[!ON!]Uma tempestade para sacudir os tronos dos deuses

Durante todo o dia, a fúria da tempestade continua, até o anoitecer. A noite cai, neste dia, com um grande estrondo que sacode a terra, fazendo todos caírem impotentes ao chão de joelhos incluindo vocês.
Após todos caírem ao chão um curioso resolve tirar os barris da porta e ir até o lado de fora, com a respiração ofegante e olhando para o alto com uma expressão bem surpreendido ele faz sinal com a mão convidando todos a saírem.

-Olhem isso!

Há uma súbita calmaria daí em diante, no céu acima, as estrelas saem, ao redor muitos começão a deixar seus esconderijos e a cidade está muito destruída. Vocês escutam algumas pessoas comentarem sobre o que aconteceu nos outros pontos da cidade.
Relâmpago, granizo, tornados; todos devastaram cidades e campo. Criaturas de todos os tamanhos foram mortas ou gravemente feridas. Nas montanhas, os deslizamentos de terras são comuns. Vocês observam um grande templo, que foi atingido por um enorme meteoro, ao cair da noite, destruindo tudo em uma explosão aonde só se houvia gritos e desespero.

O homem careca de barba longa admira por pouco tempo e volta para dentro de sua estalagem junto com algumas pessoas eles começam a arrumar o local.

Após um leve momento de trabalho restaurando a estalagem na parte da noite todos resolvem ir dormir deixando o trabalho mais pesado para o dia seguinte todos ainda estão muito assustados e cansados após essa tragédia que acabou de acontecer.
O homem que aparentemente é o dono do local mostra os aposentos aonde vocês iram passar a noite, os quartos ficam no segundo andar. A construção é boa e resistiu muito bem ao caos do lado de fora.
A noite é mais calma do que nunca, mesmo com um pouco de dificuldade devido ao trauma da tempestade todos conseguem dormir bem.
Quando vocês acordam e descem as escadas o café da manha é bem farto e vocês já é possível ver algumas pessoas trabalhando.
O dono da estalagem olha pra vocês tomando o café e diz:

"- Bom dia! Quando terminarem peguem as ferramentas que estão ali fora e coloquem a placa no lugar e arrumem as escadas da entrada do lado de fora." ele aponta mostrando o local para vocês.

Ainda pela manha bem cedo enquanto vocês estão trabalhando, um sacerdote vestido de escarlate passa por vocês, tropeçando às pressas. Seu rosto é branco, a boca aberta em estado de choque.

"- Pai Conselheiro !", ele chora.

"- Reverenciado Um!"

O disco cor-de-rosa de Lathander, Deus do Amanhecer, bate em seu peito.
No final da rua há um homem velho, de barba grisalha e ereta. Ele veste uma túnica de rosa pálido, demonstrando ser de uma hierarquia maior. Ele se vira com calma.

"- O que é isso, irmão ?", pergunta ele.

"- Fique calmo, Lathander ama a todos nós, lembra?"

"- Mas pai! Sua arte nos deixou! Canon Mieskal rezou pelo poder de remover maldições, e nenhum poder veio! Canon Mieskal! Então o Velho, Patriarca Gurimn, saiu de sua cabana e chorou. Ele disse que suas orações também não foram ouvidas! O Grande Senhor da Manhã nos abandonou?"

O velho olha em volta para vocês e as outras pessoas que estão ouvindo na rua, e coloca um braço ao redor do sacerdote mais novo e perturbado.

"- Silêncio, irmão", ele diz gentilmente, em tons baixos.

"- Não ajude os Escuros espalhando o pânico e o rumor sombrio. Acalme-se na graça de Lathander. Nossa fé não nos diz que sempre há um novo começo? Procure essa nova luz, então, e seja alegre. É verdade que nossas maiores orações não são respondidas. Mas nós não estamos sozinhos. Os irmãos de Tymora ficaram tão chateados quanto você, no início desta manhã. E quando eu vim por aqui, passei por uma das amantes de Loviatar. Ela também estavam chorando e se apressando. E o que isso significa? Se os deuses não nos ouvem, é porque estão ocupados. Venha agora e seja mais uma vez um homem. Lathander precisa de você agora, mais do que nunca."

E nisso eles vão se afastando.

Vocês se deparam com uma mulher chorando no chão, sentada com a cabeça enterrada nos joelhos e os braços ao redor deles. Ela veste vestes escuras, abre as costas para revelar velhas e brancas cicatrizes de chicote em sua pele, e em seus antebraços há proteções de pulso embutidos com ossos, branco polido. Ela olha para cima quando vocês se aproximam, revelando um rosto desolado e manchado de lágrimas, e então afunda para chorar novamente, balançando suavemente enquanto seus ombros tremem.

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