Capítulo 1 - 7 Dias no Mar

- Err, ela não parece mesmo muito bem, ofereceria o quarto pra ela se deitar um pouco, mas não acho que isso traria uma boa impressão..... Espere um momento.

Keldar se volta para dentro do quarto e encosta a porta.

- Mieu, você ouviu o que o invocador lá fora acabou de dizer, devo deixá-lo entrar?
Digo, você sente algo estranho na aura dele?

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Laggan olhou para o horizonte e viu a lua. Ponderou enquanto contemplava a natureza ao seu redor. Fechou os olhos e respirou fundo. Zasalamel havia falado que queria combater um mal, e todos que combatem o mal deveriam ser ajudados. Abriu os olhos ainda virado para o horizonte e respondeu.

"Se viu meu passado, sabe que vencer o labirinto pouco me importa. Preciso encontrar a Lâmina de Okan a qualquer custo. Uma vida depende disso. Nada tenho de ganho pessoal. Se puder encontrar o item sem ter que vencer, o farei. Os resultados pouco importam, desde que eu obtenha o que preciso."

Virou-se para Zasalamel com olhos inflamados.

"Se combate um mal, é meu aliado. E aliados devem se ajudar. Diga-me: o que precisa, o que isso faz e que mal combate, e essa missão será tão importante quanto a própria Lâmina."

Ponderou mais um pouco.

"Além disso, do que viu do passado das pessoas, existe alguém em quem eu não possa confiar?"

Anemona ouvia a explicação do rapaz, não se sentindo nada convencida com a história dele.

- Ah, então é um príncipe? – cruzou os braços, nada convencida.

Ele continuou e a garota foi ficando cada vem mais indignada, era possível ver as veias saltando em sua testa.

- Então é um príncipe que vem atrás de uma jovem em um canto escuro, conta uma história bonita e ainda quer tocar nela... e não quer que te ache um TA.RA.DO? – e pegou sua mochila e começou a dar bolsadas nele – tarado pervertido!

Ela saiu batendo o pé, passando rapidamente de um canto a outro do salão. Só não voltou para o quarto porque precisava estar por perto para ouvir a próxima etapa, que talvez fosse falada pelo capitão.

Bar - Canto escuro

- Ta bom ta bom eu vou cair fora!!!

Disse o mago elfo se afastando de Anêmona, todos do bar viram a cena ou fingiram apenas que não viram, Lucan saiu frustado até do bar, bufando, passou por Burashi esbarrando nele com raiva, o grandão apenas se virou sem dizer nada, pois esperava Gil terminar seu drink.

Então com a cena Cid olhou pra ela e se lembrou, então falou algo como Capitão e apontou para Anêmona, Harlock fez um sinal e Etrigann saiu da mesa e deixou a cadeira vaga, Cid acenou para a garota ir até a mesa e se sentar.

O mecânico estava com a cabeça enfaixada em volta da testa, mas seu topete estava impecável, como ele gostava, Harlock já estava colocando uma bebida em um copo novo para a garota, fez sinal para que ela se sentasse, Etrigann saiu do bar.

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Corredores Quarto De Keldar

Quando Keldar entrou pegou o bichinho mordendo uma maçã, crunch, crunch, crunch, ele o olhou e ficou paralisado parecendo esperar receber uma censura, era uma das maçãs que Keldar havia comprado no povoado de Solde, na feira.

O arqueiro pareceu ter esquecido delas visto que comera tão bem no Navio, Miew continuou a olhar para o rapaz calado e sem se mexer, depois engoliu tudo que tinha na boca quase engasgando.

- O que?!! Ah sim, é... Eu não posso sentir a energia maligna do ser, se soubesse te diria agora quem é, eu não sei quem são e o que pretendem, deixá-lo entrar ou não é uma opção sua, desculpe pra falar a verdade não ouvi direito ele eu tava é deixa pra lá Hehehe...

Falou sem graça porque comia a maçã escondido de Keldar e fora pego em flagrante.

Corredores - A frente do quarto 104 de keldar.

- Ah vou embora di cavalinho, vamo cavalo yyyyyuuuuuuuu...

