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    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra

    Elminster Aumar
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    Mensagem por Elminster Aumar Dom Nov 11, 2018 11:34 pm


    Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra

    Bucareste, 10 de Agosto de 1895
    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra 2fab7810

    As ruas da cidade estavam alagadas pela chuva que caía desde o inicio da noite. O fétido cheiro do esgoto não era nada agradável e os transeuntes caminhavam às pressas para alcançarem seus destinos. Os cocheiros, bastante requisitados numa noite como aquela, conduziam suas carruagens em meio a largas poças de água. Não era o melhor dia para se marcar uma reunião, contudo, notáveis figuras da sociedade tinham um assunto a tratar na mansão do detetive Alexandru e a urgência da situação impedia que isto fosse postergado.

    O primeiro a chegar foi Teodor Cardei, filho de uma relevante família de comerciantes da Romênia. Ele foi recepcionado pelo próprio Alexandru, que o conduziu até uma sala com uma lareira acesa e confortáveis poltronas de veludo. Havia várias estantes com livros, além de quadros pintados pelos melhores artistas europeus. Os dois se conheciam de longa data, ambos tendo antigamente participado de muitas festas da alta sociedade, porém era a primeira vez que se viam desde que Teodor retornara do longo período em que esteve numa incursão ao Império Austro-Húngaro. Enquanto aguardavam a chegada dos demais, os dois aproveitaram para colocar o papo em dia, e Alexandru se mostrava bastante interessado em saber dos detalhes da viagem do seu amigo para fora do país.

    A Dra. Leatrice Belcher chegou uma hora depois. Ela teve a ajuda do simpático cocheiro para descer da carruagem sem se molhar tanto, e quando tocou a campainha da mansão foi atendida por Anastácia, uma jovem mulher que se apresentou como uma das filhas do anfitrião. A doutora era uma das maiores mentes médicas do mundo e teve que enfrentar uma longa viagem de Londres até Bucareste. Mesmo com toda a dificuldade, ela aceitou o chamado de Alexandru. Se um dos detetives mais brilhantes que a Europa já conheceu estava precisando de sua ajuda, era por que ela poderia contribuir de alguma forma. Leatrice foi levada até a sala em que estavam Alexandru e Teodor.

    O detetive era um homem velho, passado dos sessenta anos, mas que ainda conservava um olhar perspicaz e astuto. Ele se levantou e abraçou Leatrice.

    - Muito obrigado por ter vindo, doutora - disse ele, em seguida, apontando para Teodor. - Este é Teodor Cardei, meu amigo pessoal. Teodor, esta é a Dra. Belcher, um dos nomes fortes da medicina.

    Os outros dois vieram logo em seguida, chegando praticamente juntos. Nina Aiwaz, uma mulher misteriosa e reclusa à seu modo, aceitou se juntar naquela investigação com a promessa de que ela estaria um passo mais próximo de seus objetivos de descobrir coisas do Outro Mundo. Como ocultista, ela era uma das melhores em seu ramo que viviam em Bucareste. Cinco minutos depois, foi a vez de Iam Smith ser recepcionado pela filha de Alexandru e ser conduzido até a sala em que todos se reuniam. O russo era a figura menos conhecida do grupo e sua presença ali era de certa forma uma surpresa. Ele era membro de uma organização criminosa que ganhava cada vez mais força e adeptos, contudo, o ex-detetive parecia ter algum tipo de laço com os superiores de Iam Smith, que o mandaram para Romênia para ajudar o caso de Alexandru.

    Já havia passado da meia-noite quando o detetive tomou a palavra perante os ilustres convidados depois das devidas apresentações.

    Alexandru
    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra 50c59d11


    - Novamente agradeço a vinda de todos. Como já havia adiantado o assunto com alguns de vocês, infelizmente uma das minhas filhas desapareceu, e logo a minha filha caçula. - Era sabido que o detetive possuía oito filhas frutos de um único casamento que perdurava até hoje. Ele falava com pesar sobre o ocorrido. - Naturalmente alguém deve estar pensando o por que de eu ter chamado vocês até aqui ao invés de ter contato a polícia, mas por Deus, durante os anos em que trabalhei como detetive dessa cidade, ninguém melhor do que eu pode dizer com propriedade como a polícia local é incompetente. Não, eu precisava de especialistas. Como vocês.

    O som das gotas de chuva batendo na vidraça e do crepitar da lareira se faziam ser ouvidos entre uma pausa e outra. Nesse momento, o detetive acendia um charuto e dava uma longa tragada.

    - Este me parece um caso especial - retomou a fala -, e é por isso que hoje aqui temos uma doutora capaz de avaliar e curar as mais terríveis enfermidades, um homem de armas que lutou nas guerras do Império Austro-Húngaro, uma mulher que conhece os mais obscuros segredos da Terra e - aqui, ele olhou de soslaio para Iam Smith - alguém capaz de abrir portas pelo caminho e se esgueirar onde for preciso.

    Até então, Alexandru evitava dizer que Iam Smith era um criminoso. Ele deu uma nova tragada no charuto, e prosseguiu:

    - Algum de vocês conhece ou já ouviu falar do Circo de Romanov?



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    Mensagem por Camuel Seg Nov 12, 2018 5:34 pm


    A carruagem se apressava a pedido de Smith, com a forte chuva a visibilidade pela janela era ruim, ruas escuras com nevoas, o cheiro forte do esgoto... Tudo isso o fazia imaginar o que realmente o fez aceitar este convite. Sim, o que o levou a essa viagem, nada mais que o comprometimento com a organização no qual ele é membro, ser escolhido entre muitos, significava ser o melhor.

    Assim que o cocheiro para a carruagem ele percebe que chegou a seu destino, retira do bolso de seu colete seu relógio de bolso, consulta o horário e balança a cabeça em sinal de positivo, veste seu sobretudo que esconde sua adaga - a única lembrança de seu pai deixado quando tinha 12 anos de idade - na cintura, e ele desce da carruagem.

    A passos largos lutando contra a chuva ele avista a alguns metros dali uma mulher se aproximar da entrada principal, onde outra mulher a recepcionava, cinco minutos depois ele chega até a porta. Uma jovem bela lhe atende, se apresenta como filha de Alexandru, Anastácia seu nome.

    - Muito prazer em conhecê-la, espero um dia que minha viajem ate aqui não seja por negócios e sim pelo coração. - A cumprimenta beijando sua mão.

    Smith com um sorriso escondido faz um sinal com a cabeça como forma de agradecimento, ele sabe que as pessoas naquele local esperavam um homem da cor da pele clara, cabelos loiros e alto, típico de seu país a Rússia.

    Ao ser conduzido ate a sala onde se encontrava os demais o ambiente com suas diversas pinturas penduradas nas paredes lhe chamava a atenção, a cada movimento de seus olhos o faziam pensar:

    Agora entendo porque ele deve ser tão importante para a organização... Se fosse a tempos atrás este lugar seria o meu baú do tesouro.

    Ao se aproximar ele percebe que foi o ultimo a chegar, próximo de Alexandru havia um outro convidado, pareciam ser velhos conhecidos devido as risadas e conversas, ele também mostrava ser alguém importante, próximo estavam as outras duas convidadas.

    Iam Smith se aproxima e estende a mão para cumprimentar Alexandru.
    - Olá senhor Alexandru, obrigado por ter me convidado a sua residência. - Depois das apresentações ele se dirige ate um dos sofás um pouco próximo a garota que chegara antes dele e senta tomando sua bebida.

    Iam Smith
    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra 14ujos8

    Alexandru escreveu:- Novamente agradeço a vinda de todos. Como já havia adiantado o assunto com alguns de vocês, infelizmente uma das minhas filhas desapareceu, e logo a minha filha caçula. Naturalmente alguém deve estar pensando o porque de eu ter chamado vocês até aqui ao invés de ter contato a polícia, mas por Deus, durante os anos em que trabalhei como detetive dessa cidade, ninguém melhor do que eu pode dizer com propriedade como a polícia local é incompetente. Não, eu precisava de especialistas. Como vocês.

