Sala de Transfiguração

Elliot pediu para a menina ficar e ela não ficou muito animada.

- Não Elliot, eles estão claramente se metendo em confusão. Meu dia já foi horrível demais para ficar aqui e ver mais isso... só estou feliz por Owen ter me perdoado – e segurou na mão do irmão.

A provocação de Malfoy e o desrespeito com sua casa fizeram com que a menina o chutasse, sem pensar muito e o rapaz ia retruca-la quando Potter o chamou para a disputa de voo. Ela aproveitou esse momento para sair dali. Enquanto caminhavam de volta para o alojamento, viram os professores passando, muito bravos, por eles e a jovem estremeceu.

Ela notou que eles paravam o voo dos dois garotos e isso tinha deixado Malfoy furioso e aquilo refletiu em Eireann, que imediatamente acusada de agressão pelo loiro, mas o pior foi ele querer jogar a culpa para cima dela. Que traste!

- Owen e Elliot... vocês viram que não foi isso. Ele e o Potter... Como ele ousa a mentir assim?

O pior foi o olhar desapontado de seu professor e diretor de casa, aquilo partiu seu coração e ela só negou com a cabeça, bastante chateada com aquele dia horrível. Ele pediu que ela o acompanhasse e assim o fez, sem falar nada.

- Sim senhor! – acompanhou-o cabisbaixa.

Na sala de transfiguração, os três foram deixados sentados ali enquanto os professores discutiriam o que fazer com eles. A ruivinha sentisse uma criminosa por estar ali, mas ela tinha defendido seu amigo e sua casa, coisa que o verme platinado não tinha feito. Como ela poderia estar sendo comparada àquele menino malvado? Isso era muito injusto.  Potter também estava lá por ter desobedecido aas ordens da professora, mas ela? Aquilo não era nada romântico, ela apenas suspirou entristecida e só olhava para as próprias mãos.

Enquanto pensava no acontecido, ouviu o grasnado de Malfoy, novamente tentando parecer importante e inocente diante dela e ela não se intimidou por aquela cara feia e apenas o encarou com seriedade. Ela era sim uma lady, mas sabia muito bem se impor. Aprendeu a ser mais independente por ter os pais sempre ocupados e isso a deixou forte de alguma maneira, sem quebrar sua doçura e gentileza. Ela era decidida e amiga, quando era para defender alguém, o fazia sem medir as consequências e ser uma Corvinal era seu orgulho também.

- Não me ameace, Malfoy, muito menos se esconda atrás de alguém. Você não sabe nada sobre mim, só que sou uma pessoa justa e não uma covarde feito você.

Potter estava ao lado da ruivinha e ela ficou muito grata por ter mais um amigo.

- Agradeço, Potter – respondeu com um sorriso – pode contar comigo também – novamente o loiro foi cruel, deixando a ruiva indignada – não de ouvidos a ele, Potter.

O professor Flitwick perguntou o que tinha acontecido e ela ia responder quando Malfoy se atravessou na conversa, mas por sorte foi barrado pelo professor Snape.

- Sim senhor – falou sem medo algum, já que não tinha nada a esconder – só o que vi foi o Malfoy maltratando um amigo e eu estava indo lá para ajuda-lo, então ele ofendeu a casa Corvinal e disse coisas horríveis, ofendendo os outros alunos que estavam presentes, até os da própria Sonserina – ela respirou fundo e prosseguiu – ele estava exaltado e sendo cruel, então eu... chutei a canela dele antes que ele humilhasse mais alguém... foi isso. Foi mentira quando ele disse que eu comecei a briga entre ele e Potter, nem perto deles eu estava. Foi só nesse momento que me aproximei dele.

Ela se ajeitou na cadeira e arrumou os cabelos laranja e olhou para seu professor.

- Fiz errado em defender meus amigos e minha casa?

Como era de se esperar, a pequena Eireann foi punida pelos erros cometidos. Ela se conforma, mas continua triste. E ainda por cima queriam punir o Elliot também, justo ele que tinha sido vítima. Tinham falado também de Neville, mas essa parte ela não tinha visto.

- Eu estava longe já, então não vi o que houve com o Neville.

Ela só baixou a cabeça, muito triste com as palavras de Flitwick, pois se sentia um lixo agora.

- Sim senhor – tinha a voz um pouco embargada – vou cumprir a punição adequadamente.