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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Mandhros Sex Jun 02, 2023 12:03 pm


    Com as mãos levemente trêmulas, Nadien desenrolou o pergaminho. Escrito com um tipo de caligrafia estranha e ao mesmo tempo fascinante, o documento guardava em sua trama de palavras uma aura pesada, pulsante de segredos profanos e saberes arcádicos. Tinha em suas mãos a misteriosa chave que lhe abriria o caminho para o temível e simultaneamente atraente desconhecido - a Configuração dos Lamentos. Seguindo a caligrafia em espiral, seus olhos vasculharam as linhas, desvendando o segredo intricado da caixa. Seus lábios se moviam silenciosamente, dando voz à complexa trama de informações que seu cérebro tentava digerir. Ela sentiu o texto revelar-se como uma miríade de caminhos entrelaçados, se aprofundando mais na estrutura da realidade do que a perspectiva humana poderia normalmente discernir. Ela percebeu que o segredo de abrir o cuboide não era simplesmente uma questão de manipulação física. Não, era muito mais do que isso. Requeria uma compreensão profunda de si mesmo, uma exploração dos próprios limites da sensação e da dor, um desejo insaciável de conhecer o desconhecido. A caixa, conforme descrito no pergaminho, era uma promessa de prazeres indizíveis, de sensações extremas e de revelações assombrosas. Mas também era um portal para os Cenobitas da Ordem do Gash, seres de um reino inimaginável cujo entendimento da satisfação e do sofrimento transcendia os limites da compreensão humana. Com uma respiração trêmula, Nadien continuou a leitura. Com cada linha, sentia uma mistura estranha de medo e expectativa se aprofundar dentro dela. Havia uma promessa ali, uma promessa de descoberta e talvez até de poder, mas à custa de um preço terrível. Quando terminou de ler, Nadien guardou o pergaminho cuidadosamente (se você não quiser guardar, mas devolver a Lysander é só dizer). Sua mente estava cheia das possibilidades e perigos que o texto descrevia. Sua alma sentia-se estranhamente atraída pela ideia de abrir a caixa, de provar os prazeres que ela prometia. Mas ao mesmo tempo, um calafrio lhe percorreu a espinha ao pensar nos Cenobitas da Ordem do Gash. Pelo fogo dançante da taverna, Nadien ponderou sobre as palavras que acabara de ler. O prazer extremo e a dor indescritível estavam agora, de algum modo, entrelaçados em sua mente, um eco da intricada Configuração dos Lamentos que a esperava em algum lugar no desconhecido.
    Ao terminar de ler o pergaminho, enquanto a goliath atrevida - qual era mesmo o nome dela? - estava parada, por perto, e o Sr. Namfoodle trocava palavras com o Sr. Lysander, estremeço.

    Eu não sabia o que eram os Cenobitas de Gash até este momento. Prazer extremo com sofrimento sem limites... Isso... Isso...

    Não consigo evitar relembrar meu passado, e tudo o que me havia acontecido até o momento em que fui ordenada paladina. Eu lembro como o prazer de alguns causava um sofrimento atroz em outros, e lembro muito bem qual era o meu lugar na ordem das coisas, naquela época.

    Primeiro a meio-gigante, e agora isso?

    Fico algo distraída, dispersa, chocada com o que tinha acabado de ler.

    É com muito esforço que retorno ao ambiente no qual estava, minha percepção voltando, aos poucos, ao que acontecia ao meu redor.

    Dane-se meu próprio sofrimento. Dane-se o meu desconforto com a grandona ali. Danem-se os caras maus no outro canto da sala. Isso aqui era muito serio e demandava uma boa explicação. O Sr. Lysander não parecia ser maligno, por si só, mas aquela demanda era um risco não só para nós, mas para o mundo inteiro!

    Quando ele faz menção de abandonar a mesa, ergo a mão, em sinal de protesto, e como um claro comando para que ele parasse onde estava. Começo a falar e minha voz, agora, era dura, séria, carregada de importância e significado, ciente do conteúdo do pergaminho:

    Sr. Lysander, se bem compreendi o que li aqui, nossa jornada termina com a localização e abertura de um artefato chamado Configuração dos Lamentos, um cubóide bastante peculiar, e que é a chave para um portal planar que leva, justamente, ao reino dos Cenobitas da Ordem de Gash.

    Pelo que pude apreender, também, estes seres adoráveis podem proporcionar, não só a nós, mas ao mundo inteiro, prazeres indizíveis ou sofrimentos implacáveis.

    Consigo ler além do óbvio apelo das linhas neste pergaminho, caro empregador. O que o senhor quer, de verdade, nesta cripta? Há segredos que é melhor deixar ocultos, e não vejo uma única boa razão para colocar o mundo inteiro em risco para satisfazer sua ambição pessoal.

    Quem falava, agora, não era Nadien, a meio-elfa abusada durante a infância e adolescência, a mulher frágil e traumatizada que lutava, dia após dia, para vencer seus próprios demônios internos. Quem dizia era A Azul, a Paladina de Tyr, voz da bondade e da justiça nesta terra. E era com a autoridade de Tyr, do próprio Deus, que falava.

    E ai de quem ousasse interferir naquele interrogatório.
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    Mensagem por Lucas Corey Sáb Jun 03, 2023 10:55 am

    Se Namfoodle já havia se comovido com as primeiras respostas de Lysander à paladina, aquelas que recebeu às suas próprias perguntas o deixaram quase em estado de graça! Por um lado, Lysander falava num tom solene ao descrever os segredos, maravilhas e grandes perigos que a Cripta encerrava. Por outro, chamava o gnomo com informalidade e familiaridade… Nam-Nack! Isso confirmava e reforçava a conclusão de que os dois eram devotados aos mesmos ideais e que se irmanavam nos mesmos esforços, pelos mesmos objetivos, e no mesmo espírito.

    - Falando com toda sinceridade, meu caro Lysander, eu bem gostaria que o encontro com o conhecimento pudesse ocorrer somente por meio dos livros e da prática das artes arcanas, em ambientes seguros e calmos. Mas o mundo é o que é! Então, se for necessário arriscar minha vida para descer léguas e léguas até o coração de grandes cordilheiras e enfrentar mil deuses obscuros e dragões ferozes para dali extrair os segredos de universos além dos Véus, saiba que é isso o que farei!

    Ao dizer aquelas palavras, tomado pela emoção de ver confirmada sua esperança de encontrar os escritos arcanos que procurava, o gnomo não refletiu sobre a possibilidade de que sua promessa de dedicação extrema ecoasse o que Lysander havia dito sobre a Cripta do Eterno Silêncio ser "um monumento tanto à arrogância como à genialidade do grande mago Silvarius".

