ON - A Decadência do Conde

- Depois nós conversamos agora é hora de sair daqui - Diz Sanes respondendo a garçonete.

Ele com as duas no ombro segue pelo caminho que tinha descido com o monge Jack.

Teste de reflexos: +2

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12

Sanes e Jack carregaram a moça e a menina para fora do porão em chamas, empreendendo uma fuga desesperada daquele inferno de fogo prestes a desabar.

Eles chegaram ao lado de fora a tempo de observar Dasdingou disparando incessantemente suas flechas contra LaDonna e Peter, que já não ofereciam mais resistência.

Enquanto Kesta cobria a boca com as mãos numa expressão horrorizada, as brumas atrás do pixie se abriram para permitir a passagem do vardo vistana de Zerelda. A garotinha desvencilhou-se de Sanes e correu na direção da vistana, mergulhando no abraço dela, que dizia repetidamente:

- Misha!... Minha Misha!... Finalmente nos reencontramos!!!

Enquanto mãe e filha vistani se reencontravam, Kesta olhava inexpressivamente para o fogo que assolava a estalagem e o celeiro. Ela balançava a cabeça distraidamente, resmungando. Zerelda acalmou Misha e depois caminhou para ficar de frente para a última dos Deski.

Zerelda declarou:

- Você não ajudou sua família. Você rejeitou o mal deles. Você, jovem, eu perdoo a minha maldição. Você poderá voltar a comer normalmente.

Kesta parecia aliviada que a maldição do canibalismo não a atormentaria mais.
Raine estava despertando, percebendo os arredores e decifrando o que tinha acontecido.

De súbito, Zerelda ficou alerta, dizendo:

- As Brumas estão se movendo...!

Nesse momento, as Brumas se abriram, permitindo que o clérigo empunhando o grande escudo de Ezra, Oliver Allard, chegasse ao local, junto com o xamã Therak e o gorila Onke. 

Oliver Allard, Therak Vinn e Onke:

O sacerdote falou com sua voz profunda:

- Foram vocês que as senhoritas Weathermay-Foxgrove enviaram?

Com o combate terminado Sanes e Jack chegam ao local com a jovem Clériga nos braços. Eles conseguem sair momentos antes da taverna desabar em chamas. O pequeno observa as moças para ver se estão bem e ao que parece sim e a Vistani também perdoa Misha da maldição do canibalismo. O pequeno desfaz sua invisibilidade;

-Todos que morreram, La Dona, seu filho e seu marido estavam tomados pela maldição flagrei ele matando um dos nossos, no fim vocês parecem ter matado todos ou a Raine enlouqueceu e terminou o serviço, não é, Misha... Pelo menos você foi perdoada de sua maldição, se não, não poderíamos deixa-la viva.

As palavras eram duras e firmes, o pixie olhava nos olhos de Misha demonstrando seriedade em suas palavras. Mas logo sua atenção é para seu amigos.

-Vocês estão bem? Ela está viva?

Indagava enquanto procurava nos corpos de La Donna e de seu filho alguma flecha que poderia ser reaproveitada. Tudo seguia bem até que eles são avisados que as Brumas estão se movendo, rapidamente Dasdingou voa até o lado de seus amigos e arma seu arco em direção ao que quer que seja que apareça por cautela.

-Quando eu penso que iriamos descansar...

Para a surpresa de todos, dois homens e um gorila surgem, porém um deles tinham um ar bastante primata e selvagem, logo o amadurado faz uma pergunta ao grupo e Dasdingou apenas cerra seus olhos.

-Depende... Quem são vocês e o que querem?

Chegando ao local, Therak tentara observar os arredores para entender melhor o que estava acontecendo ali. Decidiu, também, deixar com que Oliver tomasse a frente da conversa inicialmente para que depois pudesse se introduzir junto a Onke. O gorila, por sua vez, observava qualquer movimento que era feito e, ao notar que uma flecha era apontada para o grupo, se movimentara para se por a frente de Therak.

Therak, tentando se por ao lado do seu amigo primata, fala em direção ao pequeno ser que indagara primeiro.

