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    No deserto

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    Mensagem por Leomar Ter Nov 17, 2020 6:58 am

    R.Oc. R.Oc.

    Uma descrição de "possíveis" inimigos não soava nada bem, ainda mais quando não dava para enxergar os mesmos sinais que o centauro enxergava, pelo menos para Ka, já que nem todos ali precisavam se preocupar.

    Além disto não seria possível subir com os animais, ao menos um (o guia) teria de fazer o percurso mais perigoso levando os camelos por baixo, enquanto o resto buscava segurança na parte alta. Fazia parte do trabalho de Enalæki, e além do mais ele também não iria escalar facilmente com seus cascos.

    Azriel é a primeira a querer ajudar, mas pensa em alguma forma mais simples de revirar aquela areia e desenterrar o que tivesse ali de baixo. Usando o pouco de mana ainda disponível ela consegue usar aeroataque direto na areia. Acaba sendo providencial, pois consegue, mesmo que por breves momentos, revelar algumas serpentes brancas que são arrastadas junto com a areia, voltando a se enterrar assim que caem novamente no solo.

    - Então é isto, agora sabemos contra o que lidar!

    Kate também resolve ajudar, o ambiente estava cheio de água, então talvez tivesse mana suficiente para fazer magia, embora nem sempre fonte de água significava fonte de mana de água.

    Concentrando a energia na água misturada aos grãos de areia, era interessante como a energia transmitia a sensação áspera da areia para os dedos de Kate. À medida que buscava usar a energia para empurrar a areia, a energia também mostrava resistência em seu braço, fazendo sentir o peso de areia mesmo sem tocá-la. No fim a energia era como um cabo de uma ferramenta invisível que transmitia a Kate as propriedades do ambiente que tentava modificar.

    Aquilo não era fácil, dava para sentir a água ao redor, o que era fundamental para a magia, mas toda areia misturada complicava tudo, dava para sentir inclusive a água escorrendo pelos grãos, o que tornava o foco em "permanência de forma" ficar ainda mais difícil. No fim Kate conseguia mover apenas pequenas poças por vez, e isto não ia ajudar muito. Velora provavelmente conseguiria realizar o que ela pensou.

    O jeito era ir morro acima. Ainda bem que Vent'Kapo tinha deixado colocar a sela.

    - Então, você consegue levar nós dois lá pra cima?

    - AAaaarr UUUrrrRR!!!

    - Ei! Não precisa ficar ofendidinho!

    Kate segura bem à sela, Vent'Kapo tem oportunidade de fazer jus ao nome, com destreza invejável ele escala sem precisar se esforçar muito.

    Já Ka precisa esforçar um bocado. Não era uma elevação difícil, na verdade era mais alta do que realmente desafiadora. Juntando o peso da carga com o peso da água nas roupas e carga, ele coloca seus músculos à prova. Mas afinal, foi para isto que desenvolveu com dedicação aqueles músculos.

    Enquanto isto Nadhull desfazia a ilusão em que tinha se envolvido, seria mais prático seguir voando e não poderia manter a magia no processo. Enalæki obviamente fica um pouco surpreso (só um pouco, já tinha visto Mortalha usando ilusão parecida) mas não tece maiores comentários. Faz uma expressão como se compreendesse a necessidade do demônio se envolver numa ilusão, e os dois ficam por isto mesmo.

    Com os demais já no caminho, cabe a ele fazer os camelos darem a volta o mais rápido que os animais conseguissem. Graças à experiência e ao cuidado, o centauro evita a maioria das serpentes, mesmo assim dá o azar de enfiar uma das patas num dos ninhos, e acaba sendo picado. Passa a correr para se afastar do local. O veneno em poucos segundos passa fazer efeito, obrigando-o a mancar, ainda assim ele consegue manter os camelos longe dos ninhos de serpente.

    Do alto o resto do grupo não percebe este momento, demoram ainda algumas horas para todos se reencontrar numa parte segura já que o caminho dele era bem maior que o de vocês, só então percebem que o centauro não tinha escapado ileso.

    - Os animais não foram pegos, eu dei um pouco de azar. Mas consigo ainda terminar de levar o grupo até Heséd. - (pausa, considerações) - Qualquer um de vocês, que não chegam a 10@ fatalmente teria morrido, foi bom tê-los mandado pelo caminho alto. Não vai ser a primeira vez que eu serei obrigado andar em três patas. Bem, ainda estou com uma a mais que vocês.

    Passados alguns minutos, o centauro parecia que não ia morrer nas próximas horas, pelo menos; Ka então faz algumas perguntas:

    - Enalæki, o que pode falar mais sobre este local? Sabemos que há uma guerra, vimos anjos fazendo patrulha e as harpias. Será que há algum local maligno que está sendo disputado? Talvez algum ponto que devemos evitar?

    - Falar sobre TUDO que as pessoas DIZEM que existe no deserto vai gastar mais tempo do que demoraremos para chegar a Heséd, quanto ao que evitar, se querem segurança, devem evitar tudo que venha do sul. Na verdade já estamos menos ao norte do que manda a prudência. Ao sul fica o Desfiladeiro Selvagem, "lar" das raças selvagens e um sabe-se-lá que número de demônios. A presença de harpias foi algo inesperado para esta época, este tipo de demônio se aventura mais para o norte normalmente no outono ou inverno. Quanto aos anjos, existe uma pequena presença deles em Heséd, bem pequena... Os anjos normalmente não chegam até Ĵevurá, mas estamos agora mais perto de Heséd do que de Ĵevurá. Aliás, daqui do alto é até capaz de já dar para ver sinais...

    Ele fixa os olhos no horizonte, e aponta:

    - Lá! Conseguem ver a fumaça?

    Novamente com um pouco de esforço, vocês conseguem ver, bem no horizonte, alguns sinais de fumaça. Parecia bem distante ainda.

    - Eu diria que mais meio-dia de caminhada. No final das contas vocês não estão mal. Talvez os deuses gostem de vocês. Ou pelo menos um deles.

    Mesmo mancando, Enalæki conseguia manter um ritmo igual dos camelos, talvez até um pouco maior. Por falar neles, as máscaras negras que usavam terminam de quebrar, e os animais, que antes pareciam imparáveis, agora adquirem um passo "normal" bem mais lento que antes, reclamando algumas paradas para pastar a qualquer sinal de vegetação.

    - Para um grupo sem guia, o ideal seria vocês caminharem até anoitecer. Porém eu posso sugerir que descansem AGORA e nós seguimos noite adentro, aproveitando o tempo frio para andar mais depressa, teremos que andar sob luz de tochas, mas se fizerem isto, poderão economizar três, talvez até quatro horas. Se algum dos alados quiser ir na frente, em linha reta não devem gastar mais do que duas horas, caso precisem anunciar o grupo, ou algo assim. Não vejo sinais de perigo no céu pelos próximos quilômetros.

    Nota: Azriel ficou exausta depois de ter usado magia para afastar/revelar algumas das serpentes, ainda dá conta de andar/voar, mas ficará sem mana nas próximas horas.
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    Mensagem por DariusNovadek Qua Nov 18, 2020 11:25 am

    Kate tenta usar a água da chuva para mexer na areia, sem sucesso, mas gosta da experiencia, conseguiu sentir a areia nos seus dedos sem nem mesmo toca-las, tinha certeza que um dia conseguiria realizar aquele feito. As vezes sentia saudade de ser uma wananko. Em outro tempo teria aberto um buraco tão grande que mataria todas as serpentes e o guia deles junto.