    No momento em que pegou o mapa, as mão de Nam-Nack estavam quase trêmulas, mas seus olhos agradecidos permaneceram fixos no rosto de Lysander, e um silêncio solene, talvez soturno, tomou conta do local. Ao ouvir as palavras "estamos em suas mãos agora, Nam-Nack", o pequeno sentiu o peso de uma imensa responsabilidade, mas também orgulho por ser digno da confiança de alguém como Lysander.

    Nam sentou-se numa cadeira alta - ele não era o primeiro humanoide de 1,10 metros a ser recebido naquela taverna - e pôs-se imediatamente a examinar o documento. Nadien, preocupada com os rumos que a reunião estava tomando e com as revelações assustadoras que o pergaminho lhe dera, começou a tecer suas considerações e alertas, mas Nam ficou alheio, tentando ler o que estava escrito nos cantos do mapa.

    Sua primeira hipótese é que se tratava de uma variação da língua Celestial, o mais exótico dos idiomas que ele conhecia, mas estava errado. A frustração e a vergonha de demonstrar ignorância diante de Lysander deixaram suas orelhas, levemente pontudas, quentes e vermelhas. Cultistas de Gash? Encapuzados sinistros no canto da taverna? Uma goliath que o observava com curiosidade do outro lado da mesa? Nada disso existia para Nam…

    Inconformado, o pequeno pula da cadeira alta diretamente para o tampo da grande mesa de reunião e, em pé, diz em voz alta.

    - Abram espaço! Vou fazer um exame mais profundo nisto enquanto a senhorita discute os detalhes...

    Ele se referia a Nadien, que havia acabado de interrogar Lysander sobre as verdadeiras intenções por traz da expedição. Alheio a "detalhes" como certo culto ao sofrimento extremo, Nam começou a usar um Ritual no documento...
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    Mensagem por Dycleal Sáb Jun 03, 2023 2:06 pm

    Garona ouve com certa paciência aquele converseiro todo, ajudada pelo tempo que passa tentando entender porque uma elfa seria mal educada com ela, ou se seria preconceito por ela ser uma Goliath. Porém passa o tempo e é ignorada e dá um leve empurrão em quem está a sua frente, encosta na mesa e interrompe quem estiver falando: - Olha, estou tentando ser educada, mas todo mundo fica me ignorando e não me responde, já descobri por essa conversa toda ai que você é o Lysander, que a missão é perigosa, portanto tem que pagar mais, mas quero saber quanto você vai pagar e o que é para lhe trazer para você lá de dentro da caverna, pode me responder?E fica batendo, ruidosamente, o pé direito no chão, demonstrando a sua, agora, impaciência e coloca as mãos na cintura, aumentando ainda mais a sua envergadura e musculatura torácica.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Dom Jun 04, 2023 6:58 pm

    @Mandhros



    "Por favor, entenda-me bem", começou Lysander, sua voz baixa e ressonante no ar parado da taverna. Seus olhos, antes alumiados por uma ardente curiosidade, agora adquiriam um brilho de desespero e urgência. "A Configuração dos Lamentos não deve, sob nenhuma circunstância, ser aberta. O que ela encerra é algo que deve permanecer oculto, um segredo demasiado terrível para ser revelado a este mundo."

    Ele pausou, um suspiro profundo fazendo suas palavras ecoarem no ar silencioso, "Os Cenobitas da Ordem do Gash são seres além de nossa compreensão, entidades do além, cujos prazeres e sofrimentos são insuportáveis para nossa limitada percepção mortal. Eles não devem ser invocados. Não podemos permitir que esse seja o caso."

    "As palavras em meu pergaminho", prosseguiu ele, "Servem como advertência, não como convite. A caixa deve ser encontrada, sim, mas para evitar que caia nas mãos erradas, nas garras daqueles cultistas fanáticos que servem ao Leviathan. Eles anseiam por liberar o poder contido na Configuração dos Lamentos, para invocar os deuses ancestrais dos planos distantes, para causar o caos e a destruição em nosso mundo."

    "Portanto, peço que estejam atentos. Recuperem a caixa, mas não a abram. Não sucumbam à tentação de seus prazeres prometidos. Tragam-na para mim, para que possamos assegurar que ela seja mantida segura, longe das garras daqueles que buscarão utilizá-la para fins nefastos."

    Seus olhos percorreram o grupo, cada rosto refletindo a intensidade de suas palavras. "Esta não é uma busca pelo tesouro ou pela glória, embora hajam tesouros e glórias, mas o objetivo principal dessa expedição é a sobrevivência, bem como, o translado da caixa para um lugar de segurança. É uma missão de proteção, para garantir a segurança do nosso mundo. Vocês devem entender a gravidade do que estou pedindo. Estão preparados para tal empreitada?"






    @Lucas Corey

    Falo como GM... Caro senhor do controle do gnomo, o jogador que rege o destino de Namfoodle, solicito com fervorosa urgência detalhes mais profundos acerca desse ritual sobre o qual o jovem gnomo discorre. À medida que mergulhamos na escuridão cósmica que é nosso jogo de sombras e segredos, compreender a mecânica que anima este rito é uma necessidade inescapável. A minha mente, ávida por informações, pergunta-se acerca da essência deste cerimonial. Como se desenvolve? Há necessidade de componentes místicos ou palavras de poder proferidas no idioma dos deuses antigos? Existe alguma premissa ou circunstância especial que deve ser satisfeita para que a magia se manifeste em toda a sua glória terrível? Além disso, é imprescindível que possamos trazer para o primeiro plano as regras que norteiam nosso universo fictício, o nosso amado Dungeons & Dragons. Desejo realizar quaisquer testes de habilidade ou de resistência que possam ser necessários, rolando os dados, símbolos de destino, e interpretando suas marcas crípticas para decidir o desenlace de nosso empreendimento. Agradeceria imensamente se pudesse iluminar estas sombras que, no momento, cobrem o nosso entendimento. Juntos, podemos dar forma à magia, construir um teatro de possibilidades e prosseguir na nossa jornada fantástica com mais confiança e deleite. Aguardo com expectativa sua resposta, nobre senhor.




