram, uma névoa de morte percorreu o Estrela Polar, todos dormiam, na verdade nem todos, em um dos quartos Cross Dragoon fazia sua cerimônia do vinho de sangue, Agni acendia incensos, Sohma o seguia nas preces e orações.

Sinclair olhava pela janela, Sheila resolveu espreitar nas sombras, Burashi dormia em seu quarto, mas porquanto tempo estariam em suas tarefas noturnas, a noite era longa e mortal.

Slink!!!


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O dia nasceu tranquilo embora a noite tenha passado rápido para alguns... Na cozinha o cheiro do café da manhã percorria o local, o cheiro percorreu também os corredores onde os quartos estavam, cheiro de milho, manteiga e ovos. Bravo estava preparando muitas coisas, havia leite e cereais com frutas também.

Ilha De Calla

O Rei Lemelle recebe uma visita inesperada, a visita é recebida com pompa, era um governante de terras distantes, mas chegara com velocidade ao local, talvez uma velocidade mágica até...

- Saudações Lemele é um grande prazer conhecê-lo, estou aqui porque tenho interesse em seu labirinto, na verdade tenho interesse em um dos participantes, fiquei sabendo por meio de um espião meu que em um dos navios que estará aqui em breve existe uma pessoa que me interessa.

- É... Está bastante informado então...! Porque se interessa por uma dentre muitas pessoas do barco?

- Porque tenho certeza que se trata de um filho meu... Além disso você viu que eu trouxe esta caixa, eu preciso de um objeto que está com você para abrir esta caixa, poderemos negociar, estou indo direto ao assunto, estou aqui por causa de uma cria e da Lâmina de Okan, você está com ela?

- Quanto ao seu filho ou filha não sei, mas quanto a Lâmina de Okan, sim eu estou com ela... Mas não será fácil consegui-la, pois ela esta...

O Rei Lemele sorriu, mas o visitante não gostou de suas palavras...

Nathu acorda, se espreguiça e levanta para se arrumar. Depois de colocar suas roupas e pegar seu cajado, parte até o quarto de Charllote para ver como a a garota estava e se Wildmutt lhe tratara bem após tudo aquilo da noite anterior e lhe falar como está a situação em relação ao duende mágico que acompanhava Keldar. Esse assunto, inclusive, ainda estava lhe perturbando a cabeça e trazendo muitas dúvidas.

"Será que a dama realmente é aquela criança que morreu?"

"O que será que esta acontecendo com a mestre do Mieu?"

"Quem será o perigo no barco?"

"O que só Keldar pode fazer para evitar este mal?"

Todas essas perguntas ecoavam em sua mente enquanto caminhava até o quarto de sua nova amiga.

Em balada pelo mar e sentindo-se um pouco mais segura com sua barricada, Anemona acabou adormecendo. Teve um estranho sonho, com um ser macabro escrevendo. Não soube ao certo o que significava e também não tinha para quem perguntar. Estava por sua conta descobrir. Fez uma pequena oração, um mantra para os Deuses na verdade, para começar seu dia em paz.
Olhou sua mochila para se certificar que suas coisas estavam lá, principalmente a caixinha.

O cheiro do café da manhã invadia as entranhas da jovem e ela seguiu rapidamente para o salão e assim fazer seu dejejum. Ela observa todos os presentes e ainda não se sentia a vontade, mas alguns eram menos assustadores que outros. Olhou para o jovem que tinha perguntado seu nome, mas estava assustada demais para responde-lo, ainda mais depois de um tarado querer bulina-la e de uma estranha que talvez fosse uma ladra ter lhe dado atenção.
Ela pega seu dejejum e passa pela mesa dele e só acena com a cabeça, um pouco envergonhada por sua atitude na noite anterior.

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Tema:

Lagann foi até o quarto. Tentou meditar um pouco mais. Mas sua consciência não parava de jogar-lhe os eventos dos últimos tempos. A tragédia com seu mestre. A face e a energia de Zasalamel. Os perigos que enfrentaria no labirinto. A beleza encantadora de Annie. As palavras duras de Harlock...

Lembrou-se da infância. Por que tudo tinha que mudar tão bruscamente?

Tudo sempre foi tão tranquilo...

Se sentiu um pouco desolado, no meio do mar, cheio de pessoas estranhas e possivelmente perigosas. Sabia que tinha que enfrentar tudo e deveria cumprir sua missão, ou morrer tentando.

Adormeceu com os pensamentos distantes... nas flores brancas dos paraísos glaciais, com a aurora emitindo as cores do arco-íris em cortinas celestiais subindo aos céus.

...

Sonhou... profundamente.
Finos fios de chamas saiam de seu corpo etéreo... conectando com o mundo dos sonhos. Mas não percebia. Estava atordoado demais para perceber que era um sonho... e as informações só eram jogadas em sua mente.

