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    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee)

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    Mensagem por Rosenrot Dom Jun 18, 2017 7:55 pm

    Yuri tinha deixado a casa de Aimee e Sienna alguns momentos após a conversa com Aimee. As coisas pareciam ter se resolvido, já que o pai de ambas tinha um ótimo humor quando o Senhor das Sombras se retirou. Ele saiu sem fazer alarde ou qualquer coisa do tipo. Entrando no carro do mesmo jeito que tinha chego.

    [Interlúdio] Me and the Devil.



    - O que você ganha cancelando ou adiando o casamento?

    - Débito. – Ele respondeu, observando-a entregar-lhe um copo de uísque exatamente do jeito que gostava. Não se lembrava muito bem como a coisa com ela tinha começado: estava longe de ser um sujeito romântico ou metido a pomposidades, Yuri sempre fora pratico e isso refletia em seus relacionamentos, mas olhá-la ali, enfiada naquele vestido simples, porém bonito, fazia-o pensar se tivera na época, outros motivos além da praticidade para cortejá-la.

    A acompanhou se sentar com toda a elegância que foi ensinada durante toda infância e adolescência a ter, Ayshane – que em Russo significava “anjo da guarda” e ele achava isso uma coincidência divertida – era um dos exemplos de Parente que os Senhores das Sombras admiravam e orgulhavam-se de exibir às outras Tribos, ela era uma leve descrição do padrão excelência que a Tribo tanto pregava.

    - Com uma adolescente? – Seu sotaque ainda era forte, apesar de não viver mais na Rússia há alguns anos, seus olhos claros voltaram-se para ele. Gostava particularmente do modo como ela cortava o cabelo.

    - Com uma Prata. – Corrigiu ele, ainda que fosse boa no que fazia e no que tinha que fazer, como todo Parente, Ayshane tinha lá sua limitação, principalmente no quesito traçar planos. Mas tudo bem, era para isso que servia aquele casamento: eles se completavam. E não pensava isso num teor romântico, mas no teor pratico como tudo em sua vida.

    Olhou Ayshane fechar o notebook e sorrir para ele, quando ela se levantou e caminhou em sua direção, Yuri sabia que a Parente tinha topado o desafio. Ah, e aquilo o excitava num nível meio doentio e estranho. Ela parou cara a cara com ele, o olhar percorreu o rosto do Garou.

    - Você dormiu com ela.- Afirmou.

    - Sim.

    - Foi bom?

    - Interessante.

    – Ela é boa?

    – Inexperiente, mas aprende rápido.

    - Talvez nós três possamos nos divertir depois que tudo isso acabar.

    - Talvez.

    Ambos sorriram, Ayshane lhe tocou o queixo e se afastou, pegando o casaco e a bolsa numa poltrona. - Não esqueça de ir buscar as crianças no aeroporto.

    – Sim, madame. Acabe com eles, garota.

    Ayshane piscou e saiu.


    […]


    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee) B563704bde53a03505602d3cf35b159f
    Era por volta das 15hs quando Aimee recebeu uma mensagem no celular “emprestado”, a mensagem era clara: Não diga nada até eu chegar. Mas a jovem não sabia exatamente sobre o que se tratava até ouvir batidas em sua porta.

    Um dos criados avisou que Aimee precisava se arrumar para sair, pois teria uma reunião para definir algumas coisas do casamento a pedido do Visconde, lhe deram cerca de 10 minutos para se aprontar. Poderia, se quisesse, ser acompanhada da irmã, mas não era recomendável.

    Tinha um carro esperando por Aimee do lado de fora e ele a levaria para longe da área residencial, rumando para a cidade. Era uma situação estranha, juntando a mensagem mais o pedido inusitado do Visconde, parte de si tinha consciência que aquilo era coisa de Yuri – afinal a mensagem veio pelo celular –, mas não tinha certeza do que estava acontecendo.

