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    [ON] A Agonia de St. Margaret

    Elminster Aumar
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    Mensagem por Elminster Aumar Qua Mar 01, 2017 3:04 pm






    O COMEÇO DOS ANOS TRINTA


    A década começou um ano após a queda da bolsa de valores de Nova York, resultando num período conhecido como a Grande Depressão.  Milhões de pessoas ao redor do planeta ficaram sem empregos e suas famílias, que dependiam de seus rendimentos, começaram a passar fome. Bancos faliram, renomados empresários perderam tudo o que tinham, a produção industrial caiu drasticamente e a taxa de suicídio aumentou. O período era de total tensão nos países do Ocidente.

    Somado a isso, o mundo ainda não tinha se recuperado dos efeitos da guerra entre as grandes potências, que haviam se organizado em duas alianças opostas e que mataram cerca de 20 milhões de pessoas, entre soldados e civis. Países foram devastados e famílias inteiras foram destruídas, e embora muitos acreditassem que a Guerra das Guerras, como ficou conhecida, fosse o ponto máximo de mortes naquele século, havia um medo palpável com a possibilidade de haver uma segunda colisão. De um lado estava Joseph Stalin, governando a União Soviética na base do terror, fome e expurgos. Do outro, Adolf Hitler acabava de se tornar o Chanceler da Alemanha e instaurava o poder ditatorial sobre o país. De um modo ou de outro, as pessoas acreditavam que o futuro do mundo seria escrito por um dos dois.

    O ano atual é 1934 e é aqui que começa a nossa história.




    PRÓLOGO
    SALVATORE SANTUZZA


    [ON] A Agonia de St. Margaret Perso510

    Dia 2 de Agosto de 1934
    Nova York, Estados Unidos


    As teclas da máquina de escrever estavam sendo castigadas enquanto Salvatore escrevia a sua última crônica antes da viagem marcada. O charuto, momentaneamente pousado sobre o cinzeiro, deixava o apertado quarto do cronista envolto a fumaça. A única janela do aposento estava quebrada e lacrada com tábuas, e como era pleno verão nos Estados Unidos, o lugar todo estava um inferno. O suor escorria sobre a face de Salvatore e de tempos em tempos ele tinha que fazer uma pausa no que redigia para limpar o rosto.

    O autor, neto de italianos, escrevia uma crônica sobre os programas implementados pelo presidente Franklin Roosevelt conhecidos como New Deal. Era uma série de medidas que visavam recuperar e reformar a economia norte-americana, com o objetivo de fazer o país fugir da crise que se instalou após a Grande Depressão.

    Salvatore Santuzza, como a grande maioria da população, havia sofrido com os terríveis efeitos da quebra da bolsa de valores de Nova York.  Seus dois irmãos, Ângelo e Rinaldo, suicidaram-se após se verem na falência, o que fizeram suas famílias se migrarem para a Itália e Portugal, onde buscavam por uma vida melhor. Salvatore permaneceu em Nova York, onde trabalha para a Literay Digest, uma revista semanal que publica artigos europeus, norte-americanos e canadenses.

    Sobre a mesa, ao lado da máquina de escrever, estava uma pilha de artigos, revistas e documentos. Ele tinha dois exemplares da Literary Digest que venderam muitas cópias. Um deles falava sobre um físico teórico alemão bastante conceituado, Albert Einstein, que havia se mudado para os Estados Unidos no ano anterior para trabalhar na Universidade de Princeton. O outro exemplar destacava uma curiosa publicação que trazia uma foto tirada do Monstro do Lago Ness.

    Além das revistas, destacava-se sobre o amontoado de papéis algumas correspondências trocadas entre Salvatore e Deborah Carver, uma fiel leitora de suas crônicas. Deborah tinha 34 anos, era médica que aspirava ser cirurgião e sofria de uma profunda angústia em sua profissão. Os dois trocaram inúmeras cartas ao longo dos últimos anos. Deborah chegou, inclusive, a pedir demissão do necrotério em que trabalhava, graças ao encorajamento de Salvatore. A coisa mudou quando, durante seis meses, o experiente autor parou de receber as habituais correspondências. Sem aguentar ficar mais tempo sem falar com a sua fiel leitora, ele resolveu entrar em contato por telefone numa bela tarde de domingo. A conversa não transcorreu de maneira natural; Deborah parecera perder aquele ardor que tinha em falar com o seu cronista preferido de Nova York, e mais do que isso, havia a suspeita de que ela estivesse bêbada ou entorpecida na ocasião. Várias semanas depois, Salvatore recebeu um telegrama que comunicava o desaparecimento de Deborah.

    O autor desse telegrama foi Alfred Botham, um jornalista bem-sucedido que Salvatore conhecia só de nome. Foi ele quem tentou explicar toda a história do que acontecera, pelo menos os fatos de que tinha conhecimento. Tudo começou quando um jovem chamado Pip Masterson, um aprendiz entusiasmado em descobrir novas histórias, contava repetidamente para Alfred Botham sobre coisas estranhas estarem acontecendo numa ilha escocesa chamada St. Margaret. Isso se repetia dia após dia, até que Pip Masterson anunciou que iria viajar até a dita ilha, ao lado de alguns colegas também interessados em resolver aquele caso. Com a insistência de Alfred, antes de viajar, Pip passou-lhe os nomes de todos os integrantes do grupo que viajariam até a Escócia. E Deborah Carver integrava a lista. Como Alfred chegou até Salvatore não foi dito, mas não seria difícil imaginar o jornalista investigando a casa de Deborah e encontrar a troca de correspondências entre os dois. Com isso, Alfred Botham pediu ajuda à Salvatore, para que ele se juntasse a outros interessados e investigassem o que havia ocorrido, pois além de Deborah, Pip Masterson e todos os outros daquele grupo também haviam sumido misteriosamente.

    Para ajudar nas investigações, Alfred disponibilizou duas impressões que foram a motivação principal pro primeiro grupo de investigadores terem viajado até essa distante ilha. O primeiro era um artigo chamado O Médium Astronômico, escrito inicialmente em 1853, por um autor desconhecido, e republicado em 1931. Havia, também, um trecho do jornal The Times, publicado em 13 de Maio de 1914 [handouts 1 e 2]. Ambas as peças estavam sobre a mesa, mas separadas do resto da bagunça, junto da passagem ao transatlântico RMS Majestic que desembarcaria em Southampton, sul da Inglaterra. A passagem foi comprada por Alfred Botham, assim como todo o resto do dinheiro necessário para a viagem seria disponibilizado por sua conta, e ela estava marcada para acontecer para daqui a dois dias.

    As malas estavam praticamente prontas para a viagem. Salvatore só precisava terminar de escrever aquele último artigo e decidir o que, além das roupas, seria levado até St. Margaret.




    PRÓLOGO
    JASON JOHN JR.


    [ON] A Agonia de St. Margaret Perso110

    Dia 4 de Agosto de 1934
    Nova York, Estados Unidos


    O relógio na parede da sala de estar dos Belangers apitava ao dar meio-dia em ponto. Era mais um dia de verão em Nova York, mas aquele dia tinha algo de diferente para Jason Jhon Jr. O ex-militar estava de partida para Inglaterra. Ele, inclusive, achava que já poderia estar atrasado para chegar ao porto da cidade. Na sala, sentado no sofá a sua frente, estavam os seus dois sogros. Era o momento de se despedirem, mas o Sr. Belanger estava tão quieto e de olhos fechados que provavelmente tinha se rendido a um cochilo. A Sra. Belanger, por sua vez, mostrava-se aflita.

    Ela estava assim desde que recebeu a notícia de que sua filha Daisy estava sumida, há duas semanas atrás. Tudo aconteceu de maneira muito estranha para aquela família. Daisy e Jason eram casados e tinham uma filha pequena. Eles levavam uma vida normal, na medida do possível, pois a Grande Depressão os atingira como atingira mais de 80% da população norte-americana. Ainda assim, Jason conseguiu abrir uma loja de armas e ganhava a vida como instrutor de tiros. Daisy, por sua vez, lecionava Ciências numa escola local. As coisas estavam caminhando bem até que na páscoa daquele ano, Daisy disse que precisaria viajar para a Europa à trabalho. Segundo ela, a função de professor seria deixada de lado para tentar uma profissão mais nobre, no caso, a de uma cientista. Daisy embarcou na primeira oportunidade que teve para o sul da Escócia, numa ilha remota onde pretendia estudar estranhos fenômenos que aconteciam ali. Ela não foi sozinha para a viagem. Estava acompanhada de um grupo de diletantes e cientistas amadores. Duas semanas atrás, Jason recebeu a notícia de que Daisy e seus colegas tinham desaparecidos.

