O sol nasce no horizonte, com sua postura majestosa e bela, já é possível ouvir os primeiros cantos dos pássaros, estamos no ano 20 da era Tenmei, nos anos do povo do oeste, 1800, hoje a dinastia Tokugawa ainda domina o Japão com a mão de ferro, a muitos anos atrás, Tokugawa Ieyasu tomou para si o título de Xogum do Japão, expulsou todos os estrangeiros e começou a estabelecer seu controle sobre a nação, hoje, seus descendentes continuam o seu trabalho.
Ao Sul do Japão, não tão longe do mar, na província dominada pelos Tatsuya é possível ver uma pequena comitiva que caminha pelas planícies que na estação atual demonstram todo o seu esplendor.
A comitiva é composta de dez pessoas a cavalo, eles caminham em um ritmo ainda lento por terem acabado de se colocarem em marcha, a cerca de alguns dias que eles percorrem as vilas da província, chegando agora a aquele que aparente ser seu objetivo final, e talvez a grande razão de se juntar tantas pessoas para uma tarefa tão simples.
O grupo é composto de dois servos responsáveis por organizar mantimentos, fazer comprar nas vilas em que pararem, organizarem as barracas e outras coisas do tipo, outros três homens são guardas reais responsáveis pela segurança do Daimyo e a frente deles é possível quatro samurais e uma onna-bugeisha, o Daimyo, Tatsuya Daisuke e seus oficiais.
O Daimyo é um rapaz bastante jovem e inexperiente, com apenas 16 anos tem o rosto "triangular" com cabelos desgrenhados negros como seu pai, seus olhos possuem a cor da noite e traz consigo alguns pelos do queixo e uma leve costeleta que desce pelos seus cabelos, assumiu o domínio de seu falecido pai a cerca de seis meses atrás e hoje tenta provar seu valor como líder, embora se esforce seus oficiais sabem que é dever deles manter o rapaz no trono, pelo menos até que ele consiga experiência suficiente para permanecer ali por conta própria.
O assunto a qual esta sendo tratado pelos samurais é de vital importância, estamos no primavera e é normal que os funcionário da província visitem as vilas para saber como elas estão após o rigoroso inverno Japonês, entretanto normalmente quem faz essa vistoria é apenas um samurais de escalão mais baixo, e não o próprio Daimyo com todos os seus oficiais.
Entretanto o problema parece ter começado a ocorrer a cerca de dois meses atrás, quando os espiões de Tatsuya Hiromitsu que estavam alocados na vila de Shizui, a vila mais afastada do castelo, pararam de mandar seus relatórios, Hiromitsu tentou mandar posteriormente um de seus homens para checar a situação entretanto o homem não retornou.
Durante o inverno todo não foi recebido nenhum tributo da vila, a estação passada foi uma das mais difíceis de se passar na última década e pelo fato da vila ser um pequeno domínio de camponeses que não possuí tanta importância econômica o Daimyo optou por não mandar homens cobrando os impostos, pois o inverno devia estar sendo cruel com os camponeses.
Porem agora estamos na primavera e a permanência dessa isenção e também o desaparecimento de espiões acabou por despertar a preocupação do jovem lorde, ele então resolve averiguar pessoalmente a situação, trazendo consigo seu Kaishaku, Tatsuya Takeshi, por achar que a presença de um guerreiro como ele será necessária na situação atual.
Além disso, obviamente acompanha a comitiva o Yojimbo Tatsuya Jirou e seus homens, vieram juntos também o Oniwaban, Tatsuya Hiromitsu, e a antiga aprendiz de mestre Tatsuya Juishi e nova Onmyouji, a jovem Tatsuya Natsuki, que solicitou para acompanhar o Daimyo por "sentir que uma aura negativa paira sobre aquele lugar".
A comitiva segue viagem por aproximadamente quatro horas quando finalmente chegam em Shizui, a vila é realmente aquilo que se esperava, de longe, vê-se apenas algumas casas simples de madeira e um pouco mais ao fundo as plantações de arroz do local, entretanto o que realmente chama atenção nos samurais ali é o fato da vila aparentar estar vazia, pelo menos suas ruas, vocês caminham até adentrar a vila, a princípio não veem ninguém próximo as primeiras casas, o Daimyo vira seu cavalo e olha para vocês, é possível ver o nervosismo em seus olhos.
