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    Capítulo I: Letra e Música

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Sáb Abr 25, 2020 11:10 am

    Capítulo I: Letra e Música 1503217_532988810131322_1527996553_n

    O dia começa em Valkaria. A capital do reino de Deheon, o berço da civilização artoniana, é o lugar mais agitado, barulhento e cheio de cores que existe no Reinado. Em nenhum outro lugar há tanta diversidade quanto aqui, onde diversos povos e raça convivem diariamente, movimentando a Cidade sob a Deusa.

    Além de ser a capital da civilização, Valkaria é conhecida por carregar o nome da deusa padroeira da humanidade. Não só isso: acima de todas as cabeças, ergue-se uma imensa estátua retratando a deusa nua e suplicante, esperando que seus devotos a salvem do perigo iminente. Não é raro encontrar oferendas e procissões de devotos aos pés dela todos os dias.

    Nibelia vive na Vila Élfica, um pequeno gueto ocupado majoritariamente por sua raça. Há alguns anos atrás, este lugar era a representação viva da antiga glória e beleza de Lenórienn, o antigo reino dos elfos. Contudo, hoje não passa de um lugar decadente e deplorável cheio de pichações, lixo e criminalidade. Uma pequena gangue de elfos e anões domina o submundo daqui e a prostituição — algo até então impensável entre seu povo — vem crescendo nos últimos tempos.

    A pior mudança, no entanto, não é esta. Há alguns anos atrás, os minotauros iniciaram uma campanha militar que ficaria conhecida como Guerras Táuricas. Em apenas dois anos de campanha, eles anexaram vários reinos que compunham o Reinado e impuseram seu domínio e devoção ao seu deus. Entre tantos costumes diferentes, os minotauros têm o detestável hábito de escravizar aqueles que consideram mais fracos. Principalmente elfos, que tiveram sua pátria destruída e vagam pelos cantos sem lar. Por isso, muitos minotauros têm aparecido por aqui para fazer propostas para muitos elfos de servidão em troca de proteção.

    É deprimente ver quantos deles aceitam isso.

    Apesar de tudo, a vida da jovem não é tão ruim. Ela acorda cedo, logo depois dos primeiros raios de sol. Ainda se ocupa de seus primeiros afazeres quando percebe um pequeno envelope na soleira de sua porta. O papel é de qualidade e está selado com o timbre de Filandriel, uma das figuras mais proeminentes da comunidade.

    Filandriel é um dos poucos elfos nobres que restaram depois que a Aliança Negra destruiu a o reino élfico. Ele conseguiu escapar de Lenórienn levando boa parte de sua fortuna e se estabeleceu por aqui, tentando manter seu povo unido e suas tradições vivas, o mais próximo que os elfos de Vakaria teriam de um líder.

    Ao abrir o envelope, ela se depara com a caligrafia elegante escrita no quase esquecido idioma de sua raça:

    Filandriel escreveu:Cara Nibele,

    Faço votos de que esteja tudo bem com você, já faz tempo que não nos falamos. Acredito que seus afazeres tenham mantido-a afastada de nossa comunidade e lamento muito por isso, uma vez que seus conhecimentos e apreço pela Arte são coisas por demais valiosas para o nosso povo já tão sofrido.

    No entanto, não é meu objetivo lamentar seu afastamento nestas linhas. Pretendo ser sucinto e ir direto ao assunto: tenho um trabalho para você, mas não quero desrespeitar seu tempo e capacidade comunicando isso apenas por uma carta tão simplória. Tais assuntos devem ser tratados pessoalmente, caso contrário são rebaixados e têm sua importância banalizada. Além disso, quero me dar o luxo de ter um momento em sua tão agradável companhia enquanto tratamos de negócios.

    Por favor, venha assim que puder.


    Seu mais devoto amigo,

    Filandriel

    Ao terminar a carta, ela sabe que o estilo inconfundível seria impossível de ser reproduzido por alguém de outra raça, ainda que seja fluente em élfico: Filandriel usa uma variante complexa e ainda mais fluída da língua, usada apenas por nobres e eruditos. Isso acaba com qualquer dúvida de Nibele.

    Aparentemente, o assunto é importante. O que ela fará?
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Sáb Abr 25, 2020 4:18 pm


    Nibelia despertou cedo, como era de praxe. Ela demorou-se em um banho que misturava diversas ervas e fragrâncias, como fazia todas as manhãs. E, como era de costume, sua primeira refeição do dia foi feita no mais absoluto silêncio, em um humor que alternava entre desprezo e melancolia, enquanto ela se distraia folheando pergaminhos e tomos. Aquele lugar era muito barulhento, muito chamativo e muito inapropriado para seus estudos e sua pesquisa. Essa era a razão de raramente estar de bom humor.

    Agora que estava limpa, perfumada e bem alimentada, Nibelia pegou uma de suas vestes comuns. Era um tecido bonito, confortável, mas também discreto, em tons claros de cinza e roxo. Ela calçou suas botas de couro, levantou o capuz e se preparou para caminhar por aquelas ruas caóticas, iniciando mais uma manhã, mas enquanto se preparava para sair da forma mais discreta possível, algo na soleira da porta chamou sua atenção, detendo-a.

    “Um envelope... Faz tempo desde o último.”

    A qualidade do papel, o sinete e a cifra élfica daquela carta deixavam claro que ela havia saído do punho de Filandriel e, como ela bem sabia, Filandriel, um dos últimos nobres do seu povo, não enviaria uma carta de forma leviana.

    – [...] quero me dar o luxo de ter um momento em sua tão agradável companhia enquanto tratamos de negócios – Nibelia sempre tinha o hábito de reproduzir o final de uma carta em murmúrios, como fazia agora. – Por favor, venha assim que puder. Seu mais devoto amigo, Filandriel.

    Nibelia sorriu. A ideia de se encontrar com Filandriel não era exatamente agradável, pois se encontrar com um nobre é algo que sempre chama demais a atenção, mas Filandriel sempre fez a ela propostas interessantes, que sempre resultaram em boas recompensas – que iam muito além de ouro – e, além disso, algo assim sempre é mais emocionante do simplesmente mais um dia de trabalho na cabana de alquimia.

    “Vamos ver o que você tem em mente, velho amigo.”
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Dom Abr 26, 2020 9:13 am

    Filandriel:

    Como instruído na carta, Nibele vai para a casa do nobre assim que recebeu a carta. O dia ainda começa, de forma que a cidade não se encontra muito barulhenta - pelo menos por enquanto e, principalmente, para os padrões humanos. Os elfos têm por costume manter um silêncio muito maior, mas mesmo na Vila Élfica isso é impossível.

