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    Aramis Favre: Lágrimas do Dragão

    Ed Araújo
    Mutante
    Ed Araújo
    Mutante

    Mensagens : 619
    Reputação : 30

    Aramis Favre: Lágrimas do Dragão Empty Aramis Favre: Lágrimas do Dragão

    Mensagem por Ed Araújo Ter Fev 14, 2023 1:27 pm

    Aramis Favre: Lágrimas do Dragão



    Onde eu estava, tinha asas que não conseguiam voar
    Onde eu estava tinha lágrimas que não podiam chorar
    (...)
    Lanço-me para dentro do mar
    Libero a onda, deixo ela me lavar
    Para encarar o medo, certa vez acreditei
    Que as lágrimas do dragão eram para você e para mim


    – Bruce Dickson, Tears Of The Dragon


    Aramis Favre: Lágrimas do Dragão OCrJiVg


    Aramis Bennet Favre, Anjo Menor dos Superviventes, caminhava pelas ruas de Edimburgo. Havia tido um encontro com a Arcanjo Margareth dos Cuique Suun, também conhecida pelos mortais como Santa Margareth (ou Margarida) da Escócia, há alguns dias e agora seguia pela famosa Royal Mile. Dobrou à esquerda na George IV Bridge e seguiu em frente.

    Não atinou para o fato das ruas estarem desertas, a despeito de ser o principal ponto turístico da cidade. Anoitecia, a penumbra caía sobre Edimburgo. Então sentiu algo errado. Olhou para trás.

    Não era a noite. Era a escuridão. Uma escuridão ampla, opressiva, que avançada pelas ruas como uma neblina e tomava tudo. E estava chegando perto...

    Os corpos celestiais são simulacros, não são organismos reais. O batimento cardíaco nunca se altera, mesmo que o celestial realize esforço físico concentrado por horas. Não há dores musculares, não há fadiga física. Claro, o psicológico é diferente. Isso ERA real. E mesmo sem uma explosão de adrenalina no corpo, o frio na barriga que sentia anunciava o medo terrível em que mergulhava. Aquela coisa iria devorá-lo.

    Começou a correr enquanto a escuridão avançava – vinha de todos os lados, como um tsunami, mergulhando os edifícios no vazio.

    As ruas ainda estavam vazias.

    Perdeu-se. Seus poderes não funcionavam, seu Instinto se negava a funcionar. Cercado pela escuridão, entrou por uma porta – um tipo de taverna...

    Viu-se em um corredor de pedra iluminado por archotes. Ao fundo um choro. Uma voz feminina... seguiu em frente. Então a escuridão veio em direção a ele, apagando as chamas, trazendo o frio. Imerso nela, ele não sabia mais onde estava, não tinha referências. Uma brisa quente e fétida passou por ele. Então viu uma luz ao longe. Ela veio rápido. Uma torrente de chamas atingiu-o. Dor.

    Despertou. Não estava suado, seu coração batia regular. Mas ele estava assustado. Aterrorizado. Ergueu-se e caminhou até a janela. Lá fora as ruas de Edimburgo estavam iluminadas pela luz elétrica. Carros passavam, pedestres cruzavam suas calçadas. Era uma noite de verão e a cidade estava viva. Inseguro, observava o mundo lá fora. Tudo parecia certo, tudo estava no lugar. A lua estava cheia e as estrelas brilhavam a despeito das lâmpadas no solo.

    Mas Aramis tinha certeza. Algo dentro dele dizia isso.

    A escuridão havia tomado Edimburgo.

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