    @Dycleal


    Com um olhar avaliativo que raramente iluminava seus olhos, Lysander virou-se para Garona, uma certa admiração espreitando nas profundezas de suas órbitas vazias. "Parece-me," disse ele, sua voz baixa e rica em modulação, "que a senhorita é mais franca do que a maioria. Eu respeito isso. Quanto à sua pergunta, preciso que obtenha tudo relacionado à Configuração dos Lamentos. Principalmente, a caixa. De valor inestimável, é ela que se anseia." Ao dizer isso, suas mãos esguias mergulharam nas profundezas do manto escuro que lhe cobria o corpo e extraíram dois diamantes azuis, sua luz ofuscante contrastando com a escuridão inerente ao ambiente. "Este," disse ele, estendendo os gemas à mulher, "é o pagamento inicial." Com a outra mão, mostrou um saquinho repleto de diamantes semelhantes, cintilando com um brilho etéreo. "E isso é só o começo," Lysander prometeu, sua voz um sussurro arrepiante na quietude da taverna. No entanto, no momento em que as palavras se desvaneceram em sombras, uma agitação se desenrolou na penumbra. Ainda segurando os diamantes, Lysander cambaleou, um dardo escuro e sinistro cravado em sua pele. A expressão de surpresa congelou em seu rosto antes de desabar ao chão, os diamantes espalhando-se em todas as direções. Como um grito silencioso, a taverna irrompeu em caos. Pessoas se atropelavam em uma corrida desenfreada para pegar as preciosidades espalhadas, seus olhos brilhando com a mesma cobiça que os diamantes. Enquanto a confusão crescia, as figuras encapuzadas que antes se escondiam nas sombras, aproveitaram o tumulto para se evadir. A confusão os encobriu, e quando a calmaria retornou, os homens haviam desaparecido, como se nunca tivessem existido, deixando apenas a taverna, o Coração da Floresta, mergulhada em silêncio e mistério.





    Já podem fazer suas postagens...



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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Lucas Corey Sáb Jun 10, 2023 1:01 pm

    Duas ou três canecas de cerveja e vinho foram afastadas mais para a borda da mesa quando o pequeno avisou que precisava de espaço. Lysander usava uma voz solene e soturna ao explicar para Nadien os horrores por trás da Configuração dos Lamentos, mas Nam só tinha atenção para o mapa que estendeu diante de si ao se sentar na posição do lótus. Seus dedos tocaram a superfície do documento de maneira que Namfoodle pudesse imaginar uma linha que, ligando os pontos de contato, formasse um símbolo astrológico. Fez isso enquanto murmurava umas poucas palavras numa linguagem hermética, e sua mente se iluminou!

    Ah, poucas sensações lhe causavam tanto deleite quanto a de perceber ou compreender subitamente, como num insight, coisas que um momento antes estavam além da sua capacidade! Essa foi a motivação para ele escolher a Escola da Adivinhação como seu foco principal de estudos, e tal escolha o recompensou, naquele momento, com a compreensão dos significados daqueles caracteres até então irreconhecíveis.

    Nam concluiu a leitura das inscrições nos cantos do mapa e, ligeiramente boquiaberto com sua descoberta, ficou novamente em pé sobre a mesa. Estava ansioso para mostrar a Lysander o fruto de sua capacidade adivinhatória, mas esperou que este terminasse de falar com a bárbara agigantada.

    Quando o rosto de Lysander se tingiu de espanto e surpresa, Nam ficou um instante sem entender, mas então notou o dardo funesto, e gritou horrorizado! Sua primeira reação foi pular da mesa na direção de Lysander, pois, embora o pequeno adivinho nada soubesse sobre magias de cura, queria retirar o dardo o mais depressa possível. Seu intento não se realizou, porém, pois a cobiça daqueles à volta instalou o caos, e Nam acabou se refugiando embaixo da pesada mesa para não ser pisoteado pela turba.

    Rangendo os dentes de raiva e inconformismo, ele segurou o cabo da sua adaga, mas não a retirou do esconderijo, não ativou o poder da Lâmina. Apenas gritou, com todas as suas forças, para alguém que talvez tivesse o dom da cura:

    - NADIEN, SALVA ELE! SALVA ELE, NADIEN!
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    Mensagem por Dycleal Sáb Jun 10, 2023 1:20 pm

    A bárbara ouve a voz baixa e modulada do contratante e ouve ele falar que ela é franca e que admira essa qualidade, o que não significa muito para ela, pois acha que ser franco e falar sempre a verdade é o que todos deveriam fazer e não uma virtude e ele explica sobre um livro que fala dos lamentos e que é para recolher tudo em relação a esses lamentos até a caixa, ela pondera que o pequeno metido a sabido vai identificar esses itens que ele tem interesse e ela vai garantir que ninguém mexa nelas até devolver a caixa com tudo dentro e ai vem a parte importante, o pagamento e de dentro do manto escuro saíram duas pedras parecidas com diamantes e eles eram azuis... Lindos, e fariam dois belos brincos para a sua amada e mostrou um saquinho com outras pedras iguais, dizendo que era o resto do pagamento, quando houvesse a entrega.

    Enquanto Garona pegava as duas pedras e as guardava em sua algibeira, um dardo escuro encrava na pele do Sr. Lysander e o saco com as pedras cai espalhando as pedras restantes no chão e a Bárbara experiente no trato com multidões, puxa a sua arma e se coloca entre as pedras, o contratante e a multidão e diz: - O primeiro que passar morre e vai virar dois, o de cima e o de baixo, ambos, claro, estarão mortos e não tenho limite de corte, abençoarei todos que passarem por mim, com a minha lâmina, ninguém pega em nenhuma pedra e ficará vivo! Fala isso com voz em um tom abaixo, um tom grave, uma voz tenebrosa e gutural e olha para a elfa de azul e o pequeno e continua: - Ajudem o nosso contratante, seus inúteis! E entra em fúria, focada na linha imaginária que traçou a sua frente.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Sáb Jun 10, 2023 6:45 pm

    @Lucas Corey

    Essa é a descrição do que o Namfoodle encontra no pergaminho, por meio do ritual e seus dons arcanos. Vamos a ela:

    "Com o manuscrito diante de si, Namfoodle, o astuto gnomo, mergulhou em um mundo de símbolos, de figuras abstratas que pareciam se retorcer e se mover conforme sua compreensão se aprofundava. Este era o domínio do arcano, um universo tecido de pensamento e possibilidade, onde cada palavra escrita era uma sentença de poder e cada signo, uma manifestação de prazeres supranaturais.

    A Configuração dos Lamentos, o gnomo deduziu, era mais que uma mera caixa. Era uma chave, um mecanismo de acesso a realidades além do entendimento mortal. Cada configuração que se poderia abrir correspondia a um prazer indizível, uma experiência proporcionada pelos cenobitas da Ordem do Gash, esses seres de devoção e disciplina perversa.





    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Gm_mak41

    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Gm_mak42
    [Compreendam que essas imagens retratam alguns Cenobitas da Ordem do Gash, no
    labirinto (ou inferno, se preferir) elas vêm a mente do gnomo com a leitura do pergaminho]





    Entre as inúmeras possibilidades de abertura, uma se destacava. Ela conduzia diretamente ao labirinto de Leviathan, um limbo entre os mundos onde o senso de realidade e fantasia se entrelaçavam de maneiras inescrutáveis.