Charllote era levada pelo grande animal até seu quarto, enquanto isso Nathu esperava lá fora no corredor o arqueiro, Wildmut colocou Charllote em seu leito, a mulher dormiu então quase que instantaneamente.

O Monstro quadrúpede ficou então ao lado da cama dela deitado em um tapete felpudo, fez igual a um cão, ajeitou o tapete com as patas e rodopiou três vezes antes de deitar, esperava seu dono dar o próximo comando caso necessário ou invocá-lo de volta.

O Barco balançava bastante agora, o mar estava um pouco agitado, Nathu viu o imediato Law passar por ele, havia ido pegar algo para comer, mas já estava voltando para assumir a direção do Navio.

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Convés - Lado de fora.

- Como disse a você meu jovem tenho pouco tempo, bem se aceitou temos um trato então, um trato de confiança, eu voltarei para conversar mais com você, mas não agora, fique tranquilo irei trazer informações acerca do labirinto, só faça uma coisa, existe um invocador, eu vi o passado dele, você pode confiar nele.

A névoa ficava espessa e chegou a envolver até a cintura do homem.

- Se possível peça para ele se juntar a nós, diga que darei informações valiosas acerca do Labirinto, infelizmente não posso visualizar o passado de todos aqui e não poderei dar informações acerca das pessoas, mas posso adiantar que o Labirinto é mais do que um desafio, ele mexe com os seres da magia...

A névoa percorreu o corpo de Zasalamel até sua cabeça e se dissipou, o homem que estivera ali desaparecera, ao mesmo tempo que o imediato Law chegou entrando na cabine, ele não viu a cena, viu apenas Lagann parado olhando para o nada.

Anemona ficou aliviada por ver o elfo tarado se afastar e suspirou. Logo notou que Cid a chamou para a mesa e ela foi. 

- Olá seu Cid. Como vai a cabeça? - também saudou o capitão - como vai capitão? Ah, obrigada - disse quando ele a serviu.

Gil Valentine

Gil escutou as palavras do desconhecido e só acenou para demonstrar que entendeu tudo. Ao barman entregar sua bebida Gil entrega o pagamento e diz: - Obrigado! Pode me esquecer que por hoje provavelmente sera só isso! - Rapidamente Gil vira tudo em um gole só, respira fundo: "Vamos ver o que aquele louco quer". Rapidamente se levanta e vai ao encontro do homem

Ele suspira ao ouvir as palavras do pequeno, até o momento este não foi de grande ajuda.

- Por favor, entre, vamos ver se você pode entender melhor o que ele quer dizer.

Keldar diz ao abrir novamente a porta, para que Nathu possa entrar no quarto.

- Muito obrigado pela confiança, amigo. Com licença.

Nathu adentra o quarto, ainda um pouco preocupado com a situação de Charllote, mas ele confiava em seu parceiro animal. Viu que o clima ali era de desconfiança, então resolveu ser o mais prático possível. Ao colocar os olhos no ser mágico, ele sentiu uma mistura entre encanto pela presença mágica do ser e espanto pelo que ele tinha ao redor de si.

- Oi amiguinho, muito prazer, me chamo Nathu. Vim aqui tentar ajudar seu remetente a entender sua mensagem, mas vejo que traz com você um objeto bem especial. Onde conseguiu esse anel ? fala em tom brando e amigável.

Nathu fica de cócoras para falar com o Kuupo.

Bar - Mesa de Harlock e companhia.

Cid se sentou em uma cadeira, e apontou pra própria cabeça.

- Isso aqui não é nada, falta muito pra me derrubarem de verdade, mas obrigado por perguntar, bem eu peço desculpas por só agora me lembrar do seu problema, confesso que aconteceram coisas demais e acabei esquecendo.

- Disponha!!! Cid me disse que seu quarto foi invadido, mas que não levaram nada, deve mesmo se precaver garota, aqui temos muitos tipos de pessoas e nem todas elas são pessoas de bem. Se não levaram nada seu infelizmente não descobriremos o culpado, mas garanto que não foi minha tripulação, estou com eles há anos e não fariam isso.

