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    Capítulo 1 - O Preço da Vida

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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Dom Ago 28, 2022 12:12 am

    Capítulo 1 - O Preço da Vida Nichol10

    – E então? – diz ele, ainda apontando o fuzil. – Como uma mocinha bonita como você conseguiu ficar viva até agora? E o mais importante: Como ficou sabendo sobre o ponto de extração? Você eliminou o idiota do War hound?

    Ele não parecia exatamente preocupado em resgatar ela ou quem quer que fosse. O sujeito era hostil, meio debochado nas palavras. Talvez uma palavra errada seria desculpa mais do que o suficiente para ele “apagá-la”, ou talvez ele estivesse sendo apenas cauteloso demais – o que não seria improvável, afinal Raccon City era um filme de terror que virou realidade.

    – Acho melhor começar a falar, devotchka.
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    Mensagem por Pikapool Seg Ago 29, 2022 11:05 pm



       
       


           

           
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    Apesar de todo caos e terror, cheguei até Raccoon Hall. O mais incrível era a calmaria que se abatia sobre o lugar. Apesar do numero assustador de cápsulas que tomavam o local.



    No entanto, questionava-me sobre a mensagem. Não eram só os zumbis que não que não perambulavam por ali. Talvez os membros do UBCS só viessem a aparecer por aqui perto da hora de chegada do helicóptero.



    Ponderava diante o busto do prefeito se deveria me esconder por ali ou se deveria seguir com minha missão de fazer o backup dos dados de pesquisa lá do trabalho quando um vociferar fez meu coração acelerar.



    - E-eu estou mais para Scared Kitten... Não atire... - Levantei as mãos dando alguns passos para trás até sentir minhas costas tocarem o busto do prefeito. - E-eu encontrei tudo no estacionamento da universidade. Não fiz nada ao seu amigo, ele já estava morto quando cheguei ao estacionamento. Também foi lá onde ouvi um tal de Silver Fox dizer pelo rádio sobre o ponto de extração. - Sentia minha respiração pesada diante da mira daquele homem. - Só peguei a arma para tentar me defender do que matou seu amigo. Pelos ferimentos, eu diria que não foi nenhum desses zumbis. Já sobre estar viva... - Dou de ombros. Afinal, não me recordava nem ao menos como havia chego ao meu quarto na universidade. - ... acho que tive sorte, até agora. - Completei engolindo a seco.



    Sem muito o que pudesse fazer, principalmente por que não só não tinha a pericia que aquele soldado deveria ter, como também estava a tremer assustada, aguardei que ele apenas abaixasse a arma. Mesmo que fosse para me enxotar dali e deixar-me a própria sorte.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Ter Ago 30, 2022 11:03 pm

    – E-eu estou mais para Scared Kitten... Não atire...

    A atitude de Myah não pareceu convencer muito o soldado diante dela. Ele permanecia com seu olhar frio, apontando seu fuzil de assalto calibre 5.56x45mm, sem remover o dedo do gatilho.

    – E-eu encontrei tudo no estacionamento da universidade. Não fiz nada ao seu amigo, ele já estava morto quando cheguei ao estacionamento. Também foi lá onde ouvi um tal de Silver Fox dizer pelo rádio sobre o ponto de extração.

    – Ah, eu acredito em você – falou, finalmente relaxando e baixando o fuzil, mas ainda mantendo-o de uma forma fácil de mirar e disparar com facilidade. – War hound sempre foi incompetente. Ele até que durou muito em uma situação dessas.

    O homem definitivamente não parecia preocupado com a morte do colega nem de ninguém. Não agia como um tipo que estava lá para evacuar civis.

    – Só peguei a arma para tentar me defender do que matou seu amigo. Pelos ferimentos, eu diria que não foi nenhum desses zumbis. Já sobre estar viva... acho que tive sorte, até agora.

    Ele começou a andar de um lado para o outro, claramente pensativo.

    – É verdade… Existe um ponto de extração, mas não para os civis. Um helicóptero irá me pegar na velha torre do relógio, se tudo ocorrer conforme o planejado.

    Agora é oficial. Ele está cagando para todo mundo.

    – Eu iria acabar com o idiota, mas parece que esse trabalho me foi polpado. Agora há um lugar a mais no helicóptero, mas infelizmente parece que você não tem nada para barganhar, ou estou errado?

    Ele para, encarando Myah com seu olhar frio, típico de um matador calculista.