    ...


    Depois de se reunirem, o guia passa algumas alternativas, Kate responde.

    - Posso usar o Vent'Kapo pra ir a frente e anunciar nossa chegada, para ja preparar acomodações pra gente.. O que acham? O Vent'Kapo até agora não usou metade de sua velocidade.

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    Mensagem por Leomar Sex Nov 20, 2020 6:41 am

    - É um animal velho. Seu instinto pode ser bastante útil no deserto, para curtas distâncias seria perfeito, mas não deve aguentar grandes distâncias a galope. Você poderia ser pega pelo anoitecer, embora consiga consiga fazer alguns quilômetros antes.

    Vent'Kapo responde: - 'r'r'r'rooowwwww?
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    Mensagem por Pikapool Ter Nov 24, 2020 10:01 pm

    A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais!
    Tudo ocorrera bem ou quase tudo. Enalæki havia sido vitima das presas das víboras do deserto. Na mesma hora considerei em auxiliá-lo. Mas infelizmente, estava cansada demais para canalizar mais uma magia branca. Talvez Nadhull pudesse ajudá-lo ou mesmo Mortalha que se mostrara uma habilidosa medica. Felizmente, mesmo manquitolando, ele parecia bem.

    Sem mais, apenas me limitei a repousar-me sobre um dos camelos e assim deixá-lo que me levasse até que tivesse energia para prosseguir sozinha. No mais, deixei tudo nas mãos de meus companheiros e de nosso guia.

    Malz a demora. Época de provas.
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    Mensagem por DariusNovadek Qua Nov 25, 2020 1:07 pm

    Kate se sente ofendida junto com Vent'Kapo, mas brinca com o mesmo.

    - Ei! Você é um animal velho?? Sempre achei que você estivesse na sua melhor forma! kkk Vamos mostrar pra esse sabichão que você ainda tem muito pra gastar!

    Então vira pro grupo e diz:

    - Pessoal, vou na frente, caso chegue la antes ja vou arrumando lugar para dormir e adiantando nossos serviços. Quero ver o quão rápido Vent'Kapo pode ir. Espero por vocês la.

    Então Kate monta em seu lagarto, e parte em direção a cidade.

    - Vamos Vent'Kapo, quero ver sua velocidade máxima!
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    Mensagem por Saphira Odin Dom Nov 29, 2020 9:14 am

    Seguia normalmente junto com os camelos, não tinha pressa para chegar a cidade pelo visto iria demorar um pouco, mas a demora não a incomodava, manteve o cusco perto de si para evitar algum acidente bobo.
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    Mensagem por Leomar Dom Nov 29, 2020 2:08 pm

    Kate parte a galope, resmungando.

    parte da Kate separada:

    Enquanto isto, nenhum dos voadores tinha se prontificado a ajudar seguir na frente. Azriel estava cansadinha, Mortalha não importava em ir devagar, brincava com o cão nas horas vagas (talvez disfarçadamente para ninguém perceber que ela não era a malvadona que parecia), Nadhull preocupava mais com a segurança de Azriel que de Kate e Ka não tinha mesmo o que fazer.

    O grupo acaba aceitando a sugestão de descansar primeiro e caminhar a noite, dada por Enalæki. Obviamente não fariam esta opção em condições normais, mas se estavam pagando um guia, não custava escutar o que ele tinha a dizer. Azriel até aproveita pra tirar um cochilo rápido (Ka e Mortalha talvez aproveitem também). Nadhull mantinha-se em atitude de meditação, baixando com isto levemente suas atividades corporais (batimentos, fluxos energético e cia.) previa que talvez precisasse ficar de guarda a noite e por sorte tinha treinado manter este estado mesmo caminhando.

    Mortalha arruma uma tocha para Ka e o centauro, que no grupo eram os com menor capacidade visual, e acaba que eles não tinham se preparado para tal necessidade (as ferramentas de Ka já pesavam o bastante e acabou sem espaço para levar uma tocha, algo que ele preferia arriscar improvisar para não gastar espaço de outra ferramenta mais útil). Mas como os dois eram também os mais responsáveis por conduzir os camelos (que estavam menos eficientes) Mortalha prefere o incômodo menor. (off: tirei na sorte quem ia perder um coringa de carga.)

    Psikê estava cheia, Ânima crescente, isto fornecia um pouco de luz, como anjos e demônios tinham visão na penumbra, davam para se virar relativamente bem, forçando só um pouco a atenção. A garoa tinha parado, mas o chão ainda tinha várias poças, já que o solo do deserto não tinha a melhor das permeabilidades. A noite a temperatura cai rápido, os animais acabam caminhando mesmo mais rápido, nas primeiras horas pela vantagem de não estarem mais sob o calor infernal, nas próximas para continuar se movimentando para não sentir o frio. O frio também incomodava os demônios.

    A noite é bem curta (Hélius Flava e Hélius Blua nasciam e se punham com algumas horas de diferença, por isto o fim da noite tinha um tom mais azulado, enquanto a alvorada era bem mais clara, depois que Hélius Blua nascesse sua luz se misturava com a de Hélius Flava dando ao meio da manhã um tom levemente amarelado) e vocês conseguem chegar à Heséd uma hora depois de Hélius Flava nascer.

    Como de praxe, Nadhull e Mortalha buscam esconder suas característica debaixo dos mantos para não chamar tanta atenção.

    Algumas impressões aleatórias sobre a cidade, Ka e Nadhull percebem algumas diferenças pois moraram na cidade uns dois anos atrás, as outras duas não conheciam a cidade antes. Uma ou outra impressão pode ser mais importante para um ou outro, mas qualquer personagem pode desconsiderar qualquer uma das que vou colocar aqui, ou pode acrescentar outras, ninguém viu necessariamente as mesmas coisas.

    O muro da cidade está apenas com meio metro fora da areia, o que dá um aspecto de desleixo. Alguém não deveria estar cuidando daquilo? Tirando aquele acúmulo de areia?

    Entre o muro e a cidade propriamente dita ainda tem uma faixa de deserto de algumas centenas de metros, vocês passam por perto do cemitério da cidade que fica nesta parte mais afastada. O cemitério de Heséd nunca foi muito grande, pois boa parte da população prefere cremar seus mortos, mas parece que o cemitério cresceu bastante nos últimos meses. O lugar também tem cara de abandonado, mato por todo canto, alguns enfeites dos túmulos parecem queimados, muitos tem um tom escuro como se tivesse caído muitas cinzas por ali.

    Uma trincheira de madeira, pedra e entulho está ocupando o meio da cidade, de uma ponta a outra de uma avenida. Parte da madeira está pobre, o que faz parecer que aquilo está lá a muito tempo.

    Ka e Nadhull percebem que as macieiras da cidade foram cortadas, antes haviam várias espalhadas em todos os cantos, eram quase uma "atração" de Heséd. As maçãs da cidade eram mais ácidas que de outros lugares, não sendo muito boas para comer (embora para quem não tinha outra coisa pra comer elas eram essenciais, e também tinha que gostasse delas azedas mesmo), mas eram boas para fazer doce, suco, misturar na carne ou salada ou fazer cidra. Inclusive a cidra é/era a bebida mais popular na cidade, ao invés de ir pro buteco beber cerveja as pessoas iam beber cidra, e várias pessoas diferentes da cidade faziam. Agora vocês custam a enxergar uma macieira, se é que conseguem achar uma.

