Capítulo I - A caça ao tesouro!

Todos os três despertavam com uma grande dor de cabeça. Tinham dificuldade em abrir seus olhos, pois uma forte claridade inundava o cômodo onde estavam. Era um quarto de tamanho médio, que possuía duas camas de solteiro e um banheiro, além de um roupeiro e uma televisão.


Eles não faziam ideia do que estavam fazendo ali e nem de como chegaram acolá. A dor de cabeça começava a passar após algum tempo, mas as memórias ainda estavam um tanto nebulosas, porém sentiam que já se conheciam. Então alguns sons de disparos e explosões eram ouvidos do lado de fora, bem como alguns gritos de dor e sofrimento.

Então a televisão ligava sozinha e uma mensagem surgia com a imagem estática de uma cobra fumando um cachimbo, que vinha sendo simbolo daquele maldito jogo:


Na tela dos celulares havia um evento destacado com várias informações complementares. Eles tinham apenas vinte e quatro horas para atingirem os objetivos propostos, enfrentariam outros 297 jogadores e a busca por outros competidores pleo GPS do aplicativo estava desativada, já que a utilizariam para buscar pelos tais valiosos itens.  



Off: Começou a porrada galera! Agora é vencer ou deixar de existir! Vocês todos estão juntos nesse quarto e nem sabem como foram parar ali, pois a ideia é a gente ir preenchendo as lacunas juntos conforme o jogo avança! Não deixam de acessar o aplicativo do jogo!

Acordou desnorteado. Mas que droga era aquela? - Isso não é justo, eu nem bebo! Eu devia começar a beber. - Lembrou-se então de Kenjiro e seu convite. Essa imagem era mais nítida que a maioria das outras, das últimas horas. Kenjiro o chamou para fazer parte de um grupo dentro daquele jogo. Ele falou que gostaria de ver o dojô, pois fora uma oferta feita.

Não lembrava de ter visto o dojô, mas havia aceitado. Calculou que estar num grupo era bem mais vantajoso que estar sozinho. Onde estava Kotami, diante daquilo tudo? - Meu Deus, eu fui preso! - Foi só nesse momento que se deu conta que estava numa espécie de quarto de hotel. A televisão ligou-se e anunciou que agora eles estavam num evento. Tinha mais pessoas ali e Hosoo tinha a impressão de conhecê-las: - Ei, vocês, quem são? Eu acho que... - O anúncio então avisou que eles tinham 24h e pelo menos 3 anéis para recuperar, senão, GAME OVER.

Num salto, Hosoo se pôs de pé. Abriu seu celular e verificou o aplicativo. Verificou também a aba de Clubes, para averiguar se aquelas pessoas eram do mesmo clube que ele, afinal de contas. - Parece que não temos tempo a perder, senão vamos desaparecer para sempre. - Disse olhando a tela e lembrando de Banda sumindo diante de si no ar.

- Quais as habilidades de vocês? Prevejo que isso vai ser uma carnificina. - Disse abrindo agora o mapa e procurando no GPS o lugar mais próximo que ele apontava. - Andem! Vocês estão parecendo umas múmias paralíticas.

Akira acordou com uma forte dor de cabeça, olhou para os lados e viu que não estava sozinha,tinha mais duas pessoas com ela naquela sala. Ela não se lembrava do porque estava lá.

- Caramba...onde diabos é esse lugar? - Disse ela,em meio á sussurros.

Então, ela percebeu um  “ cara estranho ” perguntando os seus respectivos nomes,mas antes dele terminar de falar,um anúncio surgiu falando que eles tinham apenas 24 horas para completar o desafio.

Então o “ cara estranho ” que ainda não revelou seu nome,olhou para seu celular e então disse que eles não tinham mais tempo a perder e que deveriam agir logo,e também sobre quais são suas habilidades. Então Akira resolveu se pronunciar.

- Concordo com você “ Cara estranho que eu não conheço ”, mas não temos armas conosco, e precisamos de uma, e minha habilidade, bem, eu posso entrar no corpo de uma pessoa e roubar a habilidade dela, genial certo?

Então o “Cara estranho" pegou seu mapa e disse que eles precisavam agir logo, porque o tempo estava correndo. Amaya não viu outra opção a não ser confiar nele, até porque a vida deles estavam em jogo.