-Certo senhores, vamos nos dividir a partir daqui e tentar entender o que esta acontecendo, Jirou e Takeshi, vocês vem comigo, junto com um guarda também, Hiromitsu e Natsuki, você seguem na direção oposta, levem dois guardas consigo, os servos seguem conosco, caso algo aconteça não hesitem em mandar alguém para nos encontrar, faremos o mesmo caso detectemos algum perigo.
- OFF :
- Certo, talvez o off fique maior que a narração mas é necessário para esse primeiro momento dizer algumas coisas
Primeiro, finalmente começamos, que alegria huahuahua
E segundo, algumas notas sobre a interpretação, podem escrever suas ações da maneira que desejarem, para dinamizar, caso falem com um NPC podem vocês mesmos escrever o que eles respondem, então por exemplo, se precisam da permissão do Daimyo para fazer algo (que não seja nada muito importante) podem por si mesmos escrever as respostas dele, o mesmo vale para diálogos mais simples, como por exemplo perguntarem o que ele acha da situação atual, etc, deixarei livre para que construam a personalidade dele junto comigo, o mesmo vale para os soldados e servos (no caso do Jirou, considere o soldado que foi com vocês como o guarda-costas do seu giri, aquele que te segue não importa o que aconteça, sinta-se livre para lhe dar um nome, descrição física e interpretar suas falas).
Natsuki, lembre-se de o inicio da narração dizer o que você previu, devido a visão que seu giri lhe dá, podendo prever o que vai acontecer durante a aventura.
Muitos vão perceber que deixei meio aberto a narração até então, justamente para que se habituem com o sistema, vale lembrar que esse é um sistema bastante interpretativo onde os elementos da história são construídos junto com os jogadores
Nesse caso, se quiserem, sintam-se a vontade para narrar seus personagens antes do Daimyo dando as ordens, dizendo fatos sobre a vila, ou lembrando deles.
Para fazer isso basta fazer um teste de sabedoria (rolar o número de dados que possui na virtude sabedoria, vale lembrar que vocês todos tem por padrão +1 nessa virtude), usem por favor o comando abaixo, para evitar floodar
- Código:
[roll="d6"]Y[/roll]
Escrevam o comando, mudando Y para o número de dados que você tem em sabedoria, logo abaixo do comando já coloquem o que seu personagem sabe sobre a vila, por exemplo "É uma vila que possui muitos ocultistas", "os moradores locais nunca foram fiéis ao Daimyo", o que acharem mais conveniente, mas coloquem aspectos narrativos, como seu personagem dizendo essa informação, caso consigam tirar 10 ou mais nos dados a informação é considerada verdadeira (é bem difícil falhar nesse sistema então podem ficar tranquilos), lembrando que podem "sacrificar" seus dados fazendo apostas, cada dado que vocês eliminarem antes de rolar lhe dá o direito a narrar mais um fato na cena.
Além disso, após saírem para investigar podem narrar o que acontece com seu personagem, no mesmo esquema, apenas rolem um teste de astúcia, no caso nosso Oniwaban tem +3 dados por causa do aspecto "Atenção constante"
Usem o comando para rolagem e logo abaixo descrevam o que vocês encontram, sintam-se livre para encontrar civis, criminosos,
cadáveres, o que quiserem, lembrando novamente que cada dado apostado lhe dá direito a narrar mais um detalhe sobre o que seu personagem descobriu.
Ainda caso o seu personagem encontre um NPC usando investigação, sinta-se livre para dialogar com ele, mas ele só vai dar informações úteis se rolarem um teste de beleza, caso falem com ele de maneira pacífica e agradável, ou um teste de coragem se intimida-lo, novamente, podem usar o comando de rolagem e descrever o diálogo que tem como ele caso tenha sucesso, novamente, uma informação útil se tiver sucesso normalmente e mais uma para cada aposta feita.
No caso desse teste, Takeshi tem +3 caso intimide alguém, por causa do aspecto "Aura assassina", Natsumi tem +3 se tentar conversar pacificamente devido ao aspecto "Plácida como um lago em um dia sem vento", e finalmente Hiromitsu tem +3 se rolar tentando descobrir se o alvo esta mentindo.