    Ao longo da trincheira várias casas e oficinas tinham sido destruídas, e a faixa de deserto em volta da cidade também parece maior.

    A concentração de mana negra na cidade parece estar mais densa (o que já era de se esperar) e a mana branca parece estar mais fraca, tal como parecia na outra vila, mas ali parecia pior.

    A cidade está com aspecto mais desleixado e pobre, algumas pessoas estavam dentro de casas que mais pareciam ruínas, outros, jogados nas ruas, estendiam as mãos quando vocês passavam perto. (Caso Azriel tenha fobia de ratos ou baratas, prepare-se para ter problemas). Algumas pessoas pareciam não ter força nem para fixar o olhar, andavam como zumbis, parecendo bêbadas ou drogadas.

    Para piorar o aspecto sombrio, em Heséd era também conhecida pelos hemerocales, uma flor amarela da família dos lírios que espalhava por toda a cidade, e agora seu amarelo pode ser visto em apenas metade do que ocupava anteriormente.

    As pessoas andavam armadas nas ruas (bom, isto é normal em qualquer cidade de Fajr-Regno) mas quem podia andava também de armadura, mesmo que de couro. Apesar disto vocês não veem os soldados assim que entram na cidade. Enalæki comenta que nos últimos meses os soldados, tanto de Fajr-Regno como de Gaja pararam de fazer as tradicionais rondas pela cidade para ficarem mais concentrados nos pontos de resistência.

    O comércio também se amontoou. Antes os ambulantes eram realmente ambulantes, andando de um lado para outro, agora parece que todos estão restritos às maiores praças, disputadas centímetro a centímetro.

    A praça do porto, que levava ao porto, estava com várias bandeiras e faixas verdes de tamanhos diversos, indicando que aquela importante parte da cidade caíra no domínio de Gaja. Em lugares separados dava para ver que algumas pessoas estavam trabalhando em sistema de escravidão.

    Enalæki fala:

    - Bem, creio que querem ir direto para a parte sul, onde o exército da Cour des Miracles está, certo? Ou tem alguma parte da cidade que precisam ver antes?
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    Mensagem por Dycleal Dom Nov 29, 2020 2:34 pm

    Nadhull ouve o guia e diz: - Tem uma gatinhas interessantes na cidade, uma delas é herborista, mas devido as condições da carne e o tempo que temos, digo que é melhor irmos direto para o acampamento do nosso exército!
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    Mensagem por Saphira Odin Dom Nov 29, 2020 4:27 pm

    Seguiu com os demais novamente prestava atenção no terreno, mas sentia falta do seu oficio, sem contar que sentia falta de dissecar um cadáver, passando pelo cemitério sentiu um alivio estranhamente familiar como se estivesse em casa, naquele mesmo dia aproximou-se mais do ka, sua curiosidade vinha de suas planas a principio indagou mais sobre sua mana, suas manas ainda não sabia se ele tinha mais de uma ou se tinha não se lembrava, era do tipo de pessoa que não reparava nos outros, cada ser vive sua vida da forma que bem entender, e ela não intervinha em nada, não era do seu feitio intervir na vida alheia, no momento só estava curiosa, pois estava a procura de uma em especial, sabia que Terra seria útil , além de Ar e por ultimo água, mas queria descobrir mais sobre a mana da terra essa por sua vez poderia ser usada para regenerar membros perdidos e isso era algo que ela queria estudar.

    No final apenas seguiu junto ao bando com o Cusco, não tinha muito o que fazer em relação aquele lugar, ficou tentada a pegar um pouco da energia do lugar para ver quais efeitos conseguiria produzir em terreno a seu favor.

    OFF: conversar e seguir andando.
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    Mensagem por Pikapool Qua Dez 02, 2020 3:41 am

    A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais!
    Durante o caminho, aproveitei para compartilhar algumas informações para com os demais sobre a anomalia que ocorria pelas redondezas e até enfatizei que Camaal havia dito que os anjos estavam a cuidar de tal problema. No mais, não tinha mais nada a fazer se não descansar.

    Ao chegar em Heséd. A cidade parecia em decadência e todo aquela mana negra pairando no ar pareciam roubar a pouca vitalidade que ainda me restava. O que acabava por causar-me arrepios. Outra coisa que causava-me repulsa eram aqueles insetos horríveis. Toda aquela situação só realçava o sofrimento das pessoas que ali habitavam.

    Ao questionamento de Enalæki, apenas aguardei um pronunciamento de Ka. Mas, Nadhull era quem tomava a dianteira. Ao olhar as pessoas a minha volta, questionei-me sobre que tipo de gosto um incubo teria. Mas, rapidamente imaginei que o conceito de beleza fosse algo relativo a cada raça. Apesar que Mortalha era igual ao Nadhull e, por um instante, pareceu-me interessada no ferreiro. Enfim... Sem muito animo para nada dentro daquele ambiente repleto de mana negra, apenas repousei sobre um dos camelos e deixei que ele levasse-me por onde o grupo acreditasse ser melhor.
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    Mensagem por Leomar Qua Dez 09, 2020 6:55 am

    Enalæki conduz vocês com cuidado, indo na frente para ver se não esbarram em ninguém do Yüksek Kan:

    - Os lados atualmente estão em processo de amenizar os ataques, muitos acreditam que a guerra por aqui deve recuar. MAS é bom que principalmente você não seja vista pelo Yüksek Kan, - ele diz referindo à Azriel - ou eles podem pensar que é uma das anjos que estão trabalhando com o exército deles.

    O comentário pega vocês de surpresa. Alguém pergunta: "Como assim? Os anjos estão trabalhando para o exército de Gaja?"

    - Vocês não sabiam?! Bem, existe um grupo, não sei informar o tamanho ou importância, nem tão pouco quem está trabalhando para quem, mas o fato é que humanos do exército invasor têm se encontrado com um pequeno grupo de anjos que existe na cidade, e eles parecem ter se tratado com cordialidade, sendo assim, se não são aliados, pelo menos não são inimigos...

    Pela surpresa do centauro, alguma coisa já acontecia ali na cidade há alguns meses. Ka e Nadhull sabiam que a cidade possuía uma sociedade muito pequena de anjos, tão pequena que quem morasse mais ao norte da cidade podia passar 10, 20 anos sem nunca ver um anjo em Heséd. A cidade também não tinha muitos demônios, embora como toda Fajr-Regno era mais fácil passar-se despercebido sendo um demônio do que um anjo. Mas havia um número "razoável" de híbridos, em geral humanos com poucos traços demoníacos. Anjos também podiam ter descendentes híbridos, e sempre se ouvia rumores sobre quem poderia ser híbrido angelical ali na cidade. Muitos híbridos (de qq lado) preferem ser discretos sobre sua descendência.

    1do6: - Se é assim, talvez a Corte dos Milagres também pode desconfiar que Azriel (ou "eu" se for ela mesma que se manifestou primeiro) não esteja do lado certo desta luta!

    - É um risco que podem passar. Mas vocês tem as recomendações de Ĵevurá, não têm?

    A insígnia do contratante de vocês (alguém lembra o nome? Ficou no tópico que perdemos.) tinha ficado com Kate, bem como uma pequena anotação que ele fez, um número que tinha anotado em uma tira de couro. (alguém vai rolar Q.I. para ver se lembra disto? Ou alguém tinha lembrado de anotar antes?) Se Kate já tivesse chegado antes, como era o objetivo dela, provavelmente não teriam muitos problemas.