    Aimee chegou a um conjunto de prédios e escritórios chiques e foi conduzida até o quinto andar de um deles, onde haviam salas e mais salas e ela pode vislumbrar o visconde entrar em uma delas. Aimee foi levada para lá.

    Era uma sala comum de escritórios, bastante pomposa e arrumada. Lá dentro encontrava-se ela, o Visconde e mais ninguém, o que provavelmente lhe causaria um pouco de medo e desconforto… Mas isso durou pouco tempo, antes que o homem pudesse falar ou fazer qualquer coisa a porta se abriu de novo, e uma mulher bem-vestida – muito bem-vestida – entrou. Segurava uma pasta numa das mãos e tinha um sorriso bastante encantador (Aparência Exótica), era o tipo de mulher que Aimee imaginava fazer o trânsito parar. E ela pode vir isso nos olhos do Visconde também, que secou a jovem.

    - Perdoem-me pelo atraso. – Começou, puxando uma cadeira e sentando-se ao lado de Aimee. - Eu tenho alguns outros compromissos hoje e acredito que os senhores também, então vamos direto ao ponto, sim? Estou aqui, oficialmente representando a Stra O’Shea e viemos pedir a anulação do casamento em caráter emergencial. – Falou, retirando alguns papéis da pasta e os direcionando a Aimee e ao Visconde.

    O visconde riu-se, enquanto se servia do algum uísque, tomou um gole. - Cancelamento, é? E por que razão as famílias acertariam um cancelamento?

    - Oh, não as famílias, Visconde. O senhor o fará. – Aimee nunca tinha visto aquela mulher na vida, claro, e sentia-se extremamente estranha naquela situação: mas era divertido ver as reações do visconde, principalmente diante de alguém que parecia disposto a peitá-lo. O homem riu de novo, agora já com um tom de deboche pelas coisas que a mulher ao lado de Aimee falava. Ela, por outro lado, mantinha o sorriso nos lábios finos. O documento a frente de Aimee era simples e bastante direto, referia-se ao cancelamento do acordo.

    - E desde quando duas merdinhas como vocês vão me dizer o que fazer? - Questionou, dando outro gole no uísque.

    - Veja bem, senhor Kavanagh, dentro da lei é claro, eu poderia fazer uma acusação formal, que estenderia uma investigação criminal, mas que demoraria anos já que as evidências não estão mais disponíveis e nós três ficaríamos condenados a alguns bons anos de corte e tribunal, sua reputação seria jogada no lixo nesse meio tempo, claro, mas eu posso ser mais pratica e direta e não recorrer a lei dos homens, mas sim as leis da Nação, qualquer Philodox poderá atestar que minha cliente aqui está falando a verdade e então o senhor não terá problemas com a sociedade humana... Mas sim com a Nação, que é bem pior, eu imagino. - Ela suspirou, fazendo um gesto para o papel a frente do visconde. - Então porque o senhor não para de desperdiçar o meu e o seu tempo e assina logo?

    - Acusações? - Questionou, ainda com o tom zombeteiro na voz, voltou a tomar outro gole. -Que acusações senhorita...?

    - Senhora. Smirnov. Ayshane Smirnov.

    - Senhora Smirnov. - E sorriu, cheio de segundas intenções.

    - De abuso sexual. - Respondeu de imediato, foi quando o visconde quase se engasgou com o liquido que bebia, seu olhar foi diretamente na direção de Aimee, como se fosse pular em cima dela, mas a voz de Ayshane veio a tona uma vez mais. - Eu desencorajo qualquer atitude... Precipitada, sr Kavanagh, há três Garou do lado de fora da sala aguardando a conclusão deste assunto e prontos para qualquer eventualidade. - Ela remexeu nos papéis, com toda calma e tranquilidade do mundo. Voltou-se para Aimee. - A senhorita deseja algo além do cancelamento? - Quis saber e houve silêncio.