Mitsue sentia uma forte dor de cabeça, e aquela claridade toda não ajudava em nada. Quando pode se recuperar e levantar da cama, se deparou com um quarto completamente diferente do que estava. Não se encontrava sozinha, pois haviam mais dois ali. E forçando um pouco a memória, sabia que os conhecia da escola. Ouviu o rapaz dizer algumas coisas, mas o que no momento conseguia prender a atenção da presidente era os barulhos que vinham lá de fora.

Então a televisão ligou, mostrando aquele ser mais uma vez. Estavam participando de um evento, não lembrava de ter aceito aquilo. Logo pegou seu celular para ver o que tinha lá, procurou por Kanjiro, e pesquisou sobre as duas pessoas que ali se encontravam. Pelo que parece eles seriam uma equipe. - Nossa, teremos que lutar contra o tempo dessa vez. - Ela dizia mais para si do que para os outros que ali se encontravam.

Quando enfim se pois de pé e concordou com o rapaz. - Sou Mitsue Mori,  Presidente do Conselho estudantil da escola Fumizuki. - Ela deu mais uma olhada neles e tinha certeza que também eram alunos de lá. - Meu sigil… Bom, sou a azarada e tenho certeza que vocês vão compreender quando estivermos em ação. - Mori achou o sigil da menina uma ótima habilidade, ajudaria bastante.

Ela olhava o mapa, onde marcavam os lugares onde tinham que ir para pegar os tais anéis. - Estamos perdendo tempo, devemos ir para o que estiver mais perto da gente. - ela também foi para a aba de equipamentos, talvez poderia encontrar algo ali que os ajudasse.

Diante da confusão da situação e as incertezas das figuras diante de si, todos decidiam se unir para enfrentarem aquele grande evento. Hosoo analisava o aplicativo e descobria de que os três ali faziam parte da família do Dojo, e uma memória de Kenjiro e a garota que se apresentava como Mitsue Mori adentrando a sala onde ele e mais dois outros jogadores estavam.

Mori também lembrava de ter visto os dois e mais um desconhecido quando adentrava o escritório junto com seu amado Kenjiro anteriormente no Dojo. Em seu celular, na aba da família, estava apontado que todos os três ali faziam parte do Dojo.

Já para Amaya, o flash de memória era um pouco mais demorado, porém não menos recompensador. Ela estava sentada em um confortável sodá ao lado de seu amigo Kaname-kun, no escritório do pai do garoto, quando a garota chamada Mitsue Mori surgia pela porta seguida do irmão de Kaname, Kenjiro.

"Esses são meu irmão Kenjiro e sua namorada Mitsue-san... Ah e Ein-kun, precisamos praticar depois hein!" - Ela podia a ouvir a voz de Kaname bem perto de seu ouvido antes de voltar a realidade naquele quarto de hotel.

Preenchendo algumas lacunas, todos agora sabiam que já se conheciam no Dojo e de que poderiam confiar uns aos outros. Restava agora descobrir o que acontecera com os outros e também com suas armas.

Analisando o mapa, todos podiam perceber de que haviam cerca de três anéis, um de cada tipo, logo no andar de baixo e mais dois anéis á dois quartos de distância no mesmo andar.

Situação atual:

Off: Galera, se quiserem comprar armas ou equipamentos, basta dizer qual e aí descontar dos seus $ do jogo.  

Mori estava ciente que todos ali faziam parte do mesmo Dono, e agora com a mente mais focada, ela podia também lembra de tê-los vistos na sala onde foi conheceu os novos membros junto a Kenjiro-kun. E ao lembrar dele, ela se perguntou se ele estaria também participando daquele evento e rezou aos deuses que não.

Não suportaria de ter que competir contra ele. E enquanto mexia em seu celular, na aba de equipamentos, se lembrou de sua maço-negra e que estava sem ela. - TSC! Minha Katana, ficou para trás. - ela então procurou dessa vez por armas de fogo. Escolhendo Colt 1911, aos seus olhos elas eram magníficas.

De volta ao GPS, onde marcava a localização dos objetos que deveriam obter para vencer, ela suspirou ao constar que havia dois no mesmo andar que eles e consequentemente seria complicado chegar até eles, provavelmente já teriam outros jogadores naquele mesmo andar. - Olhem, nesse mesmo andar temos dois. Precisamos ser cautelosos aos nos aproximar. - ela analisava o aplicativo. - Bem provável que já tenham outros jogadores, neste mesmo andar. - ela então fechava, o aplicativo já sabendo em quais locais estavam os anéis. - Fiz uma compra e deve chegar a qualquer momento. Vou aproveitar para ver se consigo ver algo suspeito la fora, dai podemos sair.