    - Fez o correto - fala Iam em murmúrio.

    Alexandru escreveu:- Este me parece um caso especial, e é por isso que hoje aqui temos uma doutora capaz de avaliar e curar as mais terríveis enfermidades, um homem de armas que lutou nas guerras do Império Austro-Húngaro, uma mulher que conhece os mais obscuros segredos da Terra e alguém capaz de abrir portas pelo caminho e se esgueirar onde for preciso.

    Novamente com seu sorriso desconfiado ele levanta sua mão direita como se falasse, sou eu. Afinal ele já estava acostumado com esses olhares de receios,enfim frutos do destino.

    Alexandru escreveu:- Algum de vocês conhece ou já ouviu falar do Circo de Romanov?

    Smith responde: - Sim já ouvi falar de grandes apresentações, inclusive aberrações.
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    Mensagem por Mellorienna Seg Nov 12, 2018 7:41 pm


    Do you feel safe?
    Out in the light
    Or is this the place
    Where monsters hide?

    --- Svrcina, Who Are You?

    Os olhos muito claros da loira passeavam preguiçosamente de um para outro dos convivas, quase como se estivesse entediada de estar ali. Ela não bocejava - e, a bem da verdade, praticamente não se movia - mas a expressão de calma quase inexpressiva em seu rostinho em formato de coração dava a jovem ares de quem pouco entendia porque tinha sido chamado àquela ilustre reunião.

    Não havia aberto a boca uma única vez desde sua chegada, nem ao menos para cumprimentar o anfitrião, a quem se dignou a dirigir uma meia mesura - bastante formal e que demonstrava algum nível de etiqueta, talvez estudos em colégios internos ou uma família com rígida educação social. Até onde se sabia, a mulher não era nobre. Ou era? Bem, até onde se sabia, Nina Aiwaz sequer existia.


    Nina Aiwaz
    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra Hu8CVEU

    Ao cruzar as pernas e apoiar a cabeça em uma das mãos, cujo cotovelo apoiava no braço da poltrona que ocupava, Nina parecia se preocupar pouco com a grande fenda de seu vestido - cuja semitransparência elegante oscilava entre o recato e a revelação. Estreitou muito levemente os olhos para Alexandru quando este mencionou - finalmente! - o motivo de tê-los reunido ali. E ficou ali parada, silenciosa, vendo os demais reagirem.

    Tão tempestuosos. Tão intempestivos.

    À menção ao circo, ergueu os olhos para o teto, perdendo o interesse em qualquer dos presentes. É provável que nenhum deles fosse útil para nada se ela fosse útil para alguma coisa. A assombrosa verdade é que não se chama uma Ocultista para investigar um desaparecimento de uma jovenzinha - a menos que se desconfie que não se trata de um sequestro qualquer. Um culto, talvez? Pensou na data. Alto verão na Romênia. Ainda muito distante de qualquer um dos Grandes Sabbaths. Sacrifício humano? Talvez, talvez... Sendo a filha mais nova, era provável que ainda fosse intocada. Mas, se fosse o caso, outras jovens teriam sumido - da mesma idade, com estruturas parecidas. Estivera longe da cidade nos últimos meses, resolvendo... questões.

    Precisava de mais dados.

    Seu olhar quase blasè escondia uma mente afiada como navalha de diamante e a loirinha ia registrando as conversas na sala, ainda olhando para o teto, com o queixinho apoiado na mão. Ainda em silêncio. Experiências médicas com seres humanos? Isso justificaria a presença de uma fisicista. Como era mesmo o nome que adotavam hoje em dia? Médica! Oh sim, Alexandru devia desconfiar disso e por essa razão tinha tanta pressa. Porém, ainda não havia justificativa para não colocar a Polícia também no caso. Incompetência não era motivo para não deixar que fizessem o trabalho grosso, afinal. A menos que houvesse desconfiança do envolvimento das autoridades com o desaparecimento da menina.

    Precisava. De mais. Dados.

    Quando seus olhos voltaram a fitar os presentes na sala, mesmo os menos observadores notariam a diferença. A garota de ares indolentes tinha agora um brilho perigoso nos olhos acinzentados e muito claros, que pareciam capturar as luzes da sala de modo quase espectral. Mexendo-se com suavidade - como uma leoa ajustando o bote - e sem se dar ao trabalho de se apresentar ou mesmo de responder à questão formulada acerca do circo, Aiwaz encarava Alexandru quando disse com uma voz baixa que era quase um sussurro:

    - Preciso de mais dados.

    A voz da garota era intensa e inesperada, como um choque de eletricidade ao tocar pela primeira vez a pessoa amada. Apesar de falar bastante baixo, o tom que usava atraía a atenção, como um ronronar suave de um predador faminto. E os olhos da loira brilhavam com maquinações e hipóteses.
    Bravos
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    Mensagem por Bravos Seg Nov 12, 2018 10:21 pm


    Reencontrar Alexandru era uma satisfação. Pô-lo a par das peripécias que vivera e encontrara pelo Império Austro-húngaro rendeu para ambos boas risadas, ainda mais porque Teodor chegou cedo à casa do anfitrião, justamente para que pudessem ter esse momento. Um pouco porque Teodor gostava de contar suas andanças, um pouco porque Alexandru havia adiantado o motivo de chamá-lo ali. E entre pressa de ajudar o amigo e quem sabe entretê-lo um pouco, achou por bem chegar antes da hora marcada. Até porque, a reunião era já tarde da noite, coisa que o rapaz preferiu não comentar, apenas acolheu as peculiaridades de um colega com problemas sérios.

    Teodor era um homem alto e de costas relativamente largas - sem deixar de parecer esbelto para quem o olhasse. Cultivava um bigode grosso e reto, desligado da barba que nascia na mandíbula, se alongando sobre o pescoço, acentuando o rosto longo. Seu cabelo era curto, num estilo militar, embora nunca jamais um militar usaria uma barba e bigode como aqueles. Naquela noite vestia um colete bordô com riscas sutis, muito bem assentado sobre seu corpo, uma gravata cinza claro contrastava com a camisa cinza chumbo. Suas calças seguiam a tonalidade gris, estando engolidas pelas botas pretas.

    A segunda convidada a chegar foi a doutora Belcher. Teodor estendeu sua mão com uma mesura galante, como fazia para qualquer mulher a quem era apresentado. A experiência lhe ensinou que elas se sentiam, geralmente, especiais. Falou-lhe em alemão, que possivelmente seria a língua daquele encontro: - O prazer é todo meu, Doutora Belcher. Faça-me o agrado de sentar-se aqui. - Indicou-lhe um assento ao lado de onde ele mesmo estava sentado e pelos próximos minutos conversou aquelas conversas que puxam em salas, enquanto se espera algo.

    Por sorte, ou desígnio, os outros dois que faltavam chegaram um após o outro. Nina Aiwaz, uma moça que não fizera sequer a gentileza de dizer alguma palavra, nem para Alexandru, nem para Teodor, quando ele a cumprimentou. E Iam Smith, que falara com o conhecido em comum de todos em uma língua que o romeno não conhecia. Chutaria russo, talvez. Apertou firme a mão do homem e acenou-lhe com a cabeça, já que aparentemente não adiantaria falar-lhe.

    Já era praticamente meia noite quanto Alexandru tomou a palavra para esclarecer o que aqueles quatro faziam ali. Teodor suspirou com o sumiço - do qual ele já sabia - da filha mais nova do colega. Ele explicava porque não acionara a polícia e o motivo era: incompetência. Teodor sabia que ele era um detetive e que incompetência não era uma palavra que se encaixava nele. Mas não colocaria a mão no fogo pelo trabalho policial. O discurso seguiu trazendo uma breve introdução de cada um ali. Era um time... sui generis, se vale a pena gastar o latim. Era fácil ler na expressão do romeno uma certa surpresa e admiração, não por cada um ali, sim por estarem juntos a fim de encontrar a filha desaparecida. Duvidava da efetividade daquele esquadrão.