O Capitão aproximou o copo da menina e bebeu o líquido do copo que estava a frente dele, fez uma careta, pois o álcool era forte, Anêmona sentiu o cheiro em seu copo, era o mesmo líquido forte que o Capitão tomara.

- Acredito então que o ladrão procurava algo especialmente que esteja com você, ou então algo de valor, mas como você estava com seus pertences ele recuou, não sei especificamente se o alvo dele era você na verdade é apenas uma especulação, mas vou ficar de olho e Annie Hawk Eye também lhe prometo. Basta que você se mantenha alerta. Posso pedir que ela passe periodicamente nos corredores e verifique se está tudo bem com você.

Cid pegou uma tigela de salgadinhos que Bravo estava servindo, comeu eles com vontade, depois colocou a tigela a frente da menina para que ela comesse alguns, eram salgadinhos de milho com aromatizantes sabor camarão, eram vermelhos e bem apimentados.

Dali de onde estava a garota circense viu Sheila se levantar, ela a encarou e deu um sorriso de leve e uma piscadinha, depois a garota de capa roxa virou as costas e foi até o bar, se sentou perto de Kurogasa e pegou uma nova bebida com Decim.


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Dormitórios - Quarto De Keldar

- Nossa!!!

Mieu ficou extasiado por ver que Nathu o podia ver, não estava acostumado com isso, geralmente os Kuupos apenas são vistos se quiserem ser vistos, ou se a pessoa em questão é agraciada de alguma forma.

- Você é interessante mesmo, Miew, tá falando do meu anel, bem eu ganhei da donzela sem rosto, é assim que eu chamo ela, a pessoa que me mandou dar uma mensagem ao senhor Keldar, Miew.

Miew terminou de comer a maçã que tinha consigo, voou pelo quarto abanando as orelhas e jogou o resto do fruto em um cesto, depois foi andando para perto de Nathu, algo o fez se sentir a vontade com o rapaz.

- O anel serve de canalizador de energia e ao mesmo tempo pode fazer com que eu possa me comunicar com vocês, ela me disse que se eu ficasse sem o anel não poderia falar com vocês na mesma língua, ela pediu que eu alertasse o senhor Keldar sobre um grande perigo aqui na embarcação...

Depois disso a criaturinha olhou para Keldar temendo ter falado demais depois saiu de perto de Nathu que estava abaixado para falar com ele e se jogou na cama do arqueiro.

- Até que este Navio tem camas confortáveis, eu não costumo dormir em camas, mas vejo porque vocês humanos gostam tanto delas...

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Bar / Dormitórios - Região da Porta do Bar e entrada dos corredores dos dormitórios.

Decim olhou para as moedas no balcão ofertadas por Gil Valentine, ele entendeu aquilo como uma cortesia, os viajantes ali no Estrela Polar não precisavam pagar por sua estada, pois o Rei Lemele de Calla custeava tudo, esse era o trato. Mas o barman pegou as moedas e colocou no bolso.

Gil fora até a porta do bar e lá estava o grande homem, o prisioneiro Burashi.

- Muito bem! Vamos começar nosso assunto, vou dizer uma coisa a você, eu sou um traficante de informações e tenho informações sobre o Labirinto, eu tinha uma aliança com o Elfo, mas por algum motivo ele se irritou e se afastou de mim, não era meu objetivo primário formar tal aliança, mas pensei bem e decidi que isso seria viável, que tal nos unirmos? Essa é minha proposta.

O grandão falou baixinho dessa vez.

- Posso lhe dar informações, em troca você me ajuda, afinal preso deste jeito fica difícil eu sobreviver ao labirinto, mas não me encare como um aliado fraco, tenho certeza que mesmo algemado sou muito mais capaz que alguns aqui.

Nathu arregala os olhos e solta um leve  sorriso ao escutar sobre a donzela qual Mieu se referia, pois aquilo que lembrava uma antiga história de sua tribo.