Mitsue abriria devagar a porta e daria uma olhada, assim que pegasse suas armas ela voltaria para dentro, se não tivesse visto nada de errado, faria sinal para seguirem. Se caso tivesse algo la fora ou visse alguém, esperaria pelo plano dos outros.

- Eu me chamo Hosoo Ein, sou kendoka. - Disse se apresentando quando uma das garotas - que também não disse seu nome - o chamou de 'cara estranho que não se apresentou'. Como diria Cazuza: tuas idéias não correspondem aos fatos. Porém, o Sigil da garota era tenebroso. Hosoo sentiu uma gota escorrer por sua testa quando ela falou aquilo. A outra garota se apresentou como Mitsue. O kendoka verificou e de fato eles faziam parte do mesmo dojo. - Parece que fomos postos juntos de forma premeditada. Bom, é ótimo que possamos confiar uns nos outros.

Disse aliviado. Mitsue comentava que não deveriam ir aos anéis mais próximos, pois poderia haver outros jogadores perto também. - Deixa isso comigo, eu posso ver o futuro. - Ativou seu Sigil a fim de a ver os próximos passos que eles poderiam fazer. - Nada garante que não tenha outros jogadores perto dos que estão no andar debaixo. Acho que estamos no meio de um battle royale.

Depois que visse o que se passaria, compartilharia a informação com suas novas companheiras. E então passaria às compras. - Você está certa, temos que estar preparados. - Acessou rápido a aba de loja e fez duas compras: uma AK 47, pois seria bastante importante abater os inimigos de longe, e uma baioneta, que iria acoplar na arma e garantir que poderia dar o melhor de si lutando perto. Seria tão bom quanto uma lança, mas uma lança que dava tiros.

- Isso vai ser loco!

Mitsue Mori lembrava de sua março-negro e se questionava onde ela poderia estar. Percebendo que talvez não fosse inteligente sair daquele quarto desprotegida, adquiria através do aplicativo de celular duas colt 1911, e então decidia ir até a porta tentar observar - mesmo que com pouco ângulo - a situação atual do corredor daquele andar.

Hosoo que também adquiria seu armamento pesado, percebia a ação da colega e tentava utilizar seu sigil, porém sentia que ficava praticamente no "quase", pois mesmo forçando muito e se concentrando, seu poder não se ativava de jeito nenhum. Talvez algo a ver com o sigil de Mitsue-san que a própria havia citado anteriormente?

Mori abria uma fresta suficiente para poder enxergar uma parte do corredor, e olhando para baixo percebia duas caixas - empilhadas uma por cima da outra - com a logotipo do jogo, o que indicava que a entrega de suas novas armas teria sido imediata. Ela também percebia de que havia muito sangue fresco no chão, em sinal de que alguém havia não só se machucado feio, como também se arrastado pelo caminho, que seguia até a virada do corredor, fora do alcance de visão da rijichou.

Então um barulho de janela quebrada era ouvido de dento do quarto onde estavam. Um objeto redondo havia sido arremessado pela janela e agora jazia rolando perto de uma das camas. Era uma granada.  

Situação atual:

Com todos já devidamente apresentados, Mitsue sorria amarelo para Hosoo Ein quando esse tentava ativar seu sigil. - É sinto em lhe dizer que essa é a função do meu sigil, quem estiver perto de mim, não conseguirá ativar de jeito nenhum. Gomen, ele seria muito útil para nós.

Depois de finalizar seus pedidos, seguiu até a porta a abrindo apenas uma fresta para conseguir olhar o corredor. Constatou que já haviam chegado seus pedidos e também pode ver rastros de sangue pelo o que podia ver do corredor. Sentiu se enjoada por alguns segundos e fez uma careta desgostosa - Kami-sama! - iria falar com seus companheiros, mas um estrondo de vidro se quebrando as suas costa a fez se virar bruscamente, para ver o que acontecia e seus olhos focaram em uma coisa rolando pelo quarto. Seus olhos se arregalaram o máximo que podiam ser aumentados e sua única reação foi se jogar para fora do quarto e gritar. - SAIAM DAÍ AGORA!!!!! - tentou se afastar o máximo do quarto, levando consigo suas colts.  