    Quando nada mais parecia ser capaz de tornar as coisas mais estranhas, Alexandru perguntou-lhes sobre um tal Circo Romanov. Passou a mão na barba e depois a pôs na bengala que estava ali escorada, pondo-a de pé e apoiando a mão sobre ela. - Não me parece de todo estranho o nome, mas o que um circo teria de relevante nesse caso? Não é capaz que uma menina como a sua queira fugir com o circo. Foi uma menina bem criada. - Afirmou sem rodeios.

    Nessa hora, Iam falou algo. E Teodor olhando para ele com um misto de decepção e impaciência questionou: - Ele não fala alemão ou romeno? - As coisas tenderiam a ficar mais estranhas quando a garota bonitinha, porém, anti-social, sussurou um 'preciso de mais dados'. O romeno franziu o cenho diante daquela atitude bizarra. Sua última esperança era que a doutora Belcher dissesse alguma coisa com sentido.
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    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra Empty Re: [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra

    Mensagem por Sparkles Qui Nov 15, 2018 1:14 am


    Por trás de sua atitude profissional e fria, a Doutora Leatrice Belcher estava animada. Embora parecesse, medicina não era o único assunto pelo qual a médica se interessava, ela também era uma grande fã de histórias de detetive. Esse fato influenciou a sua decisão de atender o pedido de ajuda do famoso detetive Alexandru e viajar até Bucareste, onde estava agora.

    Leatrice era baixa e larga, sempre tinha sido. Seu cabelo era curto, cortado na altura de seus ombros quadrados, e embora Leatrice ainda estivesse na primeira metade da terceira década de sua vida, alguns de seus fios capilares já haviam perdido suas cores, e riscas brancas apareciam entre o mar de preto. Mesmo assim, as mechas estavam sempre penteadas de maneira elegante, um dos poucos sinais de vaidade demonstrados pela mulher.

    Vestia roupas mais próximas do que um médico usaria do que uma dama da nobreza, uma camisa branca coberta por um paletó cinza, uma saia na mesma cor e material e botas de couro. Também carregava consigo uma mala de couro onde guardava seus instrumentos médicos e outras coisas úteis.

    Mas o que mais chamava atenção em sua aparência eram suas estranhas deformidades físicas, com a mais visível delas afetando um de seus olhos. O olho direito de Leatrice era caído, mais baixo do que o normal, também era maior do que o seu par, dando a impressão de estar perpetuamente aterrorizado. Menos visível, porém mais agravante, era a sua perna direita, uma coisa torta e malformada, que tornava caminhar normalmente uma tarefa difícil para a médica.

    Por causa da última condição, a doutora estava sempre acompanhada de sua leal bengala, hoje não era uma exceção, e a usou como suporte assim que o cocheiro a ajudou a descer de sua carruagem quando chegaram na mansão de Alexandru, onde Leatrice foi calorosamente recebida por uma das filhas do detetive, que também a conduziu até onde o mesmo estava.

    Alexandru recebeu Leatrice com um abraço, que se sentia desconfortável com tamanha intimidade, pois estava mais acostumada com a sensação da carne exposta de seus pacientes do que com o toque de outros, mas o retribuiu. O detetive não estava sozinho, parecia que um dos outros convidados havia chegado antes de Leatrice, e não demorou muito até que Alexandru o apresentasse a ela.

    O convidado se chamava Teodor Cardei, um homem grande e forte que falou com ela em alemão, provavelmente porque não falava inglês. Ele estendeu sua mão para Leatrice, que em resposta estendeu a sua própria, formando um aperto. O homem então convidou a doutora a se sentar ao seu lado, e ela aceitou o convite. Ambos continuaram a conversar em alemão sobre assuntos diversos, nenhum deles sendo medicina ou algum dos outros assuntos pelos quais Leatrice se interessava.

    Logo, os dois últimos convidados chegaram. A primeira foi uma mulher loira, aparentava ser uma local. Não falava nada, mas não parecia ser muda, Leatrice não podia dizer qual era sua especialidade, apenas que ela era uma jovem muito peculiar.

    O último convidado logo seguiu a mulher misteriosa, dessa vez um homem alto. Já tinha visto outros do tipo, criaturas sombrias que perambulavam pelas ruas de Londres à noite. Homens com os quais uma pessoa de bem não desejaria se envolver, e não só por serem companhias desagradáveis… E se Leatrice podia ver aquilo, ela duvidava que um detetive tão renomado e experiente quanto Alexandru não pudesse, o que deixou a médica ainda mais curiosa.

    Com todos os convidados finalmente reunidos, Alexandru começou a dar mais detalhes sobre o motivo daquela reunião. O detetive contou que sua filha caçula tinha desaparecido. Leatrice lamentava o desaparecimento da jovem. Esperava que seu primeiro caso como detetive consultora fosse algo menos sombrio e mundano do que o desaparecimento de uma jovem, mas ainda estava disposta a ajudar na procura.

    O detetive então acendeu um charuto e continuou a falar, dessa vez dando mais detalhes sobre porque aquele grupo de pessoas tinha sido reunido, e as especialidades de cada um dos membros. Teodor Cardei era um soldado com experiência em combate, o russo realmente era um criminoso, e a garota misteriosa era uma… Ocultista, talvez? Não esperava que um homem de lógica como o detetive acreditasse naquele tipo de coisa, a doutora certamente não acreditava.

    Então Alexandru terminou com uma pergunta dirigida a todos: “Algum de vocês conhece ou já ouviu falar do Circo de Romanov?”. A doutora não tinha ouvido falar sobre aquele circo em particular, mas conhecia outros do tipo, shows itinerantes que exibiam tais chamados “horrores”, nada mais do que pessoas com condições não tão diferentes das que Leatrice possuía. Pessoas que ela trabalha arduamente para ajudar e proteger…

    O primeiro a responder foi o russo: “Sim já ouvi falar de grandes apresentações, inclusive aberrações.” Aquela última palavra mexeu com Leatrice, como sempre fazia, e seu olho direito se fechou instintivamente, apenas para se abrir em choque segundos depois quando a estranha ocultista sussurrou as palavras “Preciso de mais dados.”

    Leatrice se recompôs assim que pôde, chacoalhando a sensação para fora de seu corpo e se endireitando no assento. Esperava que ninguém tivesse notado suas estranhas reações, mas percebeu que Teodor a encarava com o cenho franzido, aparentemente tão espantado quanto ela mesma.

    – Nunca ouvi falar, conte mais… – a doutora respondeu, finalmente.
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    Mensagem por Elminster Aumar Dom Nov 18, 2018 9:36 pm


    Quanto mais tempo passava, mais os convidados começavam a achar uns dos outros por deveras estranhos e seria natural alguns se questionarem se o velho detetive não havia ficado caduco com a idade. Não parecia ter havido nenhuma lógica na escolha do grupo, dada as gritantes diferenças que haviam entre eles. Pra começar, Iam e Teodor não conheciam nenhum idioma em comum, e a conversa de um modo geral teve que ser conduzida em parte em romeno e em parte em inglês.  

    A respeito da pergunta que foi feita, nenhum dos investigadores pareciam ter grande conhecimento sobre o Circo de Romanov, além do que Iam mencionou. Quando a silenciosa Nina Aiwaz se pronunciou pela primeira vez na noite, todos olharam para ela.

    Nina escreveu:- Preciso de mais dados.

    O seu comentário foi apoiado pela Dra. Belcher, enquanto Teodor, dado a proximidade com Alexandru e conhecendo a boa reputação de suas filhas, argumentou:

    Teodor escreveu:- Não me parece de todo estranho o nome, mas o que um circo teria de relevante nesse caso? Não é capaz que uma menina como a sua queira fugir com o circo. Foi uma menina bem criada.