    Depois de andar alguns quarteirões, ela vislumbra a casa do nobre. É fácil de encontrá-la: trata-se do único edifício na vila que não é deteriorado e em estado de óbvia decadência. Embora tenha sido construído na vulgar e grosseira arquitetura humana, a construção foi bem decorada e melhorada com os artigos mais tradicionais do artesanato élfico, tornando-a de longe a visão mais agradável das redondezas.

    Ao se apresentar na entrada da casa, um servo a conduz por uma escada até a varanda no terceiro andar, onde uma mesa bonita e farta está preparada. Filandriel está ali, sorvendo um cálice de vinho e olhando para fora, absorto em pensamentos.

    - Fico feliz que tenha vindo me visitar. - diz ele, sem olhar para ela. - Faz tempo que não nos vemos. Como tem passado, minha cara?

    Após uma breve troca de amenidades, ele estende um cálice com bebida para ela e faz um momento de silêncio, esperando-a experimentar. Nibele sabe o que dita o costume: quando um nobre lhe serve bebida, é um gesto de generosidade e sinal que ele tem o visitante em alta conta. Ao fazer aquilo, Filandriel age de forma muito gentil, beirando o cortejo, mas de forma muito elegante e respeitosa. Dependendo da reação de sua visita, ele pode avançar para um tratamento mais informal ou manter a etiqueta um pouco mais distante. É como colocar todas as cartas na mesa e dizer "Como a gente continua daqui depende de você".

    - Como disse em minha carta - ele começa. - Tenho um trabalho para você. Você sabe que me interesso muito por qualquer coisa que esteja relacionada à nossa cultura e não hesito em empregar todos os meus recursos para mantê-la viva. Recentemente, alguns agentes a meu serviço descobriram a existência de um tratado de magia élfico que estava perdido já há alguns séculos. Ele foi escrito em forma de música e sua partitura contém as chaves para decifrá-lo, além de ser uma das criações mais belas de nosso povo.

    "No entanto, você sabe o quanto nossa cultura se perdeu nos últimos tempos. Muita falsificação foi feita e infelizmente, já fui vítima de charlatães e falsificadores mais de uma vez. Aprendi, às duras penas. Por isso, desta vez decidi enviar alguém realmente qualificado para o trabalho antes de realizar a transação financeira. Gostaria que você avaliasse a autenticidade do documento e o trouxesse para mim. Além de pagar por seus serviços, você será a primeira a ter minha autorização para estudar o pergaminho e registrar seu conteúdo. No futuro, pretendo cobrar um preço significativo de quaisquer magos fora de nossa raça que queiram ter acesso a ele, mas você o terá sem nenhuma restrição.

    O que me diz?"
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Dom Abr 26, 2020 5:33 pm


    Nibelia caminhou em silêncio absoluto enquanto caminhava em direção à residência do nobre de sua raça. Ela se movia a passos rápidos e, ao mesmo tempo, suaves, mantendo o rosto coberto e procurando não chamar a atenção mais do que o necessário. Mesmo naquela hora da manhã e mesmo na Vila dos Elfos a calmaria não era exatamente um privilégio fácil de se ter, e ela deixou claro com suas atitudes como sentia falta dele.

    Foi apenas no momento que ela chegou na entrada da mansão de Filandriel e se anunciou para o criado que ela baixou o capuz, revelando seu rosto.

    Ela caminhou em silêncio ao lado do criado que a conduzia, apreciando como Filandriel retocou aquela arquitetura tosca, tipicamente humana, com pequenos fragmentos da velha pátria, de um passado glorioso que não parecia que um dia retornaria.

    Lá estava ele, por trás de uma farta e longa mesa de mantimentos e bebidas que, para um nobre, era apenas mais uma refeição ordinária de uma manhã qualquer.

    Filandriel escreveu:– Fico feliz que tenha vindo me visitar – diz ele, sem olhar para ela. – Faz tempo que não nos vemos. Como tem passado, minha cara?

    – Bem, acredito – disse ela, em um tom contido, porém levemente desanimado. – Tirando a mesmice do cotidiano, não há muito que me aborreça.

    Filandriel então ofereceu a ela um cálice do seu vinho. Nibelia olhou para  cálice, refletindo sobre o ato. Era uma demonstração de alta estima, quando vinda de um nobre.

    “Essa é a questão. Eles nunca fazem algo assim sem uma segunda intenção.”

    Nibelia sabia que estava sendo analisada. Sua próxima reação diria a Filandriel se ele deveria agir como um amigo mais íntimo e descontraído, ou se deveria manter essa postura formal e contida. Ela sentou perto dele, tomou um gole do cálice e abriu um sorriso simpático.

    – Adorável, meu amigo. Obrigada por compartilhar essa excelente bebida comigo – Nibelia mostrava para Filandriel que ela era uma amiga, e que não havia necessidade de formalismos. Ela detestava ser sociável demais e fazer parte desses joguetes de etiqueta, mas ele era um nobre, e nobres oferecem bons serviços e pagam bem. Ela também não fazia nada sem uma segunda intenção.

    Filandriel escreveu:– Como disse em minha carta – ele começa –, tenho um trabalho para você. Você sabe que me interesso muito por qualquer coisa que esteja relacionada à nossa cultura e não hesito em empregar todos os meus recursos para mantê-la viva. Recentemente, alguns agentes a meu serviço descobriram a existência de um tratado de magia élfico que estava perdido já há alguns séculos. Ele foi escrito em forma de música e sua partitura contém as chaves para decifrá-lo, além de ser uma das criações mais belas de nosso povo.

    As palavras atiçaram a sede de conhecimento e poder de Nibelia. Era o tipo de trabalho que gostava, e não o típico trabalho para brutos, que se resumia a uma recompensa em ouro. Contudo, Nibelia controlou sua excitação, e manteve-se amistosa, ouvindo o nobre falar.

    Filandriel escreveu:– No entanto, você sabe o quanto nossa cultura se perdeu nos últimos tempos. Muita falsificação foi feita e infelizmente, já fui vítima de charlatães e falsificadores mais de uma vez. Aprendi, às duras penas. Por isso, desta vez decidi enviar alguém realmente qualificado para o trabalho antes de realizar a transação financeira. Gostaria que você avaliasse a autenticidade do documento e o trouxesse para mim. Além de pagar por seus serviços, você será a primeira a ter minha autorização para estudar o pergaminho e registrar seu conteúdo. No futuro, pretendo cobrar um preço significativo de quaisquer magos fora de nossa raça que queiram ter acesso a ele, mas você o terá sem nenhuma restrição. O que me diz?