Agora que se encontrava no corredor, podia ver melhor o local e tratou de ir atrás do primeiro anel. Como sabia, não podiam per tempo.

Canalizou todas as forças mentais que tinha para ativar seu sigil e poderia ter certeza que ele nunca havia sido tão capaz de fazer aquilo, mas as coisa simplesmente não funcionava. - O que está acontecendo? Eu não consigo usar meu sigil, será que eu fui banido do jogo? - Se questionou. Então a garota que havia dito que era uma azarada explicou o que havia acontecido. - SUA LAZARENTA, COMO VOCÊ NÃO EXPLICA UM NEGÓCIO DESSES? EU FORCEI MEU CÉREBRO ATÉ QUASE TER UM AVC!

Hosoo estava transtornado com aquela informação. Isso era ruim, porque queria dizer que eles teriam que estar afastados se quisessem que as coisas dessem certo. Mitsue abria a porta e podia ver que a entrega dos pedidos deles foram imediatas. O kendoka se aproximava quando a janela papocou com algo redondo. Ele arregalou os olhos e tudo que pôde fazer foi puxar pela camisa a outra garota, enquanto corria para a porta.

Uma vez atravessado o portal, ele pegaria a caixa que lhe cabia e correria em direção de um lugar mais seguro. Pensou um pouco. As escadas, as escadas eram a melhor opção: - PARA AS ESCADAS. - Já deveriam estar com cento e vinte e sete armas apontadas para as portas dos elevadores. Enquanto se deslocava, ele tirava a AK 47 da caixa e encaixava a baioneta.

Tudo acontecia muito rápido. Mori puxava as recentes compras e pulava para o corredor de vez e Hosoo agarrava Akira e também saltava como podia longe da iminente explosão. Então o "boom" era tão forte que eles ficavam surdos por um tempo, até que após a fumaça de poeira dos destroços do quarto se dissipar, podiam ver que a chapa do teto/chão do andar superior caíra de forma a formar uma rampa, revelando uma anel que deslizava aos destroços.

Analisando melhor o corredor, eles percebiam algumas plantas que cresciam de forma descomunal e que infestavam o teto e as paredes cada vez que se distanciavam mais, em direção as escadas, onde a vegetação ficava ainda mais densa a ponto de impossibilitar a subida por ali, restando apenas os elevadores.

Eles então tinham mais um flash de memória, onde se lembravam da cena completa da reunião no dojo. O líder - e pai do amado de Mori, Kenjiro, e de Amaya, Kaname - receberá o anuncio do próximo grande evento antes dos outros por ser o líder de uma família grande e respeitada dentro do jogo. Então passou á eles a ideia de partirem para o local antes de começar, assim poderiam obter vantagens contra seus adversários. Ou seja, eles chegaram naquele prédio todos juntos.

- Kaname-kun! - Amaya então corria em direção ao elevador e o adentrava, e a porta fechava muito rapidamente, impedindo qualquer reação de Hosoo ou Mori. Os dois estavam sozinhos dali em diante. 

Situação atual:

Seu ouvido zumbia por conta da explosão. Tossiu duas ou três vezes antes de conseguir se levantar. Pelo menos não estava ferido, ou se estava, nem estava sentindo por conta da adrenalina. Olhou os arredores. Uma parte do teto havia cedido e por isso, um anel havia caído ali bem perto deles. Hosoo fez primeiro uma cara de surpresa e então hesitou. - Esse anel não estava marcado no mapa, será que é uma falsificação?

Lembrava que havia chegado ali junto com as duas garotas, o que era um alívio. Por outro lado era uma pena que estivessem sem memórias, adiantou pouca coisa estarem no lugar antes do início, no fim das contas. Estavam correndo desesperados da mesma maneira. Agora estavam diante de um anel falso, de um lado plantas estranhíssimas e do outro elevadores.

Nem teve muito tempo de pensar e uma das garotas disparou para os elevadores. Assim que entrou ele fechou suas portas. - Mas o que?! O que deu nela? - Perguntou olhando para Mitsue. - Anda, não temos tempo a perder, estamos indo atrás de qual anel? - Se levantou, carregando a arma. - Parece que teremos que usar os elevadores de qualquer forma.