    - Queria eu que tivesse sido esse o caso, mas infelizmente receio que seja algo muito pior - disse Alexandru, retirando um lenço do bolso de seu sobretudo e limpando o suor em sua testa. - O Circo de Romanov foi fundado em 1592, mais do que três séculos atrás, e desde então eles viajam por toda a Europa realizando as suas apresentações... bem, como Iam disse, um tanto perturbadoras. Acredito que não foi o primeiro e nem será o último circo a fazer um show de horrores... a população parece ter um certo apreço por isso. Utilizar pessoas que sofrem algum tipo de doença rara, anomalias ou mutações genéticas como forma de entretenimento não sai de moda.

    Neste momento, alguém dá uma batida leve na porta e Alexandru manda entrar. Era Anastácia. A sua filha entra no local trazendo uma bandeja com algumas xícaras de café e oferece aos convidados, um por um. Ela sorri ao passar por Iam, relembrando o cortejo que ele havia feito em sua chegada. Em seguida ela deposita alguns biscoitos sobre uma mesa de fácil acesso, para quem quisesse pegar. Antes dela se retirar, Alexandru a chama:

    - Filha, por favor, em cima daquela escrivaninha há um recorte de um jornal. Traga-o para mim, por favor.


    Anastácia faz o que o seu pai pede. Ela era dona de uma beleza recatada e modos gentis, e devia ter por volta dos vinte anos. Teodor sabia que era a terceira filha mais nova de seu amigo. Quando ela saiu da sala, Alexandru retomou a conversa.

    - Pelo que andei pesquisando, o Circo de Romanov faz apresentações em Bucareste a cada exatos 71 anos. Uma vez a cada geração. Poucos estão vivos ou se lembram da última vez em que o circo esteve nessa cidade, mas eu consegui encontrar este registro antigo. - Ele mostra o recorte do jornal a todos, e depois, como quem pede desculpas por quem não sabia falar o idioma, diz: - Está em romeno.

    Teodor e Nina conseguiram ler o título da máteria:


    "SETE JOVENS DESAPARECEM APÓS IREM A UMA APRESENTAÇÃO DO CIRCO DE ROMANOV"


    A matéria era datada em 1824. Alexandru leu o título para os demais, e deixou o recorte a disposição de quem quisesse pegá-lo para ler, mas adiantou que a matéria não tinha maiores informações sobre o ocorrido.

    - Estes jovens jamais foram encontrados - disse o detetive, pesaroso. Ele deixou de lado o charuto, pegou um biscoito, molhou em sua xícara de café e se serviu. - É o mesmo caso que parece estar acontecendo agora. Minha filha não foi a única que desapareceu misteriosamente, e pelos meus anos de experiência, receio não ser coincidência o sumiço de jovens na mesma época em que o Circo visita esta cidade. Por este motivo reuni vocês aqui hoje. Preciso da ajuda de vocês para encontrar a minha filha, ou no pior dos casos... - aqui ele fez uma leve pausa pela dificuldade em completar o restante - descobrir o que aconteceu com ela.
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    Mensagem por Sparkles Seg Nov 19, 2018 1:15 am


    Ninguém parecia saber muito sobre o tal Circo de Romanov, então coube a Alexandru explicar os detalhes…

    O Circo de Romanov era um circo itinerante tricentenário que visita cidades uma vez por geração com intervalos de anos exatos… Isso era estranho até mesmo para um show de aberrações.

    Se Alexandru não tivesse requisitado a ajuda de Leatrice apenas pelo seu conhecimento médico, certamente tinha sido pelo seu conhecimento sobre aqueles chamados de “aberrações”. Afinal, a doutora não era só uma especialista na área, mas também era uma aberração ela mesma.

    Subitamente, uma batida na porta chama a atenção da doutora, mas sem motivo, já que era apenas Anastácia, a filha de Alexandru que a tinha recebido antes. A garota carregava uma bandeja, e a bandeja carregava xícaras de café, que foram oferecidas a todos presentes. Leatrice aceitou uma das xícaras e agradeceu a jovem, que também deixou biscoitos em uma mesa para os convidados.

    Antes que Anastácia deixasse a sala, seu pai pediu que ela pegasse um recorte de jornal de sua escrivaninha. A doutora tomou um bom gole de seu café enquanto Anastácia buscava o recorte, mas logo reservou sua xícara na mesma mesa em que estavam os biscoitos, já que queria se focar inteiramente no velho pedaço de papel, que, infelizmente para Leatrice, tinha sido escrito em romeno.

    - Eu realmente tinha que ter aprendido a língua nativa antes de vir para este país… – A única coisa que pôde decifrar fora a data do documento, 1824, exatos 71 anos atrás. Felizmente, Alexandru resumiu o conteúdo da matéria para que todos pudessem entender…

    Sete jovens haviam desaparecido após uma apresentação do estranho circo durante sua última visita. E agora que o Circo de Romanov estava de volta na cidade, depois de tantos anos, mais jovens desapareceram.

    - Sete, incluindo a filha de Alexandru, se o circo mantivesse o mesmo nível de exatidão de suas aparições. – Leatrice concluiu, em pensamento. - Se essa história for verdade, certamente não é coincidência. - O senhor tem informações sobre os outros jovens desaparecidos? Ou relatos de desaparecimentos em outras cidades que eles visitaram? Algo mais recente, talvez…
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    Mensagem por Mellorienna Seg Nov 19, 2018 6:57 pm

    Os olhos acinzentados de Aiwaz acompanhavam Alexandru todo tempo. Mesmo quando os demais falavam. Mesmo quando a jovem menina veio trazer chá e biscoitos. Os olhos da loira não abandonavam o anfitrião em momento algum. Analisando. Pensou na passagem de cometas. Mas o período orbital do Halley era de 75 anos, não 71. Pensou em numerologia. 71 era 7+1, o que dava um 8. O número do Renascimento. Piscou suavemente, como se estivesse com muita preguiça - mas na verdade estava concentrada. Estava pensando. Não, o caminho provavelmente não era aquele. Caballa? A loira descruzou as pernas e estreitou os olhos. A oitava sephirot é Hod, o Esplendor. Ligada ao Feminino.

    - São sete jovens ou sete moças jovens? - aquela voz era um arrepio na espinha subindo até a nuca - Ainda podemos evitar o desaparecimento dos sete? Ou corremos contra o tempo?

    Sete. A cada setenta e um anos. Aiwaz ponderava. A questão levantada pela outra mulher presente na sala era pertinente. Em cada cidade desapareciam sempre sete? Ou era algo especial, relativo à Romênia? Antes que pudesse se dar conta, tamborilava os dedos na lateral do braço da poltrona. Interrompeu o gesto assim que o notou. Não tirou os olhos do rosto de Alexandru, apreendendo cada pequeno gesto e oscilação de sua expressão.
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    Mensagem por Camuel Ter Nov 20, 2018 1:57 am


    Realmente. Continuou a pensar enquanto observa as demais pessoas ali a conversar. Como pode uma equipe onde todos falam idiomas diferentes chegar a uma conclusão, espero que isso se resolva logo.

    Tudo que ele entendia era quando Alexandru falava em Inglês um de seus poucos idiomas aprendido para sobreviver no submundo, em suas missões pela facção.

    Alexandru escreveu: - O Circo de Romanov foi fundado em 1592, mais do que três séculos atrás, e desde então eles viajam por toda a Europa realizando as suas apresentações... Bem, como Iam disse um tanto perturbadoras. Acredito que não foi o primeiro e nem será o último circo a fazer um show de horrores... A população parece ter certo apreço por isso. Utilizar pessoas que sofrem algum tipo de doença rara, anomalias ou mutações genéticas como forma de entretenimento não sai de moda.

    Como as cidades são selecionadas para as apresentações? Nesse momento seus pensamentos são interrompidos por uma batida de leve na porta, era Anastácia a filha de Alexandru. Naquele momento nada mais tirava sua atenção dela, discretamente ele analisava de modo sorrateiro, cada passo de sua beleza, onde ela trazia uma bandeja com algumas xícaras de café e oferece aos convidados, um por um.