    Foi graças a um anúncio num jornal que Jason ficou sabendo daquilo. O autor da reportagem era Alfred Botham, alguém bem conhecido naquele meio, e Alfred, assim como Jason, também havia perdido alguém na ilha, no caso um jovem aprendiz chamado Pip Masterson. Alfred lançou uma nota em seu jornal com o nome de todos os desaparecidos e se haviam interessados em investigar o que aconteceu, pois dificilmente a polícia norte-americana se mexeria para fazer algo do outro lado do Atlântico. Jason aceitou a ideia de viajar até Escócia, uma vez que Alfred pagaria pelas passagens. E o dia de partir havia chegado.

    A Sra. Belanger se levanta do sofá, com dificuldades, pois já era uma senhora idosa e vivia se queixando de dor em toda parte do corpo, principalmente em suas mirradas pernas. Seus olhos estavam vermelhos, mas ela já chorou tanto durante aqueles dias que não caía mais nenhuma lágrima. Ela se aproxima de Jason e lhe dá um beijo em seu rosto antes de fazer um último pedido.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Sra_be10- Por favor, meu querido, traga nossa querida filha de volta. Ela é tudo que nós temos. Por tudo que é mais sagrado, nós não merecemos perder nossa filha.

    Jason suspeitava que sua sogra poderia ter até problemas de saúde se continuasse aflita daquele jeito. Antes que ele pudesse respondê-la, passos leves vindos da escada anunciam a chegada de Justine, a filha do casal. Ela tinha apenas 4 anos de idade e estivera dormindo no andar de cima. Porém algo a fez acordar e agora ela desceu para a sala de estar. A pequena garota foi de encontro até o seu pai, onde abraçou suas pernas.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Justin10- Não vai embora, papa.

    Apesar do pedido de sua filha, já estava na hora de Jason partir. Suas malas estavam prontas ao lado da escada. Ali ele levava tudo o que precisaria, incluindo algumas armas, embora achasse que não seria precisaria delas, afinal. Além disso, ele tinha a passagem do transatlântico RMS Majestic e dois itens fornecidos por Alfred Botham. Um era um relato astronômico publicado no The Times em 1914 e o outro era um trecho de um artigo chamado O Médium Astronômico republicado há três atrás. Esses dois itens poderiam ajudar na investigação do sumiço daquele grupo, pois, segundo Alfred, o grupo viajou pra um lugar tão remoto depois de ler o que continha nesses arquivos [handouts 1 e 2].




    PRÓLOGO
    STÍVAN WESSEL


    [ON] A Agonia de St. Margaret Perso410

    Dia 4 de Agosto de 1934
    Nova York, Estados Unidos


    Enquanto esperava pelo ônibus que o levaria até o porto de Nova York, o húngaro Stívan Wessel relia possivelmente pela décima vez os dois arquivos que lhe foram entregues [handouts 1 e 2]. O primeiro deles era assinado por Alexander Scott, numa matéria que saiu no The Times há exatos 20 anos atrás. O texto fala sobre uma estrela cadente e em como aquele fato havia mudado o clima na região. O segundo arquivo que ele tinha em mãos era o trecho de um artigo nomeado O Médium Astronômico. Originalmente ele foi escrito em 1853, mas republicaram-no há três anos atrás e se tornou bastante popular, apesar do autor ser desconhecido. O artigo afirma que certos eventos que acontecem no mundo não são oriundos da Terra, levantando a possibilidade da existência de entidades de outros planetas.

    Os dois arquivos lhe foram enviados por Alfred Botham, um jornalista de razoável sucesso, com o objetivo de ajudar na investigação que Stívan faria na ilha de St. Margaret, ao lado de outros investigadores. A história toda começou quando o húngaro recebeu um telegrama avisando que o seu irmão mais novo, Andras, havia sumido misteriosamente após ele ter ido viajar até uma pequena ilha da Escócia. Logo na semana seguinte, Andras viu um anúncio num jornal nova-iorquino detalhando o ocorrido. Ao que tudo indicava, um grupo de diletantes e cientistas amadores haviam viajado até essa ilha, St. Margaret, para investigar alguns estranhos fenômenos que estavam acontecendo lá. A publicação listava o nome de todos os desaparecidos, o que incluía Andras, e pedia para que os familiares entrassem em contato com o jornal. A matéria fora feita por Alfred Botham, que também perdera alguém na ilha, um aprendiz seu chamado Pip Masterson, e agora o jornalista havia reunido um grupo de pessoas dispostas a viajarem até a longínqua Escócia para tentarem descobrir o que estava acontecendo lá.

    Stívan ainda não sabia quem seriam os seus colegas de investigação, mas sabia que eles se encontrariam no porto de Nova York, antes de embarcarem no transatlântico RMS Majestic que os levaria até o sul da Inglaterra. De lá, eles ainda pegariam um novo barco até St. Margaret. Stívan já estava com as passagens que ele precisava, todas elas pagas por Alfred.

    O húngaro teve que guardar os arquivos que lia quando viu a aproximação do ônibus. Pegando suas malas de viagem, ele subiu no ônibus. Era início de uma tarde veranil em Nova York e o sol era a figura soberana sobre um céu sem muitas nuvens. Enquanto o ônibus percorria as ruas da cidade, Stívan recordou-se sobre o último telegrama que Alfred lhe mandara, durante a noite de ontem. Suas palavras foram as seguintes:

    "Caro Stívan Wessel,
    Espero que você tenha conseguido fazer as malas a tempo para amanhã. Às 4 da tarde, deveremos nos encontrar no porto. Você irá conhecer os outros que farão essa viagem com você. São dois homens e nenhum deles tem a experiência que você tem como detetive policial. Eles são, assim como eu, pessoas comuns que perderam alguém importante naquela ilha. Você, com toda a sua experiência, deve ser o responsável por conduzir as investigações. Oriente-os sobre o que fazer, e como fazer, é a última coisa que lhe peço. Infelizmente eu não viajarei com vocês, por problemas de saúde, mas estarei lá amanhã para uma última palavra.
    Do seu mais novo amigo, Alfred Botham".


    Ao virar a última curva, Stívan já pôde visualizar o porto e sentir o cheiro do mar. Ele havia chego ao seu destino com certa antecedência. Possivelmente fora o primeiro a chegar no lugar.




    PRÓLOGO
    LAUREEN SAUNDERS E ELIZABETH SAUNDERS


    [ON] A Agonia de St. Margaret Perso210 [ON] A Agonia de St. Margaret Perso311

    Dia 15 de Agosto de 1934
    Londres, Inglaterra


    As ruas londrinas amanheceram sob uma forte chuva. Apesar de ser verão na Inglaterra, o clima era ameno e as chuvas constantes. Precavida, Elizabeth Saunders saíra de casa com o seu guarda-chuvas. Ela estava se dirigindo ao humilde apartamento de sua irmã. As duas tinham muito o que conversar após uma carta que Beth recebera, direto de Nova York, nos Estados Unidos.

    A carta foi escrita por um jornalista chamado Alfred Botham. Ele disse que, após ter realizado algumas pesquisas, descobriu o nome de todos os membros do grupo que sumira repentinamente numa excursão a trabalho na ilha de St. Margaret, sul da Escócia. E disse, inclusive, que sabia que um dos desaparecidos era o seu noivo, Andrew Gallagher. Elizabeth sabia desse fato faziam duas semanas, mas apesar dela ter entrado em contato com a polícia de Londres mais de uma vez, eles deram pouco valor ao caso. Teria sido tudo diferente se Andrew já tivesse o sucesso que ele sempre desejou ter como um grande escritor.

    Afred afirmou na carta, ainda, que estava enviando um grupo de pessoas para Londres. Eles investigariam o caso do grupo dos desaparecidos, e pediu para que ela própria, Elizabeth, se juntasse a eles. Se ela concordasse, ela deveria recepcioná-los numa estação de trem no dia 18 de Agosto, às 18 horas da tarde. Em seguida, eles deveriam pegar uma pequena embarcação com direção à St. Margaret. Ela pensava nessa proposta a caminho do apartamento de sua irmã.

    Ainda era manhã quando, debaixo de chuva, Elizabeth chegou ao seu edifício de cinco andares. O apartamento de Laureen ficava logo no primeiro andar e ao se aproximar dele, Beth já passara a ouvir o jazz que tocava lá dentro, a partir de um rádio.


    Demorou para Laureen ouvir o toque da campainha, pois o volume no rádio era alto. Quando ouviu, ela foi atender a porta, se dando de cara com a irmã. Laureen sabia da situação do noivo de Beth e acreditava que podia convencer a irma a não fazer nenhuma loucura para ir atrás dele. As duas tinham algumas formas de pensar bem diferentes entre si. Quando Beth entrou no cômodo principal do apartamento, além do rádio que estava sobre a mesa, ela observou também um enorme buquê de flores. O presente fora dado por Scott Morris, chefe de Laureen. Apesar de ser casado com outra mulher e ser bastante mulherengo, ele tinha um lado romântico de vez em quando.