- Donzela sem rosto, hum? Sabe, isso me lembra uma antiga história de onde venho. Em um tempo longínquo, meu povo confeccionou um anel mágico e que, este anel, era passado de geração em geração, como uma relíquia especial para nós. Certo dia, chegou a notícia que o Rei Barbarossa teve uma filha e que estava muito contente. Como forma de gratidão, os aldeões de minha tribo fizeram uma peregrinação até a morada do rei para presentear sua filha com nosso anel mágico. Após 3 anos, em que já haviam retornado à suas casas, os anciões souberam que a pequena garota havia morrido e que o anel fora enterrado junto a seu corpo, causando grande tristeza ao rei. Eu era muito pequeno quanto tudo isso aconteceu, talvez ainda bebê, mas essa era uma história contada por todos na tribo, quando estávamos em nossas festas e comunhões. Na minha aldeia, existia até uma réplica deste anel contado na história e, sabe de uma coisa, é exatamente igual a este que você carrega.   Nathu conta a história como se estivesse pondo uma criança pequena para dormir, de modo gentil e confortante. Até mesmo ao final, onde sua fala poderia ser entendida como uma acusação, fora doce, deixando um sorriso escapar por ter lembrado de algo da sua tribo. Lembranças boas que não faziam parte da tristeza que lhe motivara de estar ali.

Nathu se senta de vez ao chão.

- Talvez eu conheça mais desta donzela que você imagine, amiguinho ^^

O jovem summoner observou um pouco o Duende, pensou em interromper-lo e perguntar diretamente sobre a mensagem, mas achou que poderia ser ofensivo pois sabia que era algo de extremo sigilo e não era algo para ser abordado daquele modo. Olhou atentamente o Kuupo, pois o mesmo se comportava de um modo que fascinava o garoto, desde suas atitudes infantis, até quando explicava coisas difíceis como magia. Nathu permanecera escutando as explicações, calado, prestando bastante atenção. O invocador notou um leve desconforto no olhar de Mieu.

- Não precisa me contar tudo caso não queira ou não for da vontade de seu remetente. Estou aqui pra tentar ajudar e não roubar informações, então mesmo que seja pouco o que você pode me falar, eu tentarei resolver. Sorrindo abertamente, levantou o polegar direito em simbolo de confiança, enquanto o pequeno ser se deitava na cama. Sei que ele falou sobre um perigo no navio, mas fica difícil de dizer o que é apenas com essa frase. Se vira pra Keldar. Ele lhe deu mais algum tipo de informação sobre esse perigo?

Permanecia sentado, mas agora tinha em sua face a seriedade que o assunto exigia.

Gil Valentine

Gil escutou atentamente as palavras do grandalhão, para ele fazia sentido sua proposta. "Afinal, o cara esta todo acorrentado não?". Gil pode ser um cara de truques, porém não liga de ter aliados, e é bem fiel a eles: - Bem grandalhão, antes você precisa entender sobre mim. Tenho meus poderes, não acho eles nada ruim até, consegui muita coisa na minha vida com eles, porém é meio arriscado... Como uma boa aposta sabe? Se acha que ainda vale a pena me ter como seu aliado... - Deu uma pausa, e falou tentando ser amigavel - Muito prazer! Meu nome é Gil...

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O garoto não tinha cabeça para tentar voltar a meditar após o ocorrido, várias dúvidas começaram a se amontuar num turbilhão de forma que teve que dar uns tapas na cara para ordenar os pensamentos.
Não tinha engolido todas as palavras do Sr Salame, algo de sombrio envolvia-o de forma a não conseguir confiar em suas palavras, e a própria apreensão em revelar o mal que combatia e o objeto que buscava.

Ainda tinha uma sensação de que a aura negra estava pelo navio. Algo por ali não cheirava bem, e não sabia em quem confiar... mas precisaria buscar alguém para ajudá-lo.

Saiu do convés de volta ao salão, lá encontrou Harlock conversando com Sid.
Se aproximou e na primeira oportunidade de falar diretamente com Harlock, chegou falando em voz baixa.

"Harlock, você é o capitão por aqui. Sua posição implica capacidade, conhecimento e respeito conquistados. Sendo assim, o respeito como a meu mestre."

Fez uma reverência.
Parou um pouco. Se o Salame havia visto seu passado, poderia observar seus movimentos presentes.
Mas se estava realmente bem intencionado, isso não deveria incomodá-lo.