    Acesso irrestrito a um conhecimento antigo. Autoridade para análise e registro. Acúmulo de poder e sabedoria arcana. Aquilo não poderia ter começado melhor.

    – Será um prazer fazer isso, não só para ajudar a um amigo, mas também pela preservação e restauração de nossa raça, passado e glória. Posso começar quando quiser, meu caro – disse ela alargando um sorriso, enquanto tomava o resto do vinho em seu cálice.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Seg Abr 27, 2020 4:10 pm

    Filandriel parece satisfeito com a decisão de Nibele. A proposta é boa demais e ela sabe que o nobre paga muito bem por um serviço bem feito. No entanto, o pensamento de que provavelmente não seria um trabalho fácil lhe passa pela cabeça pela primeira vez.

    Nibele escreveu:– Será um prazer fazer isso, não só para ajudar a um amigo, mas também pela preservação e restauração de nossa raça, passado e glória. Posso começar quando quiser, meu caro – disse ela alargando um sorriso, enquanto tomava o resto do vinho em seu cálice.

    - Creio que não é um trabalho para que você realize sozinha. - ele responde. - Como se trata de um artefato muito antigo e valioso, existem pessoas que podem querer colocar as mãos imundas no pergaminho antes de você e isso significa que, talvez, você precise de proteção. Caso você não conheça ninguém de sua confiança que possa acompanhá-la, posso pedir para algum de meus amigos fazer isso para mim.

    Uma coisa é certa: Filandriel tem contatos, recursos e está muito interessado no tal pergaminho. O fato de até agora não ter mencionado nenhum valor específico mostra que ele estava disposto a pagar muito por aquilo e Nibele não precisa se preocupar em dividir o pagamento com ninguém. Toda aquela generosidade tinha uma origem bem clara, e a melhor parte é que ela poderia se aproveitar disso. Conhecimento nunca é demais, afinal.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Seg Abr 27, 2020 6:37 pm

    Filandriel escreveu:– Creio que não é um trabalho para que você realize sozinha – ele responde. – Como se trata de um artefato muito antigo e valioso, existem pessoas que podem querer colocar as mãos imundas no pergaminho antes de você e isso significa que, talvez, você precise de proteção. Caso você não conheça ninguém de sua confiança que possa acompanhá-la, posso pedir para algum de meus amigos fazer isso para mim.

    Nibelia deu uma última golada no cálice, tomando o que restava do vinho. Ela o segurou na boca por alguns instantes, saboreando-o de olhos fechados antes de engolir. Esse momento breve de silêncio era puro formalismo, não reflexão. Isso era óbvio e não exigia ponderação. Ela não poderia fazer tal coisas sozinha, tampouco se importava se teria que aturar alguns companheiros de viagem. Tudo o que interessava para ela era por as mãos no pergaminho – embora receber também muito ouro por isso seja ótimo.

    – Prefiro confiar nos seus amigos, meu caro Filandriel – respondeu, por fim. – Os mercenários brutos que conheço desta cidade podem não ser os mais indicados para um serviço tão importante, embora eu também recomende que eu seja a única erudita de fato desta comitiva para, bem, evitar possíveis conflitos de interesses.

    Nibelia sorriu para Filandriel mais uma vez, mostrando que ela achava adequado tudo o que fora discutido e sugerido. Embora se mostrasse calma, a verdade é que a jornada agora lhe deixava ansiosa.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Qua Abr 29, 2020 5:50 pm

    Nibelia escreveu:– Prefiro confiar nos seus amigos, meu caro Filandriel – respondeu, por fim. – Os mercenários brutos que conheço desta cidade podem não ser os mais indicados para um serviço tão importante, embora eu também recomende que eu seja a única erudita de fato desta comitiva para, bem, evitar possíveis conflitos de interesses.

    O nobre aquiesceu, sorrindo. Deu mais um gole na bebida.

    - Então está feito, minha querida. Vou enviar para protegê-la alguns dos meus amigos mais confiáveis. Tenho certeza que você se sentirá muito segura com eles.

    Ele enviou um mensageiro atrás dos tais amigos. Não demorou muito e lá estavam eles. Eram todos elfos, evidenciando que Filandriel realmente confiava neles, já que faziam parte do mesmo povo. À primeira vista, Nibelia reparou apenas que eram liderados por um elfo imponente que envergava uma armadura e tinha o olhar duro de um guerreiro. Ele foi o primeiro a cumprimentá-los.

    - Bom dia, caro Filandriel. - disse, depois se dirigiu para Nibelia. - Meu nome é Aegon, senhora. Serei o responsável pela sua segurança nesta missão.

    O segundo a se apresentar era claramente um elfo da floresta. O cabelo escuro cheio de tranças era enfeitado por penas e ele vestia roupas rústicas. Apoiava-se num cajado enfeitado com ossos de animais que chacoalhavam quando movimentados. Ele fez uma mesura para ambos, e Filandriel pareceu ter um pouco mais de reverência por ele.

    - Agradeço por vir me visitar, Hywel. - disse. - Sei o quanto é difícil para você frequentar lugares assim.

    Ele apenas acenou com a cabeça e olhou para a maga com curiosidade.

    A última integrante da equipe despertou reações curiosas em Filandriel - e em Nibelia também. Tratava-se de uma elfa com sangue humano, seus traços já exibiam a mistura de quem tinha origem mestiça. Nibelia sabia que Filandriel não costumava ter muita estima pelos mestiços, mas aquela parecia, de alguma forma, ter caído nas graças do nobre.

    - Obrigado por me receber, senhor. - ela agradeceu.

    - Seja bem-vinda, Gilrael. - saudou, depois se dirigiu a todos. - Fico feliz em saber que aceitaram o trabalho, e devo dizer que hoje vocês não contribuem apenas para comigo, mas para com a memória de nosso povo.

    "Preciso que vocês ajudem nossa amiga Nibelia a recuperar um pergaminho que contém uma das obras mais belas de nossa tradição, bem como as chaves para desvendar um pergaminho mágico. Ela se encarregará da avaliação e tradução do pergaminho, mas preciso que vocês a protejam."

    Então ele fez uma pausa dramática.

    - Existem... pessoas maliciosas interessadas neste documento. Na verdade, ele está em poder de um pequeno grupo de criminosos que o está negociando. Hoje à noite, vocês devem interceptar o comboio, resgatar o artefato e trazê-lo para mim. Discretamente.

    Nibelia viu Aegon erguer uma sobrancelha, demonstrando pouca satisfação.

    - Não sabia que estava se envolvendo com este tipo de atividade, Filandriel. - disse.

    O nobre o olhou altivo.