    As duas agora precisavam discutir o que fariam em relação ao episódio do desaparecimento de Andrew. Havia muitas coisas a serem postas na balança antes de tomarem uma decisão definitiva, inclusive os dois arquivos impressos que Alfred enviou para Elizabeth [handouts 1 e 2]. Segundo o jornalista nova iorquino, foram graças a esses dois documentos que o grupo de Andrew havia se dirigido até aquela ilha.




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    Brutaro
    Neófito
    Brutaro
    Neófito

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    [ON] A Agonia de St. Margaret Empty Salvatore se prepara

    Mensagem por Brutaro Qua Mar 01, 2017 6:19 pm

    Assim que terminou o artigo, com a pressa dos atrasados, Salvatore estava tão atipicamente nervoso que não tinha sequer ideia do que tinha acabado de datilografar. Olhou para o relógio, percebendo que ainda tinha duas horas para resolver suas pendências e seguir para sua viagem, levantou-se, apanhou o artigo terminado em mãos e passou a andar em pequenos círculos, conferindo seu próprio trabalho lendo-o em voz alta enquanto terminava seu charuto. Terminada a leitura, limpou sua testa molhada e irritou-se ao notar que não prestara atenção suficiente para medir a concisão de seu próprio texto. Olhou para o relógio novamente e repetiu os círculos e a leitura, agora pausadamente e comentando consigo mesmo o que cada parágrafo queria dizer. O texto estava, pelos critérios de Salvatore, "Aceitável".

    Terminada a auto-crítica, embalou o artigo num envelope pardo com o carimbo contendo o logotipo da Literary Digest, no qual escreveu "à edição. Aos cuidados de David Luther - diretor chefe do dep. de edição da revista. Em seguida, guardou o fardo em sua valise que aguardava ao lado das malas.

    - Certo... - disse num ar de quem terminava um trabalho para entrar em outro - Hora de conferir a bagagem!

    Limpou rapidamente a bagunça de sua mesa e a velocidade da tarefa o fez suar ainda mais. Apanhou suas malas e deitou-as em cima da mesa. agora vazia, abriu-as e puxou do bolso de sua camisa a lista que preparara antes afim de conferir se não esquecia nada. Uma das malas carregava resmas e resmas de papel branco, um estojo de madeira repleto de lápis e canetas, seu despertador, uma lanterna - cujo funcionamento fora testado inúmeras vezes no apartamento escurecido pela ausência de luz externa - e sua máquina de escrever portátil da marca Underword, uma coisinha pequena e pesada mas que garantiria a oportunidade de escrever em sua residência, seja lá qual fosse.

    A segunda mala continha suas roupas, 7 mudas no total, e um casaco que julgou o mais parecido com o de um "professor britânico", embora não tivesse realmente ideia de como os professores britânicos se vestiam. Olhou por um momento a mala aberta com a certeza de estar esquecendo algo - "Suspensórios", lembrou-se e, em seguida apanhou mais 2 conjuntos que tinha no armário e socou-os num dos cantos da mala.

    Em sua Valise, além do artigo envelopado recém escrito, carregava as cartas de Déborah Carver cuidadosamente encadernadas num fichário, por ordem cronológica, dois livros de psicanalistas de renome, que usava para consultas frequentes, e seu bloco de Notas. Faltavam os documentos enviados pelo Sr. Botham: A passagem do Transatlântico era, provavelmente, o item mais caro, por isso foi guardado cautelosamente num dos espaços internos da valise; os artigos "uma estrela cadente" e "Médium astronômico", que ainda não faziam sentido nenhum para ele, foram guardados no fichário junto com as cartas de Déborah, o último item era o mais precioso: uma fotografia da amiga desaparecida, tinha um sorriso formal, seus cabelos presos atrás da cabeça, deixando o cabelo cacheado cair por sobre os ombros, suas mãos escondidas nos bolsos do avental branco de médica, e uma máscara cirúrgica abaixada, presa ao pescoço.

    Segurou o retrato e sentou-se novamente, abandonando a pressa - "Como é bela!" - pensou - "É como eu havia imaginado, mas... real!" - O escritor já havia se surpreendido com a imagem de Déborah no momento em que abrira o telegrama do sr. Botham, mas só agora tinha a sinceridade de admitir a si mesmo que a mulher era bela como ele havia imaginado. De todos os leitores, Déborah era uma das mais queridas, era alguém que não trazia só queixas, mas também o ajudava a superar seus revezes. E naquele momento, como no segundo antes de um salto de um abismo, Salvatore permitia-se admirar a beleza de sua confidente, mais do que isso, apaixonava-se pela ideia de resgatá-la como nos romances de Shakespeare, imaginava conversar novamente com ela pessoalmente.

    O momento de sonho passou e Salvatore caiu em si: Déborah estava desaparecida e sua foto era a prova de que a questão era seríssima. Encontrá-la iria exigir dele mais do que as correspondências otimistas de outrora, ou seus dotes de escritor/terapeuta por correspondências nas horas vagas seriam o suficiente? Tinha uma longa viagem de navio pela frente e até um "disfarce" havia sido criado! Ele voltaria a trabalhar fisicamente com outras pessoas, o que evitava sempre que possível. Com que "outros interessados" ele teria de trabalhar? Que poder teria esse sr. Botham para criar tamanhos arranjos? Teria ele conhecido Déborah? Teria ele algo a ver com o desaparecimento? E como se não fosse tudo tão confuso, as pistas eram poucas e sem sentido. Salvatore levantou-se coçando a cabeça nervosamente, as dúvidas e o medo o incomodavam, guardou a fotografia na carteira e certificou-se de fechar a bagagem e tomou um rápido banho antes de sair.

    Ainda no prédio, um cortiço, procurou pelo seu inquilino e adiantou-lhe 3 meses de aluguel. Na rua, comprou um copo de limonada numa pequena barraca administrada pelas crianças do cortiço, em seguida, foi ao encontro do jovem Pablo, com quem havia negociado o transporte para o porto. Pablo era descendente de italianos como Salvatore, e tinha uma pequena caminhonete velha onde transportava e vendia verduras para os mercadões locais. Um táxi, naquela época e com o dinheiro que tinha, estava fora de questão.

    Pablo conversava alegremente, falando de sua vida enquanto a caminhonete sacudia nos paralelepípedos das ruas, o escritor respondeu a alegria do jovem com simpatia e percebeu, naquele momento, que ainda sabia se relacionar pessoalmente com pessoas diferentes, e com isso ganhou confiança. Ao chegar no porto, Pablo insistiu em ajudá-lo com a mala que continha a máquina Underword portátil:

    - "Cuidado com isso! É meu ganha-pão tal como sua caminhonete" - alertou Salvatore.

    Enquanto atravessavam a multidão no cais ouviram os apitos que anunciavam urgência para o embarque do RMS Majestic, logo depois, os motores da embarcação entraram em funcionamento. Salvatore teve um calafrio e um quase enjôo, o que o fez fechar os olhos por alguns momentos.

    "- Tudo bem, sr. Santuzza?" - perguntou Pablo, preocupado.

    Salvatore, ainda de olhos fechados, lembrava-se de como se sentia quando viajava: era fraco para o balanço e embarcações, suas pernas formigavam quando dirigia por muito tempo. Suava pelo corpo todo, sua camisa estava encharcada por debaixo do paletó e sua cabeça, com seu chapéu, fervia. Quando seu mau-estar passou, num estalo lembrou-se de algo, abriu os olhos e virou-se lentamente para Pablo:

    "- Esqueci-me de minhas meias" - disse num tom baixo e apático.

    Pablo riu, entregando em seguida a mala ao escritor.

    "- Boa viagem, sr. Santuzza!" - disse Pablo com um sorriso e um forte aperto de mão.

    Os apitos chamaram uma vez mais, e Salvatore apressadamente se pôs na fila de passageiros, ainda suando no meio de todo aquele furor da partida de um transatlântico. Enquanto atravessava a ponte que levava ao convés viu os acenos de despedida dos casais, das famílias e amigos, muitos lenços eram agitados de ambos os lados e o pensamento de que não havia ninguém neste mundo para acenar para ele entristeceu-o profundamente. Quando voltou os olhos para a ponte enxugou uma lágrima fugidia, respirou fundo e continuou a atravessar ponte até que, quando estava prestes a por o primeiro pé no convés, ouviu seu nome sendo gritado da margem:

    - Arrivederci, sr. Santuzza! Arrivederci! - gritava Pablo, meio que pendurado num poste de lamparina, enquanto acenava com sua boina na mão.

    Salvatore abriu um largo sorriso para o amigo, enquanto a alegria parecia ferver-lhe o sangue. Tirou o chapéu e devolveu o cumprimento com imensa empolgação, fazendo o paletó desarrumar-se:

    - Arrivederci, mio amico! Arrivederci!