"Primeiro, pressinto algo sombrio por esta embarcação... não sei ao certo o que."
Mais uma breve pausa.
"Em segundo lugar, preciso saber se já ouviu o nome Zasalamel em algum lugar."

Seus olhos sérios cobravam uma resposta.

Diante das palavras do arqueiro, Nathu coça o queixo em dúvida e descontentamento.

- Se é só isso, então realmente fica difícil de descobrirmos de quem ele está falando. A lógica é que a donzela lhe escolheu para lidar com essa pessoa que trará perigo e morte aos que a rodeiam , então basicamente o primeiro passo é descobrir quem é... e depois pensar sobre o que você poderá fazer para resolver tal problema.

Nesse momento, Keldar faz sua pergunta e prontamente o invocador responde.

- Se houver uma magia, lamentavelmente não é de meu conhecimento. Vira-se novamente para o Kuupo. Você conhece algum meio que eu possa falar com essa donzela, amiguinho? Talvez ela lembre do meu povo e do presente que à demos...

Feliz e agradecida, Anemona senta-se com Cid e Harlok, o maquinista agradecendo e o capitão lhe passando seu parecer sobre o caso.

- Que bom que está bem, seu Cid... desculpe por não ter conseguido fazer mais por você e pelo navio - ela ouve o capitão e concorda com ele - sim capitão, mas não entendo qual seria o interesse em meus pertences, já que sou só uma artista circense. Eu não tenho posses, nem nada de valor. Só carrego comigo essa bolsa com roupas e coisinhas pessoais e um presente que ganhei no templo - ela aceitou a bebida e curvou a cabeça em agradecimento - mas eu vou prestar mais atenção sim... Ah, que gentileza, senhor. Ficou muito agradecida pela ajuda - ela apenas molha os lábios na bebida e faz uma careta, arrepiando-se toda com o gosto forte da bebida - aaaargh... que coisa ruim - sua fisionomia não era de alguém desaprovando ou condenando a bebida ou quem a tomava, mas apenas a fisionomia de alguém que prova algo de sabor ruim mesmo - como conseguem beber isto? - ela aceita a oferta de salgadinho de Cid - deliciosos. Nós não costumamos comer nada de camarão no circo. 

Enquanto conversavam, a garota nota Sheila olhando para ela e piscando e acha aquilo bem estranho. Nem conhecia a moça. Preferiu então confiar no capitão e aceitar sua ajuda.

- O que vocês sabem sobre aquela Sheila? Por que ela acabou de me encarar, sorriu e piscou... e agora está no bar - fez uma cara de desconfiança - será que ela sabe de algo? Ou pode ter visto quem foi que invadiu meu quarto... e se ela for perigosa? Que que eu faço, seu Cid? Capitão? - e continuou comendo o salgadinho.

Estrela Polar

Dormitório 104 - Quarto de Keldar

-  Somente através de mim, eu irei visitá-la hoje, na verdade logo terei de ir pois já está tarde, e posso levar qualquer mensagem que quiser, irei por meio de teletransporte, mas não conseguirei levar ninguém comigo, eu possuo poderes limitados se a donzela não estivesse presa, talvez ela mesmo conseguisse se comunicar com vocês...

O bichinho continuava deitado na cama aproveitando os poucos minutos antes de ir embora.

- Ela não tem muitos poderes, devido estar presa e também não me pergunte do porque ela estar, isso eu também não sei, quando ela me invocou apenas consegui ficar pouco tempo com ela. Bem se tiver algum recado eu posso passar pra ela.

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Bar - Mesa de Harlock

- Todos aqui são perigosos de alguma forma garota, infelizmente não posso fazer nada quanto a criminosos aqui dentro, é o meu trabalho levar a qualquer um para a ilha de Calla para o desafio, não sabemos nada que você não saiba sobre ela, só o que ela falou em sua apresentação, se ela tem alguma coisa a ver com a invasão em seu quarto terá de descobrir por si só... Faremos o possível com a guarda, mas não vai ser 100% Annie e os outros tem outras tarefas também, garota você terá de se cuidar, afinal sobreviver ao barco também é uma das tarefas do desafio, o Labirinto não será menos piedoso.