    Vocês seguem pela parte sul, Enalæki consegue guiar evitando qualquer problema adicional, embora nada consiga impedir o grupo de vocês de chamar atenção, principalmente por causa de Azriel.

    Vocês chegam a uma base do exército e explicam sua situação. Kate infelizmente não tinha passado por ali. O grupo de vocês desperta suspeitas, apesar disto o fato de terem carne faz qualquer soldado estar disposto a ouvi-los bem antes de dispensá-los. (Nota: a base é do exército de Fajr-Regno, não da Corte dos Milagres, embora muitas vezes os dois se confundam)

    off: como a quantidade de carne aproveitada ficou no outro tópico, vou jogar na sorte a quantidade de arrobas de carne de kodo que conseguiram trazer até o final. Mesmo se der pouco a missão de vocês tá completa, pois entregaram os camelos

    Leomar efetuou 2 lançamento(s) de dados No deserto - Página 5 1139504.7c7e302e16a24865f62067a0b289ee5e (d20.) :
    19 , 13

    O resto do pagamento tinha sido acertado em quanto? Vocês receberam 500 kons de adiantamento para o grupo todo, tinha sido combinado no sistema 1/2 antes, 1/2 depois? Bom, de qualquer forma, como a Kate não tá aqui, vão ter que conversar com o responsável da base.

    O centauro cumpriu a tarefa dele, já tirei das fichas o valor para paga-lo, ele vai então despedir do grupo, falando que foi bom o trabalho e caso tiverem outra oportunidade no futuro, ficará satisfeito em guiá-los novamente.

    O pessoal da base diz que chamará um representante de maior patente para falar com vocês, enquanto ele não chega, podem ir se explicando para os soldados mesmo. Os soldados ali são, na grande maioria, bem jovens, entre 18 e 25 que é quando fazem o serviço militar obrigatório. A maioria é homem, mas tem algumas mulheres também, pois em Fajr-Regno prestar exército é obrigatório para ambos sexos (só centauros e anjos são dispensados). Dá pra ver que alguns rapazes e moças ali não terão carreira longa como soldados.

    Numa primeira impressão, são todos humanos, mas pode ser que tenha algum híbrido misturado ali.

    Por enquanto é isto, enquanto esperam, descrevam se o personagem tem algum planejamento para os próximos passos além de entregar os camelos e pegar a grana. Lembrem que no começo vocês terão uma leve vantagem em interações sociais, como combinei antes, devido a sorte que tiveram no caminho, aproveitem isto para ver se tiram algum comentário útil sobre a cidade dos recos.
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    Mensagem por Saphira Odin Qua Dez 09, 2020 1:48 pm

    Fez como de costume apenas guardou seus livros tomou um pouco de água, ajeitou seu disfarce e no final permitiu ao Cusco ficar do seu lado. Assim que o grupo entregou a mercadoria nada falou a não ser onde encontra-la caso precisassem se reunir para discutir sobre algo importante, não que sua opinião valia de alguma coisa, nem precisava opinar em nada vendo que o grupo praticamente sabia se virar sozinho e isso era bom, pois sobrava mais tempo para ela focar em suas pesquisas. Apenas pegou seu equipamento e perguntou onde estavam os feridos, fazia aquilo não por caridade, mas fazia motivada pela curiosidade em saber qual era os efeitos da prana negra nos feridos e nos defuntos, queria saber como aquela energia estava influenciando as pessoas naquele lugar, mais especificamente os efeitos em seus corpos, sabia que mana negra demais causava um estrago ao organismo e estava ali uma oportunidade de avaliar isso nos feridos e mortos, já tinha operado aquela velha na estrada e a mesma a deixou muito curiosa sobre sua doença causada com ajuda da mana negra.

      Sendo assim apenas pediu educadamente de forma direta pra prestar seu auxilio aos feridos sem ser incomodada ou perturbada com perguntas idiotas, não queria se envolver ao que estava acontecendo no lugar, pessoas morrem e nascem todos os dias e isso é o natural, claro demônios e anjos provavelmente deixariam de existir quando morressem ao menos era isso que sabia em tese, não sabia se eram energia pura ou tinha alguma alma, no entanto pensar nisso era bem bizarro, falou ao soldado seja ele qual for qualquer assunto fora alguma questão envolvendo a mana que impregnava o lugar ela não daria conversa, quanto aos híbridos tentaria focar seus estudos neles, tinha planos para o futuro e a melhor forma de já começar é testar neles a mana negra de preferencia híbridos de demônios, entre eles procurava também usuários da prana da terra e do ar, dissecar seus corpos para estudos era o que mais a interessava além dos efeitos da mana negra em todos.

    OFF: seguir para onde está os feridos e mortos, estudar o efeito nocivo da mana no corpo deles, a principio saber quais os efeitos nocivos que foram causados pelo acumulo de tanta mana negra, se foi natural devido a exposição ao lugar ou lançado por magia tipo aquele veneno que está drogando as pessoas, vai ser útil para aprimorar minhas maldições e ataques, além da influencia nas pessoas.Ver se consigo dissecar algum hibrido de demônio ou usuário de prana da terra e ar se for um hibrido de demônio com prana do ar ou terra fica melhor ainda para disseca-lo. Assim vou saber o que fazer se algum dia gerar um hibrido.
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    Mensagem por Leomar Qua Dez 23, 2020 9:11 pm

    Um dos recos leva Mortalha para onde estavam os feridos sem perguntar muito. Talvez isto chame atenção de Ka ou Nadhull, pois mostra o despreparo que aqueles "soldados" tinham, afinal ela poderia ser uma inimiga disfarçada, mas eles só pensaram na linha do "se estamos precisando de ajuda, toda ajuda é bem vinda".

    A mana negra dificulta os processos naturais de cura, como cicatrização e imunologia, prolongando infecções e inflamações, e também processos cirúrgicos ou até mágicos, neutralizando efeitos de medicamentos e aumentando a resistência à magia de cura. Por isto nenhum exército era imortal mesmo se tivessem magos de cura poderosíssimos. Tudo isto Mortalha já sabia, e é o que mais via ali, o que a irritava um pouco, pois queria novidade.

    Para piorar os responsáveis ali estavam racionando em cuidados básicos, como usando o mínimo de anticépticos ou qualquer outro medicamento, o que fazia certo sentido num contexto de guerra onde todo recurso devia ser economizado, mas ao mesmo tempo não fazia sentido pois não economizava o recurso "vivo".

    Um dos efeitos da mana negra que Mortalha percebia era o embotamento, aquele grupo parecia derrotado antes de lutar. Claro que o ambiente geral não ajudava, mas a mana negra agia no corpo e mente deixando eles mas fracos.

    Mortalha começa mandar que limpem melhor as feridas, usem mais anticéptico e anti-inflamatórios que tinham, trocassem as bandagens com mais frequência e tudo o mais. Algumas pessoas ali ficavam com cara de "uai, quem é esta", mas por algum motivo todos começaram obedecê-la, provavelmente impressionados por aquela figura tão doce, com seu manto tão claro, certamente deveria ser uma pessoa muito boa...