- Somos reforços enviados pelas irmãs Weathermay-Foxgrove. Todos podem notar que a fala polida do homem era um pouco inconstante, como se não dominasse bem o que queria falar. Principalmente o sobrenome da famiília Weathermay-Foxgrove, que só podia ser entendido com boa vontade do ouvinte.

O pixie ouve as palavras de ambos e parecia ainda um pouco desconfiado, mas abaixa seu arco.

-Que eu saiba reforços tem nome... E suponho que chegaram tarde para o que ocorreu aqui...-dizia ele apontando para os copos no chão e o que sobrou em chamas da taverna. -Viemos numa caravana, mas todos forma mortos por esses dois ai no chão e outro que está la dentro queimando. Eram canibais amaldiçoados por esta Vistani...

O pequenino pixie voa até mais próximo ao grupo recém chegado os analisando sem muita discrição.

-Se vocês são os reforços, então sabem o que faremos, o que foi que as imãs disseram para vocês?

- Meu nome não costuma ser muito importante, mas se o quer eu posso fornecê-lo. Therak Vinn... Ele aponta para o Gorila. - Aquele é Onke. O Gorila ainda permanece atento e um tanto desconfiado. - E esse é o... Faz uma pausa deixando que Oliver se apresente.

- Sobre a missão de vocês, tenho fresco na memória já que falamos sobre vocês a pouco tempo atrás. Vocês aceitaram o chamado de um homem importante de... Dementlieu, acho que é assim que se fala, lugar para onde também queremos rumar. Esse chamado falava sobre algumas tragédias por aquelas terras que esse homem importante acreditava serem resultado de algo maior... creio que seja isso. Estou errado? Você seria o senhor Dasdigo, não ?

O nome do pixie era dito de forma errada pelo xamã, que guardara um pouco do nome por ter chamado sua atenção o fato de que no grupo que encontraria em seu caminho não estariam somente humanos. Mas a pronuncia do nome não fora recordada de maneira exata, apenas o fato de que era o nome de um pixie que estava no grupo.

Teste de reflexos: +5

Claude Speedy efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

13

Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.

Jack escuta as palavras de seu amigo, enquanto mais algumas pessoas se aproximam, ele chora um pouco enquanto coloca no chão a jovem necromante.
Se recorda da tentativa de canalizar energia que o clérigo utilizou e pensa que precisará aprender isso.
Ajoelhado tomando cuidado em por a garota no chão ele comenta com os recém chegados.

—Raine... Algum de vocês pode ajudar Raine?

Olhava para os recém chegados.
Sua mente vagava no horror que ela evocou, no medo e ódio profundo que sentiu pelo que ela fez.

Mas quando ele a golpeava com fúria, agora já calmo ele meditava no simples fato de que ela não parecia ter noção alguma de matar e criar zumbis era perverso.

Em que lugar ele veio parar?

O que mais doí no coração de Jack é que ele pensa que aquela jovem, praticamente uma adolescente, era do mesmo lugar que ele veio... Que forças os convocaram de fato?

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Sanes respira fundo assim que sai da taverna em chamas e ele bota as duas mulheres no chão. Finalmente aquele show de horrores tinha terminado.

O Clerigo ri quando o cara estranho que acabara de chegar fala em tragedia:

- Engraçado você falar em tragédia, no momento em que uma acabou de acontecer.

Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.

Jack faz uma pausa enquanto vê Sanus trazer mais duas mulheres que ele não viu enquanto ele transportava Raine em seus braços.

E notando que esse começa a rir e falar sobre tragédia sem entender o que isso significa e que ele não se mexe para tentar ajudar Raine, ele volta-se para prestar socorro primeiro para quem ele feriu.

Teste de Cura: +9

Claude Speedy efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

7

- "Reforços" - Sanes faz o sinal de aspas com as mãos no ar ao complementar a fala de Dasdingou - Sobre o meu estado, pixie, vou sobreviver apesar de ter uma queimadura aqui e acolá.

Ele se apoia na lança que carregava e vira para o monge Jack:

- Não se preocupe ela vai sobreviver... Agora essa balada de taverna que você que aconteça acho que vai levar mais umas estrofes para chegar no ponto aonde você deseja.

