A caça ao gato.

Eu tento evitar a morte dos caçadores, durante a minha vida os ajoelhadores e suas fronteiras estranhamente de dentro de seus palácios de pedras grossas determinavam como nós temos de viver de acordo com o grupo com mais exércitos poderosos.

Casas dispersas, famílias... É por conta disso que estou aqui, pelo amor de uma mulher morta. Esse amor me faz testemunhar a falta de racionalidade da nobreza de cavaleiros. Essa falta de compaixão é tamanha me arrastaram como prisioneiro há alguns anos mesmo eu sendo estrangeiro... Sei que me mostrariam muito menos cordialidade se eu fosse realmente exposto como nascido um homem livre, para eles seria visto meramente como um "selvagem"... Mas não exitam em matar um homem por caçar em um espaço qualquer porque dizem que esse espaço é "seu"... No Norte da Muralha tal conceito é bem fútil.

Do que estou falando? Eu era quase uma criança quando foi levado para Essos. Mas estou aqui há muito tempo... Mais do que eu gostaria.

Se nem mesmo um dos seus eles respeitam... o sangue de um homem sem chance de se explicar cai sobre o rio, o jovem arqueiro Robyn passa a me preocupar... Afinal como funciona a lealdade entre os ajoelhadores? Noto então que para eles aprendo que animais mortos são mais valiosos que pessoas.

Isso se confirma enquanto em meio às suplicas Walter e Gerald debatem afirmando conhecer melhor onde as terras dos "Dourados" termina e aquele corte profundo me explica que jamais devo me atrever a trocar espadas com Walter se ele estiver me olhando, ou acordado...

O rapaz ferido ainda diz que haverá retalhação. De fato, meramente cerca-los e conversar como eu pensei poderia ter sido a melhor solução... Afinal até onde ficam as fronteiras desses ajoelhadores afinal? Sorrateiramente eu observo de minha cobertura, agora meus olhos se voltam para Walter, caso ele ouse novamente atacar o garoto.

Que tipo de monstros esses ajoelhadores são, afinal?

Estúpidos, os anos me ensinam em cada segundo que ajoelhadores são estúpidos.

O maldito Walter poderia meramente gritar meu nome e pedir que eu vigiasse, mas sutileza não é do feito do homem coberto de aço da cabeça aos pés...

Ainda do meio das folhas, tentando não me deixar ser revelado aos confusos atacados mesmo com toda a ferocidade do cavaleiro. Só observo que todos eles agora sabem não só que estou aqui como da minha localização... Profeticamente a espada da casa Goldwing me é um parado aguardando caso se movam para fugir sem aparecer.

Caminho até eles calmamente.

-Sir, me desculpe... Eu moro na região, estou apenas para ajudar... deixe-me ver esses ferimentos, por favor...

Caso eu sinta que um deles irá tentar escapar o ataco com o chicote, já com o objetivo de o ir paralisando, para eu o acertar com a mão livre em seguida... Mas isso se eles ousarem se mexer para fugir ou caso tentem vir na minha direção escondido.

Se eles começarem a se acalmar, vou talvez me aproximar, mas por hora mantenho a posição e falo tranquilamente tentando explicar que é melhor. Se resmungarem sobre os ferimentos, pelo menos terei um tempo sem que ninguém ataque.

Vendo que o rapaz esta falando diretamente com Robyn, eu me aproximo do rapaz com a flecha na perna e me abaixo.

Esse não é o meu ambiente, eu nunca deveria ter deixado a cidade, mas sei bem o que é uma perfuração e como cuidar dela.

Deixo a política para o líder da caça responder para o rapaz com o corte no rosto. O ideal era podermos cuidar de ambos ferimentos... Na verdade dos três, mas um morreu sem esperanças... Tão sem sentido.

Agacho e tento verificar o que se pode fazer para amenizar o ferimento.

Que dizer da "civilização"?

Ela mata porque alguém caça em um espaço aberto e diz que isso é o tal código que inventaram chamado "justiça", que isso vem dos deuses e que eles são seres sábios morando nas nuvens...O papai do céu, a mamãe do céu, além de mais cinco outros aspectos que percebem que são humanos e demasiadamente humanos.

O sangue do jovem espira em meu rosto, tão próximo enquanto eu ofereço os cuidados e o assassinato à sangue frio não é algo qu eu irei tolerar...