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    Mensagem por Bastet Dom Jun 18, 2017 10:03 pm

    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee) 3Znlgdh
    Aimee viu Yuri sair do banheiro e se fechou lá dentro, por mais alguns minutos.  Estava meio brava por sentir algo por ele, quando ele estava agindo, visivelmente, por interesse... Sua última frase havia deixado isso evidente.  Além disso, tinha toda aquela mudança de perspectiva em seus ideais: há alguns momentos, não queria casar, devido ao medo do Visconde... Agora, se casaria para acabar com ele. Apesar de ser um ótimo plano, ela não se sentia metade segura do que transparecera... Até conseguir por o plano em prática, o que seria da sua vida na casa dos Kavanagh?

    [...]

    Acabou não voltando para o quarto da irmã, pois sabia que ela iria perceber a sua preocupação... Ao invés, foi ao pequeno “estúdio”, onde estava o vestido escolhido pela mulher que fora lá de manhã e suspirou, olhando. Era bonito... Mas algo que tinha a cara de Sienna. Elegante, arrumadinho e comemorativo. Se ambas vestissem um daqueles, conseguiriam, com toda certeza, enganar muitas pessoas quanto as suas identidades.  Se sentou em uma poltrona que tinha lá e acabou adormecendo, entre uma lágrima e outra que deixava escapar, por estar sozinha... Só acordou quando fora abordada por um dos seus criados, avisando do encontro inesperado e do pouco tempo que teria para se arrumar. No caminho para o seu quarto, leu a mensagem de Yuri... Bem, ao menos ela imaginava que era dele.

    Vestiu apenas uma camisa menos informal ,um blazer e um scarpin,  afinal, deveria começar a agir de acordo, para o plano dar certo.  Se dirigiu para o carro, tendo de respirar fundo algumas vezes para se acalmar. O que aquele homem queria com ela? O que aquela mensagem queria dizer? Dúvidas e mais dúvidas pairavam na sua mente, até que chegou no prédio e fora encaminhada para a sala do Visconde.

    A sala era bastante bonita e seria agradável, não fosse a presença de Ciaran. Ela entrou, um pouco acuada, mantendo a porta entreaberta ao passar. – Visconde – cumprimentou o mais firme que conseguiu, mas, antes que ele pudesse responder, uma mulher entrou na sala, feito um furacão de decisão e charme. Não sabia quem era ela, mas aquela atitude não lhe era estranha.  As duas se sentaram lado a lado... E Aimee descobriu que tinha uma representante naquela reunião. Ela, no meio daqueles dois, parecia uma criança... E apenas se limitou a ouvir.

    A discussão fora polida e rápida, fazendo a cabeça de Aimee girar. O que estava acontecendo ali? Ao ouvir o nome da mulher, arregalou os olhos. Não tinha certeza, mas, depois do que o pai dissera a Yuri, tinha um palpite bem certeiro de onde o sobrenome Smirnov daquela mulher vinha.  Então fazia parte do plano do ShL? Mas o que havia mudado? Afinal... Ele não era de atitudes precipitadas. Ou era?

    Aimee não sabia mesmo nada sobre ele.

    Aimee se encolheu na cadeira, quando o homem a olhou com toda aquela fúria. Ainda tinha mais medo dele do que imaginara. Apenas negou à pergunta da mulher com a cabeça, querendo acabar com aquilo tudo. Apesar de um acordo pacifista, era um que colocaria um fim naquela história.  Ajeitou a postura – Espera – disse – Quero que os acordos feitos, em decorrência do casamento, continuem. Os que beneficiem minha família... Pela "amizade", sabe? Entre o Visconde e meu paidisse firme e convicta, afinal, sabia que o pai estava fazendo aquilo por motivos políticos. Se pudesse não ferrar a família, não ferraria, mesmo que não fosse levar crédito por isso.
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    Mensagem por Rosenrot Qua Jun 21, 2017 10:33 am

    Houve um vasto silêncio entre os três. Um silêncio que não parecia incomodar a 'advogada' de Aimee, mas que parecia incomodar bastante o visconde. A mulher permaneceu ali, parada, remexendo os papéis como quem está numa simples e leve reunião de negócios, enquanto aguardava as respostas de Aimee a sua pergunta, ela não parecia assustada ou acuada com o visconde; talvez acostumada a lidar com pessoas como ele.