Estava escuro e frio... engraçado, não lembrava de ter sentido tanto frio antes...
Caminhava sobre ossos num terreno pantanoso enquanto se esfregava para tentar se aquecer.
Ouviu choros, choros distantes, vindo de todos os lados.
Correu até lá... mas não sabia lá aonde. O lodo agora era deserto. E viu o rosto da garota amedrontada daquela noite, chorava sobre o corpo de seu mestre morto. O coração de Lagann ficou aflito como perfurado por flechas de todos os lados...

"Não... eu falhei minha missão..."

Caiu de joelhos. Todos os monges estavam mortos a sua volta.
Perdeu toda vontade de continuar... não percebia, mas seu corpo físico chorava.

"Muito caos será espalhado... as forças do caos estão se movendo... é necessário que você lute. Encontre a lâmina. A lâmina... a lâmina... que dissipa..."
A voz ecoou como muitos brados em sua cabeça... mas não conseguia reconhecer. E aos poucos foi se tornando uma só, cada vez mais distante até não poder mais ser ouvida.

Em seguida viu Nathu lutando contra a bruxa que amaldiçoou seu mestre. Não sabia como, mas tinha certeza que aquele era Nathu.
Nathu... não lembrava porque, mas tinha que falar com ele...

...

Tema:

Acordou... aos poucos... com o sol aquecendo sua face. Sentiu-se feliz com o calor, após a sensação de ter passado muito frio. Não lembrava direito do sonho, mas se sentia cansado como se tivesse caminhado a noite inteira.
Ao levantar, tinha uma impressão nítida de um rosto que já havia visto no navio.

Ao sair para tomar café, ficou esperando o rapaz que comeu com as mãos no dia anterior.

Trilha sonora:

Nathu bate na porta de Charllote, o que ele descobre é que a mesma só estava encostada e ao bater a porta se abriu com um rangido breve.

Nathu olhou dentro do quarto e deu apenas um passo chamando pela garota, ele viu a silhueta da menina na cama, e logo recolheu o olhar temendo que a mesma estivesse em trajes menores ou até mesmo sem trajes.

Em algum lugar ao longe...

Dois seres conversam nas sombras:

-E então amor como foi? - Tudo certo, ninguém desconfia, e você já enviou o mensageiro? - Sim enviei um Kuupo... - Um Kuupo? Mas um Kuupo para esta tarefa? - Acalme-se!!! Ele vai servir, Mieu é um ser capaz e ninguém vai desconfiar dele ele é fofinho demais Hahahaa - Pensei que ele não gostasse deste nome, Mieu é um nome fofinho mesmo. - Você deveria ter mais fé nele ou em mim, ele não gosta do nome mais precisa usá-lo, tem algo a ver com uma vingança acho... - Não quero que fique muito amiga dele, sabe que ele é perigoso, muito instável, mas esta saindo tudo como planejado, se conseguirmos enganá-los nossos planos darão certo e então poderemos realizar nossos objetivos, eu não vejo a hora... - Não se preocupe! Ele vai ser capaz de enganá-los, e nós estaremos bem, basta seguirmos seu plano, você é engenhoso e esperto, com certeza estaremos bem se seguirmos o plano a risca, precisamos agora trabalhar na outra etapa do plano, mas por agora me beije, beije-me calorosamente...

Mas o Invocador percebeu algo no chão, talvez vinho da noite anterior, mas ao olhar direito percebeu que não, um tremor percorreu o coração do jovem, ele entrou no quarto de vez, e viu Charllote na cama, sua cabeça, seus cabelos loiros, e um líquido vermelho se misturando aos lençóis da cama, o pescoço da jovem estava perfurado e de lá saía sangue, que encharcou a cama e vazou um pouco no chão.

Charllote tinha um olhar vazio, o olhar da morte... Estava sem vida em seu leito...

Alguns minutos depois...

O Capitão fora chamado, então todos souberam o que havia acontecido, Charllote estava morta em seu leito, como havia sangue no local, não restava dúvidas, fora assassinada, mesmo porque não havia arma no local para provar um possível suicídio, alguns estavam no quarto da garota, outros estavam nos corredores, não havia espaço para todos dentro do quarto.

Regras::

Gil Valentine

spectro escreveu:

Estrela Polar

Trilha Sonora:

- Hahaha!!! Engraçadinho, vamos logo pra lá!!!

Entraram e Burashi responderia a pergunta de Valentine...

- Como disse sou um traficante de informações, certa vez a pouco tempo um figurão cheio da grana me procurou pra comprar uma informação, ele apostava em corridas de biga, aqueles carros de guerra puxados por cavalos, ele também gostava de apostar em gladiadores.

Burashi fez sinal que queria água, foi servido e continuou:

- Acontece que ele iria apostar muita grana nos carros e eu fui atrás pra saber se tinha alguma marmelada, foi então que descobri que tinha, tava valendo um artefato mágico na parada, uma coisa chamada de Crânio de Nemesis. O troço valia muito e a corrida tava acumulando colecionadores do mundo todo.

Bebeu todo o copo... Pediu mais...