    Ela sorriu para mim? Ganhei minha noite. Com um sorriso escondido Iam retribui ao sorriso de Anastácia, levanta do sofá e vai em direção à bandeja, para pegar somente um biscoito e tocar rapidamente a mão de Anastácia. Que pele macia... Seu clima sedutor é quebrado quando Alexandru solicita um favor.

    Alexandru escreveu: - Filha, por favor, em cima daquela escrivaninha há um recorte de um jornal. Traga-o para mim, por favor.

    E continuou.

    Alexandru escreveu: - Pelo que andei pesquisando, o Circo de Romanov faz apresentações em Bucareste a cada exatos 71 anos. Uma vez a cada geração. Poucos estão vivos ou se lembram da última vez em que o circo esteve nessa cidade, mas eu consegui encontrar este registro antigo. Está em romeno.

    Ele percebe que Nina e o Teodor, não tiveram dificuldades para ler o recorte de jornal, já à doutora parecia não entender nada. Chegando sua vez ele pega o papel procura algo eu pudesse entender, mas sem resultado, então segue em direção a Nina, mas a mesma de tão inquieta parecia estar conversando com algum amigo invisível e fala em Russo:

    - Desculpa incomodar percebi que você sabe o idioma que esta escrito no recorte, e gostaria que se puder lesse para mim

    A doutora fala:

    Leatrice escreveu: - O senhor tem informações sobre os outros jovens desaparecidos? Ou relatos de desaparecimentos em outras cidades que eles visitaram? Algo mais recente, talvez…

    Nem bem a doutora termina de perguntar Nina fala parecendo ignorar seu pedido.

    Nina escreveu: - São sete jovens ou sete moças jovens? Ainda podemos evitar o desaparecimento dos sete? Ou corremos contra o tempo?

    Ele com um gesto do estalar dos dedos para Nina diz:

    - Tudo bem? Sei que todos nós estamos ansiosos.

    Depois de esperar a resposta dela ele faz duas perguntas para Alexandru:

    - Senhor Alexandru, sabe quais foram às cidades onde todos os jovens desapareceram? - Sua pergunta parecia acreditar que analisando em um mapa encontrasse alguma ligação qualquer tipo: clima, imagens, símbolos, historia, etc. - Caso todos nós aceitemos essa missão, gostaria de saber qual o tipo de suporte nos dará sabendo que o senhor é uma pessoa bastante influente e qual seria nossa recompensa?
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    Mensagem por Bravos Ter Nov 20, 2018 5:38 pm


    O velho amigo pôs-se a discorrer sobre o aberrante Circo de Romanov e suas apresentações baseadas em mostrar pessoas doentes e deformadas. Era extremamente perturbador aquele tipo de divertimento. A gente mais simples, porém, ia aos montes ver coisas do tipo. Por isso circos como aquele continuavam em circulação pela Europa e certamente pela Ásia.

    A chegada da filha de Alexandru trazendo café fora uma grata surpresa. Querendo ou não era tarde e começava a fazer mais frio. Um café seria agradável. Teodor se ocupou e pegar sua xícara e beber dois longos goles, sentindo o café descendo por sua garganta. Não pode deixar de perceber o toque que Iam deu na mão de Anastácia, que ele conhecia desde pequena, ainda que a diferença de idade entre os dois não fosse maior que dez anos. Não se preocupou em esconder o olhar severo que lançou sobre o russo. Olhar tal que não seria preciso falar língua alguma para entender o que significava. Depois que a garota se foi, Teodor pegou alguns dos biscoitos que estavam ali postos e foi comendo-os um a um enquanto os demais convidados enchiam de perguntas ao anfitrião.

    Tendo comido os biscoitos, tirou um lenço do bolso do colete e limpou a boca e a barba de possíveis farelos. Tendo ainda o lenço vermelho em mãos, comentou: - Não sabemos se vão sumir sete jovens. Quando exatamente sua filha sumiu, Alexandru? Vamos precisar partir disso. Sabe onde esteve além do circo? Se ia com alguém? Alguma amiga ou... pretendente? - Sua fala baixou um pouco para dizer a última palavra. Jovens eram pequenos desvairados na paixão e quiçá tudo ainda não passasse de uma aventura juvenil. Mas o que ele queria perguntar mesmo era se alguém não foi com ela à apresentação. - Depois, saber se esse tal circo faz algo similar em outras cidades é válido, como apontou a doutora Belcher.

    Dobrou o lenço e tornou a guardá-lo no bolso. - Sempre podemos também entrar no circo e ver que tipo de coisa tem lá dentro.
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    [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra Empty Re: [!ON!] Capítulo 1: O Mais Horrendo Espetáculo da Terra

    Mensagem por Mellorienna Ter Nov 20, 2018 10:01 pm


    Aquele homem tinha realmente estalado os dedos para chamar a atenção dela? Os olhos acinzentados e muito claros de Aiwaz deslizaram lentamente da mão para o braço do homem, e de lá para o ombro, pescoço, queixo... uma lenta ascensão até os olhos do interlocutor ousado que havia requisitado seus serviços de intérprete. A loira encarou o homem em silêncio pelo tempo de três ou quatro piscadas dos longos cílios que ensombreciam seu olhar. Tudo isso enquanto um dos outros rapazes falava qualquer coisa sobre não saberem ao certo se seriam sete desaparecimentos - o que era uma digressão inútil - e sobre infiltrarem-se no circo - o que não era uma ideia completamente descartável. De fato, era o que ela pretendia fazer, de preferência sem a interferência daquele grupinho improvável.

    - Oh russo! É um idioma agradável, com certeza. Gosto de como soam seus "erres", sempre tão trêmulos, tão musicais! - Nina sorriu para Iam e seu semblante, antes tão distraído, iluminou-se com certa doçura que destacava o fato de que a loira era realmente muito jovem. Talvez jovem demais para ser membro daquela expedição. Ela falava em um russo límpido, com um leve sotaque de São Petersburgo, como se aquela fosse sua língua pátria - O recorte trata do desaparecimento de sete jovens após apresentação do Circo de Romanov, mas a matéria é bastante nebulosa, entende? Não traz maiores detalhes. Entretanto, senhor, se me permite dizer, seu aparte em russo me fez atentar para um detalhe fundamental. Romanov é um sobrenome russo, afinal. Pode parecer uma bobagem, mas qualquer informação é valiosa quando se monta um quebra-cabeças letal no escuro. E este é mais um dado a ser ponderado, ao que me parece.

    A jovem sorriu mais uma vez e então bebericou o chá que havia sido trazido pela filha do anfitrião. Alexandru era um homem perspicaz, mas não sabia o que poderia dizer dos demais ali reunidos. Voltou a se concentrar no pai da desaparecida, enquanto jogava xadrez tridimensional com as informações que tinha, tentando montar o tabuleiro na ordem correta.
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    Mensagem por Elminster Aumar Qui Nov 22, 2018 10:33 pm


    Tão logo o detetive terminara de falar sobre os primeiros itens do caso, os convidados começaram com uma série de perguntas, o que era natural. Não era todo dia que um circo era acusado por ser o responsável pelo desaparecimento de jovens inocentes. A Dra. Belcher e a ocultista Nina foram as primeiras a questionar Alexandru.

    Leatrice escreveu:- O senhor tem informações sobre os outros jovens desaparecidos? Ou relatos de desaparecimentos em outras cidades que eles visitaram? Algo mais recente, talvez…

    Nina escreveu:- São sete jovens ou sete moças jovens? Ainda podemos evitar o desaparecimento dos sete? Ou corremos contra o tempo?

    - Não parece haver predileção por gênero - Alexandru começou respondendo à Nina. - Foi assim há 71 anos atrás, e está sendo assim agora. Tenho feito várias pesquisas nas últimas semanas, e até agora descobri que houve quatro desaparecimentos de jovens desde que o Circo de Romanov instalou-se aqui este ano. Houve o sumiço de dois garotos e de duas meninas, o que inclui a minha querida filha. As circunstâncias e locais em que ocorreram esses sumiços são os mais diversos possíveis, porém, todos aconteceram em Bucareste. - Virando-se para Leatrice, disse: - Infelizmente não consegui descobrir nada a respeito da estadia do circo em outras cidades, doutora. Se ocorreu o mesmo foi muito bem camuflado para ninguém desconfiar, caso contrário eles já teriam sido presos por alguma autoridade.