Bateu um pouco da cinza da sua roupa e virou novamente dessa vez pro novato:

- Therak né? O que você é? É um daqueles adoradores de arvores? Conheço alguns, a maioria é daqueles que diz civilização má e blábláblá e bem outros são misteriosos que nem a própria natureza, nem um adivinho sabe o que planejam. Espero que esteja no segundo grupo.

Dasdingou ouve a preocupação de seu amigo Jack com Raine, algo que ele não compartilha mais tanto depois do que viu ela fazer, ao mesmo tempo que os homens se apresentam.

-Espero que ela sobreviva, mas ela pode ter matado a maioria dos membros da comitiva, se ela sobreviver, pediremos que ela se retire de nosso grupo.

O pequeno vira-se para os recém, chegados mais uma vez:

-Reforços são sempre bem vindos... provável que teremos alguns problemas piores do que canibais daqui para frente. Aliás, Sanes, poderia usar uma de suas curas para a Raine, não se se ela vai sobreviver como você diz, pelo menos para estabiliza-la e claro para diminuir a sensação de culpa do Jack.

O pequeno voa até seu amigo. Ele já tinha percebido que Jack se sentia culpado:

-Não se sinta culpado, Jack. Você foi tomado pelo poder das brumas assim como eu, porém os efeitos em você foram terríveis e sabemos que no combate direto, você é extremamente perigoso. Levanta-se o Sannes vai cura-la, então você pede desculpas...

Enquanto Therak, Dasdingou e Sanes conversavam, o recém-chegado de armadura ajoelhou-se ao lado de Raine, notando os esforços de Jack para socorrê-la.

- Acalme-se, ela ficará bem. Eu sou um anacoreta de Ezra, e pelos poderes conferidos pela Nossa Guardiã nas Brumas, eu não a deixarei morrer.

Ele murmurou uma prece em voz baixa de olhos fechados enquanto impunha as mãos na sacerdotisa de Afflux, e pequenos fios de bruma branca surgiram da ponta de seus dedos, espalhando-se para percorrer o corpo de Raine. Um momento depois, ela abriu os olhos, a tempo de ouvir as palavras de Dasdingou.

Ela levantou-se com uma expressão irritada, dirigindo-se a Dasdingou e Jack:

- É isso que eu recebo por apoiá-los? Ataques físicos e acusações? Eu encontrei toda a nossa caravana morta, assassinada, com as cabeças abertas, e levantei todos como mortos-vivos para tentar descobrir o que houve e trazer a vingança contra quem tinha feito isso! E vocês chegaram me agredindo de surpresa, sem me dar nenhuma chance de defesa! Pois bem, eu não quero mais acompanhar vocês! Vivam e morram por conta própria agora!

Raine virou-se para o homem que a curara e disse:

- Obrigada.

E em seguida saiu andando pela estrada, afastando-se a passos rápidos do grupo, sem ouvir mais nada.

No constrangedor silêncio que se seguiu, partiu do homem de armadura a quebra do momento:

- Bem, me parece que vocês estão com dificuldades. A propósito, meu nome é Oliver Allard, sou um anacoreta de Ezra e amigo das senhoritas Weathermay-Foxgrove, que me pediram para trazer Therak e Onke até vocês e ajudá-los na sua missão. Esse lugar não parece a propriedade de um conde, então presumo que vocês ainda não chegaram ao seu destino?

Zerelda disse:

- O destino é tão importante quanto a jornada. Agradeço por ajudarem minha filha. Como agradecimento, além de minha boa vontade, posso lhes oferecer passagem pelas Brumas para onde quiserem. Mas parece que seu novo amigo também pode fazer isso...

Ela olhava para Oliver, mas este balançou a cabeça:

- A benção de Ezra só me permite fazer isso uma vez por dia, e eu a usei para chegar aqui. Se puder nos ajudar nessa viagem, seremos gratos, tanto eu quanto meus companheiros. Mas e quanto a ela?