Apesar disso, por hora esses cavaleiros viverão. Mas eu não serei a futura presa deles... Me aproveito da invisibilidade de meu baixo Status para limpar o sangue em meu rosto e fico atento para não ser o próximo a ser atacado por ele caso ele comente que seus deuses cochicham ideias loucas.

Sigo com eles até a cidade, pegarei meus recolhimentos, talvez verei a jovem lady...

Nada mais importa.

Lamento a morte de qualquer um que não possa se defender... Pode ser pela forma como fui ensinado quando criança, mas é a única lembrança que tenho sobre o que é justo.

Durante o caminho vejo uma maior preocupação de Sir Robin para com os prisioneiros...
Isso me aproxima novamente da memória do arqueiro simples que conheci...
Conforme a confusão se amplia, as coisas pioram, o som aterrador e eles todos se armam.

E deixam sob meus cuidados os prisioneiros. Tudo piora muito, afinal eu certamente não serei bem recebido.

Tudo que faço em seguida e levar os dois pela corda que os amarram. A puxo falando em um tom apático.

-Venham comigo...

Tem um lado bom nisso tudo, uma corda é parecida com um chicote e posso usar para agarra-los com mais facilidade caso se mexam contra mim. Mas aprendi que mais útil do que cordas são doces palavras para amarrar as pessoas.

Levo-os comigo e quando me distancio do grupo de cavaleiros e seja lá o que eles vão combater eu começo a conversar, a verdade é que grande parte do que digo é sincero.

-Vamos andando... Me escutem, eu só trabalho aqui, não sou nenhum "cavaleiro juramentado" ou coisa parecida... Só cuido de alguns poucos afazeres de segurança na cidade e me pagam por isso. Vou para o campo só com o arqueiro que viram... Pelo que disseram é tudo um mal entendido, então podem  me dizer de que forma isso pode ser provado, eu tentarei ajudar... sinto por seus amigos, eu tentei evitar que a reação deles fosse violenta como foi.

Sei pouco sobre a legislação dos ajoelhadores, só sei que todo mundo assustadamente faz o que os lordes e reis mandam ou são mortos pelos demais covardes demais para enfrentar o tal "nobre".

-Preciso levar vocês, ou pelo que sei os dois grupos entraram em guerra. Se vocês tem alguma ideia que possa reparar o que esta acontecendo me contem...

E com isso vou seguindo com eles, tentando entender se realmente entraram de forma desavisada enquanto respondem ou se de fato estavam mentindo. De um jeito ou de outro eu não sei como uma pessoa pode achar que pode ter o privilégio sozinho de tomar todos animais das terras para si... Ele vai devorar tudo de uma vez?

Um casal das tribos avançavam na minha direção, provavelmente nos vendo como presas fáceis. Infelizmente cercados por todos os lados e atacados como invasores constantes era evidente que a resposta seria a mesma.

Aprenderam muito com a selvageria da civilização, a verdade é que vi mais civilidade na selvageria que nessas tramas empoladas dos ajoelhadores. Enquanto correm na minha direção, eu me levanto sacando o chicote e enquanto avançam começo a falar.

- Vocês não precisam fazer isso, eu posso paga-los para nos escoltar até perto da fortaleza. Que me dizem?

Digo isso obviamente com o chicote a mão e também com a outra mão pronta para agarra-la depois de a chicotear caso eles não parem.

- E por que confiar em um homem das terras baixas? - A mulher é uma cabeça mais alta que Gaspar, possuí um cabelo crespo enegrecido por crostas de sujeira assim como sua pele. Seus braços são longos e os ossos da face protuberantes. O homem mantem-se ao seu lado.


Gaspar puxa uma moeda de ouro e joga em direção a mulher, ela pega a moeda em seus pés e a mordisca - Ouro - Ela diz fazendo um sinal positivo com a cabeça para o companheiro do lado, que sorri.

- Pela moeda os levaremos até próximo a fortaleza homem. Sou Retta filha de Holf dos corvos de pedra, este é Bogra filho de Trodar - Ela diz apontando para o companheiro ao lado.

-Ótimo, Retta e Bogra. Eu sou Gaspar, filho do Norte... Estou com esses homens que foram aprisionados para tentar evitar que sejam mortos por uma disputa boba. Tiveram algum problema com um Gato das Sombras recentemente...? Eles caçaram um e tem um Lord que acha que é dono de todos gatos da região... Acredita?

Comento zombando dos costumes dos ajoelhadores para alguém que entenderia toda essa ironia confusa.

Tento me lembrar se conheço as tribos.