    Quando Aimee finalmente falou, Ayshane olhou em sua direção, uma das finas sobrancelhas arqueadas, sinceramente não tinha ideia de quais eram os "negócios" entre as famílias e também não se importava muito. Tinha plena certeza de que Yuri teria seus próprios interesses naquela jogada arriscada, então seguiria o script e concluiria a cena.

    Seu olhar afiada retornou ao homem a frente delas. Ayshane já tinha lidado com homens - e Garous - como o Visconde, ela não os temia propriamente dito, mas precisava tomar cuidado para que toda aquela coisa não saísse dos eixos.

    - Acredito que esse seja o tipo de acordo que beneficia ambos os lados. - Concluiu, após o pedido de Aimee; e era de certa forma verdade, já que mesmo sem casamento, os acordos e os negócios estariam segurados. Ela puxou o papel que tinha oferecido ao visconde e retirou outro da pasta, movendo-o na direção do homem. - Podemos então encerrar, sr Kavanagh? - Quis saber.

    O Garou não parecia satisfeito, mas era um sujeito maquiavélico o bastante para saber lidar com determinadas situações, ele assinou o documento e passou de volta para a mulher, mas sorriu de leve. Ayshane se levantou.

    - Acredito que o senhor consiga pensar em algo para justificar o fim do acordo, já que precisa avisar ao pai da noiva. De qualquer forma, foi um prazer fazer negócios com o senhor, Kavanagh.

    Ayshane esperou Aimee se levantar e rumou para a porta. Do lado de fora, ela devolveu o documento assinado para Aimee e retirou um celular do bolso, escrevendo uma mensagem rápida.

    - Da próxima vez que você tentar subornar Yuri com sexo tente ser um pouco mais... - Fez uma pausa, como quem busca a palavra certa, sem tirar os olhos do telefone. - Criativa. Ele não é o maior entusiasta do esporte. Tenha um bom dia, Miss O'Shea. - E moveu-se para o elevador. E ao que parecia, Aimee estava livre, ao menos por enquanto pelo visto. Mas o mais importante era: o que os Senhores das Sombras ganhavam com aquela jogava, afinal?
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    Mensagem por Bastet Sáb Jun 24, 2017 11:43 am

    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee) 3Znlgdh
    Aimee observou tudo aquilo quieta, deixando a mulher resolver as parte burocráticas. Ainda estava um pouco perdida no que estava acontecendo ali e em quais eram as motivações de Yuri para apressar a resolução das coisas daquela forma...  Tentava, ainda, entender como ele havia convencido a mulher de ajudar a menina que dormiu com ele.  Será que havia contado para ela? Será que ela iria fazer algo com a ruiva depois daquela reunião? Eram muitas dúvidas... Apenas viu o Visconde assinar os documentos, realmente aliviada por se livrar do vínculo para com a família dele... Mas sem perceber, ainda, que havia criado um laço com uma família ainda mais perigosa... Os Smirnov.

    [...]

    Aimee se levantou logo após Ayshane, cumprimentando Ciaran com a cabeça apenas e seguindo para fora da sala.  Quando saiu, pegou o documento oferecido pela mulher e guardou na bolsa, erguendo o olhar ao ouvir as palavras dela. Antes de poder responder qualquer coisa, a senhora Smirnov já estava indo em direção ao elevador.  – Obrigada – foi a única coisa que respondeu. Não tinha certeza do que Yuri havia dito para ela, mas não queria mais atrapalhar mais a família dele... Apesar de ter sido ele que se meteu com ela, sendo casado. A jovem suspirou, procurando as escadas, não se sentindo confortável em pegar o mesmo elevador que Ayshane,  e começou a descer rápido, também não querendo ficar no prédio do visconde.