Mitsue havia se encolhido no chão quando o “BOOM” veio, se sentia surda e seus ouvidos zuniam por causa do barulho alto. Levou um tempo até se acostumar com o ambiente, agora com a visão melhor do corredor, podia vê que não tinha acesso às escadas e que a única coisa que podiam usar eram os elevadores. - Chikusho! - Ela agora olhava para o quarto onde estavam antes, podendo ver um anel que não aparecia no mapa. Aquilo era muito estranho. Ouviu o Kendoka falar sobre isso também e ela balançou sua cabeça levemente.

Mas ao fazer o movimento, ela sentiu sua cabeça doer e isso lhe causou uma breves lembranças. Tinham vindo primeiro, então quer dizer que os outros podia estar ali também. E quando aquele pequeno momento de lembrança se passou e Mori se deu por si a outra participante já havia corrido para o elevador e ido embora. - EEH! - Não havia mais tempo, ja tinha partido e ela agora olhava para Hosoo Ein desacreditada. - Talvez não aguentou a pressão e surtou. - Ela então se levantava e analisava mais uma vez o mapa, tinha dois ali naquele andar.

- Vamos atrás desses aqui primeiro e depois, a gente desce atrás do outro. - Ela então apontava para o mapa, indicando a localização do primeiro anel. Que estava a dois quartos dali (acho eu).  

Passando pelo corredor, poderiam jurar que as plantas que tomavam conta do corredor poderiam se mexer e que estavam atentas aos seus passos.


Chegando no quarto dos dois anéis, ele abriam a porta e se deparavam com uma cena chocante. O quarto estava tomado pela mesma vegetação espessa das escadas e do corredor, mas ainda haviam alguns corpos ali, em meio aos galhos e folhas. E eles ainda estavam vivos, porém não teriam chances de sobrevivência, pois seus corpos eram perfurados e atravessados pelos galhos. Eles apenas gemiam alguns poucos baixos murmúrios de sofrimento.


Os dois anéis estavam um de cada lado do quarto. O do lado direito estava em cima da cama, encaixado em um dos galhos e o do lado esquerdo estava embaixo de um dos corpos. Haviam também mais daqueles baixos relevos, indicando que mais jogadores já haviam morrido ali.

Então um barulho de saltos e pisadas firmes eram ouvidos, e eles sabiam que vinha do quarto onde estavam antes.  

Mapa tosquera que chatolina pediu:

Situação atual:

Já decididos seguir até os dois anéis no quarto mais adiante, Mori seguia a frente, com suas armas em punho. Tinha a impressão que as plantas se moviam, ou realmente estavam se movendo. Atentas a eles e em seus passos “Talvez seja o sigil de alguém? Ou estavam cultivando visgo do diabo, se for o caso é só abrir as cortinas” Agora diante da porta, Mori a abriu e se deparou com mais daquela estranha vegetação, mas dessa vez também tinham outras pessoas - todas feridas e presas também e marcas de relevo, dizendo que outras já haviam morrido ali.

- Hosoo-san, tenha cuidad… - E então passos foi ouvidos, e Mori tremeu. Não por medo, mas ansiedade pelo o momento que vinha. - Kuso! Tem gente vindo, se prepara. - Se virou para ver quem se aproximava, de algum jeito era bom. Ja que seu sigil iria anular o de quem estava se aproximando. O problema era se a pessoa estivesse armada quem nem eles.

Eles se aproximaram do quarto e então claramente entenderam o porquê daqueles anéis ainda estarem ali. Umas plantas bizarras e aparentemente violentas guardavam o lugar e já havia uma pilha considerável de mortos que tentaram exatamente a mesma coisa que eles. - Que desgraça... - O pior é que eles não tinham muito tempo para pensar, pois do corredor já se podia ouvir passos se aproximando.

- Mori, é o seguinte: você é uma lazarenta. Então é melhor você se ocupar dos nossos visitantes, atrapalhando a vida deles, e deixando meu Sigil em paz. Aí eu pego os anéis e depois volto para te dar cobertura e sairmos. - Disse, segurando sua arma&lança. - Nunca vamos poder trabalhar em equipe se não formos extremamente coordenados, tirando o melhor da sua e da minha habilidade. - Seus olhos ardiam como chamas enquanto trazia os conhecimentos antigos da arte da guerra que ele havia aprendido com seu finado sensei Takahiro.