    Teodor entrou na conversa.

    Teodor escreveu:- Não sabemos se vão sumir sete jovens. Quando exatamente sua filha sumiu, Alexandru? Vamos precisar partir disso. Sabe onde esteve além do circo? Se ia com alguém? Alguma amiga ou... pretendente?

    - Já fazem dois meses que Tyna desapareceu - lamentou-se o detetive. - Ela sumiu uma semana depois do circo chegar, e foi a primeira a desaparecer entre os quatro que encontrei em minhas pesquisas. - Ele ficou cabisbaixo por um momento, como quem sabia que as chances de sua filha estar viva ainda eram remotas. - Numa certa manhã ela saiu para ir à escola, como sempre fazia, e nunca mais voltou. Até onde se sabe ela participou normalmente das aulas, e o possível sequestro deve ter ocorrido enquanto ela fazia o caminho de volta para a nossa casa.

    Nesse momento, Iam chama a atenção de Nina e pede a ajuda dela para ler o recorte de jornal em que Alexandru havia apresentado. De fato, a matéria não trazia maiores informações além das que já foram faladas, porém Nina percebeu que todos os desaparecidos estavam numa faixa etária de 11 a 18 anos. A ocultista também se atentou ao seguinte detalhe:

    Nina escreveu:- Romanov é um sobrenome russo, afinal. Pode parecer uma bobagem, mas qualquer informação é valiosa quando se monta um quebra-cabeças letal no escuro. E este é mais um dado a ser ponderado, ao que me parece.

    Alexandru ergueu a cabeça e mirou-a, talvez admirando a sua perspicácia.

    - Nos dias atuais é cada vez mais difícil reconhecer a procedência de um sobrenome, mas você está certa. Romanov era um russo. - Neste momento o detetive se levanta e caminha até a lareira acessa. Ele começa a atiçar o fogo colocando mais lenha, e enquanto faz isso, complementa: - Ele fundou o circo em 1592, como havia dito antes, e dizem as más línguas que ele continua por trás das operações do circo. - Ele faz uma pausa, e depois diz afim de despreocupar os convidados: - Uma grande bobagem, é claro.

    Iam Smith pondera sobre os benefícios que o grupo terá em resolver o caso.

    Iam escreveu:- Caso todos nós aceitemos essa missão, gostaria de saber qual o tipo de suporte nos dará sabendo que o senhor é uma pessoa bastante influente e qual seria nossa recompensa?

    Alexandru, dando-se por satisfeito com a nova intensidade das chamas, retorna ao seu assento. Seus movimentos eram vagarosos, propícios a alguém de sua idade.  

    - Darei todo o suporte que precisarem. Armas, munições, itens que possam ajudá-los de alguma maneira... me digam o que vocês precisam e eu farei o possível para fornecer. A única coisa que não prometo é ir com vocês até o Circo. Infelizmente receio que eu mais atrapalharia do que ajudaria indo com vocês. Sobre a recompensa, se é dinheiro que você quer, não se preocupe, vocês todos serão bem pagos.


    O som de um trovão ribomba pelas janelas da mansão. Alexandru olha lá para fora, e percebe que a chuva havia apertado de intensidade.

    - Espero que amanhã faça um tempo melhor... - comenta em voz baixa, quase que para si mesmo. Depois, como quem percebeu que falara um pensamento em voz alta, ele se explica: - O Circo de Romanov se apresentará amanhã. E eu já comprei quatro ingressos. É claro que nenhum de vocês é obrigado a ir... porém acredito que uma visita que não levante suspeitas é um bom ponto de partida para a nossa investigação.
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    Mensagem por Camuel Sex Nov 23, 2018 12:18 am


    Nina escreveu:- Oh russo! É um idioma agradável, com certeza. Gosto de como soam seus "erres", sempre tão trêmulos, tão musicais!

    Foi assim que Iam Smith foi recebido por Nina.

    - Que bom encontrei alguém eu admira a cultura de meu país e pelo visto acredito que futuramente precisarei de suas habilidades linguísticas. - Ele sorri agradecendo e permanece ao lado dela enquanto Alexandru começa a  falar sobre a missão.

    Alexandru escreveu: - Não parece haver predileção por gênero. Foi assim há 71 anos, e está sendo assim agora. Tenho feito várias pesquisas nas últimas semanas, e até agora descobri que houve quatro desaparecimentos de jovens desde que o Circo de Romanov instalou-se aqui este ano. Houve o sumiço de dois garotos e de duas meninas, o que inclui a minha querida filha.

    Ele pensa alto, mesmo assim fala em inglês balbuciando consigo mesmo.

    - Então pelo que acredito entender, se o circo sequestra suas vitimas e tem uma cota, seriam sete vitimas, significa que faltam três onde seria nossa chance de evitar ou eles não têm a quantidade e aproveitam as oportunidades.

    Ate que ele escuta seu nome sendo pronunciado por Alexandru em resposta a sua pergunta.

    Alexandru escreveu: - Darei todo o suporte que precisarem. Armas, munições, itens que possam ajudá-los de alguma maneira... me digam o que vocês precisam e eu farei o possível para fornecer. A única coisa que não prometo é ir com vocês até o Circo. Infelizmente receio que eu mais atrapalharia do que ajudaria indo com vocês. Sobre a recompensa, se é dinheiro que você quer, não se preocupe, vocês todos serão bem pagos.

    Ele responde novamente em inglês, até porque parecia ser o terceiro idioma mais mencionado ali naquela sala. Mas antes ele olha para todos ali presentes e por ser o que a vida lhe ensinou, não deseja ser visto como mercenário, apesar de que naquela sala existe lobo em pele de carneiro.

    - Senhor Alexandru, sei muito bem o que é viver longe de seus pais, principalmente quando somos sujeitos a surpresas do dia a dia, só me preocupei com o que pode vim daqui pra frente, mas mesmo assim fico tranquilo com o seu apoio.

    Sua fala é encerrada com o som do trovão, onde avisava que a noite seria bastante fria e chuvosa.

    Alexandru escreveu:- O Circo de Romanov se apresentará amanhã. E eu já comprei quatro ingressos. É claro que nenhum de vocês é obrigado a ir... Porém acredito que uma visita que não levante suspeitas é um bom ponto de partida para a nossa investigação.

    - Eu aceito, afinal faz tempo que não vou a um circo. - Responde com humor para descontrair. - E aproveitando que esta noite vamos estar todos no mesmo local, presos pela chuva, precisamos ter um plano nessa visita ao circo. Alguém se candidata a expor sua ideia?

    Ele coloca suas mãos dentro do bolso de sua calça esperando alguém se pronunciar.
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    Mensagem por Bravos Sáb Nov 24, 2018 4:58 pm


    Terminava de mastigar os biscoitos que tinha em mãos quando Alexandru explicava a condição de desaparecimento dos jovens. Pelo visto ele havia tido um entendimento errado: os desaparecimentos eram concomitantes à presença do circo, mas tão somente isso. - Então os jovens não desaparecem no circo, somente enquanto o circo está na cidade. Isso explica porque talvez em outros países não foram chegaram a conclusões semelhantes às que chegamos aqui.

    Alexandru explica que Tyna foi a primeira a sumir, no caminho de volta da escola. Talvez ele mesmo já houvesse procurado o diretor e as professoras. Deveriam voltar ao mesmo lugar e falar com as mesmas pessoas? Pelo que entendera, o detetive estava já convencido que o circo tinha algo a ver com aquilo tudo. Era estranho? Sim... Mas Teodor já havia visto algumas coisas fora da curva. Ele prestou especial atenção quanto à lenda de que o fundador que dera o nome do circo ainda o dirigia.