Novamente Harlock bebeu de seu copo, dessa vez foi um gole de uma vez, permaneceu parado olhando Anêmona, com dura serviz, afinal era o Capitão do Estrela Polar, iria fazer o que podia, mas dependia de Anêmona a sua própria segurança e saúde.

- Olha Anêmona, sei que é difícil a situação, mas entenda que você terá de superar desafios terríveis, mesmo sendo apenas uma arista circense deve lutar até o fim com todas as forças, lembre-se que você tem um objetivo, não deve temer os outros viajantes ou então, não vai conseguir vencer o Labirinto.

Cid colocou uma das mãos no ombro da menina para dizer esta frase, depois tirou-a, e pegou mais salgados do pote e comeu.

- Vá descansar garota, depois do que passamos hoje com o ataque do monstro talvez eu de uma pequena folga para vocês.

Neste momento Lagann acaba chegando na mesa e se pôs a falar...

Harlock o ouviu:

"Harlock, você é o capitão por aqui. Sua posição implica capacidade, conhecimento e respeito conquistados. Sendo assim, o respeito como a meu mestre."

"Primeiro, pressinto algo sombrio por esta embarcação... não sei ao certo o que."

"Em segundo lugar, preciso saber se já ouviu o nome Zasalamel em algum lugar."

Harlock se virou para Anêmona depois do que o garoto disse:

- Veja!!! Parece que temos outro com teorias da conspiração aqui, sinto muito meu jovem, não conheço Zasalamel de canto nenhum, e olhe em volta, o local está cheio de assassinos e ladrões, o desafio de Calla é assim, eu até mesmo evito ter contato para não me apegar com estes aqui, pois se vão ao labirinto não costumam voltar para conversar, se é que me entende.

Harlock apontou para Kurogasa lá no bar, ele estava junto da garota de capuz púrpura.

- Aquele cara é perigoso, mas acha mesmo que outros possam ser menos? Já levei condenados a morte neste Navio, tudo para o desafio de Lemele de Calla, vocês tem de se proteger sozinhos, pois não posso garantir a vida de todos aqui cem por cento Lembre-se que eu também arrisco a vida colocando lunáticos como vocês aqui dentro.

- Ah!! Desculpe as palavras do Capitão Lagann, ele não quis dizer que todos são lunáticos, apenas alguns, hahahaha, Anêmona você também não é lunática. Mas diz aí o que ta te incomodando cara...

Cid ficou meio sem graça, as palavras de Harlock poderiam ter soado bem duras, afinal o Capitão poderia estar cansado da batalha e também tinha a bebida na mesa, ah! A bebida malvada.

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Bar - Porta do bar e corredores dos dormitórios.

- Pois bem Gil!!! Formamos aqui nossa aliança, sou Burashi!!! Bem tenho de falar em um local mais reservado, veja que estamos na porta e várias pessoas passam por aqui.

Tanto era verdade que Lagann acabara de passar por eles enquanto se cumprimentavam.

- Vou lhe dar informação, como disse eu sou um traficante de informações, pois vivi muito no submundo e conheço as pessoas certas tá ligado?! Vamos lá, a primeira coisa que quero dizer é que já teve duas edições dos jogos do Labirinto, a primeira foi uma espécie de teste, um bando de prisioneiros condenados a morte participaram com a promessa de que se conseguissem sobreviver ao desafio teriam seus pecados e crimes perdoados e seriam libertos.

Burashi apontou para que os dois saíssem dali, e passaram a andar pelo corredor.

- Como deve imaginar nenhum sobreviveu a esta edição, a primeira, depois foi a vez de lançar a parada pra valer, foram reunidos diversos aventureiros de todos os tipos, e vou te falar, foi um pega pra capar, somente haveria 1 vencedor, mas parece que duas pessoas saíram vivas e ao mesmo tempo, esta foi a segunda edição.

O grandalhão ajeitou uma das bolas de aço que o prendiam em suas costas para facilitar a caminhada.