- Não temos tempo a perder, vamos! - Esperou a garota ir para perto da porta enquanto ele se afastava o máximo possível, para não ser afetado pelo seu Sigil. Depois, ia mandar ver naquelas plantas!

O plano é sair da área da Mori, ativar o Sigil e pegar os anéis no Atletismo.

Hosoo raramente utilizava de sua massa encefálica para algo além de dar espadadas e trovar - de maneira até piedosa - algumas garotas. Porém, algumas exceções aconteciam, bem como bolar um plano razoável em uma situação tensa e desesperadora. Mori concordava e se afastava até a porta para enfrentar os oponentes e Ein-Kun se afastava ao máximo para ativar seu sigil e recolher os anéis.

Segundos separavam as duas ações dos aliados do dojo. Mori abria a porta do quarto e de cara avistava uma mancha preta do outro lado da parede. Ela parecia tentar alcança-la, mas falhava miseravelmente, sendo repelida como se Mori estivesse envolta em um campo de força invisível. Seu sigil não parecia nada ruim agora.

- Porque não pegou ela ainda sua idiota?! - Mori ouvia uma voz masculina gritando de um dos quartos a frente.

- Eu não sei! Eu ativei e o sigil não foi! - Desta vez uma voz feminina respondia, com ansiedade e pavor em seu tom.

- Maldita! Wang vai lidar com você depois! Bora estourar aqueles babacas na bala! - A voz masculina por fim dizia. Durante isso Mori percebia que a sombra que tentava alcança-la vinha se "esticando" por debaixo da porta do quarto a frente de onde ela e Hosoo estavam. Sons de armas sendo carregadas eram ouvidos, e Mori sabia que estavam na linha de frente dos disparos.

Neste meio tempo, Hosoo tentava ativar seu sigil, mas ele ainda não funcionava, talvez por ainda não estarem mais de dez metros de distância ou pela recente dor de cabeça e amnésia. Então só lhe restava os anéis entre a vegetação. Ele pegava o primeiro que estava em um galho perto da cama e sentia o mesmo tremer, como se estivesse percebendo a ação de Hosoo, tremendo e vibrando os outros galhos e folhas do cômodo, até pelas demais que deixavam o local e iam sabe-se lá onde.

- Ahhh... Me mata.... - Um dos corpos murmurava em dor e agonia, o que deixavam Hosoo espantado, até entender que eles deveriam estar vivos ainda, pois o baixo relevo ainda não os havia levado. Hosoo se abaixava até ele e retirava o segundo anel, "limpando" aquela área. Então ele ouvia Mori se movimentando e seu sigil se ativava instintivamente, vindo tudo de uma vez só, como uma forte onda que o cobria e o afogava aos poucos.

Ele via que aquelas plantas os atacavam quando adentravam o elevador e os outros quartos, crescendo logo ao perceberem suas presenças, porém após crescerem á seu limite, elas não mais apresentavam perigo. O sigil de Mori não parecia poder conter o ataque das plantas, o que era bastante confuso, pois o sigil da garota deveria anular outros sigil's a uma distância de dez metros. Então outras visões surgiam.

Ele visualizava uma espécie de armazém, e ouvia também o som do mar. Neste local, haviam vários anéis de todos os tipos, empilhados em várias mesas cumpridas. Vários homens riam alto, gargalhando e debochando de adversários caídos. Todos utilizavam um casaco de moletom com capuz que detinha um símbolo de uma cobra nas costas. Hosoo ainda reconhecia um deles, era Takase-Kun, um dos metidos a gangster da escola Fumizuki e que o havia imobilizado em uma disputa de ego no corredor da escola uns dias antes.

Seus olhos agora enxergavam três jogadores desta suposta família, e eles estavam vindo em sua direção com armas em punho, rindo dele, que estava caído cheio de feridas de balas. Avistava Mori caída a alguns metros no corredor, também bastante machucada e então o que parecia ser o líder deles, que também era o mais velho e sinistro, utilizando até um tapa olho e ostentando uma cicatriz no rosto, dava um soco digno de um artista de artes marciais no ar, e com a onde de choque na direção de Hosoo, o transformava em pasta de carne e sangue.

Então ele despertava de sua visão com um soluço forte, e nem um segundo havia passado no mundo real.

Off: Já rolei os disparos no rolador de dados da mesa. Conversamos no discord para acertar a batalha.       