    Luxi
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    Mensagem por Luxi Qua Mar 01, 2017 11:12 pm

    Laureen fumava já naquela hora da manhã, de olhos fechados diante de seu buquê de flores, transportando-se para uma festa imaginária, onde cantava as músicas em ótimos trajes e dançava pelo local a noite toda. Ah, como gostaria de ter uma vida assim! O máximo que tinha perto disso eram momentos espaçados de um carinho comprado e que ela tinha a perfeita consciência de que não era genuíno, mas pelo menos os dois estavam se divertindo, embora algumas pessoas achassem que ela estava sendo usada. Por que as pessoas tinham mania de achar que ela não sabia o que estava fazendo?

    Assoprou um anel de fumaça no próprio buquê, simbolizando o tipo de relacionamento duvidoso que tinha com seu chefe, especialmente quando sorriu ao olhar naquela direção em seguida.

    Estava um pouco impaciente para resolver os assuntos de família pendentes e sua irmã a preocupava muito. Do jeito que pensava que era inconsequente, já deveria estar viajando atrás "dele", mesmo sem ela, por causa de alguma informação surpresa. Como era tonta!

    Levantou-se para buscar mais café, perdendo o som da campainha. Só com a insistência que decidiu espiar, pensando na possibilidade de se tratar de alguma vizinha velha que comentaria primeiro do cheiro de cigarro de seu apartamento. Espiou a visita e, como não era a velha pudica, apagou  em um cinzeiro em cima da mesa mesmo, antes de abrir. Sim, ela respeitava a irmã de certa forma e teria feito uma cena para provocar a vizinha, como a vez que beijou seu amante do lado de fora de seu apartamento quando sabia que ela estava espiando. Achava divertido causar reações, mas em Elizabeth tinha ainda uma aura protetora, oculta por uma bela dose de ironias e deboche.

    - Libby! - chamar a irmã pelo apelido de infância que ela mesma dera era um prazer especial. Especialmente quando ela não gostava ou para constrangê-la. "Beth" nunca foi seu jeito favorito de chamá-la. Lembrava os pais e pessoas comuns em sua vida. Ela não era comum. Era a irmã mais velha louca. - Bom dia, não deixe o guarda-chuva do lado de fora sob nenhuma hipótese. O neto da vizinha é uma peste. Quer café? Chá?

    Ela não ofereceu cuidar dos pertences da irmã pois ela já "era de casa" e poderia fazer mais ou menos o que queria, como ela mesma se sentia na casa de Beth (não necessariamente com autorização). Sem esperar muito, foi logo buscar uma xícara nova e colocou na parte livre da mesa, servindo-a de café mesmo, porque era o que tinha, e só então indo até o rádio e abaixando a música. Suspirou. Achava que agora é que a conversa ficaria chata. Fez a volta na mesa e sentou-se na cadeira livre. Nem se preocupou em explicar o ramalhete de flores, primeiro porque nunca dava satisfação, depois, porque a irmã já sabia quem era Scott Morris.

    - E então, como estão as coisas? Já encontrou outro marido? - comentou com sarcasmo, na esperança de que a irmã  já tivesse desistido daquela ideia.
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    Mensagem por Elda Qui Mar 02, 2017 6:12 pm

    Elizabeth respirou fundo antes de bater na porta do apartamento da irmã mais velha. Tinha ensaiado a conversa mentalmente no caminho, pronta para falar tudo de uma única vez para que Laureen não tivesse tempo de tentar convencê-la a mudar de ideia.

    Através da porta podia ouvir a música tocando muito alto para essa hora da manhã e precisou tocar a campainha duas vezes para que a irmã pudesse ouvi-la.

    No instante em que Laureen abriu a porta, toda a conversa que tinha ensaiado desapareceu da sua cabeça. Por mais que não precisasse realmente da aprovação da irmã, sempre ouviu seus conselhos e seria difícil tomar a decisão final sem seu apoio. Elizabeth sempre tinha sido a mais sensata das duas, enquanto Laureen era a aventureira, e inverter os papéis a deixava nervosa.

    - Hey Lori... - ela deu um beijo na bochecha da irmã e a seguiu para dentro do apartamento, enquanto Laureen começava a tagarelar reclamando do menino da vizinha e lhe oferecia alguma coisa para beber.

    -Pode ser chá, obrigada… - sentou-se à mesa, observando o apartamento enquanto a irmã lhe trazia uma xícara.

    Notou o buquê de flores em um vaso sobre a mesa, mas preferiu não comentar. Precisava do apoio da irmã e não conseguiria isso se começasse a implicar com seu caso com o chefe. Estava tão ansiosa para que ela finalmente parasse quieta e a escutasse que não notou quando a mesma lhe trouxe uma xícara de café em vez de chá.

    Ignorou o comentário sarcástico da irmã, pois já estava acostumada com o tom maldoso que Laureen usava para falar de praticamente tudo, e decidiu ir direto ao assunto:

    - Recebi notícias do Andy...

    Respirou fundo e sem esperar pela resposta, continuou falando, sem lhe dar tempo para interrompê-la.

    - Não dele, na verdade, mas um jornalista de Nova York me mandou uma carta, dizendo que outras pessoas que estavam viajando com Andrew também desapareceram. Ele está reunindo um grupo para ir encontrá-los e eu vou junto.

    Concluiu, mantendo o tom sério e definitivo, erguendo o queixo levemente, tentando reforçar que pouco se importava com a opinião da irmã. Mesmo assim, continuou a encarando, nervosa, enquanto esperava uma reação.
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    Mensagem por Luxi Qui Mar 02, 2017 8:39 pm

    Laureen deixou o sarcasmo de lado para dar um gole no café e arregalar os olhos. Então o defunto tinha mandado notícias? Será que era um testamento? Se fosse isso, seria um sonho. Já visualizava ganhar dinheiro fazendo os outros deverem para ela com juros.

    - E então? - perguntou, segurando-se para não acrescentar nenhum comentário que tinha surgido em sua mente no momento, mas nem seria necessário, já que a irmã não a deixaria falar antes de concluir o assunto. Ela tinha pensado que uma das possibilidades era uma carta terminando com ela e revelando que tinha outra família em outro país e decidira sumir do mapa. Parecia um pouco dramático demais para ser verdade e não era mesmo.  Desanimou ao ouvir a palavra "jornalista". Não tinha muito interesse naquela história. Já era loucura demais a irmã ter se envolvido com um louco de uma seita. Ninguém se conhecia direito, não é mesmo? Tudo parecia bem chato até que ela falar que ia junto. - Quê!?

    Ela riu seca e incrédula ao ouvir aquilo, depois gargalhou alto, olhando para cima.

    - Você é louca? Você nem sabe o que ele foi fazer lá de verdade.  Quer dizer... e se for um tipo de clube do suicídio, alguma coisa insana que as pessoas totalmente quebradas na crise fariam? Libby, isso é insano!

    Fez menção de pegar o cigarro, mas aí lembrou que tinha acabado de apagá-lo. Levantou de repente, indo até o rádio e desligando a música totalmente. Precisava de silêncio para digerir aquilo. Quando olhou para trás, ela continuava com aquela expressão teimosa.

    - Certo. Duas perguntas. A primeira é "por quê?". A segunda é "Quando?".
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    Mensagem por Elda Qui Mar 02, 2017 11:33 pm

    A reação de Laureen foi mais ou menos a esperada. Cruzou os braços e ouviu pacientemente enquanto a irmã reclamava, falando todos aqueles absurdos de Andrew. Como se ela fosse saber mais dele do que sua futura esposa...

    -Eu conheço bem o meu noivo, Lori. Ele disse que foi pesquisar para um romance e eu acredito nele.

    Acompanhou com os olhos a irmã abandonar a mesa e ir desligar o rádio. Sinal de que pelo menos tinha conseguido sua atenção.

    -Você quer saber por quê? - levantou um pouco a voz, sem perceber, irritada pois sua irmã parecia não entender a gravidade da situação - Ele é o meu noivo! Em poucos meses a gente vai se casar, não posso simplesmente deixar ele sumir assim. Nós temos um compromisso! Ele pode estar precisando de mim...

    Inspirou profundamente tentando recuperar a calma.

    -Daqui três dias o resto do grupo chega aqui. Aí partimos juntos. É melhor do que eu ir sozinha, não? - completou em voz baixa - Vou pedir uma licença no hospital... Eu ia usar para a lua-de-mel, mas é uma emergência... - encolheu os ombros, meio triste.

    -Eu sei que você não entende. Mas ele é importante pra mim e tenho que saber como ele está.
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    Mensagem por Luxi Sex Mar 03, 2017 7:58 am

    Lauren suspirou pesadamente e por um momento pareceu analisar a irmã. Como estava crescida. Era estranho como de repente não brigavam por ela "ter escondido a presilha favorita dela", "estar tratando mal papai e mamãe" ou "ter dado um soco na melhor amiga dela", mas sobre futuros maridos e desaparecimentos misteriosos.