    Ao sair pela porta, pegou o celular e enviou uma mensagem para Yuri, apenas agradecendo. Imaginava que ele fosse pedir algo em troca, visto não ter aproveitado em nada o segredo do visconde, mas como ele ainda não havia dito nada, não tocaria no assunto.

    Procuraria um ponto de Taxi, visto aquele celular não ter o aplicativo do Uber, e voltaria para casa, se nada a impedisse, para enfrentar a ira do pai. Ao menos, agora, ele não poderia descontar isso em um casamento inesperado...Certo?

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    Mensagem por Rosenrot Sáb Jun 24, 2017 6:41 pm

    Era uma situação... Estranha. Aimee tinha plena consciência de que agora estava em divida com um homem que mal conhecia. Quem afinal era Yuri Smirnov? E o que ele ganhava com aquele cancelamento de ultima hora? Quando ele mesmo havia dito que o casamento teria sido o melhor meio de fazer o visconde sofrer as consequências de uma vingança. Eram questão que talvez devesse pensar com mais cautela e cuidado. Ele não só tinha um segredo do visconde: ele tinha um segredo dela e de sua família... Algo que poderia colocá-la em saias justas ou problemas.

    Ayshane apenas sorriu, quando recebeu o obrigada, mas não disse mais nada, também não se importou em esperar a jovem Aimee no elevador. Quando Aimee finalmente atingido o térreo, não viu Ayshane ou qualquer sinal de outro Senhor das Sombras por ali, e quando tentou enviar o SMS a mensagem não foi enviada, o erro dizia que o numero para o qual escrevera não existia.

    Não foi difícil achar um táxi em questão da hora, e ele a levou para casa sem muitos problemas, quando chegou ao local, pode notar de imediato que as coisas já estavam mudando: muitas das decorações estavam sendo retiradas, os vestidos de noiva levados embora, mas não estava sendo tudo retirado, algumas coisas estavam sendo remontadas e o ambiente remodelado, aparentemente ainda haveria uma festa.

    Caso procurasse saber, descobriria que seu pai estava no escritório e sua irmã tinha ido aos estábulos para falar com a veterinária.
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    Mensagem por Bastet Seg Jun 26, 2017 10:22 am

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    Aimee só se tocou que havia feito algo realmente perigoso quando viu que Yuri havia trocado de contato, após aquela jogada inesperada. Estava feliz com o desfecho, mas a preocupação crescia a cada instante, com o que seria pedido em troca. Além disso, se sentia meio...Vazia? Desde seus 14 anos, Aimee lutava para acabar com esse casamento e se ver livre do Visconde, agora estava livre.  Não ter um objetivo não era algo que ela estava acostumada...

    Entrou no Táxi, quando este chegou, e deu o endereço, ignorando as tentativas do taxista em puxar papo. Pela primeira vez estava pensando nas coisas fora da perspectiva de quem é diretamente atingido por um problema. O problema havia acabado, e ela via que havia feito escolhas arriscadas, durante todos aqueles anos (principalmente nos últimos dias)... Escolhas que certamente criariam novos problemas.

    [...]

    Ao chegar em casa, viu que a decoração estava sendo mudada. Soube por um dos funcionários que a festa estava sendo transformada em uma espécie de Brunch, pra recepcionar a família do noivo de Sienna. “Papai não perde tempo” pensou, mas logo foi o procurar no escritório. Hesitou algumas vezes em bater, mas logo o fez e entrou quando ele assim indicou.

    A ruiva foi até a mesa do pai, se sentando em uma das cadeiras na frente dela. Percebeu o desgosto dele, mesmo sem nenhuma palavra ter sido dita ainda. Ela tirou o papel da bolsa, colocando sobre a mesa dele. – Seus interesses foram mantidos. Sinto muito pelo senhor continuar com o problema que queria se livrar – disse e mordeu os lábios. A intenção não era brigar mais, mas aquelas palavras que o visconde dissera há muitos anos estavam entaladas.