    O russo perguntou alguma coisa para o anfitrião. Que lhe respondeu e depois versou para as outras línguas faladas na reunião. Era um tanto incômoda aquela barreira linguística e Teodor respirava fundo cada vez que tudo tinha que ser passado em duas ou três línguas diferentes. - Será valioso seu apoio, Alexandru. Ainda mais se contarmos com sua perspicácia. - Disse sorridente, sorvendo um pouco mais do café. Era o devido momento de rasgar seda para seu estimado amigo.

    O próximo passo, pelo que dissera Alexandru, era ir ao circo. Disse-lhes que não eram obrigados, mas Teodor não pensava em outro meio de agir. Iam falou mais alguma coisa, que ele não esperou ser traduzida, apenas anunciou: - Creio que devamos ir à apresentação. Separados de dois em dois. Idealmente um varão e uma moça. Seria muito estranho uma trupe improvável de quatro como somos. - Virou o resto café sem nem imaginar que estava respondendo exatamente aquilo que o russo perguntara. - Num momento oportuno, saímos do picadeiro e damos um jeito de entrar para detrás das cortinas. E aí veremos com nossos próprios olhos o que esse Circo de Romanov esconde.

    Pôs a xícara sobre a mesa e levantou-se, indo até o seu paletó que estava pendurado num cabide no canto da sala. Lá pegou um charuto e um isqueiro. Cortou-o com uma pequena peça feita para isso e voltou ao seu lugar, acendendo-o e sentando-se. Depois de sua primeira tragada, finalizou: - Se quisermos fazer algo antes da apresentação, creio que devamos averiguar as circunstâncias de desaparecimento de Tyna na escola.
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    Mensagem por Sparkles Seg Nov 26, 2018 5:51 pm

    Depois da explicação de Alexandru, Leatrice pôde entender melhor o mistério envolvendo o Circo de Romanov. Se sete jovens desaparecessem no mesmo espetáculo e no mesmo dia, e o mesmo tivesse acontecido repetidamente durante todos aqueles anos e em vários países diferentes, alguém já teria ligados os pontos, e os responsáveis pelos crimes teriam sido identificados e punidos, certamente. Mas sete desaparecimentos sem nenhuma ligação aparente além de faixa etária acontecendo durante um período de meses poderiam passar despercebidos e serem considerados coincidências.

    Algumas coisas aconteceram enquanto Leatrice chegava a tal conclusão, algumas ajudaram e outras foram meras distrações que por um motivo ou outro chamaram a atenção da doutora…

    A ocultista de olhos acinzentados fez mais perguntas, com a mesma voz horripilante de antes. Ela então foi interrompida pelo homem russo, que chamou a atenção da mulher com um estalar de dedos e pediu para que ela lesse o jornal para ele. Inesperadamente, a mulher atendeu o pedido com um sorriso doce, o que pareceu agradar o russo tolo, mas deixou Leatrice ainda mais estranhada. Teodor também fez suas próprias perguntas.

    Todas aquelas dúvidas e perguntas foram finalmente respondidas por Alexandru, que também deu mais detalhes sobre o circo e suas origens, incluindo uma estranha lenda urbana, que ele logo desmentiu. “Uma grande bobagem, é claro.”, o detetive tirou as palavras da boca da médica.

    Uma última questão foi levantada pelo criminoso: compensação. Leatrice não precisava ou desejava uma recompensa em troca de seu conhecimento e ajuda, porém uma parte da resposta de Alexandru chamou a atenção da doutora, mas ela decidiu que era melhor esperar por uma situação mais adequada para falar com o detetive sobre.

    Com todas respostas dadas, Alexandru então apresentou seus quatro convidados a quatro ingressos para uma apresentação do Circo de Romanov no dia seguinte, mas deixou claro que ninguém era obrigado a ir. O russo foi o primeiro a aceitar a proposta e já indagava sobre planos. Estranhamente, Teodor, que não podia entender o que o outro homem falava, foi o primeiro a responder, ainda que em outro idioma. O plano de Cardei era simples e óbvio, porém perigoso. Alexandru sugeriu que a primeira visita do grupo ao circo não deveria levantar suspeitas, e Leatrice concordava.

    – Bem, antes de começarmos a formular um plano… – E antes que eu aceite um ingresso… –  Acho que é importante sabermos de uma coisa… – A doutora se virou para o detetive. – Senhor Alexandru, acredita que os responsáveis por esses desaparecimentos desconfiem que o senhor está os investigando? Talvez eles saibam que Tyna era… – Droga, Leatrice! – Perdão, é sua filha. – A doutora tentou se explicar melhor. – Eu tenho certeza de que ninguém sequestraria a filha de um dos detetives mais renomados no mundo intencionalmente, mas talvez o responsável tenha descoberto depois?
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    Mensagem por Mellorienna Seg Nov 26, 2018 8:51 pm


    - Sinceramente, vocês falam demais. - Nina se levantou e caminhou até a lareira, onde ficou de pé, observando as chamas que dançavam em seu crepitar alegre.

    De forma geral, ela já nutria forte indisposição contra os dois rapazes selecionados por Alexandru. A mocinha parecia um pouco menos intragável. Mas, a bem da verdade, ela poderia estar dando um desconto porque era uma mulher. No fim, o mundo quase todo era habitado por demônios.

    A Ocultista apoiou a mão esquerda ao lintel, ainda mirando as chamas. Nem sempre ela tinha sido assim. Praticamente não se lembrava mais do som da própria risada. Ela tinha mais ou menos a idade de Tyna quando conheceu Lúkin. E haviam ido ao circo. Coincidências do caos de um universo fractal.

    - Só há uma questão a ser tratada e tudo mais é perfumaria: que utilidade cada um de vocês realmente tem para a demanda? O que os torna indispensáveis? Porque, caríssimos, eu não pretendo arrastar o peso morto representado por nenhum amiguinho do contratante em nome de uma recompensa qualquer. Sem ofensas, Alexandru. - ela se virou para encarar o anfitrião, com uma pequena mesura muito cortês, e depois encarou um a um os presentes na inusitada reunião - De minha parte, sou a única Ocultista dos Urais até o Mont Blanc que poderia lidar com Romanov. E por isso Alexandru me escolheu. E, antes que se sintam tentados, o ceticismo de vocês pouco ou nada me interessa. - a mulher deu de ombros e então voltou-se novamente para a lareira - Podem me chamar de Aiwaz. Nina Aiwaz.
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    Mensagem por Sparkles Seg Nov 26, 2018 10:25 pm

    – A ocultista é louca, quem poderia imaginar? – Não demorou muito para que a máscara de garotinha boa se quebrasse e a desconcertante estranheza fosse substituída por simples agressão. Qualquer medo que a doutora tinha pela garota não existia mais.

    Antes que Alexandru pudesse responder a pergunta de Leatrice, a ocultista, que se identificou como Nina Aiwaz, se pronunciou: “Sinceramente, vocês falam demais”, ela disse antes de se levantar e caminhar até a lareira. De lá, ela continuou a falar, questionando a utilidade dos outros membros do grupo e declarando a sua própria, engrandecendo seus talentos como ocultista, como todo charlatões do tipo faziam. “E, antes que se sintam tentados, o ceticismo de vocês pouco ou nada me interessa.” Leatrice certamente tinha ceticismo, mas decidiu seguir o conselho de Nina, pois sabia que discutir com a jovem errônea seria inútil.

    Nina estava agindo de forma petulante e fútil, apesar disso, Leatrice tentou o melhor que pôde para responder de forma civil, a última coisa que queria era instigar uma briga ou separar ainda mais aquele grupo improvável.