    E no coração desse labirinto, segundo os escritos arcânicos, habitava um mistério, uma verdade que só poderia ser apreendida por aqueles destinados ao tormento eterno. Este conhecimento, perturbador e profundo, afirmava que todos os que tinham sido condenados ao inferno sempre estiveram lá, mesmo antes de sua condenação. Que a existência em si não era mais do que uma antecâmara para os domínios infernais ou, em seu aspecto mais ameno, para o Azylum. Uma verdade que, uma vez conhecida, transformava para sempre o perceptor.





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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Gm_tak17
    O Labirinto de Leviathan




    Namfoodle olhou para o manuscrito, sua mente um redemoinho de especulações e suposições. O que ele havia descoberto era algo que poderia desvendar o tecido da realidade ou mergulhá-lo em um abismo de loucura. Mas a busca pelo conhecimento era implacável, e o gnomo sabia que tinha que continuar, independentemente do perigo que tal conhecimento possa acarretar."




    Fiz edições... Releiam por favor.


    Dante
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Dante Seg Jun 12, 2023 11:42 am

    “Mas que droga. Já nem sei quantos dias se passaram e não achei nada. Nem os dados, nem a pedra e nem o maldito Kobold. Eu não devia ter ouvido você, e porque me fez fazer aquilo com eles? Não encontramos nada lá e... O quê? Claro que eu sei que tem uma vila ai na frente, ainda não fiquei cego, sou ótimo rastreador já pretendia vir aqui mesmo, quem sabe não encontro algum deles por aqui e... O que tem na taverna? Hum... Verdade, parece ter um movimento lá, bem vamos ver, pode ser divertido.”

    Nimb avança até a taverna passa por algumas pessoas saindo e uns tipos esquisitos e começa a falar sozinho novamente “Eles o quê? Para com isso, você não sabe disso. Vamos entrar logo.”

    Entrando na taverna se depara com uma cena inusitada. Um homem caído. Uma mulher gritando. Muita gente falando e correndo e pedras pelo chão.

    Ele passa pela multidão andando calmamente com seu sorriso característico enquanto tenta identificar se apenas diamantes estão no chão ou mais alguma pedra pode ser encontrada.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Ter Jun 13, 2023 9:07 am

    @Dycleal @Dante


    Uma sombra de inquietação pairava sobre o viajante que, com semblante cinzelado pela amargura e fadiga, murmurava maldições surdas a um ar fresco e sem remorso. Aparentemente abrigado num diálogo solitário, ele descarregava a insatisfação de sua alma, amargurada por um jogo de azar que persistia em deixá-lo de mãos vazias. Nem dados, nem pedra, nem mesmo o Kobold, nada havia sido encontrado, uma promessa vazia escondida por uma voz persuasiva. Seus olhos, cansados, mas ainda aguçados, encontraram um assentamento humano à distância. A dica de civilização, por mais modesta que fosse, parecia a promessa de algum alívio de sua solidão e frustração. Enquanto um murmúrio íntimo questionava suas ações, Nimb descartava as dúvidas com o pragmatismo de um rastreador experiente. E, então, no horizonte, surgiu a promessa de entretenimento – uma taverna. A curiosidade levou-o ao seio do estabelecimento, passando por uma variedade de figuras que saíam e entravam, cada uma mais esquisita que a outra. Nimb, já imerso em seu próprio murmúrio, mal notou a estranheza. Sua atenção foi imediatamente roubada pela visão caótica dentro da taverna. O Coração da Floresta estava em pandemônio. Um homem jazia no chão, uma figura feminina lançava gritos, pessoas corriam de um lado para o outro, palavras frenéticas enchiam o ar e o chão estava espalhado com objetos cintilantes que pareciam ser diamantes. Mesmo em meio à confusão, Nimb permaneceu sereno, seu sorriso característico se alargando enquanto ele tecia caminho através da multidão, olhos cintilantes de interesse enquanto vasculhava o chão, buscando qualquer coisa que pudesse ser mais do que os diamantes ordinários que cintilavam aos pés da multidão em frenesi.

    À medida que o olhar de Nimb se deslocava pelo tumulto, um raio de ameaça surgiu, estrondoso e inegável. Uma figura titânica estava no coração do caos, uma muralha inabalável entre a multidão desordenada e os diamantes espalhados. A gigante goliath, conhecida como Garona, era um furacão de ira primordial. Seus músculos como pedra cintilavam à luz do luar que se infiltrava pela janela aberta da taverna, e seus olhos faiscavam com a fúria de um dragão despertado. Garona, imponente, se erguia acima da multidão como uma deusa furiosa, sua voz retumbando por todo o estabelecimento em rugidos guturais que transformavam o sangue de qualquer ouvinte em gelo. Suas mãos se moviam como chicotes, protegendo os diamantes como uma mãe feroz protegeria seus filhotes. Nimb parou, mesmo seu andar tranquilo se dissolvendo na presença da gigante goliath. Ele podia sentir a fúria de Garona emanando dela, uma força quase palpável que parecia afastar os ladrões oportunistas. Seu sorriso característico, no entanto, permaneceu intacto, um pouco mais alargado enquanto ele observava a goliath. Intrigado, ele fez uma pausa, avaliando a situação. O rosnado furioso da goliath enchia o ar, mas Nimb, longe de ser dissuadido, parecia estar mais intrigado. Seus olhos não mais procuravam pelos diamantes, mas estavam fixados na gigante. Um estranho respeito parecia brilhar em seus olhos enquanto ele contemplava a personificação da fúria que se desenrolava diante dele.

    À medida que o furor de Garona continuava a crescer, uma mudança sutil se apossou dela. Através do borrão de faces gananciosas e mãos ávidas, uma imagem se formou diante de seus olhos. Uma visão de uma elfa, tão querida, tão próxima de seu coração, parecia fitá-la com uma expressão de repreensão serena. A visão causou um abalo em Garona, um estremecimento de realidade que atravessou sua tempestade de raiva. A visão da elfa permaneceu firme, uma rocha em meio à torrente da ira de Garona. O olhar repreensivo da elfa estava gravado em seu coração como um símbolo de seu amor e, nesse momento, como um aviso para conter a tempestade em seu interior. A goliath então, com uma força que apenas o amor poderia inspirar, alterou o curso de sua ira. Ela chutou vários diamantes em direção à turba faminta, um osso jogado para acalmar os lobos. Seus pés enormes se plantaram firmemente sobre o restante das pedras preciosas, estabelecendo uma barricada intransponível entre eles e os aspirantes a ladrões. Assumindo uma postura defensiva, Garona manteve um olhar vigilante sobre a multidão. Seu rugido feroz havia se transformado em um grunhido baixo, uma clara advertência para aqueles que ousassem se aproximar. A mudança foi quase tangível, um vislumbre de sensibilidade por trás da fera. Nimb, ainda a uma distância segura, observava com um interesse renovado. A goliath era uma força a ser reconhecida, não apenas por sua força bruta, mas pela complexidade de sua alma.