Mapa tosquera que a chatolina pediu:

Situação atual:

Mori, estava de acordo com o plano. E seria mais sensato se caso quisesse que aquilo desse certo. Afinal, o sigil de Hosoo Ein era muito util. Agora de volta ao corredor, ela viu uma sombra que não podia se aproximar por causa de sigil. Mori, dava um sorrisinho de ouvi-los reclamar através das paredes. Um coisa já estava garantida, agora tinha que mostrar suas habilidades de atirar.

Seus ouvidos captaram sons de armas sendo carregadas - Eles vão atirar! - Mori gritou para Hasoo e desviou da frente da porta para o corredor, caindo com um joelho no chão e com o outro de apoio. Levantou suas armas na direção da porta, enterrando seus dedos no gatilho da arma. Estava mirando no que podia para acertar alguém se assim fosse possível.

Ele soluçou e arregalou os olhos. A coisa não parecia boa em nenhuma das perspectivas. Guardou consigo os anéis justo no momento que ouviu Mori dizendo que eles iriam atirar. Hosoo procurou um lugar em que estivesse protegido a fim de se posicionar para contra-atacar. Eles tinham que lutar separados e juntos ao mesmo tempo.

Que beleza de parceria ele tinha conseguido, hein?! Tinha que ter em mente o tempo todo que deveria guardar os dez metros de distância para que as coisas pudessem correr normalmente. Mas era difícil fazer aquilo com aquela quantidade de informações na cabeça. Será que seria ali que ele e Mori seriam cobertos de balas? Parecia possível.

- Filhos da mãe... - Disse entre dentes.

Eles haviam vencido - com muito dificuldade - aquela batalha contra as forças de Wang. Quem ele era e qual o seu real poder eram desconhecidos, mas uma coisa era clara. Ele não pararia ali, mais seguidores apareceriam para roubar-lhe as vidas em troca de mais prestigio e dinheiro no jogo. Precisariam permanecer fortes para passar por tudo aquilo.

Diante deles, naquele corredor, jazia somente os baixos-relevos de seus adversários caídos bem como o rastro de destruição e sangue pós batalha. Os dois, agora mais do que nunca, se tornavam assassinos.

Mori-san havia derrotado "Himura Tanak" de 16 anos e "Yabe Washichi" de 24, ambos de rank "C" e por isso receberá $500 por cada um. Gastava toda a sua recompensa por ter finalizado dois inimigos do mesmo rank no jogo em um kit médico para curar seus graves ferimentos, e enquanto Hosoo, havia machucado seriamente a virilha, mas não estava sangrando tanto a ponto de morrer se não a estancasse imediatamente. Ele havia ganho não só os famigerados $500 por ter finalizado um inimigo, mas sim o dobro disso pelo inimigo ser de um rank mais elevado que o seu. Em seu app apitava uma notificação de que ele havia vencido contra um tal de "Shigu-san", de rank B e sua recompensa era de $1000.

Ao tentarem se recompor, suas memórias subitamente voltavam, como em um flash.

Eles chegavam todos juntos ao edifício, e Kaname e Kenjiro adentravam primeiro. Eles tinham suas armas originais em punho, e logo seguiam seus amigos. Ao chegarem no Hall principal, avistavam uma cena aterradora. Todos ali estavam mortos e seus corpos mutilados por várias plantas e galhos que cresciam violentamente.


No meio delas havia um ser de altura e corpo exagerados. Ele parecia envolto em uma espécie de armadura de madeira e seu rosto era coberto por um capacete do mesmo material.


Ele os atacava imediatamente e uma batalha acontecia. Seus app os informavam de que o inimigo se tratava de um rank A, o que os deixava aflitos, pois era muito mais forte que eles, mesmo que estivessem em grupo.

- Mori-san, eu vou lançar uma granada de luz e aí você parte pra cima dele enquanto os outros lhe dão cobertura com as armas e aí você anula o sigil dele! - Dizia Kenjiro a todos, que se escondiam em uma cobertura improvisada.

Porém, antes que Mori conseguisse se aproximar do adversário para anular seu sigil, todos eram imobilizados e desarmados por aqueles cubos neons azulados e então transportados a força para dentro do evento juntos com a granada de luz, que estava próxima de Mori e do inimigo antes de explodir.


Off: A batalha do posts anterior se sucedeu pelo discord para melhor dinâmica da mesa, então o post se passa após isso.       

Mapa tosquera que a chatolina pediu:

Situação atual: