Prologo - Gaspar

"Mais missões"? Quanta gentileza me por na linha de frente contra o Povo Livre como prêmio por ter ficado na linha de frente deles. Realmente o Cinza deve achar que somos idiotas.

-Não estou muito capacitado a fazer isso hoje, eu pretendia verificar algumas das minhas provisões caso isso fosse necessário.

E o acompanho tentando entender e esperar uma resposta, já descontente com a ideia de mais uma missão. Afinal, eu consegui vencer sem baixas de ambos os lados e com feridos do nosso. Mas quanto tempo essa sorte iria durar...?

-Não é melhor eu me equipar antes de ir em outra jornada?

Vamos, seu cinzento silêncio, diga alguma coisa!

-Neve. Apenas Neve controla o destino da Patrulha da Noite.

Não vejo nada além de um banco de neve. Que tipo de jogo é esse?

Conforme observo o que ele descreve fico surpreso. Não é só neve amontoada, e sim neve revolvida, onde a descrição que ele faz parece bastante coerente.

Será isso verdade? Ou ele comentou isso apenas para reforçamos a mão contra o povo livre?

Apenas concordo com a cabeça e o sigo, talvez ele diga a verdade e não seja um jogo... Afinal o jogador não é ele.

Eu vou estudar melhor rastros depois.

Sou péssimo fora das cidades e aqui não é uma.

Talvez o homem esteja simplesmente dizendo o que pensa sobre rastrear e proteger o lugar sem nenhuma ação política por trás disso.

Que ironia.

As vezes rastros de inimigos na neve são só rastros de inimigo na neve.

Puxa, parece uma ótima notícia. É bem do que eu preciso.

Mas algo curioso surge na ansiedade no uso desse arco. Talvez seja só zelo pelo serviço... Eu preciso saber mais do que a capacidade dos meus aliados pois eu estou meramente empregando a força que reprime meu povo contra ele mesmo.

-Preciso sim, mas ele tem de fazer exatamente o que eu disser. Tudo bem?

Não posso perguntar muito, para não me expor muito.
-Podemos ir... No caminho fale-me mais sobre o arqueiro que me foi oferecido.