    – É um prazer te conhecer, Nina. Meu nome é Doutora Leatrice Belcher, sou uma médica e cirurgiã… – Uma das melhores no mundo, aliás.Minha especialidade é o estudo e tratamento de anomalias físicas… – Neste caso, a melhor do mundo, muito provavelmente. – Mas eu também domino perfeitamente quase todos os outros campos médicos, e se o pior acontecer e um de vocês se ferirem por algum motivo, eu posso ajudar. – Pegou novamente a xícara de café que havia reservado anteriormente e tomou um gole.
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    Mensagem por Bravos Seg Nov 26, 2018 10:30 pm


    Teodor assentiu com a cabeça quando a doutora Belcher perguntou se os responsáveis sabiam que Tyna era filha de Alexandru. Aquela era uma pergunta essencial de fato. Não fazia sentido que o tivessem feito estando cientes. Mas será que haviam se dado conta? Isso era deveras relevante. Estava esperando que seu amigo respondesse quando a moça estranha começou a fazer sua cena.

    Já estava levantando quando a doutora Belcher tomou a palavra e falou. Isso deu tempo para que ele respirasse. Iria explodir exatamente naquele instante. Porém, a intervenção da médica o deu tempo para respirar. Ainda assim, quando ela terminou sua fala, tirou o charuto da boca e segurando-o entre o indicador e o médio, apontando para a tal, fazendo com que a fumaça saísse ao mesmo tempo por suas narinas e boca enquanto falava, disse-lhe: - Olha como você fala com as pessoas, garota! Eu estou pouco me fodendo com o que diabos você faz, mas já que se acha tão eficiente assim, por que é que não sai por aquela porta agora... - E apontou para a saída do cômodo que daria para a saída da casa - ... E volta amanhã trazendo aqui Tyna e os outros três desaparecidos? Hum? - Pôs novamente o charuto na boca e tragou com pressa. - Vamos abaixando esse narizinho para lidar com as outras pessoas. Ou quem sabe quando você precisar de algum dos "pesos mortos" dessa sala, você fique na mão.

    Pigarreou. Levantou-se e foi caminhando em passos rápido para a cozinha. - Vou pedir a Anastácia que faça mais café. Quem deseja? - Disse sem olhar para os convidados ou para o anfitrião e sem diminuir o passo.
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    Mensagem por Camuel Ter Nov 27, 2018 1:22 am


    E todo o ambiente de uma equipe escolhida a dedo por Alexandru se transforma em discursões quando Nina se levanta com palavras de exaltação a si, depois de desprezar os demais.

    Naquele momento Iam só pensava o seguinte: Esse foi um dos motivos que me fez trabalhar sozinho, cansei de dizer isso para meu chefe. Ele se referia ao líder da facção e continuou. Não sei por que ele me incluiu nessa situação, talvez pela minha obrigação.  

    Então ele vai ate a janela tenta apreciar a noite, mas a chuva forte embaçava os vidros r o faz desistir. Depois de ouvir todos aqueles conceitos e julgamentos, apesar de não entender o que Teodor falava, que de fato não deveria ser nada de diferente, então ele abaixa a cabeça balançando de forma negativa, com um leve sorriso assim que a levanta, bate palmas como se estivesse assistindo um espetáculo, logo depois começa a falar em inglês.

    - Por um momento, imaginei que já estivesse assistindo uma apresentação do circo Romanov, e antes de tudo, já que pelo eu entendi das discussões apesar de não compreender o que o grandão ali falou. - Ele fala apontando para Teodor. - Meu nome é Ian Smith, fiquem a vontade de como querem me chamar. O que sou? Nada mais que um cara que sobrevive no submundo, lugar este que vocês não devem durar minutos.

    Ele segue em direção Nina e diz: - Nina Aiwaz, bonito nome, mas sabe de uma coisa durante toda essa conversa de hoje, não escutei em nenhum momento falar de sobrenatural, demônios, mensagens ocultas em relação ao circo, mesmo assim vê se consegue acalmar esse monstro dentro de você, ate porque de onde eu venho aprendi a não ter medo de nada. - Ele sorri novamente e se afasta dizendo: - Se precisar de alguém pra conversar estou aqui, mas no momento quero descansar pois amanha o dia será longo .
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    Mensagem por Mellorienna Ter Nov 27, 2018 12:51 pm


    Ainda contemplando as chamas na lareira, Nina suprimiu um sorriso que sequer chegou a tocar seus lábios. Então aquele era um pequeno trio de orgulhosos, uh? A loirinha deslizou a pontinha do indicador da mão esquerda pelo lintel da lareira ao mesmo tempo em que o sujeito romeno tinha um ataque de pelanca com o desafio dela. Ponderou o tom moderado da médica - que não era muito bonita, mas era sem dúvidas uma mulher interessante - e as palavras meio falastronas do homem que oscilava entre russo e inglês, talvez buscando ser compreendido.

    Ian Smith não era um nome russo e poucas pessoas teriam interesse em aprender aquele idioma intrincado que só se prestava para o comércio de caviar - e para lidar com a Organizatsiya. Ele dizia ser um sobrevivente, mas Nina começava a acreditar que era um desses Bratva, para falar a verdade. Bom, a legalidade dos atos de seus companheiros não era algo relevante, no fim das contas. E ter no grupo alguém que sabia o que fazer num combate aberto era algo útil. De sua parte, não sabia nem recarregar uma pistola, exatamente porque gangsters como aquele eram moeda fácil no submundo. Entretanto, o Sr. Smith parecia se destacar. Do alto de contatos refinados como Alexandru, dominando mais de uma língua, e portando-se com uma autoconfiança suicida (que Nina achou realmente admirável), o Bratva parecia ser a definição de "more than meet the eyes".

    E a Dra. Belcher poderia ser mais que uma pessoa competente nas suturas, pelo que apresentava. Havia mantido o controle diante da animosidade, o que revelava inteligência emocional. Conduziu a conversa para águas seguras e lidou com diplomacia - não contra ela, mas em torno dela. Se a Medicina não depusesse em seu favor, aquele dom de lidar com pessoas difíceis seria o suficiente. Entre artistas de trupe o inesperado era servido todos os dias à mesa. E ter alguém que mantinha a cabeça no lugar e detinha a frieza clássica necessária era fundamental para o sucesso da missão.

    Porém...

    ... o romeno era um problema. Além de possivelmente inútil, era instável como um barril de pólvora. Saindo tempestuosamente da sala daquela forma! Como um adolescente. Nina tamborilou os dedos na lareira, tentando se lembrar do nome dele. Soltando fumaça pelas ventas como um maldito Dragão da Valáquia! A Ocultista suspirou para disfarça o início de uma risada. O sujeito era um caso perdido, provavelmente. Mas em todo cesto havia uma maçã podre.

    - Minha intenção não é resgatar Tyna e os demais jovens. É obter respostas. Que poderão conduzir culpados à Justiça. Não há Ocultismo no mundo que possa reanimar os mortos. - era difícil entender a voz de Nina, até aquele momento. Mas, como uma raio cruzando o céu nublado, o entendimento atingiu os presentes quase ao mesmo tempo, trazendo uma sensação de inquietação ainda maior: a loirinha soava como o caminhar de um gato, como veludo arrastando-se sobre a pele, como a carícia da língua de um predador no pescoço da presa submissa. Era uma voz macia e quente, que contrastava com a dureza de suas palavras e com a frieza de seus olhos acinzentados - Alexandru, se a menina estiver viva, será trazida de volta. Mas a Esperança é o último Mal, o único que Pandora conseguiu prender na caixa. Não se deixe seduzir por bravatas inconsequentes de heroísmo.

    A Ocultista mirou as costas do romeno ao dizer isso, antes de voltar-se para o anfitrião.

    - Se você precisasse de palavras de consolo, teria procurado um padre. Mas você veio a mim. - a loira pegou o convite para o espetáculo do dia seguinte, observou as letras impressas por um instante, e então arrematou - Trarei suas respostas, com o auxílio da respeitável Dra. Belcher e do cavalheiro estrangeiro, Sr. Smith. Mas pretendo deixar que os demônios valsem sobre o sangue e os ossos do nosso compatriota romeno, caso na morte ele seja mais útil que a vida.

    A jovem mulher sorriu de forma meiga. E era a coisa mais aterrorizante sobre a terra.
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