NARRAÇÃO | Suriel, Canadá Monsterhearts Post inicial |
As primeiras luzes do amanhecer pintavam o céu de tons suaves de laranja e rosa sobre Suriel, acariciando gentilmente as casas antigas alinhadas ao longo da avenida. Os raios de sol, ainda tímidos, destacavam os detalhes em madeira das construções, conferindo uma aura de tranquilidade à pequena cidade. Árvores frondosas balançavam suavemente ao sabor da brisa matinal, criando uma canção suave sobre aqueles sob suas copas.
Ao caminhar pelas ruas de paralelepípedos, era impossível não sentir a atmosfera acolhedora que emanava de Suriel. Os moradores cumprimentavam-se com sorrisos calorosos, e o aroma do café fresco se misturava ao perfume das flores silvestres que adornavam os jardins. O fim do verão trazia consigo a promessa de dias serenos, com céus límpidos e campos repletos de cores.
A cidade se estendia em direção às vastas áreas rurais, onde celeiros pontuavam os campos dourados. Ao longe, a Enseada dos Sonhos cintilava sob a luz do sol nascente, suas águas calmas guardando segredos sobre a misteriosa sereia da lenda local. O farol abandonado, no entanto, permanecia silencioso, aguardando as sombras da noite para revelar sua luz misteriosa.
Era 1º de setembro, o primeiro dia de aula em Suriel High. O sol derramava sua luz sobre a escola, destacando sua arquitetura peculiar - ela havia sido erguida sobre as ruínas de uma antiga igreja, cuja cruz de pedra envolta em nós celtas ainda se destacava no gramado da entrada. Suriel High ficava na única praça da cidade, que abrigava igualmente o pequeno centro comercial e a Prefeitura. O cheiro de livros antigos da escola misturava-se ao perfume das flores nos canteiros e ao cheiro de tinta nova, criando uma atmosfera única.
Os corredores de Suriel High pulsavam com a energia do novo ano letivo. Na cafeteria, Izzy entusiasmadamente compartilhava histórias de suas férias com Sera, enquanto Lena, Flick e Aria trocavam olhares curiosos sobre os eventos sobrenaturais que marcaram o verão: o primo do amigo de alguém tinha ouvido falar de um lobo gigantesco — que se erguia sobre duas patas, como um homem — sendo avistado na mata. Alheia às conversas, Liz estava sozinha em uma mesa no canto, observando os demais com um sorriso suave entre as pausas na leitura de um romance antigo.
No ginásio, as vozes animadas dos alunos ressoavam entre os barulhos que vinham da quadra, onde Bash e Rune jogavam basquete. Enquanto Lucky mostrava suas fotos para Alex, que parecia genuinamente interessado (havia uma foto que sugeria a presença de uma figura na Enseada dos Sonhos), Storm e Ollie compartilhavam uma melodia improvisada na borda da piscina vazia.
Conforme a tradição dos primeiros dias de aula, nos cantos dos corredores, conversas eram sussurradas sobre lendas locais e segredos enterrados, criando uma aura de excitação sobrenatural. Mas, dentre todos os alunos que se divertiam com a ideia de algo místico acontecendo em Suriel, havia aqueles que sabiam. Havia aqueles que sentiam. Havia aqueles que eram.
and everything comes to an end
when hearts asunder