    - Desculpe – disse e já começou a se levantar.
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    Mensagem por Rosenrot Seg Jun 26, 2017 11:11 am

    Aimee tinha sido informada que o pai não desejava ser incomodado, mas como não deu ouvidos e foi entrando no escritório, encontro o homem de pé ao telefone, olhando por uma das janelas que dava para o jardim. Ele falava algo em Russo, que ela pode entender parcialmente por ter pego a conversa pela metade: falava sobre uma viagem.

    O homem não interrompeu seu telefonema, deixando que Aimee se sentasse e apenas voltou-se para ela quando desligou o aparelho, olhou-a brevemente, mas sem expressão qualquer sentimento: nada de raiva, ira ou qualquer coisa assim... Parecia simplesmente desapontado, decepcionado de um modo que raramente era visto. Ignorou o papel colocado sobre a mesa, deixando-o onde estava.

    Ele moveu a cabeça em positivo, quando ela se desculpou e começou a levantar, e pegou o telefone de novo discando alguns números, retornou a janela esperando a ligação se completar. Não impediu Aimee de sair ou ficar.

    [...]

    Lá fora a pequena movimentação estava começando a diminuir: muitas das coisas já tinham sido tiradas. Ela pode ver quando os vestidos de noiva estavam sendo motivos para fora da casa e enfiados em pequenas vans. O jardim estava tomando um ar mais casual, perdendo o toque casamenteiro de mais cedo, mas mesas tinham sido repostas, redecoradas e arrumadas, Aimee podia ver que a decoração tinha toques de ideias que a irmã provavelmente indicaria, e sabendo que o pai estava no escritório, era bem provável que era mesmo coisa de Sienna.

    Agora a casa já estava mais tranquila e vazia a maior movimentação se concentrava do lado de fora. Aeron passou por Aimee e deu uma olhada na garota, mas rumou para o escritório, ela pode ouvir o inicio da conversa, antes de ele fechar a porta:

    - Queria falar comigo?

    - Sim, filho, sente-se, preciso que você cuide de umas coisas enquanto eu estiver fora. - Então a porta se fechou e ela não ouviu mais nada.
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    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee) Empty Re: [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee)

    Mensagem por Bastet Seg Jun 26, 2017 12:36 pm

    [Xeque-mate ] - Movendo nas Sombras os Peões Pratas (Aimee) 3Znlgdh
    Não insistiu em tentar falar com o pai, apenas deixando o papel lá e saindo.Imaginou que aquele seria o clima, a partir daquele momento, na casa. “Ótimo”, pensou, suspirando e passando por Aeron quando saiu do escritório. Encarou o irmão, que passou rapidamente por ela com aquele olhar de quem se achava superior. "Idiota" o xingou mentalmente. Ao ouvir o começo da conversa, ficou curiosa... Tentando ouvir mais, mas a vedação de som dali era realmente boa.

    Saiu andando pelo corredor, buscando Sienna, enquanto pensava no que tinha ouvido.  O pai estava planejando uma viagem e não havia avisado a elas... Além disso, era estranho ele sair da cidade enquanto estava negociando o casamento da irmã... Estava muito curiosa, mas ninguém conseguiria sanar sua dúvida no momento.

    Como não encontrou a irmã dentro de casa, foi até o quarto para tirar os sapatos de salto e colocar uma sapatilha. Largou a bolsa lá também, mantendo só o celular no bolso. “Preciso comprar um novo” pensou, ficando com um pouco de raiva (e medo) de manter algo de Yuri. [...] Desceu as escadas e perguntou da irmã para uma empregada. Ela indicou que Sienna estava nos estábulos, então Aimee seguiu para fora de casa.

    A decoração estava mais bonita agora... Mais simples, sem os exageros que o casamento exigia. Aimee roubou um canapé da mesinha que estava sendo montada e foi em direção aos estábulos.
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