    Eles usavam água abençoada com magia branca para limpar os feridos, até isto Mortalha se intromete, dizendo para que os magos aumentassem então a produção. Uma soldada rasa comenta timidamente que até a reserva de água pura estava racionada, Mortalha comenta:

    - Use então água salgada, dá pra abençoar do mesmo jeito, e o sal ainda pode ajudar limpar melhor as feridas, matando alguns germes!

    Mortalha não sabia de nada sobre mana branca e água abençoada, fala isto só no chute, mas é tão séria que acreditam nela.

    Como havia muita gente para remendar, e aquilo provavelmente atrapalharia seus verdadeiros interesses, ela esforça para ser o mais eficiente possível, o que significa nada de sutileza ou delicadeza. Um soldado tinha quebrado o dente numa luta e estava com dor? Era só arrancar com alicate, com uma puxada só, nem precisa anestesia. Alguém estava com os dedos gangrenados? Amputação e cauteriza rápido.

    Em poucos minutos a figura de Mortalha já estava sendo temida em toda ala destinada aos feridos, mas ao mesmo tempo também estava sendo admirada, pois sua perícia era fantástica. À boca pequena, quando alguém perguntava quem era a estranha, já tinha quem falasse que era a "Mortalha dos Deuses" devido sua rigidez, pensando que seu nome era na verdade um um apelido.

    Resolvido o problema dos vivos, ela podia se dedicar um pouco aos mortos. Os soldados acharam estranho seus pedidos para estudar alguns corpos, mas em Akaŝa tem tanta coisa estranha que a maioria prefere não dizer nada.

    Primeiro, analisar efeitos da mana nos corpos. Os cadáveres menos danificados acumulavam a mana negra nos intestinos, sofrendo um "envenenamento mágico" bem mais lento. Os com menos sorte acumulavam perto de chacras, cuja atividade energética é bem maior, em especial estômago, coração e cérebro. Não era fácil perceber os efeitos nos órgãos, pois era quase como querer enxergar pensamentos e memórias olhando um cérebro, mas Mortalha percebia que o sangue ficava mais escuro nos órgãos mais afetados, e com isto as vísceras em geral ficavam mais escuras quando a contaminação era maior. O estômago perdia a elasticidade, enquanto o coração perdia o vigor, nos casos mais severos ficava com aparência de um saco frouxo e inútil.

    Depois foi vez de pesquisar sobre a mana verde. Foi mais complicado encontrar cadáveres específicos, pois os maiores dominadores de terra eram do exército inimigo. Mas o exército de Fajr-Regno tinha conseguido alguns mercenários. Mortalha consegue um cadáver de um mercenário e outro mercenário ainda vivo que teria algum dom da magia da terra.

    mercenário para mortalha analisar:

    Novamente era quase impossível observar os efeitos apenas da mana no corpo, mas notava-se que os dominadores de terra tinham um esqueleto bem mais forte e musculatura bem melhor que a geral. Mas nada indicava o que Mortalha queria saber: eles eram mais fortes porque a mana favorecia seus músculos, ou eram melhores com mana verde porque treinavam mais e desenvolviam melhor sua musculatura?

    Ela pergunta se tinha algum cadáver feminino de alguém com dom verde, mas os soldados acham estranho, e dizem que é muito raro alguma maga mulher com o dom verde.

    Ka, que aparentemente despertou seu dom a apenas pouco tempo já tinha um corpo razoavelmente definido antes de despertar o dom, devido sua profissão de ferreiro, embora não fosse tão "interessante" quanto os mercenários, talvez por estes serem mais velhos. Comparado com alguns recos que estavam ali mais ou menos na mesma idade de Ka, este estava em muito melhor forma.

    Depois de ajudar os feridos e se divertir com os cadáveres, Mortalha aproveita também para entalhar um talismã (perícia de artífice) era sempre bom ter alguns prontos imbuídos de mana para não precisar fazer tudo do zero (como naquela vez que fez uma marionete com o batedor morto usando um símbolo previamente preparado, que acabou nem usando direito, mas pelo menos gastou pouco tempo). Mortalha pensa em fazer algo um pouco mais detalhado, para aproveitar a mana natural do lugar. Até pergunta a Ka se ele sabia quais melhores madeiras para isto.

    Ka ainda não tinha se especializado nas qualidades mágicas de materiais, mas o mais óbvio era ébano para magia negra. Mas ele sabia (talvez por curiosidade, sorte ou porque estava mesmo começando a pesquisar sobre) que apesar da cor característica do ébano, ela não era necessariamente a melhor madeira para trabalhar com magia negra, sendo que o freixo era às vezes mais fácil de trabalhar magicamente. O carvalho era mais difícil de trabalhar, mas a longo prazo conseguia acumular muito mais mana, e não só negra, mas aparentemente quase todas. Já cedro, cerejeira e ipê não seriam muito recomendados para Mortalha. Se ele quisesse chutar mais um pouco, poderia até dizer que ela pode usar mogno ou peroba.

    ****

    Enquanto Mortalha brincava de cortar cadáveres, um tenente aparece para ver o que estava acontecendo e qual era a do grupo de vocês.

    (off: em Ĵevurá, além de todas as patentes tradicionais (cabo, capitão, major) o exército ainda se submetia aos juízes. Em Heséd a hierarquia era bem menor, haviam apenas cinco patentes: 0 - soldado raso (reco); 1 - soldado (se conseguia mostrar o mínimo de competência depois de alistado); 2 - Sargento; 3 - Tenente-de-prata; 4 - Tenente-de-ouro (também chamado de tenente maior ou apenas tenente, que é o caso de quem vai falar com vocês e 5 - Coronel. Se alguém quiser procurar e colocar uma imagem de como seria este tenente fica a vontade)

    Previamente informado sobre suas apresentações, o tenente primeiramente confirma que não apareceu nenhuma amiga de vocês montada num semëk na manhã ou noite anterior, mas diz que vai deixar alguns soldados atentos. Coisas como uma mulher de outra cidade aparecendo montada num semëk não era algo que chegava a chamar muito atenção, mas coisas assim costumavam acabar sendo relatadas aos militares, portanto, se qualquer boatos aparecesse, ele avisaria.

    Agradece aos camelos, embora não tenha ainda se inteirado de quem foi o responsável da Corte dos Milagres por mandar tais suprimentos, mas se encarregaria de confirmar o trabalho de vocês e agradecer ao benfeitor que os mandou. Ele pergunta qual foi o acordo firmado e diz que buscará o mais rápido possível confirmar qual superior está responsável pelo negócio para cumprir a parte deles.

    Ele aproveita também para falar que, já que aproveitaram para matar um kodo no caminho, ele está disposto a pagar 4Ж por quilo de tudo que tiverem (dá um total de 1920 kons se aceitarem vender tudo, pois Ka preservou muito bem a carne). O preço oferecido é o básico para carne SEMI-fresca de algum animal doméstico, no caso de um kodo vocês poderiam obter um preço bem melhor no varejo (não o dobro pq não está totalmente fresca, mas quase) porém vendendo a varejo iam ter que vender uma quantidade a 6Ж, outra a 4Ж e quando chegasse nas carnes menos aproveitáveis iam ter que vender cada vez por menos. Alguns desesperados poderiam pagar até alguns ki-kons apenas nos ossos, mas provavelmente a ganância de vocês não chegaria a tal extremo (não é ilegal, mas pelo menos para os princípios das deusas isto deve ser imoral).

