Sheppard Dry Dock Company - Manhattan (Refugio de Ronan Flynn)

Sheppard Dry Dock Company - Refugio de Ronan Flynn

Uma Doca Seca, chamada Sheppard Dry Dock Company, em Manhattan serve de refugio para Ronan. Ela está localizada na margem esquerda de East River, no bairro de East Village. Ao lado da Doca está a Balsa de Houston Street que permite a travessia do rio entre Manhattan e o Brooklyn. A Houston Street dá acesso fácil ao centro de Lower Manhattan e fica de frente a Balsa.




A Sheppard Dry Dock Company é uma doca para reparos e inspeção de navios de médio porte. A maioria dos navios que passam pela Doca Seca, são navios a vapor fluviais e navios a vela de navegação transatlântica. Quando há algum navio para reparo na doca, Ronan aproveita para invadir o navio e criar algum compartimento secreto, o suficiente para caber uma pessoa deitada, assim ele cria vários módulos de fuga aleatórios pelos rios e costas dos Estados Unidos, ele guarda os nomes e os modelos dos navios em uma caderneta, escondida em seu refúgio.




Ronan passa seus dias no subterrâneo do prédio principal da Doca, um alçapão em algum lugar dentro do escritório do Mecânico-Chefe da Sheppard Dry Dock Company serve de entrada. Ao entrar no coração do Refúgio de Ronan há uma pequena sala com uma única porta náutica de metal. A sala é a primeira linha de defesa do Brujah e se enche de água quando uma alavanca é acionada de dentro do refúgio.





A porta náutica de metal pode ser trancada por dentro o que impede de girar a tranca giratória. Os aposentos internos de Ronan é composto de 3 salas: Uma grande e central onde há um sofá e algumas cadeiras; Uma lateral com uma escrivaninha, uma cama e um quadro na parede onde Ronan organiza suas ações e os relacionamento ligações de seus alvos; E a terceira sala, sempre fechada por uma porta de madeira que serve como depósito.





Existem seis grandes bocas de tubos de 1m de diâmetro cada nas paredes da grande sala. Elas fazem parte da ultima defesa do refúgio, se ele for invadido, Ronan libera comportas que fazem o East River entrar nos aposentos, inundando tudo em questões de segundos. Ronan sabe que a água não é capaz de matar cainitas, mas a confusão causada pelo turbilhão de água pode permitir que ele fuja por algum dos canos ou pela porta de entrada.

A lua dos vigilantes brilhava alta no céu noturno. A lua daqueles que lutavam pelo povo. A lua que ouviu o brado Proletarier aller Länder, vereinigt euch, pela primeira vez. A Lua que acorda os mortos-vivos. e, com ela, Ronan Flynn se fazia vivo mais uma vez.

Ele se levanta e vê vários jornais empilhados na mesa principal, George gostava de deixá-lo atualizado.

O primeiro da pilha dava conta do caos instalado pela quebra generalizada da bolsa de Nova Yorque e o impacto que isso tinha na população.

Capa do Jornal:

O lacaio também estava próximo aguardando seu senhor

- Boa noite, levantou mais tarde esta noite

Ronan responde a seu lacaio sem tirar os olhos do jornal – Sim George, muitos sonhos! – Mentira, só não queria dar satisfações ao chefe mecânico. Passara um tempo em seu aposento pensando em sua não vida, em Nova York, em seu refúgio, na Jihad, nos Brujah, no Irlandês etc. E ficou imaginando o proposito de tudo aquilo, até perceber que precisava de um novo objetivo, aquilo tudo era um forte sinal de seu tédio.

Leu a matéria principal com atenção: Terça-feira Negra, colapso da Bolsa, quebra de empresas, recessão e crise. O Brujah deixou escapar um sorriso: crise para uns, oportunidade para outros pensava. Imaginava como estariam os anciões vendo seus castelos de areia desabarem e escorrerem por entre seus dedos, seria prazeroso ver o desespero em seus olhos.

Vamos ajudar com seus desesperos, Ronan falava para si mesmo. Era a hora perfeita de atacar, eles estariam tão preocupados em tentar segurar seus impérios que não perceberiam as ações de um Neófito Brujah “inocente”. Precisava de informações, queria saber como estava a situação das ruas e indagou seu carniçal:

- George, como está a situação lá fora, o povo já sentiu os efeitos da crise? – Ronan acreditava que ainda não, mas logo sentiriam quando os Bancos começassem a quebrar, seu dinheiro sumir, as empresas começarem a fechar e o desemprego em massa aumentar. Quando o desespero bater a porta do rebanho, Ronan Flynn estará lá e unirá o povo na direção certa. Ele só precisava acelerar um pouco o processo e levar junto um ancião ou dois para o abismo.

Logo após o relato de George, o Brujah pega um copo e o enche de água. Com um pensamento, seus caninos se expõem e em uma mordida faz um corte em seu próprio pulso. Com um aperto de pulso, algumas gotas de seu sangue são derramados no copo e diluídos na água. Ronan então o oferece para seu lacaio e o dispensa, mas lhe faz um ultimo pedido  – Vá para casa, vou sair e sua presença aqui não será necessária. Amanhã encontre Nolan O’Brien, pergunte onde posso encontra-lo de noite, quero falar com ele - Ronan estava querendo mais informações e entender o cenário que se formava com a crise, talvez Nolan, seu aliado irlandês, pudesse dar alguma indicação do que acontecia nas classes mais baixas do rebanho.

Ronan sairia naquela noite, pegaria a Balsa para o Brooklyn e iria até o Bar Ultima Chance. Queria falar com Jimmy Nanza, talvez ele pudesse dar uma indicação de como andava o Principado e a Primigênio com os acontecimentos atuais.

O lacaio sorri para seu senhor quando ele lhe oferece o nectar de sua servidão.

Após pegar o copo, ele balança o liquido misturando-o, mas, antes de bebê-lo, ele responde

- Senhor, pelo o que ouvi, alguns tubarões se jogaram de prédios na Wall Street. O clima da população está bem pesado...

Ele bebe a sua vitae diluída com uma mistura de prazer e lascivia e, após, continua.

- Também ouvi dizer que o figurão, o Principe, convocou todos os membros da Cidade para uma reunião de emergência na Prefeitura em Manhattan.

Se Ronan não falasse mais nada seu lacaio se despediria

- Ora, então como sou um bom correligionário de nossos amados anciões, ... - seu sarcasmo era evidente - irei ouvir o que o senhor Garlow tem a me dizer. - Ronan dava um sorriso de canto de boca para George.

Logo após a saída do carniçal, Ronan se veste um pouco melhor, pega seu terno cinza e seu chapel de aba, mas não esquece seus charutos. Ele trancar o alçapão de seu covil antes de sair do prédio pricipal da Sheppard Dry Dock. Lá fora, pega o bondinho em direção a prefeitura, esperava chegar na hora, já que tinha levantado tarde naquela noite.