- A terceira edição essa aqui, tem uns segredinhos que to sabendo, o primeiro é que devido aos dois participantes vitoriosos Lemele resolveu expandir a coisa, pode haver mais de um vencedor, aí que entra a nossa aliança, segundo quero te falar que nós do Navio Estrela Polar não seremos os únicos participantes dos jogos.

Burashi parou no meio do corredor, não sabia se Gil Valentine ia preferir ir até o quarto dele ou do grandão, ou em outro lugar e preferiu que o jovem os guiasse para onde queria estar.

- O Navio que estamos saiu de Solde, a cidade portuária, mas existe outro Navio que saiu de outra região com destino a Calla, ou seja cara segura teu chapéu que o vendaval ta chegando, existem outros participantes que nem sabemos quem são ta ligado...

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O invocador sorri com a notícia do Duende e fala logo após o real destinatário do recado de Mieu.

- E então diga-a que gostaríamos muito de conversar com ela diretamente sobre seu aviso, pois seria uma honra para mim e para Keldar, não é? Olhou diretamente para o garoto de cabelos vermelhos esperando uma resposta óbvia.

O glorioso ser pequenino continuou a falar e mencionou que aquela que parecia tão poderosa e que mandara uma mensagem para o arqueiro se encontrava presa. Nesse instante, Nathu dá uma rápida olhada para o outro jovem no quarto esperando que o mesmo também estivesse achado aquilo estranho. Logo, continuou a falar

- E então pode dizer que o emissário deste convite foi Nathu, membro da tribo Korraang, acredito que a mesma vá saber identificar quem sou e que, caso ela precise de alguma ajuda, poderia contar com nós, assim como contou com minha tribo no passado. O summoner acreditava, mesmo que praticamente sem muitas provas, que aquela donzela seria realmente a filha do rei que fora considerada morta a alguns anos.

Após sua interação com o Kuupo, vê que agora era sua vez de dar respostas.

- Como disse antes, eu apenas sou um explorador que quer conhecer todas essas maravilhosas criaturas, então meu objetivo era realmente participar o máximo que pudesse desse contato mágico... Sua voz continha uma empolgação juvenil mas que logo fora apagada por um silêncio sério, acompanhado de uma voz mais grave. Mas parece que meu passado está ligado de alguma forma com aquela que quer lhe proteger... assim como a minha tribo à protegeu. Tosse um pouco para regular a voz e voltar-la ao normal. Então eu realmente gostaria de ajudar no que for preciso que a envolva.

Os olhos de Nathu pareciam estar prestes a umedecer e, então, focavam fundo nos olhos de Keldar.

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Lagann não esperava muito mais como resposta. Acenou positivamente com uma face sombria. Não esperou mais nada do capitão.
Não sabia quem poderia ajudá-lo a desvendar a identidade do Sr Salame e continuava com aquela sensação de mal estar, parecia que algo estava errado, mas não sabia dizer ao certo, talvez fosse só coisa de sua cabeça.
Mas tinha uma pista. Nathu, embora não soubesse quem era essa pessoa.

Notou Kurogasa e a companheira pela primeira vez. "Um cara perigoso..." Tinha a sensação de que a vida dali em diante seria bem diferente da que viu pelo mosteiro. O mundo poderia ser assustador, mas aquilo de alguma forma alimentava seu espírito em chamas, a aventura, o desconhecido, o perigo. Iria cair dentro matando de peito, tudo que viesse.

Pensou em esperar e observar os outros competidores pelo salão, especialmente os dois apontados por Harlock.

Se livrando dos pensamentos reflexivos. Olhou para a garota a sua frente. Ficou um pouco sem graça... nunca chegara muito perto de garotas.
Ela parecia um pouco assustada.

"V-você está bem?"
Também não a tinha visto até agora.
"Prazer, meu nome é Lagann. Sou um monge dos Montes Glaciais. Vivi toda a vida no mosteiro, então não sei bem como interagir neste ambiente mais mundano."
Deu um sorriso desengonçado botando a mão direita atrás da cabeça, esfregando os cabelos e a esquerda na cintura.
"Espero que possamos ser amigos..."