    O tenente acha bastante estranho Mortalha ter praticamente tomado frente de toda área dos feridos, mas conversando com os recos, vendo que aparentemente ela estava fazendo trabalho muito bom, ele resolve não interferir, e diz que, se as "ordens" dela estiverem sendo razoáveis, os ajudantes ali podiam continuar obedecendo ela.

    Ele até aproveita para perguntar sutilmente (num primeiro momento pelo menos) se vocês não estão interessados em se alistar no exército. (Ka já tinha os documentos, conseguidos honestamente ou talvez nem tanto, mas que garantiam que ele já serviu, Azriel está dispensada)

    Falando nisto, depois das conversas básicas ele demonstra estranhar uma anjo estar trabalhando junto com a Corte dos Milagres, diz estar satisfeito por ver esta excessão, mas curioso, e pergunta porque a anjo resolveu fazer parte do grupo (a princípio os outros ali ainda estão tratando os demônios como se humanos fossem).

    Vocês têm permissão para usar os alojamentos militares ali num primeiro momento, se precisassem descansar, tomar banho, cozinhar ou alguma coisa do tipo, enquanto eles iam confirmar quem era o responsável por finalizar o acordo. Se precisassem de alguma outra coisa do exército, podiam aproveitar o momento e a boa vontade inicial do Tenente.

    Concluído acertos básicos, Nadhull já prefere dar uma olhada na cidade onde morou antigamente, combinando de se juntar novamente com o grupo depois de um tempo para ver se alguém receberá notícias de Kate e para finalizar o acordo também.

    Enquanto vai procurar sua amiga herbanária, vai notando a cidade, as ruas em si não tinham mudado muita coisa, apenas pareciam mais tristes e carregadas que antes. Uma das coisas que repara (pois não tinha como não reparar) é que alguém cortou quase todas as macieiras típicas da cidade. Provavelmente alguém de Gaja, querendo tirar uma das fontes de alimento da cidade para deixar o inimigo mais fraco. (off: se quiser pode ilustrar como seria esta amiga sua).

    Caso Ka queira fazer algo parecido, ele também continua reconhecendo a maioria das ruas e lugares que conhecia antes, tendo a mesma sensação de que porém todo está mais degradado. Se quiser pode interagir com os militares também.
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    Mensagem por Saphira Odin Sex Dez 25, 2020 12:27 pm

    Não teve muito avanço em seus estudos, ao examinar o mercenário não pode evitar o fascínio em ver que seu corpo era quase perfeito, era muito raro encontrar aquele tipo de estrutura, ela tinha muita certeza sobre isso, pois já viu muito corpo despido em seu oficio, pensou se Ka poderia chegar aquela estrutura física devido a sua mana verde, ficava ainda mais curiosa sobre o efeito da mana da terra sobre o corpo, pois pelo visto ele reforçava o físico de seu usuário. Percebeu os pontos no qual podia acumular mais a energia das trevas no qual causa mais dano, no entanto ainda não havia compreendido como poderia usar das linhas do chacra para fluir sua mana no corpo do seu alvo, isso seria o básico para reanimar um corpo, tentar ligar os nervos básicos do cérebro do morto para "revive-lo" e fazer seguir suas ordens, mas poderia fazer um ser de sombra possuir um corpo quem sabe.

      Ao tenente indagou sobre as cidades e se ele teria um mapa para mostrar sua posição, mais tarde tentaria algo com a mana negra, mas tinha que saber se a mana banhava quase toda as cidades para fazer algum tipo de ligação sobre a mesma, seria possível algum tipo de teleporte pelas sombras, teria que ver isso mas para sua rara alegria o lugar emanava muita mana, sendo assim ela não teria muita dificuldade em realizar qualquer feito, mas tinha que entender ou criar uma base de como manifesta-la.

     Aproveitou a oportunidade das explicações do jovem em relação ao material para a confecção de amuletos, e pediu um favor ao Ka, queria examinar seu corpo, pois havia percebido algo similar entre os usuários de mana da terra, mas isso ficaria para mais tarde no momento ela apenas saiu para tomar um bom banho com cautela já que não queria se revelar, pois provavelmente daria muita dor de cabeça e deixou o Cusco de guarda para latir alertando sobre algum intruso, depois usou de sua magia para criar seu disfarce assim poderia lavar seu manto sujo de sangue, quando terminou com seus afazeres foi comer algo e mais tarde procurou pelo Ka, para examina-lo, pois mostrou-se uma excelente medica e o que estaria fazendo serviria para seus estudos apenas.



    OFF: Examinar o Ka, mais tarde é uma pena que não dá para abrir ele. Ver algum mapa, ver a ligação da mana negra sobre o território perguntar isso ao tenente,  tentar alguma magia de procura ou até mesmo pular de uma sombra a outra ali mesmo.
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    Mensagem por Pikapool Sex Jan 01, 2021 9:56 pm

    A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais!
    Mesmo sob os avisos de Enalæki, não havia muito o que eu poderia fazer. Também não quis questionar Mortalha sobre um possível emprestemo de seu manto. Simplesmente acreditei que se me mantivesse caminhando entre os demais, eu talvez pudesse passar despercebida.

    Por fim, realizamos nossa missão de entregar os suprimentos em Heséd e nosso companheiro de viagem também cumpria com seus deveres e agora nos deixava. Kate, no entanto, ainda não havia dado as caras na cidade. Mesmo tendo tomado a dianteira no deserto. Confesso que a principio isso gerou certa preocupação. Mas, sabia que ela era uma poderosa guerreira e que provavelmente já estivesse na cidade. Provavelmente em uma das poucas tavernas que ainda funcionavam por ali, tomando algo por diversão.

    Quanto questionada sobre estar a serviço da Corte dos Milagres apenas proferi:

    - Nosso contratante já lutou ao lado de Mestra Raĉoûhi e também se mostrou um tanto quanto devotado a ela. Isso fez com que eu aceitasse seu convite sem pestanejar. - Completo com um sorriso afável.

    Sem mais, apenas aproveito da hospitalidade para tomar um bom banho e então seguir para o alojamento descansar na esperança que isso fosse o suficiente para que minha mana branca mais uma vez voltasse a fluir normalmente em meu ser.
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    Mensagem por Leomar Sex Jan 01, 2021 10:24 pm

    Pikapool escreveu:- Nosso contratante já lutou ao lado de Mestra Raĉoŭhi e também se mostrou um tanto quanto devotado a ela. Isso fez com que eu aceitasse seu convite sem pestanejar.