- Eu descobri que tava armado, sabia qual cavalo ia ganhar, qual carro tá ligado, dei a informação e fui muito bem pago, no entanto, depois que usei a grana pra umas dividas e pagamentos de informações e alguns luxos também, ninguém é de ferro sabe...

Mexeu nas bolas de aço fazendo referência a sua frase.

- Enfim, depois no último segundo fiquei sabendo que um figurão bem da pesada entrou na parada querendo o troço, era um cara dos grandes, então a parada foi re-armada pra ele, Atho o sombrio, o escuro sei lá alguma coisa assim, ele devia ganhar a parada ou muitos iriam morrer, muitos mesmo, então eu não tive tempo de avisar meu patrão, o cara que me contratou, só vi a merda feder pro meu lado depois, o cara me capturou e exigiu a grana de volta, não deu pra devolver, aí o cara me aprisionou e me obrigou a pagar a dívida assim, se eu não morrer ele quer a grana como prêmio. Eu venço e pago ele sacou?!

Por isso to aqui, conseguir liberdade e não morrer pro porco desgraçado não rir na minha cara ta sabendo!!!

Gil escuta tudo... Compreende a história, parece um motivo bem válido, ele apenas responde:
-Olha camarada, que puta história heim! Vamos dormir que amanhã é outro dia,
se quiser ficar no chão aqui eu não ligo.. Haha! E se tu conseguir ganhar essa porra... Não de nada a esse cara não, você vai ter recursos suficientes para matar ele!... Boa noite!

Após o café da manhã, uma comoção tomou conta do navio e a jovem foi atrás para saber o que estava acontecendo. Chegou ao corredor dos dormitórios e já tinha muita gente lá. Preferiu esperar algum comentário dos que estavam mais perto. Por sorte não era na porta de seu quarto, mas não sabia quem dormia ali.

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Antes que pudesse ver Nathu em algum lugar percebeu uma comoção em direção aos quartos.
Seguiu e viu um aglomerado de pessoas conversando.

"Pobre garota." - ouviu alguém comentar.

Curioso se aproximou do quarto até a porta. Ali viu toda cena e franziu as sobrancelhas. Nathu estava ali também.
"De alguma forma... tudo deve estar interligado..." - pensou.

"Que o universo acolha essa alma que retorna ao lar." murmurou.

Lagann entra e se posiciona ao lado da porta para não atrapalhar a passagem. Cruza os braços na espera de alguém se manifestar. Aguardando Nathu vir em sua direção.

Off:

Ao acordar, Gil calmamente se arruma, não esta com muita pressa... Ele vai ao corredor, tinha combinado com seu novo amigo encontrar com ele lá, em frente ao seu quarto mesmo. Quando já estava preparado, fica em frente a porta de seu quarto, que agora esta fechada. Apoia um pé na porta e pacientemente espera...

O Capitão continuava a examinar o corpo da jovem, Jeanie Sinclair chegou perto do corpo, olhou para Harlock que estava abismado, uma morte em seu próprio navio, era terrível.

Jeannie colocou a mão dela na da moça morta, seu cadáver já estava frio, ela então proferiu palavras de uma religiosa, para que o corpo descansasse em paz.

Não havia mais nada a se fazer, Harlock se levantou, no corredor alguns se juntavam, uma pergunta no ar, foi a voz de Keldar, o Capitão tratou de responder quando saiu do quarto.

- Charllote foi assassinada em seu próprio quarto, não acho que foi suicídio, pois não encontro a arma do feito, um golpe no pescoço, com um instrumento cortante, então alguém invadiu isso aqui e matou a garota, e eu quero o assassino seja quem for, estou dando uma ordem total, a partir de agora os jogos estão cancelados, se querem participar dos jogos do labirinto tragam o assassino até mim.

A voz do Capitão era dura e inflexível, não era momento para queixas neste momento, todos perceberam que o Capitão não estava bem, ainda não era hora para queixas, se é que alguém o faria, Harlock era um juiz ali e todos tinham ciência disso.

No quarto da moça estavam agora Lagann, Jeannie, Gama e Nathu, o jovem estava sem falas ao lado da cama da jovem.

Cid estava no corredor e colocou as mãos nos ombros de Anêmona, pesar e medo tomou conta naquele corredor sombrio, Keldar passou o olho nas pessoas ali, sentiu falta de alguns, entre eles a garota da capa púrpura Sheila.

A voz do capitão foi ouvida pelo corredor e Anemona finalmente soube o que aconteceu: um assassinato? Que horror!
Ela ficou visivelmente assustada, depois que invadiram seu quarto, uma garota aparece morta? E se o assassino estivesse atrás dela também? Ela não tinha nada de valioso e nem era de família importante, que interesse teriam nela?
Seus devaneios foram espantados quando alguém tocou em seu ombro, ela tomou um susto, por sorte era Cid.

- Que susto... que coisa horrível, seu Cid - ela falou para ele enquanto esfregava as bochechas, nervosa - por que mataram ela? Estou assustada... ontem invadiram meu quarto e hoje... isso... como posso ajudar, seu Cid?