    Odiava o fato de que ela a perdia para um homem qualquer que nem conhecia direito.

    Quando perguntou a Scott se ela podia aprender a usar sua arma, uma das motivações era poder defender a irmã, caso algo saísse errado,  mas ela não tinha avançado com aquilo.

    Ainda que achasse toda a história uma grande bobagem, não queria se afastar da única parente que a tratava com amor e vê-la ficar tão irritada, a fazia acreditar que realmente Elizabeth amava o sujeito. Fazer o quê? Laureen também achava que as amigas da irmã na adolescência eram piranhas horrorosas, mas tudo tinha saído bem até ali (apesar de sempre arrumar brigas com elas).

    - Está bem, está bem, eu entendi - fez um sinal de calma - Três dias, você disse, certo? Vou conversar com o Scott e vou com você. Não quero que você arrume problemas sozinha.
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    Mensagem por Elda Sex Mar 03, 2017 11:43 pm

    Abriu a boca para continuar discutindo, mas foi pega de surpresa.

    -Ir comigo? Sério? - olhou espantada para a irmã. Por mais que soubesse que Laureen compraria qualquer briga por ela, até quando não precisava, imaginava que nesse caso ela tentaria impedi-la de ir atrás do noivo a qualquer custo e em vez disso estava se oferecendo para ir junto?

    Deixou escapar um suspiro de alívio. Estava tentando não pensar que estava indo para um lugar desconhecido e acompanhada apenas de estranhos, mas agora sabendo que teria sua irmã ao seu lado se sentia um pouco mais tranquila.

    -Obrigada, Lori... - deu um pequeno sorriso, grata - Você tem certeza?
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    Mensagem por eduardojt Seg Mar 06, 2017 9:51 pm

    Um pouco incomodado com o estresse de seu trabalho, Stívan olhava o jornal sem os óculos, meio de longe, enquanto a fumaça do cigarro também o atrapalhava um pouco.
    Ele acabara de se levantar, estava um pouco cansado, descabelado, e como de costume, recolheu o lixo e mais umas roupas rasgadas de sua última perseguição e foi jogar fora, quando se deparou com a senhorita Lardguer.

    - Senhor policial, muito bom dia! - Exclamou a jovem vizinha, usando um belo de um decote.
    Mas Stívan já sabia que não era bom manter muito contato com a mesma, pois dentro do departamento policial ele apurou alguns casos que envolviam o nome da jovem e belíssima mulher, dentre eles: lesão corporal dolosa, porte ilegal de armas e até um homicídio que, embora não tivesse nada provado ainda, era uma suspeita. Mas mesmo assim ele respondeu:

    - Bom dia Senhorita Landguer, soube que as cobranças do condomínio estão chegando com mais força. - Disse o húngaro com um sorriso irônico e afim de cortar a conversa.

    Ela sorriu sem graça e logo escondeu seu corpo atrás da porta, deixando apenas a cabeça.

    - Sim Sr. Wessel, realmente ando passando por situações complicadas ultimamente, mas nada que o senhor precise se preocupar. Mas o fato é que um representante de seu país veio lhe procurar ontem enquanto o senhor estava no trabalho, disse que tinha alguns assuntos familiares.

    - Alguém da embaixada da Hungria? Não adiantaram o assunto?

    - Não consegui extrair muita coisa, mas lembro-me de escutar o nome Andras Wessel. Suponho que seja seu parente não?!

    - Obrigado Senhorita - Ignorou o policial com certa frieza.

    Wessel entrou no apartamento, preparou uma dose de Whisky e acendeu um cigarro olhando pela janela. Quando em um estalo de ideia, decidiu recorrer toda papelada que tinha sobre seu irmão na Hungria.
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    Mensagem por Sir_eu Seg Mar 06, 2017 10:38 pm

    Eu me lembro que um novato da minha companhia havia perguntado se é difícil tirar uma vida, eu era o atirador de elite da companhia, sempre que puxava o gatilho eu podia ver pela lente da luneta o rosto do meu alvo. A primeira vez sempre é a mais difícil, e você sempre se lembra do primeiro rosto... Homem, por volta dos 20 e poucos, caucasiano, cabelos escuros e olhos claros, patente baixa, nada alem de um garoto, nada alem de um jovem soldado Heinz Ismar era o nome do garoto, naquele momento, eu me lembro: Apenas o som do meu coração batendo era audível, o ar entrou em meus pulmões e saiu lentamente e só depois ultimo folego meu dedo deslizou sobre o gatilho e o som da pólvora explodindo encheu o ar, em um piscar de olhos meu alvo estava caído, a bala entrou pela cavidade nasal e saiu pela base do cranio. Um tiro limpo, simples e letal.

    Respondendo ao garoto eu disse: Não, tirar uma vida é tão fácil quanto virar uma pagina de um livro, o difícil e ler a historia que você mesmo escreveu neste livro! Eu não sei o que ou quem esta com a minha amada esposa, oque sei é que irei escrever um ou mais nomes na minha lista de mortes confirmadas para traze-la de volta a nosso lar são e salva!

    Minha mala espera no beiral da escada em quanto minha filha fala com lagrimas nos olhos: Não se vá papai! Esse com toda a certeza é a pior hora. Eu me abaixo e abraço ela, digo que tudo vai ficar bem e que logo mamãe e papai Estarão de volta e tudo voltara a ser como era antes.

    Eu saio em direção ao táxi que ira me deixar no cais, o homem tenta puxar assunto, mas não estou de bom humor. No caminho me entretenho com a revisão mental do plano, irei desfaçado de professor, educação física se não me engano, talvez isso não seja um grande desafio, afinal eu tenho ensinado pessoas a utilizarem armas, e o exercito fez de mim um homem forte e ativo.

    Aos poucos a paisagem da cidade vai mudando e meu destino final aparece o RMS Majestic, e digo para mim mesmo: espero só mais um pouco docinho logo estaremos em casa novamente!
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    Mensagem por Luxi Ter Mar 07, 2017 1:57 pm

    off: só para encerrar entre nós

    on:
    Laureen mandou uma resposta bem sincera para a irmã. Não estava indo porque achava a ideia mais brilhante do mundo, mas porque tinha entendido, pela pequena explosão de Elizabeth, que ela não mudaria de ideia.

    - Não importa o que eu diga, você não vai desistir, não é? Você fez aquela cara. Por mais que eu tenha a minha opinião sobre isso, e você sabe muito bem qual é, você iria sem mim sem pensar duas vezes. Não posso deixar que você faça isso sozinha. Então eu espero que, ao menos comigo junto, seja mais cuidadosa.
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    Mensagem por Elminster Aumar Ter Mar 07, 2017 9:47 pm




    PRÓLOGO (CONTINUAÇÃO...)
    SALVATORE, JASON E STÍVAN

    Dia 4 de Agosto de 1934
    Nova York, Estados Unidos


    O caís estava abarrotado de pessoas. Não era todo dia que um transatlântico do porte de RMS Majestic zarpava. Esse colosso dos mares possuía três longas chaminés, vários conveses e um casco de quase trezentos metros de comprimentos. Era possível avistar o navio muito antes de pisar no porto devido ao seu tamanho megalomaníaco.

    RMS Majestic
    [ON] A Agonia de St. Margaret Rms_ma10

    Stívan Wessel foi o primeiro a chegar no local combinado, próximo das docas. Ele trazia consigo uma mala para viagem, com roupas para vários dias, revólveres e munição escondidos, entre outros utensílios. Ele levava, também, todos os documentos pertinentes de seu irmão desaparecido. Por algumas vezes, Stívan não conseguiu esconder a ansiedade e procurava os ponteiros de seu relógio de pulso para saber quanto tempo tinha antes de embarcar no navio. Quando uma movimentação maior de pessoas começou por volta das quatro da tarde, Jason John Jr., acompanhado de Alfred Botham, se encontraram onde Stívan os aguardava.

    O jornalista, responsável por unir o grupo de investigadores, tinha encontrado Jason apenas momentos antes. Era a primeira vez que o viam pessoalmente. Notava-se que ele estava com um rosto abatido, embora sua grossa barba ajudasse a esconder um pouco suas feições. Era um homem bem vivido, de quase 50 anos, mas que ainda conservava uma boa aparência. Seu porte era altivo, mas não tão elegante quanto um dia fora.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Alfred11- Aqui estão vocês... *coff coff*... fico feliz em vê-los. Hã, eu não estou vendo Salvatore, um de vocês o viu por aí?