Oliver olhava para a garota Kesta Deski, que observava a estalagem maldita ardendo em chamas e consumindo os corpos de sua odiosa família.

Vendo que um dos presentes na cena pede ajuda com alguém ferido, Therak se aproxima para ver no que poderia ajudar e entender melhor o que tinha acontecido com a garota.

- Posso? Pergunta antes de começar sua análise e, portanto, sua ajuda para com a garota ferida.

Enquanto se concentra em ajudar, escuta outro fazendo alguns comentários até ele.

- Therak. Eu sou muitas coisas... Não entende muito bem onde aquela conversa queria chegar. - Não conheço esses de quem você fala e não me vejo dentro de nenhum desses grupos. Tenho meu motivo de estar aqui e só. Volta a se concentrar em ajudar a ferida.

Enquanto isso, Onke observa o grupo ao lado de Therak.

Vendo que aquele que o guiou até ali já parecia estar com o controle da situação daquela que precisava de ajuda, o homem das matas relaxou mais um pouco.

Sem entender muito diante das palavras da garota que levantara, Therak apenas ficou observando a sua reação e a reação dos demais.

O pixie não fala nada a pós as palavras de Raine, não havia necessidade de erguer os mortos da caravana, era um ato vil desnecessário ele apenas observou ela seguir e desaparecer nas brumas respirando profundamente e balançando a cabeça em sinal negativo. Mas usa atenção volta para os recém chegados, ele se mantém sério analisando seus atos e palavras e pra variar o mais estranho, Therak veio com frases misteriosas e segredos.

-Pois bem...sua cautela quanto a manter seus segredos é mais do que justa, afinal só conhecemos os que vieram conosco desde o início... De toda forma, se vieram contribuir sejam bem vindos Oliver, Therak e Onke. E sim, não chegamos ainda no nossos destino, fomos quase mortos por estes canibais e perdemos muito tempo aqui e todos que vieram conosco foram mortos.

- O destino é tão importante quanto a jornada. Agradeço por ajudarem minha filha. Como agradecimento, além de minha boa vontade, posso lhes oferecer passagem pelas Brumas para onde quiserem. Mas parece que seu novo amigo também pode fazer isso...

O pequeno Sorri

-Ficamos felizes em ajuda-la com tudo isso e resgatar sua filha desses criminoso, mas como você disse, parece que realmente precisaremos de sua ajuda para chegarmos a onde queremos.

Por fim ele segue até seu amigo Jack e toca em seu ombro:

-Jack, não adianta lamentar, devemos seguir em frente para cumprir nossa missão.

- Obrigado. Agradece a "hospitalidade" do pixie. - Mas percebo que realmente vocês passaram por maus bocados por aqui. Lamento. Há pesar em sua voz.

Após os rápidos eventos envolvendo a garota que logo saíra de cena, Therak e Onke ficaram quietos em seus lugares, observando o grupo que já estava no local, esperando que tomassem suas iniciativas sobre quando estariam partindo.

Oliver interpôs:

- Não podemos partir daqui e abandonar a pobre moça. Ademais, onde está o quinto integrante do seu grupo? Não havia um Espadachim com vocês, um certo Garu?

- Hm...- faz uma expressão reflexiva com a resposta do adorador de arvores - Bem com o tempo eu verei com em qual grupo tu pertence.

Sanes coça a barba quando Vistani fala sobre a passagem pelas brumas.

- Perdoe-me a ignorância porquê a gente precisa que passagem seja dada para gente pelas brumas?

- Não podemos partir daqui e abandonar a pobre moça. Ademais, onde está o quinto integrante do seu grupo? Não havia um Espadachim com vocês, um certo Garu?

-Você tem ideia de onde deixar a garota? Não conheço bem as coisas por aqui, outrora ela e essa vistani foram inimigas, não sei se estariam dispostas a ficar juntas. Quanto ao Garou, ele sumiu. Não sei se foi morto pelos canibais e não lembro de ter visto seu corpo nos zumbis invocados por Raine. Essa confusão toda acabou separando o grupo.

Encerrava o pixie voltando seu olhar para a taverna em chamas.