    - Faço o que for necessário para manter nossa cultura viva, Aegon. - respondeu, e então se dirigiu a todos. - Vocês têm total liberdade para agir neste trabalho, contando que sejam discretos e não me relacionem com o evento. Sugiro que conversem bastante para sanar as dúvidas.

    Então era isso. Nibelia tinha colegas, um trabalho e um objeto mágico para resgatar. As coisas começavam a ficar interessantes.
    Aegon:

    Hywel:

    Gilrael:
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Qua Abr 29, 2020 7:36 pm

    Filandriel escreveu:– Então está feito, minha querida. Vou enviar para protegê-la alguns dos meus amigos mais confiáveis. Tenho certeza que você se sentirá muito segura com eles.

    Nibelia aquiesceu com mais um sorriso sereno.Ela aguardou pacientemente enquanto Filandriel enviava seu mensageiro para buscar o resto da comitiva. De fato não demorou muito para que ele voltasse com três elfos. Isso deixou Nibelia confortável, pois obviamente preferia fazer esse tipo de coisa com os de sua raça, além de evidenciar ainda mais o quanto Filandriel valorizava aquele trabalho.

    Aquele que parecia ser o líder tomou a dianteira e se apresentou primeiro. Nibelia percebeu pelo seu porte que ele deveria ser um guerreiro incrivelmente competente.

    Aegon escreveu:– Bom dia, caro Filandriel – disse, depois se dirigiu para Nibelia – Meu nome é Aegon, senhora. Serei o responsável pela sua segurança nesta missão.

    – Muito prazer, bravo guerreiro – disse ela, cordialmente. – Fico feliz em estar ao lado de combatente experiente para garantir a segurança da comitiva.

    O segundo a se aproximar lembrava um antigo xamã. Nibelia interessou-se pelas vestimentas e pelo cajado do elfo, além de notar que Filandriel parecia respeitá-lo muito. Seu aspecto selvagem se mesclava com sabedoria antiga, dando a ele o aspecto de um imponente feiticeiro.

    Filandriel escreveu:– Agradeço por vir me visitar, Hywel – disse. – Sei o quanto é difícil para você frequentar lugares assim.

    Hywel limitou-se a acenar com a cabeça para Filandriel e olhar curiosamente para Nibelia, que fez uma breve reverência com a cabeça. Seu comportamente introspectivo e calado não foi considerado rude pela maga, muito pelo contrário; ela o achou ainda mais intrigante.

    A última integrante era uma elfa, ou melhor, uma meio elfa. Nibelia nunca teve nada contra os mestiços, mas achou curiosa a forma como Filandriel respeitava esta, uma vez que ele não costumava ter muita estima pelos meio-elfos.

    Gilrael escreveu:– Obrigado por me receber, senhor. – ela agradeceu.

    Filandriel escreveu:– Seja bem-vinda, Gilrael – saudou, depois se dirigiu a todos. – Fico feliz em saber que aceitaram o trabalho, e devo dizer que hoje vocês não contribuem apenas para comigo, mas para com a memória de nosso povo.

    Nibelia sorriu amistosamente para a mestiça, fazendo uma nova reverência agora para ela. Seria interessante ter uma companhia feminina a mais no grupo, assim Nibelia não se sentiria tão deslocada. Quando pensou em dizer algo para Gilrael, Filandriel começou a falar de novo.

    Filandriel escreveu:– Preciso que vocês ajudem nossa amiga Nibelia a recuperar um pergaminho que contém uma das obras mais belas de nossa tradição, bem como as chaves para desvendar um pergaminho mágico. Ela se encarregará da avaliação e tradução do pergaminho, mas preciso que vocês a protejam.

    A pausa do nobre nesse momento soou um pouco constrangedora.

    Filandriel escreveu:– Existem... pessoas maliciosas interessadas neste documento. Na verdade, ele está em poder de um pequeno grupo de criminosos que o está negociando. Hoje à noite, vocês devem interceptar o comboio, resgatar o artefato e trazê-lo para mim. Discretamente.

    Aegon demonstrou desagrado com a notícia, assim como Nibelia. Ela nada disse, mas isso podia ser facilmente lido em suas feições. Filandriel nunca falava tudo de imediato. Ele, como todo nobre típico, sempre soltava os “poréns” aos poucos, em uma tática persuasiva para evitar que os demais desistam da ideia.

    “Humpf...”

    Aegon escreveu:– Não sabia que estava se envolvendo com este tipo de atividade, Filandriel – disse.

    O comentário pareceu não agradar o nobre.

    Filandriel escreveu:– Faço o que for necessário para manter nossa cultura viva, Aegon – respondeu, e então se dirigiu a todos. – Vocês têm total liberdade para agir neste trabalho, contando que sejam discretos e não me relacionem com o evento. Sugiro que conversem bastante para sanar as dúvidas.

    – Tudo bem – começou Nibelia, falando de forma branda. – Não julgo os métodos de Filandriel. O artefato é valioso demais para não se evitar tal oportunidade. Além disso, ninguém além de nós e aqueles do nosso povo e sangue possuem o direito de tocar em tal tesouro. Eu teria feito o mesmo, se estivesse na posição do nosso amigo.

    Nibelia falava de forma racional, porém amigável, pois ao mesmo tempo que “aliviava” o lado de Filandriel, não queria causar conflitos de opiniões com os novos companheiros, já que teria que viajar com eles e um clima ruim de humores não é algo sensato de se alimentar.

    – Dito isso, quero agradecer pessoalmente por me acompanharem. Sem vocês certamente isso não seria possível, pois de fato não teria como apenas Filandriel e eu fazermos isso sozinha. Vai ser ótimo, como eu disse antes, ter um guerreiro competente que me faz sentir-me segura, além de um irmão que aparenta grande sabedoria e uma senhorita simpática que, apesar de não saber ainda os dons, já me deixa feliz por ter uma companhia feminina e não me deixar deslocada.

    Nibelia não era uma puxa-saco. Na verdade, estava muito longe de ser um esplendor de carisma. Seu tom era muito controlado e formal, mas sua educação e sinceridade eram genuínos.

    – Bem, meus novos e caros amigos e irmãos – disse agora, mais séria – se vamos lidar com criminosos, é bom que, antes de tudo, possamos aprender algo sobre eles. É vital aprender sobre seus hábitos, membros e pontos de atuação para traçarmos a tática mais adequada para lidarmos com eles. Gostaria de ouvir de todos vocês suas sugestões, além de conhecer mais sobre vocês. Como vamos viajar juntos, é bom nos acostumarmos conosco e aprendermos como cada um é o que cada um faz, certo?
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Qui Abr 30, 2020 1:12 pm

    Nibelia escreveu:– Dito isso, quero agradecer pessoalmente por me acompanharem. Sem vocês certamente isso não seria possível, pois de fato não teria como apenas Filandriel e eu fazermos isso sozinha. Vai ser ótimo, como eu disse antes, ter um guerreiro competente que me faz sentir-me segura, além de um irmão que aparenta grande sabedoria e uma senhorita simpática que, apesar de não saber ainda os dons, já me deixa feliz por ter uma companhia feminina e não me deixar deslocada.