    Até a fala de Alfred, entre uma tossida e outra, não parecia bem. Stívan e Jason não sabiam quem era o homem que o jornalista perguntava, embora Jason puxasse em sua memória o único Salvatore que conhecia, um autor de crônicas numa revista semanal. Alfred olhava para os lados, procurando pelo homem. Sua preocupação aumentou quando os apitos do transatlântico começaram a soar, indicando que era hora dos passageiros embarcarem. O jornalista, então, abriu a maleta que trazia, revelando alguns papéis.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Alfred11- Essas são as cartas de admissões que... *coff coff*... vocês apresentarão à diretora da escola. Jason, eu consegui para você o cargo de professor de Educação Física, e... *coff coff*... Stívan, você será o professor de Química. Tenho comigo também a carta de admissão de mais três pessoas. Tomem. Eu... *coff coff* ... preciso que vocês levem consigo. Duas dessas cartas são para as irmãs Saunders, vocês se encontrarão com elas na estação de Londres. A outra...

    Alfred Botham voltou a olhar para a multidão de passageiros que começavam a se espremer para atravessar a ponte de embarque, assim como para as longas filas de familiares e curiosos que abanavam lenços em despedida dos que iam.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Alfred11- Era para Salvatore já estar aqui. Talvez... *coff coff* ... tenha acontecido algum imprevisto. De qualquer forma, acredito na palavra que ele me deu. Se vocês o virem, entreguem essa carta a ele. Os três estão alocados na mesma cabine. Vocês irão de classe baixa, foi o máximo que consegui. *Coff coff* ... como eu já alertei Stívan, eu estou mal de saúde. Infelizmente não poderei ir com vocês nessa. Então eu desejo boa viagem e boa sorte na investigação.

    O jornalista se despede dos outros dois, que logo se dirigem para a fila de embarque. Mal eles sabiam que, Salvatore Santuzza, havia acabado de chegar no caís. O autor precisou acelerar o passo para conseguir embarcar a tempo. Perto do convés do navio, Salvatore conseguiu se despedir de Pablo, que de longe, acenava com a sua boina.

    O embarque era motivo de muita festa, embora algumas pessoas não conseguissem esconder suas faces de apreensão. O fatídico acidente do RMS Titanic, há cerca de duas décadas atrás, ainda era lembrado por muitos. A mesma empresa que operava o RMS Titanic na época, também era a responsável por esse transatlântico. RMS Majestic era um navio de origem alemã, mas não chegou a ser usado pelos alemães. Ele terminou de ser construído logo após o fim da Grande Guerra, e devido a derrota da Alemanha, o navio foi entregue aos aliados como uma forma de compensação. O auge do transatlântico, sem dúvida, fora a década de vinte, quando se tornou muito popular.

    O navio estava lotado de passageiros, todos devidamente divididos pelas suas posições econômicas e sociais. As cabines da classe baixa, ofertada por Alfred ao grupo de investigadores, eram humildes e apertadas, com duas beliches. Salvatore conseguiu se encontrar com Stívan e Jason numa dessas cabines, apenas de noite. Havia mais um homem compartilhando a cabine com eles, um rapaz jovem de nome Karl, que estava aproveitando o período de férias para visitar sua família na Suécia.




    PRÓLOGO (CONTINUAÇÃO...)
    LAUREEN E ELIZABETH

    Dia 15 de Agosto de 1934
    Londres, Inglaterra


    As duas irmãs pareciam ter resolvido a situação. Elizabeth estava determinada a ir atrás de seu noivo, e, Laureen, para o espanto completo de sua irmã, disse que também iria. Elizabeth apenas esperou terminar sua xícara de café para se despedir novamente de Laureen, afinal ela ainda tinha que resolver algumas questões com o hospital em que trabalhava.

    Assim que Laureen abriu a porta de seu apartamento para dar passagem à sua irmã, as duas se depararam com Scott. O homem, sempre elegante, era o chefe de Laureen (e por vezes, amante também). Ele estava usando o melhor terno de sua coleção, além de estar com o cabelo e barba bem aparados. Elizabeth sentia o cheiro de um perfume forte; Laureen já se acostumara ao cheiro. Scott lançou um sorriso às duas e um olhar mais demorado em Elizabeth.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Scott10- Ah, espero não ter vindo em má hora! Ela é a sua irmã que você tanto fala, não é? Vocês são tão parecidas que não deixam me enganar. Como é mesmo o seu nome?

    Ele estava tentando ser agradável, mas Laureen percebeu que havia algo de diferente em sua atitude. Ele parecia estar querendo disfarçar algo, e o homem era bom nisso. Se não fosse, sua mulher já teria se divorciado dele há muito tempo. A aparição de Scott era uma completa surpresa para Laureen, mas às vezes ele vinha sem dar avisos prévios. Pelo jeito como ele estava arrumado, provavelmente viera para convidá-la a algum passeio.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Scott10- As duas estão de partida? Quer dizer, eu cheguei faz um minuto aqui e dei uma última arrumada em meu terno antes de tocar a campainha, e acabei ouvindo vocês falarem que iriam partir, mas não pareceu que estavam falando de um passeio normal.

    Scott agora olhava ansioso, tanto para Laureen quanto para Elizabeth. Ele ainda estava na soleira da porta, impedindo que qualquer uma das duas saíssem do apartamento sem ter que pedir licença ao homem.




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    Mensagem por Luxi Qua Mar 08, 2017 10:18 pm

    Laureen já estava começando a elaborar boas desculpas para contar ao chefe no momento em que abriu a porta. Ver aquele homem maravilhoso parado na porta de casa teve um efeito bem contrário do que o normal. Sentiu um gelado no peito como se tivesse sido pega tramando contra ele e seu rosto demonstrava sua surpresa.
    Levou alguns segundos para a mente dela voltar para o lugar, ou talvez fosse pelo perfume dele.

    - Imagine. Não há horário ruim para me visitar. - Afinal, ela não traía ninguém. O homem casado era ele, mas ela deixou esse comentário bem implícito e em ares leves, emendando uma apresentação. - Sim, em pessoa. Libby, esse é o Scott. - de repente lembrou que faltava um complemento, para não parecer tão descarada - Meu chefe.

    Deixou para a irmã a apresentação formal do próprio nome. Enquanto isso estava pensando como fazer para explicar a história, além de tentar entender o que ele estava tentando esconder.

    - Não é bem assim - sorriu, falsamente sem jeito, mas logo recobrou o jeito direto e firme de ser - Libby vai atrás do noivo. Ele desapareceu após uma viagem e agora está está seguindo pistas. - Inicialmente, ela queria encontrar um olhar óbvio de deboche no chefe,porque a história parecia levar a um caso ridículo de traição - Ele pode estar morto - resumiu, para tentar dar gravidade ao assunto. - Eu pensei em ser uma boa irmã e em conversar com meu chefe para adiantar alguns dias de férias em troca de algum trabalho extra, quem sabe? - ela fez um charminho, olhando-o de baixo como se fosse uma donzela inocente, depois sorriu. - Estou em suas mãos. - comentou em tom que poderia facilmente passar por uma frase qualquer, se não fosse sua mania de brincar e provocar daquele jeito. Ela não tinha exatamente um plano para convencê-lo, mas as palavras simplesmente saíram de sua boca daquele jeito e ela tinha alguma confiança de que daria certo. Não viajar com a irmã simplesmente não era uma opção.
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    Mensagem por Sir_eu Qua Mar 08, 2017 10:57 pm

    Alojamentos de segunda classe... hum, os navios que nos levaram para a Normandia eram piores do que esse e pode apostar que a comida também! Honestamente eu não estava com bom humor para fazer novas amizades, mas pelo que entendi iriamos trabalhar juntos nessa logo seria bom conhecer melhor estes senhores. Posso precisar de ajuda para trazer de volta minha amada.

    A principio eu não confio em Karl, ele não fez ou demonstrou nada até o momento, mas eu aprendi a ser meio receoso com as pessoas! Nunca se sabe, ele pode ser um espião infiltrado nas fileiras dos aliados.

    Na hora janta eu decido falar com meus "Colegas"

    Jason: Bom senhores, nos fomos brevemente apresentados, mas creio que seria bom nos conhecermos melhor! Meu nome é Jason Jonh Jr, eu nasci no interior, mas agora ganho a vida nos arredores de Nova York, sou instrutor de tiros e tenho uma pequena loja de armas, se precisarem de algo me procurem na volta. Eu acredito que vocês não estão nessa só pela paisagem, o que os trouxe aqui? O que os leva do outro lado do mundo?

    Eu sei que confiança é algo de mão dupla... Nesse momento me certifico que Karl não esta por perto e torno a dizer.

    Minha esposa, minha querida Daisy esta desaparecida, ela foi para uma expedição cientifica e agora ela sumiu... Eu... tenho que trazer ela de volta... A nossa pequena Justine precisa da mãe e eu do meu amor. Digo isso pegando uma foto plastificada de nos três, Justine era mais nova na foto, mas ela sempre trouxe paz para o meu coração.