    A turbulência à sua volta parecia diminuir para um zumbido distante enquanto Nimb observava Garona. A força tempestuosa que havia notado quando a viu pela primeira vez tinha se transformado em algo muito mais complexo e intrigante. Sob a superfície áspera e dura da guerreira goliath, ele tinha vislumbrado um vislumbre de vulnerabilidade, uma chama de emoção que queimava tão brilhantemente quanto qualquer um de seus diamantes. Mesmo que os diamantes cintilantes espalhados pelo chão da taverna fossem tentadores, os olhos de Nimb estavam fixos em Garona. A paixão ardente que ele sentia por ela era quase palpável, como um goblin obcecado por uma gema cintilante. Seu coração, tão pequeno em comparação com seu corpo, pulsava com um desejo ardente que só poderia ser descrito como amor. Mas não era um amor comum que surgia de encontros casuais e risos compartilhados. Não, era algo mais profundo, uma paixão tão intensa que poderia rivalizar com as profundezas das cavernas subterrâneas onde Nimb havia passado a maior parte de sua vida. Não importava que Garona fosse uma gigante e ele, um mero gnomo Svirfneblin. Não importava que ela fosse uma guerreira, cujo rugido poderia fazer tremer a terra, enquanto ele era um rastreador, acostumado a passar despercebido. O amor, ele sabia, não reconhecia tais limitações. Enquanto Garona pisava firmemente nos diamantes, protegendo-os dos aventureiros gananciosos, Nimb só conseguia pensar em como poderia proteger seu próprio tesouro. Como ele poderia se tornar o escudo de Garona, defendendo-a dos perigos deste mundo e do próximo. Nimb, o gnomo Svirfneblin, estava apaixonado. E ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio para proteger a gigante que havia conquistado seu coração.

    @Dante

    (Se quiser bloquear esse sentimento por Garona, role um teste de inteligência ou sabedoria CD 16, por favor... Mas só se quiser... Se não deixa rolar.)


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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Mandhros Ter Jun 13, 2023 12:33 pm

    Não houve tempo para processar a reposta de Lysander ao meu questionamento. Ele falou, brevemente, sobre encontrar o artefato e trazê-lo em segurança. Mas a própria masmorra na qual ele se encontrava já não seria segura o suficiente? Havia até mesmo um dragão naquele lugar.

    De qualquer forma, as palavras do nosso empregador fizeram desarmar minha alma. A compreensão de que aquela jornada não era apenas pelo tesouro ou pela glória já era suficiente para me inclinar a aceitar a jornada - mais do que eu já estava inclinada, de qualquer forma, por causa do risco que o Sr. Namfoodle poderia representar...

    Sou arrancada de meus pensamentos quando uma seta cruza o ar em direção a Lysander, atingindo-o diretamente.

    - NADIEN, SALVA ELE! SALVA ELE, NADIEN!
    E então, os gritos do gnomo...

    Pedras preciosas caem pelo chão - uma delas antes oferecida à goliath - e se espalham, instaurando a confusão. Não havia tempo para pensar. Era necessário agir, e depressa!

    Com um salto, me movo em direção ao caído Lysander e, com habilidade, coloco uma das mãos sobre a ferida, o restante da seta emergindo por entre os dedos. Com a outra, seguro firmemente o projétil, puxando-o lentamente enquanto murmuro:

    Salve Tyr, que deu a mão para prender a fera escura.
    Salve Deus cuja canção é de guerra e de bravura.
    Salve Senhor que se veste de justeza e de coragem.
    Rei d'abobada celeste, das lutas faz arbitragem.
    Dê-me, mestre do combate, força para resistir
    que o desânimo não me mate ou me faça desistir.
    Inspire-me ousadia e força para vencer
    as guerras do dia-a-dia, desafios do viver.
    Dê-me garra e julgamento pra vencer os desalentos.

    Faço uma pausa, fechando os olhos, enquanto a energia curativa de Tyr fluía, curando Lysander pelas minhas mãos, e prossigo com a prece:

    Onde a coragem é necessária para enfrentar o perigo
    Seja a Tua Luz meu alento, meu abrigo
    E que cada ferida no mundo a existir
    Encontre a cura pela graça de Tyr.

    Abro os olhos, encarando Lysander e a ferida com atenção, com a esperança de que o dom característico dos paladinos tenha sido suficiente para salvar-lhe a vida.

    Off: Vou usando cura pelas mãos até perceber que Lysander está estável. Caso isso não aconteça - considerando que a seta pudesse ter algum componente arcano, algum veneno incomum, ou algo do gênero, vou tentar avaliar a ferida para adotar o tratamento mais adequado - nesse caso, pode pedir o teste apropriado que eu faço, @GM.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Dante Ter Jun 13, 2023 1:45 pm

    Nimb achou o que não procurava. Alguma coisa na mulher – que ele parece mal perceber se tratar de uma gigante babando de fúria – tocou em Nimb de uma forma que ele desconhecia até aquele momento. O sentimento, de certa forma, era parecido com o torpor que lhe acometia quando “marcava” uma presa antes de iniciar a caçada. Mas aquilo... Aquilo era completamente diferente. Nimb soube, naquele momento, que mesmo sem nem chegar a conhecer o alvo de sua admiração e afeto a mulher já lhe tinha como leal até depois do fim.

    Aparentemente completamente alheio ao furdunço que acometia o lugar Nimb se aproxima despretensiosamente da mulher e depois de aparentemente travar algum tipo de dialogo interno ele diz:

    “Oi, eu sou o Nimb!”

    Em suas mãos uma suculenta maçã é oferecida a gigante enquanto ele parece estar surdo para toda a balburdia no local, tendo ouvidos apenas atentos na espera da resposta daquela a sua frente.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Qui Jun 15, 2023 11:47 am

    Em meio ao pandemônio e ao caos, um silêncio profundo se instalou, mais perturbador do que qualquer clamor, à medida que as tentativas de ressuscitar Lysander encontravam seu fim inelutável. Nenhum encantamento arcano, nenhuma panaceia mundana, nem o elixir mais esotérico podia repelir o amargo beijo do Anjo da Morte, agora reivindicando Lysander para seu domínio etéreo.

    O corpo de Lysander, agora alheio à agitação e ao tumulto ao seu redor, parecia estranhamente em paz, como se finalmente tivesse encontrado algum alívio em sua quietude sepulcral. Sua pele, outrora radiante com a vivacidade de vida, agora ostentava a palidez funesta daqueles que cruzaram o limiar do desconhecido, suas feições iluminadas pela luz mortiça da taverna.

    Enquanto os últimos suspiros de Lysander se dissipavam no ar carregado da taverna, uma descoberta peculiar foi feita. Embutido em seu manto de viajante, havia um envelope lacrado, de uma simplicidade austera que contrastava fortemente com o caos da situação. Escrito na frente do envelope com uma caligrafia fina e precisa estava: "Abra se eu estiver morto".