    Aegon assentiu, mas ainda parecia um tanto cético quanto aos métodos utilizados. Gilrael, no entanto, pareceu gostar de ter mais uma mulher. Sentou-se ao lado da maga e sorriu.

    - Concordo com você. - disse. - Passo muito tempo com esses dois brutamontes.

    Nibelia escreveu:– Bem, meus novos e caros amigos e irmãos – disse agora, mais séria – se vamos lidar com criminosos, é bom que, antes de tudo, possamos aprender algo sobre eles. É vital aprender sobre seus hábitos, membros e pontos de atuação para traçarmos a tática mais adequada para lidarmos com eles. Gostaria de ouvir de todos vocês suas sugestões, além de conhecer mais sobre vocês. Como vamos viajar juntos, é bom nos acostumarmos conosco e aprendermos como cada um é o que cada um faz, certo?

    Filandriel tomou a dianteira novamente.

    - O pergaminho será entregue hoje à noite, fora dos portões da cidade. - contou. - Atualmente, ele se encontra em poder da Casa Blasanov, uma das organizações criminosas sediadas em Valkaria. Seus compradores são um pequeno grupo de minotauros de Tapista muito interessados em artesanato élfico. Minha pesquisa sobre eles não foi muito frutífera, mas vocês devem estar cientes que, como minotauros, eles provavelmente terão uma segurança muito forte.

    - Podemos emboscá-los nos ermos. - sugeriu Aegon. - São criminosos viajando à noite. Esse tipo de coisa acontece. O que vocês acham?

    Quando o grupo chegou a um consenso, houve uma pausa para que todos se preparassem. À noite, os trabalhos aconteceriam.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Qui Abr 30, 2020 7:20 pm

    Nibelia retribuiu o sorriso gentil de Gilrael, contudo seu rosto voltou a assumir uma expressão séria quando Filandriel revelou mais detalhes.

    Filandriel escreveu:– O pergaminho será entregue hoje à noite, fora dos portões da cidade – contou. – Atualmente, ele se encontra em poder da Casa Blasanov, uma das organizações criminosas sediadas em Valkaria. Seus compradores são um pequeno grupo de minotauros de Tapista muito interessados em artesanato élfico. Minha pesquisa sobre eles não foi muito frutífera, mas vocês devem estar cientes que, como minotauros, eles provavelmente terão uma segurança muito forte.

    Nibelia refletiu sobre isso um momento. Enquanto refletia, Aegon se pronunciou.

    Aegon escreveu:– Podemos emboscá-los nos ermos – sugeriu Aegon. – São criminosos viajando à noite. Esse tipo de coisa acontece. O que vocês acham?

    A maga concordou com a cabeça, mas acrescentou:

    – Um grupo de criminosos é, teoricamente, mais fácil de enfrentar do que uma escolta de minotauros. Não sei se é o caso dos membros da Casa Blasanov, mas os criminosos típicos costumam ser impulsivos, supersticiosos e... Bem, burros, para irmos direto ao tempo, embora minotauros também não sejam famosos por demonstrarem inteligência.

    Nibelia olhou para os companheiros por um momento, ainda refletindo, e por fim concluiu:

    – Vamos priorizar a emboscada, mas independente da emboscada funcionar ou se formos forçados a confrontar esses taurinos desprezíveis, não devemos fazer apenas por força bruta. Nosso ataque deve ser coordenado com ardil, astúcia e interferência arcana. Combinando os talentos de todos nós, não creio que isso venha a representar perigo, independente do desfecho.

    Seu sorriso voltou, revelando a todos sua empolgação com a tarefa.

    – Bem, eu estou pronta. Tenho comigo tudo que vou precisar para essa nossa aventura, logo não precisarei voltar até minha casa para nada, mas não se preocupem em ter pressa. Se aprontem com calma, afinal só vamos partir à noite.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Sáb maio 02, 2020 11:06 pm

    Nibelia escreveu:– Um grupo de criminosos é, teoricamente, mais fácil de enfrentar do que uma escolta de minotauros. Não sei se é o caso dos membros da Casa Blasanov, mas os criminosos típicos costumam ser impulsivos, supersticiosos e... Bem, burros, para irmos direto ao tempo, embora minotauros também não sejam famosos por demonstrarem inteligência.

    Diante da fala da maga, Aegon fez um gesto de discordância.

    - Na verdade, o fato de enfrentarmos a Casa Blasanov significa que estamos numa briga difícil. - falou. - Eles são uma família criminosa de imigrantes vindos de Yuden. E como bons yudenianos, eles são militaristas e extremamente eficientes. Além de cruéis e com aquele ódio típico por raças não-humanas. Nenhuma atividade é extremamente baixa para eles, e eles vão se defender muito bem caso os ataquemos de frente.

    "Quanto aos minotauros, minha cara, eu devo dizer que os odeio tanto quanto você. Mas se você diz que eles não são um exemplo de inteligência, deve se lembrar de que eles construíram a civilização que escravizou toda a nossa raça."


    O olhar dele era um misto de rancor e pesar. Yuden era um reino vizinho que tinha uma forte tradição militar - provavelmente o exército mais poderoso da coligação política conhecida como Reinado. Porém, a força militar vinha acompanhada de uma cultura de supremacia racial e ódio declarado à raças não-humanas. Se estavam negociando com minotauros, boa coisa não ia sair daí.

    Nibelia escreveu:– Vamos priorizar a emboscada, mas independente da emboscada funcionar ou se formos forçados a confrontar esses taurinos desprezíveis, não devemos fazer apenas por força bruta. Nosso ataque deve ser coordenado com ardil, astúcia e interferência arcana. Combinando os talentos de todos nós, não creio que isso venha a representar perigo, independente do desfecho.

    Aegon pediu um mapa. Assim que chegou, o pequeno grupo se reuniu em volta dele. O guerreiro indicou um ponto fora dos portões da cidade.

    - O encontro vai acontecer aqui, segundo as informações de Filandriel. - disse ele. - Aqui perto, existe um pequeno bosque. Se estivermos aqui na hora do encontro, podemos emboscá-los e nos apoderar de tudo que eles tiverem. Um ataque rápido e letal deve ser o suficiente para lidarmos com eles, mas como eu disse, são minotauros negociando com yudenianos. Uma batalha sangrenta é a única coisa que podemos esperar.