    Apos isso eu aguardo a resposta dos dois.
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    Mensagem por Elda Qua Mar 08, 2017 11:50 pm

    Elizabeth seguiu a irmã a caminho da porta, pronta para sair.

    -Obrigada pela ajuda, Lori... - deu um beijo em sua bochecha e se virou para sair pela porta quando viu o homem parado do lado de fora.

    Cheio de sorrisos, ele cumprimentou Laureen como se a conhecesse bem e logo se voltou para Elizabeth. Ela esperou que a irmã os apresentasse mas ela apenas o encarava, surpresa.

    Depois de alguns segundos ela finalmente o apresentou como Scott, seu chefe, apesar do tom de conversa entre os dois indicar alguma coisa diferente.

    -Sou Elizabeth, mas todo mundo me chama de Beth. - sorriu para ele, enquanto rapidamente associava o homem à sua frente e o comportamento de sua irmã com todos os presentes caros e o misterioso admirador de quem ela sempre falava - Menos minha irmã, é claro. - completou voltando a olhar para Laureen, levemente entretida, pois raramente a via perder sua postura confiante.

    Baixou os olhos enquanto a irmã explicava a situação, meio constrangida por estar presa entre os dois. Sentiu um aperto no coração quando Laureen acrescentou que Andrew poderia estar morto. Tinha passado os últimos dias tentando se manter otimista e essa possibilidade mal tinha passado pela sua cabeça.

    Manteve-se em silêncio enquanto Laureen ainda jogava charme no chefe, sem prestar muita atenção no resto da conversa, tentando lembrar a si mesma que aquele provavelmente era mais um daqueles comentários que a irmã fazia sem pensar e que ela já tinha aprendido a ignorar há muito tempo.
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    Mensagem por Brutaro Dom Mar 12, 2017 4:39 am

    Salvatore Havia conseguido embarcar nos últimos momentos possíveis. A estreita ponte que ligava o porto ao RMS Majestic fora retirava e desconectada poucos momentos depois de sua passagem. Salvatore tinha avistado Pablo despedindo-se dele e isso o animara. minutos depois, o barco colossal deu um tranco mínimo que foi recebido com euforia pelos passageiros, o barco começava a se mover lentamente.

    Maravilhado com a magnitude da embarcação, foi para o mais perto da proa possível, famílias inteiras apinhavam-se excitados com os primeiros metros do Majestic. Salvatore empilhou sua bagagem e permitiu-se sentir o vento refrescar sua testa suada. Retirou o paletó, dobrando-o sem capricho e enfiando em sua valise, deixando boa parte dele para fora. Seu ânimo lentamente voltava ao normal e ele lembrava da seriedade da situação.

    - Hora de conhecer uns desconhecidos. - disse em voz alta para si mesmo, olhando em volta, imaginando se algum dos "outros interessados" citados no telegrama estaria por perto.

    Apanhou sua bagagem com a ajuda de um funcionário, um inglês de fala cansada, chamado Barton que lhe perguntou o número da cabine enquanto erguia as malas mais pesadas com certo desdém.

    - Cabine 215. - Respondeu Salvatore preocupado com sua máquina de escrever que o jovem erguia ao lado da cabeça.

    - Certo, segunda classe então! venha comigo senhor! - Disse o rapaz, e nisso virou-se agilmente e pôs-se a andar rápida e agilmente entre as centenas de pessoas no convés, o escritor ficou pasmo por um instante e apressou-se para não perder o carregador de vista.

    Seguiu, a passos rápidos, o carregador pelos corredores relativamente estreitos em relação ao número de pessoas que naquele momento andavam com toda bagagem para os quartos. O jovem nunca parava, apenas olhava para trás e gritava de onde estava "Por aqui senhor!", o jovem ainda teria muitas bagagens pra carregar, estava atarefado ao extremo, pensou Salvatore. Ao chegarem, na cabine, o jovem deixou as malas numa beliche, na cama mais alta. Salvatore deu-lhe uma pequena gorjeta, o jovem agradeceu educadamente e saiu do quarto apressado.

    Durante a tarde, esperava algum contato, por isso permaneceu no dormitório, onde conheceu o jovem Karl, que estava de férias e viajava para encontrar a família - Salvatore duvidou do jovem em pensamento:

    "- Como alguém pode fazer uma viagem tão longa durante as férias? Provavelmente foi demitido e não quer falar".

    Poucas horas depois, ao anoitecer, outros dois homens muito singulares chegaram ao quarto. Os Homens pareciam detetives ou policiais, todos exceto Karl, que falava sem nada notar, analisavam uns aos outros em um silêncio incômodo. Somente quando o filho de suecos foi conhecer a embarcação, 1 dos homens decidiu romper o silêncio, apresentando-se como Jason.

    Jason: "Bom senhores, nos fomos brevemente apresentados, mas creio que seria bom nos conhecermos melhor! Meu nome é Jason Jonh Jr, eu nasci no interior, mas agora ganho a vida nos arredores de Nova York, sou instrutor de tiros e tenho uma pequena loja de armas, se precisarem de algo me procurem na volta. Eu acredito que vocês não estão nessa só pela paisagem, o que os trouxe aqui? O que os leva do outro lado do mundo?"

    O homem estava um pouco inquieto e prosseguiu antes de qualquer resposta:

    Jason: "Eu sei que confiança é algo de mão dupla... - fez uma pausa olhando para a porta pela qual Karl acabara de sair e continuou - "Minha esposa, minha querida Daisy esta desaparecida, ela foi para uma expedição cientifica e agora ela sumiu... Eu... tenho que trazer ela de volta... A nossa pequena Justine precisa da mãe e eu do meu amor.- Enquanto falava, o homem apanhava uma foto plastificada dele mesmo com sua esposa e sua pequena filha.

    Salvatore fez um pequeno gesto para poder ver a foto de família, queria um momento para raciocinar e deixar Jason recobrar-se de seu momento emotivo, aquele homem tinha muito mais em jogo - pensou ele - é justo que tenha essa "pressa". Olhou para a foto de família por um momento e tentou memorizar os rostos das duas.

    "- Eu sinto muito por isso Sr. Jason." - disse em tom baixo e respeitoso, devolvendo a foto. "Eu também perdi uma pessoa mas trata-se de uma amiga querida distante, se isso fizer algum sentido... E também tenho uma foto" - apanhou a foto de Déborah com seu avental de médica para mostrar ao homem. - "Acho que há pessoas que acreditam que esses desaparecimentos possam estar relacionados."

    Apanhou os textos dos artigos publicados para mostrar ao comerciante de armas.

    "- E nós só temos esses recortes... e essa escola de moças... St. Margaret" - seu tom mostrava o quão perdido ele estava naquilo tudo.
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    Mensagem por eduardojt Qua Mar 15, 2017 7:37 pm

    No embarque do navio, como de costume, conferi as balas e travei a arma, deixando-a de maneira fácil para saque e disparo. Procurei observar os tripulantes, sem me manifestar muito.

    (Chegando lá...) Confesso que me preocupei um pouco com a saúde de Alfred ao escutar as tossidas, talvez seja meu instinto policial quaisquer tipos de preocupações. Mas não quis interferir na vida dele, poderia soar intrometido.

    Decidi preservar minha identidade durante algum tempo, até que algum dos colegas que vieram tomasse a iniciativa de se apresentar, afinal, não sabemos com quem lidamos no passado. A carreira na polícia é um pouco arriscada e cheia de desconfianças.

    Jason: Bom senhores, nos fomos brevemente apresentados, mas creio que seria bom nos conhecermos melhor! Meu nome é Jason Jonh Jr, eu nasci no interior, mas agora ganho a vida nos arredores de Nova York, sou instrutor de tiros e tenho uma pequena loja de armas, se precisarem de algo me procurem na volta. Eu acredito que vocês não estão nessa só pela paisagem, o que os trouxe aqui? O que os leva do outro lado do mundo?

    -Boa sua atitude senhor Jason, e já que vamos trabalhar juntos, é bom nos conhecermos logo agora. Afinal, estamos em uma terra estranha, precisamos nos unir aqui.
    Bom, eu vim pelo meu irmão, ele é um dos desaparecidos. Minha família não é daqui, e nem eu. Somos húngaros. Sou investigador de polícia na cidade de Nova Iorque.


    "- Eu sinto muito por isso Sr. Jason." - disse em tom baixo e respeitoso, devolvendo a foto. "Eu também perdi uma pessoa mas trata-se de uma amiga querida distante, se isso fizer algum sentido... E também tenho uma foto" - apanhou a foto de Déborah com seu avental de médica para mostrar ao homem. - "Acho que há pessoas que acreditam que esses desaparecimentos possam estar relacionados."