    A visão desse envelope secreto, cujo conteúdo era reservado apenas para os olhos dos vivos, enchia o ar com uma sensação de melancolia e expectativa. Que segredos obscuros Lysander havia levado consigo para o além? Que conhecimentos profundos e arcanos ele havia considerado muito perigosos para serem revelados durante sua vida?

    Como uma sombra que se estende pela terra sob o luar pálido, a morte de Lysander lançou uma escuridão sobre O Coração da Floresta, trazendo consigo uma quietude perturbadora, um silêncio tão absoluto que poderia ser ouvido. Mas em meio à morte, um enigma se revelou, um enigma que só poderia ser resolvido abrindo o envelope póstumo de Lysander.

    (Eu estou sem acesso ao meu PC para fazer a colorização e colocar mapas ou imagens neste momento, mas já podem postar. Depois eu edito.)
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Mandhros Qui Jun 15, 2023 1:11 pm

    Por mais que eu não tivesse levado mais de alguns segundos para deixar minha posição e saltar sobre o corpo de Lysander... Por mais que o próprio Tyr me tivesse abençoado com o dom da cura, e por mais fervorosa que fosse minha prece, estava acabado.

    A seta fincada no cadáver do nosso empregador atingiu um ponto vital e causou a morte instantaneamente. Não havia mais o que fazer.

    Abaixo a cabeça, deixando os cabelos prateados esconderem meu rosto no meio daquele caos. Eu mal havia chegado ali e tinha questionado os motivos do homem morto logo à minha frente. Talvez devesse ter dado mais crédito a ele... Talvez o tivesse injustiçado. E agora ele estava morto, e eu não pude salvá-lo.

    Com solenidade, fecho os olhos do homem, passando a mão suavemente pelo seu rosto. Quanto à seta que eu tinha acabo de retirar do corpo dele, enrolo-a em um pano cuidadosamente e guardo, para poder analisar posteriormente e investigar melhor.

    Aproveito para revistar o corpo, em busca de qualquer coisa perigosa, mas havia apenas uma carta...

    "Abra se eu estiver morto".
    Lysander sabia que corria risco, e deixou para trás alguma pista. Uma pista que eu não deixaria esfriar.

    Rapidamente, após ler o comando da carta, abro o envelope o leio.
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    Mensagem por Dycleal Qui Jun 15, 2023 4:10 pm

    Garona observa a multidão ir dissipando e a situação vai acalmando e ela se abaixa e recolhe os diamantes que conseguiu proteger e viu que salvou bastante diamantes e que eles tem uma cor e brilho bem interessantes. Enquanto recolhe os diamantes, vê um pequeno Gnomo, que se apresenta como Nimb e com uma suculenta maça, a oferece junto com um sorriso. Ela pega a maça com uma estranha delicadeza em relação ao seu tamanho e fúria e diz: - Olá Nimb, Eu sou Garona e muito obrigada pela gentileza. E com uma pausa, para morder a maça, continua com a boca cheia da maça mordida: - Pode me ajudar a pegar aqueles dois diamantes, que ficou ali, embaixo da mesa?
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Qui Jun 15, 2023 6:09 pm

    Meu caro amigo,

    Se você está lendo esta carta, então temo que minhas aventuras neste plano tenham terminado. Deixe-me começar dizendo que a morte não é um inimigo, mas um velho amigo com o qual escolhemos dançar quando a música do nosso tempo toca a última nota. Nesse sentido, eu lhe peço que não se lamente, mas celebre a dança que foi a minha vida.

    Através dos anos, minhas pesquisas e estudos levaram-me através de portais de maravilha e medo, do microcosmo do átomo à vastidão do multiverso. Acredito que os mistérios mais profundos do universo residem na intersecção entre a criação e a destruição, no ciclo de vida e morte, e na dança eterna entre luz e trevas.

    Em minha última jornada, encontrei uma cripta localizada ao norte, na imponente Espinha do Dragão, uma tundra desolada e gelada, guardada pela floresta Murmurante ao sul. A Cripta do Eterno Silêncio, como é conhecida, é um lugar onde nenhuma vocalização é ouvida, onde os segredos permanecem trancados nas garras do silêncio. Foi lá que descobri o Livro das Revelações.

    Guardado dentro deste livro está um segredo oculto, uma mensagem criptografada que contém uma sabedoria profunda. Para desvendar a sabedoria contida em sua primeira página, você precisa da chave que gira treze vezes. Eu lhe imploro, olhe além do véu do entendimento convencional, busque a rotação, o movimento circular da sabedoria.

    Na câmara mais profunda da cripta, existe um portal para a dimensão dos Arcontes da Alma, os deuses antigos que teceram a trama da existência. Este portal leva ao Labirinto do Leviathan, onde o Cubo das Lamentações é mantido sob a proteção de três Nepharites guerreiros. Este Cubo, acredito, é a chave para compreender o grande mistério do universo e a busca que todos nós, consciente ou inconscientemente, empreendemos.

    Sei que esta tarefa é grande e que as palavras que escrevo podem parecer inacreditáveis, mas eu lhe peço que confie em minha sabedoria e na verdade de minha busca. Este é o CAMINHO, o caminho que cada um de nós deve percorrer para entender o propósito de nossa existência.

    Lembre-se de mim não como um mero mago, mas como um viajante em busca de verdades além da compreensão mortal. Agora, meu amigo, passo a tocha para você. Continue a jornada, resolva o enigma, encontre a chave. O destino de nossa realidade pode depender disso.

    Em memória de mim, seu amigo sempre leal,

    Lysander.

    No final da mensagem, existe uma nota cifrada escrita em uma linguagem estranha e misteriosa. Este é o texto:

    "Nagrf qb cevapícvb aãb univn anqn, fvzcyrfzragr cbedhr anqn aãb cbqr unire, wá dhr aãb É. Ab cevapícvb, univn b É, fvzcyrf, pbzcnpgb, gbgny, cbaghny, hab. Ragãb Ryr qrpvqvh pnzvaune, pevnaqb nffvz B PNZVAUB, cnegvaqb qr fv zrfzb, cnen n cevzrven qverçãb. À zrqvqn dhr pnzvaunin, qrvknin rz pnqn cnegr qb pnzvaub, cnegr qr fv, CBAGBF dhr pbagvaunz fhn Rffêapvn. Pnzvaubh hzn vasvavghqr. N bevtrz Ryr punzbh qr pvzn, b svz Ryr punzbh qr onvkb."

    E um estranho desenho circular, como visto na figura:




    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Img-2010

    "4 6 3 8 A B K 2 4 A L G M O R 3 Y X 24 89 R P S T O V A L"


    Aquele que busca o segredo escondido nesta laje,
    Precisa encontrar a chave que gira, gira, sempre em viagem.
    Treze vezes, ela roda, na dança da descoberta,
    E então, somente então, a verdade se abre, desperta.