    Ele correu os olhos pelo grupo, observando seus companheiros.

    - Alguém tem uma sugestão?
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Sáb maio 02, 2020 11:53 pm


    Nibelia ouviu as observações que Aegon fez sobre os criminosos e os minotauros. Embora não tenha dito nada para discordar do guerreiro, a verdade é que Nibelia, seja por confiança ou petulância, se considerava mais astuta do que eles, mas decidiu fazer silêncio, uma vez que Aegon já mostrara a mentalidade dele sobre o assunto com convicção dura – embora ela achasse que ele superestimava os algozes.

    Ela viu Aegon pedir um mapa. Quando este chegou, ele reuniu a todos em uma formação circular ao redor do objeto e cravou a ponta do dedo em um ponto específico, dizendo:

    Aegon escreveu:– O encontro vai acontecer aqui, segundo as informações de Filandriel – disse ele. – Aqui perto, existe um pequeno bosque. Se estivermos aqui na hora do encontro, podemos emboscá-los e nos apoderar de tudo que eles tiverem. Um ataque rápido e letal deve ser o suficiente para lidarmos com eles, mas como eu disse, são minotauros negociando com yudenianos. Uma batalha sangrenta é a única coisa que podemos esperar.

    Nibelia observou o lugar, ainda em silêncio, ao mesmo tempo que refletia nas palavras do guerreiro.

    Aegon escreveu:– Alguém tem uma sugestão? – disse ele, olhando cada um dos companheiros nos olhos.

    – Sim, eu tenho – disse Nibelia, calmamente. – É fato que uma batalha sangrenta é inevitável, mas quando não se pode deter um desastre, às vezes é possível canalizar sua fúria para outro ponto, colocando-nos em segurança.

    Ela cruzou os braços e, com os olhos ainda vidrados no mapa e os dedos brincando com a ponta dos cabelos, disse:

    – Yudenianos são intolerantes com raças não-humanas, certo? E mesmo assim estão indo negociar com os taurinos... Talvez se roubarmos os taurinos discretamente, os Yudenianos não ficarão felizes em saber que eles “passaram a perna” neles, ou fizeram eles “perder tempo”, vê? Se criarmos esse cenário, os Taurinos e Yudenianos irão inevitavelmente lutar uns contra os outros, mas a nosso favor. Depois disso... Bem, depois será muito mais fácil saquear tudo e matar o que restar, mas antes essa situação seria ideal. Ela não apenas enfraqueceria dois grupos de inimigos que temos em comum, como também criaria um álibi para o nosso saque, se assim se provar necessário no futuro.

    Nibelia então voltou a olhar para Gilrael, sorrindo:

    – É muito cedo para fazer esse tipo de suposição, mas algo me diz que a senhorita Gilrael é incrivelmente astuta em situações que exigem furtividade, rapidez e um pouco de jogo sujo.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Seg maio 04, 2020 12:21 pm

    Nibelia escreveu:– Yudenianos são intolerantes com raças não-humanas, certo? E mesmo assim estão indo negociar com os taurinos... Talvez se roubarmos os taurinos discretamente, os Yudenianos não ficarão felizes em saber que eles “passaram a perna” neles, ou fizeram eles “perder tempo”, vê? Se criarmos esse cenário, os Taurinos e Yudenianos irão inevitavelmente lutar uns contra os outros, mas a nosso favor. Depois disso... Bem, depois será muito mais fácil saquear tudo e matar o que restar, mas antes essa situação seria ideal. Ela não apenas enfraqueceria dois grupos de inimigos que temos em comum, como também criaria um álibi para o nosso saque, se assim se provar necessário no futuro.

    – É muito cedo para fazer esse tipo de suposição, mas algo me diz que a senhorita Gilrael é incrivelmente astuta em situações que exigem furtividade, rapidez e um pouco de jogo sujo.

    Aegon a olhou por alguns segundos, sem dizer nada. Ela descobriu que ele tinha o hábito de olhar nos olhos das pessoas, demonstrando atenção ao que diziam, ao mesmo tempo que confiança e um pouco de dureza. Por algum motivo, Nibelia desconfiou que ele tinha uma cota relativamente grande batalhas passadas.

    - Está sugerindo que nós roubemos os yudenianos? - perguntou. - Bem, é uma coisa possível e Gilrael poderia fazer isso por nós. Mas não sabemos onde o pergaminho se encontra até à noite, quando a negociação acontecer. Além disso, não quero arriscá-la numa missão sem planejamento num lugar que certamente terá uma segurança muito grande. Uma emboscada pode dar certo, se os fizermos acreditar que a Casa Blasanov na verdade está tentando enganá-los.

    Hywel se aproximou do mapa pela primeira vez. Sem dizer nada, ele olhou para a mesa e analisou as informações por um tempo.

    - Se isso acontecer da forma como planejamos, vamos nos esconder num bosque, não? - perguntou. - Nesse caso, deixem isso comigo. Posso prender todos eles em plantas.

    Gilrael deu sua última sugestão.

    - E se nós nos disfarçássemos como homens dos Blasanov? Podemos roubar alguns uniformes. Sei que Nibelia não pode vestir armaduras e Hywel não pode usar artigos de ferro, mas nós dois podemos, não? A gente chega na hora da negociação, aproveita o disfarce, cria uma distração enquanto eles nos fornecem apoio mágico. Roubamos o pergaminho no processo e fugimos.

    Aegon ponderou. Era um plano ousado e arriscado, mas poderia funcionar. Olhou para Nibelia novamente.

    - Você vai ficar com o pergaminho enquanto nós garantimos sua segurança - perguntou. - O que me diz deste plano?
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Seg maio 04, 2020 12:53 pm


    Aegon escreveu:– Está sugerindo que nós roubemos os yudenianos? – perguntou. – Bem, é uma coisa possível e Gilrael poderia fazer isso por nós. Mas não sabemos onde o pergaminho se encontra até à noite, quando a negociação acontecer. Além disso, não quero arriscá-la numa missão sem planejamento num lugar que certamente terá uma segurança muito grande. Uma emboscada pode dar certo, se os fizermos acreditar que a Casa Blasanov na verdade está tentando enganá-los.


    – Bem, na verdade eu pensei em roubar o dinheiro dos minotauros, por ser mais fácil, assim os criminosos pensariam que os taurinos estariam fazendo pouco caso deles – disse Nibelia, dando de ombros. – Mas é irrelevante se vamos roubar um grupo ou outro. Qualquer um que venha a ser roubado vai interpretar mal as coisas e começar a confusão. De um jeito ou de outro nosso plano daria certo.