    - Ma'Bah! A Santa Atemense? Mm, faz sentido! Os atemenses lutaram a nosso lado no passado. Infelizmente o templo atemense foi saqueado há mais de oitenta anos, e atacado há uns cinquenta anos. Deve ter sobrado apenas ruínas.
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    Mensagem por Christiano Keller Ter Jan 05, 2021 9:56 pm

    Ka,

           A chegada ao que sobrou da cidade de Heséd parece um tanto traumática para Ka. Não haviam mais macieiras, nem cidra, nem os clientes que usariam os serviços da forja para fazer alambiques de cidra. As ruas estavam muito diferentes de antes e deixar a cidade parece que foi uma boa opção para Ka. Ter ficado ali poderia ter sido ruim para seus negócios. Muitas pessoas ainda estavam ali, mas parece que eram os que não tinham para onde ir. Enquanto atravessa a cidade Ka observa locais que costumava frequentar ou ao menos perceber se existem.
           A padaria do velho Bigode ainda parecia funcionar, mas deve produzir comida mais limitada e talvez não tão saborosa. As portas estão encostadas, parte da vitrine está ocupada como uma barricada improvisada e a fumaça da chaminé não é abundante. Pelos passos que dão com os camelos na direção do acampamento era possível ver a rua suja, poucas pessoas por ali e os clientes que entravam ou saiam a todo momento agora não há nenhum. Por outro lado enquanto alguns choram outros vendem lenços e pensando assim há oportunidades escondidas para as pessoas certas na cidade.
           A casa de chá de Maru que Ka frequentava parece que vai bem. Há pessoas na porta, a rua está em melhores condições e parece que há até um segurança na porta. Ela vendia muitos chás e poções para tornar as pessoas saudáveis, por essa razão deve ser que se mantém funcional. Aquele lugar sempre teve um tipo de aura boa e positiva, talvez Maru soubesse de algo que poderia ajudar as pessoas da cidade de Heséd, talvez não.
           Ka então pensa em como poderiam fazer para ganhar uma guerra sem ter que lutar e isso era por desgaste ou atrito. Aquele que estivesse cansado, ou mesmo não tivesse condições de se erguer na hora da batalha perderia o combate. Ka então pensa em justamente o que via na cidade, não havia mais beleza no local, não haviam motivadores para as pessoas e tudo parece se confirmar ao ver os recrutas no acampamento. Jovens despreparados e incautos com pouca orientação sobre o momento de combate. Uma guerra é como um negócio, cada peça precisa fazer sua parte para tudo funcionar bem. Se o negócio não vai bem, então a guerra não vai bem. Por outro lado, Ka pensa em como poderia derrubar seus inimigos da mesma forma? Sem comida, sem água e poderia usar algo invisível, talvez magia, para desmotivar as forças a lutarem. Será que suas aulas de misticismo teriam alguma coisa sobre isso? Precisava lembrar ou perguntar para alguém.

           No acampamento a carne foi entregue e Ka tenta lembrar da insignia que seu contratante deu para Kate, até da história sobre o quadro que ele mencionou. Alguém certamente lembraria das pessoas do quadro. Ka ao menos imagina que não seria qualquer um que poderia se dar ao luxo de ter um quadro com alguém importante pintado. Se ninguém se opor, Ka venderá a carne para o tenente.
           - Tenente Jihl Nabaat, não é? Eu acho que já vi você antes, não tenho certeza. Tenho interesse em vender toda a carne para vocês, mas vou confirmar com meus colegas. Me parece que tem um grande número de recrutas verdes aqui. Será que eles precisam aprender a afiar suas armas? Ka lembra que eles também tinham uma missão para aprender mais sobre algo sinistro que acontecia em Heséd ou seus arredores, algo relacionado à mana negra. Será que há algo que podemos fazer para ajudar vocês? Talvez possa contar algumas coisas para nós. Notei que faltam macieiras, flores amarelas e provavelmente cidra. Ka imagina se alguém estava usando madeira de macieiras para fazer algo estranho. Era muito comum embebedar algumas pessoas para que tivessem coragem para partir para a guerra. a falta de cidra poderia afetar essa situação também.
    Tenente Jihl Nabaat?:

           Ka caminha pelo acampamento com a Tenente em busca de informações e talvez uma missão nova. Mortalha tinha seus trabalhos para fazer com os feridos e doentes, assim como Ka poderia ajudar com a parte de manutenção das armas para todos terem uma chance maior no combate. O ouro da venda da carne deveria ser dividido entre os participantes da empreitada. Ka então fica preocupado com Kate, mas eles se separaram e não havia como saber onde ela foi parar. Por outro lado Mortalha começa a explorar os corpos dos mortos que estavam na área. Ka havia despertado o dom verde a pouco mas não era seu forte. Talvez houvesse algo para fazer e Ka poderia descobrir.
           Ainda no acampamento Ka precisa fazer coisas para preencher seu dia. Enquanto pensa nas habilidades físicas ao fazer exercícios com a armadura e o peso extra de suas coisas, Ka pensa nos aprendizados místicos que obteve. Alguma coisa estava acontecendo ali na cidade, muitos sinais estavam claros de desdém e abandono. O muro quase tomado pela areia não servia como defesa, as macieiras, a cidra, as flores, a moral dos jovens, tudo leva a explicar que alguma coisa ou alguém drenava suas alegrias, sua vontade. Precisava descobrir como impedir isso se não a guerra estaria perdida.

           Ka procura Mortalha @Srta. Moon para falar com ela se ela sabia algo sobre a mana verde.
           - Então Mortalha, descobriu algo sobre o dom verde? Talvez tenha alguma informação para compartilhar comigo? Ka ainda estava meio desconfiado de Mortalha, ela cortava as pessoas com certa facilidade e Ka não queria ser cortado. Não acha que tem algo acontecendo com este local? Algo sinistro?
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    Mensagem por Saphira Odin Qua Jan 06, 2021 3:56 pm

        Estava centrada em seus afazeres, seu manto já estava limpo no mais ela retornou a usa-lo sabia muito bem que pessoal estava meio paranoico, como visto ela foi atacada de graça no deserto e sabia que com aquele pessoal o lema era “Ataque primeiro e pergunte depois”. Em seu alojamento ao sair encontrou ka, tinha planos obscuros em estuda-lo, mas estranhou como sempre sua aproximação e no fim vieram as perguntas, no qual ela respondeu o mais simples e preciso para ele entender.
        Um brilho sinistro no prateado de seus olhos era visto junto a um largo sorriso, pediu para examina-lo na sala ou tenda em separado na enfermaria, a seguindo ou não até o lugar ela o respondeu.
    -A mana negra esta em toda a cidade e além, os efeitos como pode ver são visíveis a qualquer um que se esforce um pouco para enxergar, diferente de usuários da mana seja ela qual cor for, somos mais sensitivos e por fim podemos ver e sentir algo de errado e de fato tem, a mana negra está afetando as pessoas como de costume o que é de sua natureza... Os efeitos que você vê em sua maioria são ampliados ou implantados pela mana negra, tristeza, doenças, a natureza morta e cinca sem vida e brilho do lugar é efeito direto desta fonte de mana negra, ainda não sei te dizer se isso é natural ou fonte de um item muito poderoso plantado nestas terras vai saber eu não tive tempo para ver isso...Seja como for a energia está maximizando o que tinha de ruim aqui na cidade, no caso doenças e possivelmente tirando a motivação dos soldados isso você que tire suas conclusões sobre os motivos do efeito na cidade e pelo andar da carruagem eles vão perder a guerra por desistência..
    Sorria do seu comentário para depois se recompor e encarar o Ka de cima para baixo parada a sua frente.
    -Quanto a sua mana eu dissequei alguns mortos e analisei poucos usuários vivos, percebi que a estrutura física de todos é bem definida, diria que definidas até demais, você pode se tornar um mago verde se desenvolver mais sua mana da terra poderá regenerar um membro perdido, seus ataques físicos são mais poderosos, mesmo que o fogo seja o mais fácil de manipular, em defesa física a mana da terra é mais poderosa, a mana do fogo é mais poderosa para ataque e defesa mental, o Ar para esquivas, em luta sua vantagem vem da mana da terra por motivos da mana te fornecer mais força se assim você desejar, não sei se tu reparou no teu corpo mais ele é um pouco mais definido e vai ficar ainda mais com o passar do tempo por você possuir a mana da Terra, em resumo digo isso para você o Ar é igual a cura e defesa, proteção contra as trevas, saúde, fortalecimento mental e espiritual, esquiva, velocidade, já a Terra é igual a cura para ossos, músculos, nervos, força, resistência física, ataques e defesas poderosas e Fogo igual a piromancia e dano, tem algumas vantagens mentais também e fisicamente aumenta a energia do corpo...
    Continuava o encarando
    -Pode combinar para ataques Terra mais fogo, em uma luta pode usar Ar mais Terra, usar o ar para se esquiva ou até mesmo desviar algo e no final você não é limitado igual a mim...
    Ela abria os braços um pouco decepcionada o cutucando na testa.
    -Você pode criar inúmeras combinações, basta treinar, tirar um tempo para criar algo ou estudar nas escolas que fazem usos destas combinações etc... Agora se não for pedir demais tire a roupa para uma inspeção, manifeste sua mana da terra, tenho que ver os efeitos dela em seu corpo, claro caso queira minha ajuda... o Cusco que esta aqui te observando não vai contar para ninguém sobre isso...
    Dava de ombros.
    -Bom você decide se quer ser examinado ou não, mas em todo caso me avise se vai querer ou não, pois tenho outros afazeres no qual seria criar algum ritual para “sugar a mana de alguma área e deixa-la livre de sua influencia quem sabe, estive pensando em uma sombra para procurar pela Kate, mas aquela mulher sabe se defender sozinha...