    Além do véu do entendimento comum, você deve olhar,
    Além das letras arranjadas, um código para decifrar.
    Busque a rotação, a sabedoria no movimento circular,
    Este é o CAMINHO, a senda para o oculto desvendar.

    Treze passos de rotação, não são mero acaso,
    Mas um desenho consciente, na ordem do Espaço.
    Um ciclo que reflete o ritmo do cosmos, em seu traço,
    Um padrão a ser seguido, que precisa de um abraço.

    Reflita, medite, aplique a chave giratória,
    Gire treze vezes, na espiral da história.
    Só então, a mensagem escondida, em sua memória,
    Irá se revelar, à luz da compreensão, em glória.






    Pode ficar com meus diamantes azuis, mas se você fizer isso, você fica encubido desta missão, de queimar meu corpo mortal e espalhar as cinzas na entrada da Cripta do Eterno Silêncio. Os deuses dos deuses é testemunha do nosso acordo e vingará meu sangue se não agires com justiça.





    >>> Fiz modificações, por favor, releia. <<<


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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Lucas Corey Qui Jun 15, 2023 7:07 pm

    As atitudes de Garona provocaram emoções contraditórias de gratidão e aversão no pequeno mago. Afinal, ela protegeu Lysander e, ao mesmo tempo, referiu-se a Nadien e Nam como "inúteis". Mas ele não teve tempo de processar essas emoções, já que, logo em seguida, a gigante adotou uma postura menos agressiva e afastou os gananciosos chutando-lhes algumas gemas.

    Com o caminho livre, Nam correu até Lysander. Ficou de joelhos ao lado de Nadien, em silêncio, torcendo pelo sucesso. Ele não era particularmente religioso, embora membro de uma pequena Confraria que homenageava Azuth, Deus do Saber e da Magia. Para ele e seus confrades, Azuth era mais uma inspiração e um ideal de vida do que uma entidade a ser cultuada, então cada membro era livre para frequentar ou não os cultos, praticar rituais ou não. Naquele momento, Nam pediu em silêncio: "Grande Azuth, Deus que tudo sabe, rogo a vós que olhe por Lysander, o qual cultiva vossos divinos ideais".

    Mas nem Azuth, nem Tyr intervieram para salvar o sábio caído, e os dons da paladina foram insuficientes. Sob o silêncio sepulcral que preencheu a taverna no momento em que os olhos do morto foram fechados, Nam sentiu-se triste, bem mais do que seria de esperar, considerando que havia conhecido Lysander havia apenas uma hora. Ao ver a emoção no rosto da paladina, pousou a mão no ombro dela:

    - Te agradeço muito pela tentativa, cara Nadien… E você pode me chamar de Nam-Nack ou só Nam, se quiser.

    A paladina encontrou a carta, leu o comando, e a abriu. Noutras circunstâncias, Nam diria animadamente "deixa eu ler junto"! Mas ainda estava consternado demais. Em silêncio, aproximou o rosto para acompanhar a leitura. O texto complementava as revelações inacreditáveis e estarrecedoras do mapa. Namfoodle sentiu que, diante de tudo aquilo, o objetivo de encontrar a Cor Inexistente tornava-se algo menor…

    Rolagens de Prodígio:
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Dante Qui Jun 15, 2023 7:41 pm

    Nimb não via mais uma taberna, mas um frondoso jardim cheio de palmeiras, e não era noite, era uma linda e ensolarada tarde, e não havia o barulho dos animais noturnos ou do pouco furdunço ainda presente, havia apenas o canto dos pintassilgos.

    “Garona... Que nome lindo”


    Nimb repetia o nome em um esforço mental maior do que se esperava para memorizar um nome.

    Garona não estava sorrindo, mas Nimb a via sorrindo.

    A segunda frase de Garona fez Nimb voltar – ao menos um pouco – a realidade.

    “Ela está pedindo minha ajuda? Poderei mostrar meu valor.”
    Ele parecia estar apenas pensando, apesar de estar falando em alto e bom som.

    Resoluto ele olha para Garona e decidido declara em tom militar, quase como que batendo em continência, com barria para dentro e peito para fora. “Sou um excelente rastreador princesa Garona. Não se preocupe. Recuperarei suas pedras nem que seja a ultima coisa que faça.” E lá se foi o Gnomo se embrenhar embaixo da mesa com tal afinco como que sua vida dependesse disso.
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Mandhros Sex Jun 16, 2023 11:47 am

    O destino, às vezes, guardava surpresas para todos os seres.

    A mão do Sr. Namfoodle sobre o meu ombro quando, finalmente, meus esforços para tentar salvar Lysander se mostraram em vão, era uma delas. Por mais que o pequeno mago parecesse um pouco distraído, era visível o seu pesar. Um luto por alguém que mal conhecia, com o qual pouco conversara... Embora eu não conhecesse Lysander, aquela cena, aquela reação, me emocionaram a ponto de uma lágrima, solitária, se formar em meu olho e despencar sobre o corpo inerte do nosso empregador.

    - Te agradeço muito pela tentativa, cara Nadien… E você pode me chamar de Nam-Nack ou só Nam, se quiser.
    O pequenino era muito gentil, afinal.

    Obrigada, Sr. Nam... Não era a vontade dos deuses que Lysander permanecesse entre nós. Lamento não ter podido salvá-lo...

    E, então, a carta.

    Além de se tratar de um codicilo que continha a última vontade do Sr. Lysander, havia algumas informações valiosas ali, explícitas ou cifradas.

    Na parte explícita, estava uma nova menção ao Cubo das Lamentações e ao perigo real que ele representava. Por mais que, evidentemente, fosse um artefato de extremo poder, parecia muito claro que ele não deveria ser aberto ou manipulado. O risco era grande demais para ser simplesmente ignorado.

    Além disso, havia uma nota sobre o Livro das Revelações, um incunábulo que encerrava a "chave da chave", que trazia consigo o segredo para abrir o Cubo. Aqui havia outra questão: parecia claro que o Livro e o Cubo jamais deveriam permanecer juntos, pelo bem do nosso mundo.

    Por fim, havia a informação de que o Cubo era guardado por três Nepharites, demônios do mundo antigo.

    Isso era ruim.

    No momento no qual eu ia abrir a boca para discutir a mensagem cifrada com o Sr. Nam, um outro gnomo, de pele mais escura e vestes diferentes, se lançou sob a mesa e começou a recolher, freneticamente, as jóias azuis que caíram no chão com a confusão.

    Estaco, boquiaberta e atônita ao observar que, aparentemente, o outro gnomo ignorava o fato de haver uma pessoa morta bem perto de si.