    Pela primeira vez Nibelia viu Hywel se manifestar, se aproximando do mapa

    Hywel escreveu:– Se isso acontecer da forma como planejamos, vamos nos esconder num bosque, não? – perguntou. – Nesse caso, deixem isso comigo. Posso prender todos eles em plantas.

    E Gilrael, por sua vez, sugeriu:

    Gilrael escreveu:– E se nós nos disfarçássemos como homens dos Blasanov? Podemos roubar alguns uniformes. Sei que Nibelia não pode vestir armaduras e Hywel não pode usar artigos de ferro, mas nós dois podemos, não? A gente chega na hora da negociação, aproveita o disfarce, cria uma distração enquanto eles nos fornecem apoio mágico. Roubamos o pergaminho no processo e fugimos.

    Nibelia olhou para Gilrael com expressão neutra, por fim dizendo:

    – É uma ideia mais arriscada, mas não posso negar que é boa. Se for de sua preferência, podemos fazer assim. Distrações mágicas serão fáceis de fazer para lhe dar cobertura.

    Aegon escreveu:– Você vai ficar com o pergaminho enquanto nós garantimos sua segurança – perguntou. – O que me diz deste plano?

    Nibelia olhou para todos. De alguma forma era estranho perceber como a palavra final era dela, uma vez que nunca tinha ficado à frente de um grupo antes.

    – Você e Gilrael serão os que correrão maior risco com essa ideia. Como eu disse, apesar de arriscada é uma ideia boa. Se estiverem de acordo, esse plano tem a minha aprovação.
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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Ter maio 05, 2020 1:42 pm

    Aegon e Gilrael partiram para realizar sua parte na missão. Pelo resto do dia, Nibelia não os viu mais.

    - Acho que agora, nós fazemos a nossa parte, não? - disse Hywel. - Por favor, me acompanhe. Vou levá-la para o local da tocaia.

    Os dois se despediram de Filandriel e saíram pela cidade. Valkaria era imensa, barulhenta e cheia de cores. Embora não fosse exatamente uma grande apreciadora de viver tão próxima de pessoas tão diferentes, Nibelia não era completamente hostil ao ambiente em que vivia. O mesmo não se podia dizer de seu companheiro.

    - Não gosto de cidades. - disse. - São barulhentas e fedidas. Meu amigo está nos esperando na saída da cidade, ele vai facilitar muito nosso trajeto.

    Os dois passaram pelo famoso Portão da Queda. Foi por ali, que, anos atrás, as legiões do Império de Tauron invadiram a cidade, na última batalha das Guerras Táuricas. Hywel olhou para o lugar com um misto de ressentimento e desprezo: o sinal de que a cidade um dia tinha sido vencida pelos minotauros, que saíram dali arrastando uma pequena legião de elfos escravizados. Boa parte deles, voluntariamente. O portão nunca fora reparado e ficara ali, como um lembrete para que os cidadãos de Valkaria nunca se esquecessem daquela derrota.

    - Quebra-Muros! - chamou Hywel quando atravessaram o portão. Não demorou muito e o amigo apareceu.

    Tratava-se de um imenso e majestoso alce. Ele se aproximou e abaixou a cabeça para o elfo, em sinal de respeito. Depois, cumprimentou Nibelia.

    - É meu amigo de viagens. - disse, depois deu um tapinha no flanco do animal, que se abaixou. - Suba, por favor. Ele vai nos levar até o bosque.

    ***

    - Eles estão chegando. - Hywel avisou.

    Já era noite alta. Nibelia apertou os olhos, aproveitando-se da visão élfica. Embora os elfos não enxergassem no escuro, tanto os minotauros quanto os yudenianos traziam tochas. Não foi difícil contá-los: um negociante de cada lado, acompanhado por cinco homens. Os yudenianos trajavam algumas armaduras. Os minotauros também. Nem de longe seria uma luta fácil.

    De repente, dois desconhecidos se aproximaram. O negociador yudeniano ficou tenso de repente, mas logo ficou mais calmo ao ver que os dois vestiam armaduras dos soldados da Casa Blasanov. Trocaram algumas palavras e, de repente, o mais baixo dos guardas esfaqueou o negociador Blasanov no peito. Antes que o capanga mais próximo reagisse, o mais alto lhe acertou um golpe com a espada.

    A luta começara.

    Quebra-Muros:

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Ter maio 05, 2020 2:30 pm


    – Tomem cuidado– foi tudo o que Nibelia pôde dizer, antes de Aegon e Gilrael partirem para realizar a primeira parte do plano.

    Hywel escreveu:– Acho que agora, nós fazemos a nossa parte, não? – disse Hywel. – Por favor, me acompanhe. Vou levá-la para o local da tocaia.

    Nibelia limitou-se a concordar com a cabeça e se despediu de Filandriel, pondo-se a seguir Hywell enquanto cruzavam a cidade.

    Valkaria estava frenética, como de costume. Estava exuberante, colorida e movimentada, com membros de todas as raças correndo e gritando para lá e para cá, engajados em todos os tipos de afazeres. Nibelia se limitava a seguir o companheiro em silêncio, cobrindo o rosto com o capuz, sem chamar a atenção de quem quer que fosse.

    Hywel escreveu:– Não gosto de cidade – disse. – São barulhentas e fedidas. Meu amigo está nos esperando na saída da cidade, ele vai facilitar muito nosso trajeto.

    – A hora não ajuda, também. Prefiro as pequenas aldeias. Toda essa balburdia e falta de privacidade atrapalham meus estudos.

    Tanto Nibelia quanto Hywell demonstraram um desprezo idêntico quando passaram pelo portão da queda. As memórias impregnadas naquela área eram amargas à memória e ter de confrontá-las todos os dias era, no mínimo, uma ofensa não apenas aos elfos que foram escravizados, mas a todos que pereceram na batalha.

    – Não entendo por que eles não tiram esse maldito símbolo de mau agouro daqui. Esse memorial é uma afronta, e não somente à nós...

    Hywel escreveu:– Quebra-Muros!

    Não demorou muito até que a dupla atravessou o portão e o amigo de Hywel apareceu após ser chamado.

    O imponente alce fez uma reverência respeitosa à Hywell, voltando-se para saudar Nibelia que, com um gesto, reverenciou em silêncio o animal.

    Hywell escreveu:– É meu amigo de viagens – disse, depois deu um tapinha no flanco do animal, que se abaixou. – Suba, por favor. Ele vai nos levar até o bosque.

    – Com licença – disse ela ao alce, como uma demonstração de respeito.

    A noite já havia caído quando Nibelia e Hywel identificaram os grupos taurinos e yudenianos no escuro graças às tochas que eles portavam.

    Hywell escreveu:– Eles estão chegando – Hywel avisou.

    Havia um negociador para cada grupo, e cada negociador tinha cinco guerreiros como escolta. Todos ali portavam armas e armaduras.

    – Por agora é melhor evitar um confronto direto. Precisamos enfraquecê-los antes de um jeito ou de outro.

    Assim que disse isso, Nibelia viu dois estranhos se aproximando do grupo e isso deixou o negociador yudeniano nervoso, mas ele logo se acalmou quando percebeu que a dupla trajava a armaduras com as insígnias da Casa Blasanov. Nibelia sabia que se tratavam de Aegon e Gilrael, mas não esperava que ambos fossem atacar tão rapidamente.

    – Droga! Começaram cedo demais! Eles nem esperaram o nosso suporte!

    Gilrael esfaqueara o negociador no peito, enquanto Aegon acertou o capanga mais próximo antes que ele pudesse reagir.

    “Maldição... Eu disse para sermos discretos e deixá-los se matar!”

    Era tarde demais. A confusão se iniciava.

    Nibelia decidiu conservar sua presença oculta o máximo possível. Com as atenções voltadas para Aegon e Gilrael, ela decide aproximar-se furtivamente, analisando o campo de batalha em busca de um tronco ou pedregulho de tamanho considerável.

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Qua maio 06, 2020 1:29 pm

    Nibelia se concentrou, visando levantar uma pedra próxima a ela. Não era algo exatamente grande, mas o impacto poderia tirar um combatente daquela situação. Invocando as palavras arcanas, ela viu a pedra se levantar e voar em direção à cabeça do negociador yudeniano, que perdeu a chance de revidar o ataque que sofrera.

    Hywel falou numa língua antiga e desconhecida, evocando forças primitivas da natureza. Em poucos segundos, a grama em volta da trilha onde os dois grupos se encontravam cresceu desproporcionalmente, prendendo cada um dos minotauros enquanto os yudenianos começavam a se recuperar da surpresa e se voltavam para o ataque aos seus oponentes. Por enquanto, estavam fora de combate.

    No lugar mais quente da batalha, Gilrael tentou apunhalar novamente o negociante yudeniano. O homem, no entanto, desviou-se do ataque no último momento, apenas dando um passo para trás. Ao lado dela, Aegon abriu um talho imenso no estômago de um dos capangas, fazendo o sangue verter e as vísceras do homem caírem no chão.

    Os capangas avançaram, todos ao mesmo tempo. Desorganizados e pegos de surpresa pelo ataque, não conseguiram atingir nenhum dos elfos. O chefe deles, no entanto, recuperou-se do baque da pedra e logo identificou Aegon como o alvo mais perigoso daquela luta. Atacou-o com a espada e acertou-lhe um golpe no flanco, passando pela cota de malha que o guerreiro vestia.

    Próximo dali, os minotauros começavam a se recuperar da prisão de plantas. Eles precisavam ser rápidos.

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Qua maio 06, 2020 1:45 pm

    Nibelia sorriu satisfeita quando a sua pedra atordoou um dos agressores, mas o desenrolar da luta continuou caótico. Ela logo percebeu que aquela batalha não acabaria tão rápido. Sua tensão aumentou um dos criminosos tomou Aegon como prioridade de abate, ferindo-o em uma investida.

    Antes que o pior acontecesse, a maga se concentrou no algoz que estava em cima do irmão guerreiro, preparando-se para lançar seus mísseis mágicos. Ela certamente iria se revelar fazendo isso, mas isso não importava. De onde ela estava, iria demorar para algum dos atacantes chegar até ela. Isso daria tempo para ela sacar seu arco atirar.

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por JTaguchi Qui maio 07, 2020 10:54 am

    A maga se concentrou por mais um segundo, visualizando a energia arcana bruta saindo de seu cajado. Descreveu um círculo no ar, entoando a fórmula correta que canalizaria a energia contra seus alvos. Um segundo depois, duas esferas brancas voaram em direção ao chefe Blasanov bem no momento em que ele descrevia um golpe contra Aegon. Os mísseis o derrubaram. Aegon e Gilrael, quase que ao mesmo tempo, atacaram-no severamente, quase o matando.

    Ao lado dela, Hywel começou a entoar uma espécie de cântico primitivo enquanto subia em Quebra-Muros. Uma aura esverdeada brilhou em torno dos dois, com glifos brilhantes em volta que denunciavam que alguma magia estava em vigor. Juntos, eles investiram contra os minotauros que começavam a se preparar para um ataque depois de se desprenderem das plantas. No entanto, ao verem o alce investindo contra eles, espalharam-se para evitar serem atropelados. A investida falhara, mas evitara o ataque dos malditos.

    Os Blasanov revidaram o ataque. Com o chefe fora de combate, dois deles tentaram atacar os elfos enquanto tiravam-no da batalha, mas falharam. Os outros dois, contudo, conseguiram acertos contra Aegon e Gilrael. Ao ver a mestiça atingida, Aegon começou a dar sinais de que queria tirá-la de lá. Não teve tempo: próximo deles, o chefe minotauro começara a organizar uma pequena parede de escudos. Eles avançaram, mas erraram todos os ataques. A parede de escudos fornecia proteção, mas tirava muito a mobilidade dos atacantes, principalmente quando os alvos eram dois elfos.

    No calor da batalha, Nibelia correu os olhos pelo lugar. Apesar da adrenalina, os olhos não falharam em perceber que, no chão, um pequeno baú jazia. Ela tinha certeza que ali estava contido o pergaminho que buscavam.

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    Capítulo I: Letra e Música Empty Re: Capítulo I: Letra e Música

    Mensagem por Count Zero Qui maio 07, 2020 11:22 am


    Nibelia detectou um baú que se destacava no meio da batalha. Era muito provável que o artefato que procuravam se encontrava nele, mas o andamento da peleja não era muito favorável. O grupo conseguiu prejudicar bastante os criminosos e retardar a investida dos taurinos, mas Aegon e Gilrael estavam feridos também. A ladina, em particular, preocupava Nibelia, pois mostrava maior vulnerabilidade naquele momento.

    Nibelia sabia que o certo era pegar o baú e fugir, evitando os taurinos e o restante dos criminosos, mas isso não seria tão fácil. Ela não era uma ladina como Gilrael e certamente aquele espetáculo de energia hostil revelou sua posição. Não havia como ela simplesmente se esgueirar até o baú, pegá-lo e correr, dando a ordem aos outros para fazer o mesmo. Sua mente, tomada pela adrenalina, começou a maquinar uma alternativa.

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