    OFFs nas considerações finais: O Ka poderia usar (manifestar a mana da terra) quero sentir o efeito da mana para ficar familiarizada e fazer um exame com anatomia para ver qual o efeito da energia no corpo dele, se eu conseguiria rouba-la para algum item, ou se ele ficar de frescura vou seguir meu rumo e ver se crio algo para anular uma pequena área da mana das trevas tipo criar um amuleto que roube aquela energia neutralizando uma área, mas isso é perigoso pq alguém poderia roubar o item energizado.
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    Mensagem por Christiano Keller Sex Jan 08, 2021 1:22 am

    Ka,

           Ka olhava para Mortalha e algo estava claro ali, ela sabia sobre a mana negra. Uma curiosidade é que parece que há maldade nela, o brilho sinistro no prateado de seus olhos era visto junto a um largo sorriso. Aquilo não era um bom sinal. Porém Ka deseja saber mais sobre os detalhes da mana negra que afetam o local. Aquela informação poderia ser útil para alguém, talvez os soldados não tivessem dados sobre o que estava acontecendo? Improvável.
           - Vamos ao básico, eles sabem que isso está acontecendo. Que essa mana está sendo usada para atacar aqui. Você conseguiria localizar a fonte disso? Eu imagino que isso não é natural e alguém está fazendo alguma coisa para concentrar mana negra aqui. Se conseguir medir a quantidade de mana em três pontos da cidade, talvez a gente consiga determinar uma direção de onde a coisa vem e ir lá perto investigar. O que acha? Ka estava ali falando, ouvindo, ouvindo mais do que falando. Mas ainda assim esperto com Mortalha.

           Preocupado em não morrer ali naquele quarto como espécime de Mortalha, Ka fica um pouco chocado com o pedido para tirar a roupa.
           - Tirar a roupa? Tudo? Ka fica meio preocupado com aquilo. Você sabe que está habituada a lidar com defuntos e eu estou vivo. Quero saber o que vai fazer antes de fazer, certo? Nada de tentar usar magia em mim. Porém vou tentar usar magia verde para fortalecer meu corpo. Posso até fazer umas flexões antes e outras depois para tentar ver se há alguma diferença, parece uma boa ideia? Ka começa a retirar a sua roupa. Sua cueca branca ainda não era a última da muda que trouxe, mas precisa pensar em lavar roupas novamente. Ainda de cueca, Ka para e confirma com Mortalha se deveria tirar tudo. Se pedir, ele vai tirar. Se Mortalha tentar usar magia em Ka, vai rolar um tapa na mão boba.

           Porém Ka pensa em como poderia falar com a Tenente sobre o que descobriu ou como poderia ajudar ao exército a obter mais informações sobre o que estava acontecendo.
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    Mensagem por Saphira Odin Sex Jan 08, 2021 9:46 am

    Levantava as duas mãos sorrindo da pergunta de Ka,
    -Tirar a roupa é tirar a roupa menos a peça intima, no seu caso a cueca, você nunca foi ao medico consultar?... Esquece provavelmente nunca foi devido a sua mana, agora manifeste a mana quero ver o efeito da mesma pelo chacra, quero ter uma noção básica sobre seu funcionamento, de duas formas, 1° concentre-se em usa-la para enrijecer seu músculo do braço esquerdo vou acerta-lo com um tapa, o 2° manifeste em seu punho e tente socar a mesa do teu lado, depois me diga o que sentiu ao defender e atacar, já que não usa de sua mana verde para fazer isso, veja bem é uma simples manifestação de energia nada que demande muito esforço...
    Prestava atenção ao que Ka estava fazendo, anotava tudo o que ele falava, não o tocou pelo visto ele parecia meio desconfortável com a situação e isso a incomodava, na verdade atrapalhava seus estudos, mas não comentou. Quanto ao que fazer sobre o terreno isso não era problema dela e no fim o respondeu de forma tranquila como sempre.
    -Não me confunda com uma boa samaritana, eu não ligo para este lugar, provavelmente já sabem e não fazem nada devido a falta de um usuário de mana negra quem sabe? Mas vou procurar pela fonte ou motivo da mana negra por simples curiosidade, não comente com a sua tenente sobre onde conseguiu a informação que te dei, eu não quero me envolver muito a não ser que paguem e quando digo paguem é pagar muito bem, além de uma doação de um espaço (terreno) com alguma construção para eu criar meu laboratório quem sabe... Você ainda tem sorte sua mana verde é também lhe fornece uma grande resistência a doenças, no caso digo que você poderia ficar mais alguns dias na cidade e não ser muito afetado como as pessoas nas ruas, os demais podem começar a sentir o efeito do lugar, na estrada eu curei uma senhora de uma doença e vi que a causa da mesma foi a exposição prolongada em terreno com mana negra...Você pensa rápido e sabe o que vai acontecer nesta cidade condenada...Mas pode ser também um efeito natural então se for relatar isso, não foque dizendo que é a verdade apenas dê as possibilidades ao seu comandante...Como falei pode fazer o que quiser, está por sua conta, só não diga que foi eu que te contei sobre tudo isso, eu vou continuar com minhas pesquisas é só isso que importa...

    Assim que terminou com a coleta de informações sobre a mana, pediu ao humano para ele por sua roupa, e ela seguiu seu caminho, voltaria a uma sala qualquer mais afastada de todos, para colocar seus pensamentos em dia e começar a procurar a fonte da mana negra naquela cidade.


    OFF: Usar Misticismo, para ver o efeito da mana no corpo do Ka, quero tentar encontrar um ponto fraco no chacra, tipo (exemplo: um ponto especifico na manifestação se mostra mais vulnerável , o tendão de Aquiles dele), mais tarde concentrar-se (Misticismo) para tentar sentir a fonte da mana se é que tem alguma, tem que ter um ponto central onde ela se manifesta quem sabe? me indica a posição que se der vou ir até lá dá fé.
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