    Pedi ao senhor Salvatore para dar uma olhada na foto e logo comentei para ambos:
    - Ficarei atento nestes rostos. Peço à vocês que se atentem ao rosto do meu irmão também. Ele é novo, ou era (Stívan fez uma expressão de preocupação), um garoto cheio de curiosidades, expectativas, mas ingênuo. Espero que a gente se saia bem nestes papéis improvisados que o senhor Botham nos forneceu.


    Tirei o chapéu para me sentir mais confortável e penteei o cabelo para trás.
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    Mensagem por Sir_eu Qua Mar 15, 2017 11:07 pm

    Agora entendo o porque vocês estão aqui, de fato temos todos algo em comum. Digo, apos a resposta de ambos e continuo.

    Jason: Conhecendo suas motivações e seus entes perdidos agora posso ajuda-los em suas buscas e sei que poderei contar com vocês na hora, sei que estão dispostos a fazer o que é preciso para o bem destas pessoas.
    No entanto gostaria de saber mais sobre vocês, se importariam de se apresentarem para mim? E a proposito Sr. Salvatore, se quiser pode ficar com o cama de baixo, eu fico em cima.

    Digo isso em quanto olho para o corredor, quero ter certeza de que ninguém ouve nossa conversa.
    Elminster Aumar
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    [ON] A Agonia de St. Margaret Empty Re: [ON] A Agonia de St. Margaret

    Mensagem por Elminster Aumar Qui Mar 16, 2017 10:38 pm




    PRÓLOGO (CONTINUAÇÃO...)
    SALVATORE, JASON E STÍVAN

    Dia 4 de Agosto de 1934
    Nova York, Estados Unidos


    Os investigadores seguiram conversando na cabine do RMS Majestic até o retorno de Karl. O rapaz devia ter entre 18 a 20 anos e era dado a falar. Embora ele não falasse muito de sua própria vida, o jovem gostava de perguntar sobre a vida dos seus colegas de quarto, de onde eles vinham, qual era o emprego deles, para onde estavam indo, etc. A tagarelice do sueco atrapalhava a comunicação entre os três investigadores, pelo menos em relação aos assuntos mais pertinentes sobre a ilha de St. Margaret.

    Os dias foram se passando em alto-mar. Como a segunda classe não tinha acesso a várias áreas do navio, como a piscina e o anfiteatro, não havia muita coisa para se fazer além de apreciar a imensidão azul do oceano. Certa noite, Karl voltou para a cabine eufórico, contando que acabara de ver uma estrela cadente cruzando os céus. Tratando-se do sueco, era difícil saber se ele falava a verdade. Por fim a viagem durou exatas duas semanas, e o RMS Majestic ancorou-se no porto de Southampton.

    Eles haviam chegado a Inglaterra.




    PRÓLOGO (CONTINUAÇÃO...)
    LAUREEN E ELIZABETH

    Dia 15 de Agosto de 1934
    Londres, Inglaterra


    Scott fez uma cara de surpresa ao ouvir a história que sua amante contara, mas a sua atuação, dessa vez, havia falhado. Laureen percebeu que provavelmente ele havia deliberadamente escutado a conversa entre as duas irmãs atrás da porta. Até que ponto ele ouvira, era difícil dizer.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Scott10- Bom, Beth, vou chamá-la de Beth se não se importar... Eu lamento profundamente pelo que aconteceu ao seu noivo. A gente nunca sabe quando pode acontecer uma coisa dessas em nossas vidas, então eu imagino como está sendo difícil para você.

    Em seguida Scott se voltava a Laureen. Ele sorriu para ela como se entendesse perfeitamente a vontade dela em ir procurar pelo noivo da irmã. Ela notou que ele havia sorrido logo depois do comentário "eu estou em suas mãos". Em sua cabeça devia estar se passando mil cenas de como ele poderia se aproveitar daquilo no futuro.

    [ON] A Agonia de St. Margaret Scott10- Não se preocupe com o trabalho, querida. Esse é o assunto importantíssimo para vocês e que merece todos os cuidados possíveis, embora eu ache que esse seja um caso para a polícia. De qualquer modo, apareça no escritório amanhã de manhã e acertaremos as suas férias.

    Scott sorriu novamente, desta vez maliciosamente. Apenas Laureen percebeu a mudança de seu sorriso, já que o conhecia tão bem. O homem então se despede das duas, alegando que tudo o que ele viera fazer ao apartamento, poderia ser feito no dia seguinte. Com a permissão do chefe, Laureen agora estava liberada para seguir viagem com a sua irmã.




    CAPÍTULO 1: A ILHA DE ST. MARGARET
    TODOS

    Dia 18 de Agosto de 1934
    Londres, Inglaterra


    Assim que chegaram na cidade de Southampton, os investigadores Jason, Salvatore e Stívan pegaram um trem com destino a Londres. As passagens já haviam sido pagas há muito tempo por Alfred Botham. Era começo da tarde quando o trio acomodou-se para a viagem. Podia-se dizer que eles já se conheciam bem o suficiente, mesmo com Karl tendo infernizado a vida deles durante a travessia do Oceano Atlântico.

    Conforme a locomotiva ganhava velocidade, a paisagem urbana deu lugar a uma bela vista de montanhas e vales. O trem passou por várias cidades até alcançar a estação de Londres.

    Estação Londrina
    [ON] A Agonia de St. Margaret 6fc25e10

    O movimento não era dos mais intensos, embora houvesse um bom acúmulo de pessoas desembarcando na estação. Eram 18 horas em ponto e o céu de Londres começava a escurecer. Laureen e Elizabeth, originárias da cidade, haviam se dirigido para lá com antecedência, onde aproveitaram para passar a tarde numa Casa de Chá dentro da própria estação. Quando deu o horário marcado para a chegada do trem que transportava os três investigadores que se juntariam a elas, as duas foram para o local de embarque e desembarque.

    Apenas quando o trem deu a partida novamente e o local começou a se esvaziar é que as duas irmãs identificaram um trio de homens parados no mesmo ponto em que desembarcaram, como se estivessem esperando por alguém. No caso, eles esperavam por elas próprias. Apresentações seriam necessárias antes deles percorrerem a viagem de barco que os levariam, finalmente, a ilha de St. Margaret.




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    Mensagem por Luxi Sex Mar 17, 2017 12:04 am

    Assim como muitas mentiras de Scott, ela fingiu que não tinha percebido nada, apenas continuando a sorrir. Não ligava que ele tivesse ouvido a história mais agora que tinha pensado em uma boa versão dela para contar. 
    - Obrigada por ser tão compreensivo - falou com a voz mansa envolvente. - Eu também, mas deve ter percebido que a teimosia vem de sangue - sorriu - Não quer entrar? Eu acabei de fazer café e... tenho um assunto a tratar. - não se preocupou muito em esconder suas intenções da irmã, então não precisava de uma boa história. - Elizabeth estava de saída, não estava?? - forçou um sorriso. Não queria perder a oportunidade.

    Assim, ela tentou trazer o chefe para dentro, despedindo-se da irmã. Se ele não aceitasse, porém, seria um motivo para pentelhar Elizabeth.

    Fosse no escritório ou momentos mais tarde, Laureen saberia muito bem como conseguir generosas férias repentinas e deixar saudades. 

    ~~~  

    No dia da viagem, Laureen tinha feito a mala um pouco às pressas, esquecendo-se até do isqueiro. Ela só percebeu isso quando quis fumar na Casa de Chá e não tinha um. Acabou por mendigar fogo alheio. Sinceramente não tinha lido direito o que fariam e nem queria saber muitos detalhes ou prestava atenção no que Elizabeth dizia, exceto quando parecia muito absurdo ou perigoso. Só estava ali para acompanhar a irmã querendo garantir sua segurança com zero armamentos, mas pelo menos podia ampliar o desconfiômetro. Por esse motivo, ela não tinha muita certeza.

    - Como eram mesmo as pessoas que estamos esperando? - perguntou a Elizabeth, já ficando de mau humor pela demora em identificá-los, mas quando avistou aquele estranho trio que sobrava esperando por alguém, já estava um pouco arrependida. - Você ainda quer fazer isso? - perguntou baixinho para a loira. 

    Esperou mais um pouco. Nada aconteceu.  Não havia ninguém para apresentá-los? 

    - Será que são aqueles ali mesmo? Você quer ir lá perguntar? - mal tinha dado a ideia, Laureen suspirou. Sua irmã não faria as honras de jeito nenhum. Então começava sua função na viagem, mas que, no fundo, fazia parte de seu trrabalho verdadeiro  - Está bem. Eu vou. 

    De repente ela decidiu sair andando em direção ao grupo, como uma boa recepcionista faria.

    - Olá, senhores. Meu nome é Laureen Saunders. Por acaso farão uma viagem a ilha de St. Margaret hoje? - sorriu, educada. Talvez os cretinos lhe desses respostas engraçadinhas mesmo se estivesse enganada, mas estava tudo bem.
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