    Dirijo-me ao recém-chegado:

    Hey, você! Essas pedras não lhe pertencem! São o pagamento pela execução da última vontade de Lysander!

    E, então, me voltando à goliath, que cuja sombra enorme se lançava sobre o corpo inerte do mago falecido:

    Senhorita, eu não sei quem você é ou de onde vem, mas me parece claro que está aqui pela mesma razão que trouxe o Sr. Nam, aqui ao meu lado...

    A propósito, eu me chamo Nadien. Ainda não sei o seu nome...

    Enfim... O Sr. Lysander está morto, não pude salvá-lo...

    Mas ele deixou um codicilo... Uma disposição de última vontade e, com ela, uma missão e um pagamento.

    Você vai se juntar a nós, na jornada até a Cripta?

    Meus sentimentos em relação à goliath eram confusos e ambíguos. Por um lado, ela havia tentado se aproximar de mim. Não, eu não queria isso... Não queria viver os abusos de novo... Não permitiria...

    Controle-se, Nadien!

    Por outro, ela evidentemente parecia uma guerreira formidável, e tinha se colocado como uma muralha entre mim, o Sr. Nam e Lysander e o resto da turba...

    Com um último gesto, passo a carta ao Sr. Nam, falando:

    Sr. Nam, há uma mensagem cifrada na carta. O Senhor consegue ler?
    Dante
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por Dante Sex Jun 16, 2023 2:33 pm

    Nimb estava absorto em sua missão. Ele precisava cumprir a tarefa que lhe foi imposta por sua princesa e demonstrar sua lealdade e suas qualidades, nada lhe impediria até que uma voz – nenhuma das que ele normalmente escuta – parecia falar com ele.

    Hey, você! Essas pedras não lhe pertencem! São o pagamento pela execução da última vontade de Lysander!

    Nimb se retesou como um gato antes de um bote e em uma fração de segundos com uma mão guardou as pedras que já tinha conseguido juntar enquanto com a outra pegou seu arco e com a outra mão, agora já livre preparou uma flecha de madeira toda negra já retesando as cordas do arco apontando para aquela nova presa com olhar firme e lucido como ficava quando pronto para a caça.

    “As pedras pertencem a princesa. Você não vai me impedir.” Nesse momento um novo dialogo interno toma conta da mente nebulosa do ranger louco. “Mate-a logo, não perca tempo” “Não faça isso. Você nem a conhece. Como também nem conheça a outra mulher” Nimb piscou. Era uma tentativa de assumir o controle, mas parece que não foi suficiente ou talvez ele tenha querido se entregar. Ele pensou consigo mesmo “Ela é inimiga da princesa. Quer suas pedras.” Ele pensava freneticamente se decidindo o que fazer, apesar de sua face parecer quase impassível.

    No entanto... As palavras duras da Elfa para Garona foram demais para o pequeno Gnomo e toda duvida foi extinguida ali. Ele dispara e uma flecha corta o ar em direção a Elfa...
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    A Aventura Começa - "O Coração da Floresta" - Página 2 Empty Re: A Aventura Começa - "O Coração da Floresta"

    Mensagem por GM Qui Jun 22, 2023 10:20 am

    Ainda mergulhado no abismo do desconhecido e do inesperado, Nimb estava absorto no desafio por ele traçado - um mandato direto de sua estimada princesa, exigindo não apenas sua fidelidade, mas também a manifestação completa de suas capacidades. Nada no cosmos, nem mesmo os murmúrios distantes de realidades paralelas, poderia desviá-lo de sua rota até que uma voz, um farfalhar na névoa de suas inúmeras audições, ousou desafiá-lo.

    "Ei, tu, rato de túnel!" A voz reverberava. "Estas joias não te pertencem! São a compensação pelo cumprimento da última vontade de Lysander!"

    Nimb, então, enrijeceu-se como uma serpente prestes a desferir o bote mortal. Em um lapso temporal imensurável, uma eternidade confinada ao espaço de um segundo, sua mão se apressou em guardar as gemas já coletadas. Ao mesmo tempo, a outra se movia com a velocidade de um corisco para segurar seu arco, a madeira negra contrastando com o brilho inquisidor de seus olhos. Na "terceira mão", liberada agora pela primeira, uma flecha de sombras se alojava, pronta para ser disparada.

    "As gemas pertencem à princesa. Você não me impedirá." Proferiu Nimb, sua voz como um suspiro do vento frio em meio à tempestade de pensamentos que assolava seu ser.

    Contudo... as palavras afiadas da elfa atingiram a corda sensível do pequeno gnomo, a fúria que emanava de Garona sendo o estopim para aniquilar qualquer hesitação remanescente. Uma decisão tomada, uma resolução solidificada no arco da determinação. "Ela é inimiga da princesa. Quer as gemas da princesa." Esses pensamentos assomavam sua mente, fazendo sombra sobre qualquer dúvida remanescente.

    Foi quando o inevitável se desenrolou - a flecha foi disparada, zumbindo no ar, atravessando a distância com velocidade e precisão mortíferas.

    Porém, tal como uma serpente alerta, a goliath Garona, guiada por instintos reptilianos e profundos, agarrou a flecha no ar antes que pudesse alcançar sua vítima. Sem sequer um pensamento consciente, ela interceptou a seta, a morte prematura de Nadien adiada. E assim, como a própria sombra resiste ao lume, a postura de Garona oscilou entre o domínio e a reticência. A gigante goliath, cujos músculos eram esculpidos pelos muitos anos de batalha e cujo coração pulsava com a fúria dos injustiçados, tomou uma decisão. Uma decisão tão rápida quanto o voo do falcão, tão silenciosa quanto o sussurro do vento na floresta à meia-noite.

    No exato momento em que o som estridente do arco de Nimb ecoou pelos recônditos da taverna, e a flecha cortou o ar, dançando à luz do luar que se infiltrava pelas janelas, Garona reagiu. Seus olhos, límpidos como águas de um lago primordial, reluziam de determinação. Ela moveu-se não como uma humana, mas como uma criatura da natureza, repleta de força bruta e uma intuição apurada forjada nas fornalhas de inúmeras batalhas.

    O braço de Garona se estendeu, movendo-se com uma rapidez sobre-humana, seu punho firme fechado no ar. A flecha, com sua ponta ameaçadora voltada para Nadien, foi subitamente imobilizada. Ela tinha sido capturada em pleno voo pela goliath, que exalava tanto a fúria de um dragão quanto a proteção de uma mãe-urso. Garona, segurando a flecha, voltou seus olhos furiosos para Nimb, uma clara advertência marcada em seu olhar.

    A taverna caiu num silêncio atordoante. A ferocidade de Garona, sua força implacável e seu desejo de proteger, haviam aberto um novo capítulo no conto das sombras. O coração da floresta pulsava ao ritmo da tensão, aguardando a próxima jogada neste jogo macabro.
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