    – Qual seu nome, afinal? – ele aponta a arma de novo. – Eu não acredito que sorte faça alguém como você durar tanto aqui. Talvez você seja mais esperta do que parece, ou… tem alguém cobrindo suas costas…

    Myah poderia falar sobre sua missão. Certamente seria algo de valor para barganhar. A pergunta é: ela deveria? Parece que, de um jeito ou de outro, os dados da Umbrella vão acabar caindo na mão de alguém, mas qual dos dois seria a melhor aposta?
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    Mensagem por Pikapool Qua Ago 31, 2022 8:51 pm



       
       


           

           
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    A brincadeira de dar-me um codinome não surtiu o menor efeito sob o homem que mantinha seu fuzil apontado para mim. Contudo, acabou por abaixar a arma ao termino de meu relato sobre War Hound. Suspirei aliviada abaixando as mãos.Porém, diante de sua frieza ao falar do próprio percebi que era cedo demais para tal ato.



    Infelizmente o homem estava certo. Em nenhum momento havia sido citado no rádio que o ponto de extração era destinado aos civis. Infelizmente, fui uma tola descuidada e acabei por cair na boca do lobo.



    Ele também não se mostrava muito esperto. Acabara de falar que ia dar um fim no próprio parceiro e questionava-me sobre barganhar minha saída dali. Que garantia eu tinha de oferecer-lhe algo e em troca acabar recebendo o destino de War Hound?



    Meu breve silencio acabou por me por diante de sua arma mais uma vez.



    - M-Myah! - Disse levantando os braços mais uma vez. - Eu juro pela minha vida. Eu acordei a pouco tempo no dormitório da faculdade e nem ao menos sei como cheguei lá. Deixei o meu quarto em busca de um veiculo que ainda funcionasse e ouvi a mensagem no rádio. - Senti minhas pernas fraquejarem pelo fato de não acreditar que aquele homem simplesmente me deixaria ir e que em caso de tentativa de fuga ele acabaria errando um único disparo. - Isso resumi minha vinda para o Hall. - Com os olhos começando a lacrimejar e com a voz embargada prossegui. - Peço desculpas por vir até aqui. Só peço que me deixe ir embora. Juro que não voltará a me ver. Por favor, senhor... Silver... Fox? - Completei confusa.



    Precisava de um momento de distração para correr dali. Mas não acreditava que minha sorte era tão grande assim. Onde estavam aqueles soldados da USS quando eu precisava deles. Só me restava torcer para aquele homem me julgar como insignificante e me deixar ir ou esperar que ele abaixasse a guarda e correr desesperadamente dali.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Qui Set 01, 2022 2:42 am

    – M-Myah! Eu juro pela minha vida. Eu acordei a pouco tempo no dormitório da faculdade e nem ao menos sei como cheguei lá. Deixei o meu quarto em busca de um veiculo que ainda funcionasse e ouvi a mensagem no rádio. Isso resume minha vinda para o Hall. Peço desculpas por vir até aqui. Só peço que me deixe ir embora. Juro que não voltará a me ver. Por favor, senhor... Silver... Fox?

    O homem diante dela fez uma cara de espanto por um breve momento, e então ele abriu um sorriso vacilante, aparentemente incrédulo.

    – Myah? Myah Vance?

    Seu sorriso agora é maldoso; algo predatório.

    – Ah, sim! Eu me lembro desse nome. Lembro muito bem! Minha intuição estava correta, no final das contas. Você não é uma garotinha bobinha. Não mesmo. Se assim fosse, os idiotas da USS não iriam se incomodar em destacar uma unidade inteira só para capturar você.

    O homem começa a caminhar na direção dela, agora sem se preocupar em apontar o fuzil diretamente.

    – Você deve ser de fato muito habilidosa como sabotadora por ter destruído os outros protótipos da arma Nêmesis com tanta facilidade.

    Essas palavras chocaram Myah. Agora ela sabia o que a aquela filha da puta tinha arquitetado para foder com ela, e a coisa toda era pior do que ela imaginava.

    – Sua cabeça está a prêmio, pequenina. Se os idiotas da USS querem tanto você, certamente eu terei um grande poder de barganha sobre eles se eu levar você comigo.

    O coração de Myah acelerou. O tal Silver Fox avançava, decidido a capturá-la. Sua mente alternava entre gritar, correr ou tentar sacar sua arma e atirar nele, mesmo sabendo que todas as alternativas seriam estúpidas – principalmente a última. Suas costas doíam de tanto que ela as pressionava contra o busto. Sua cabeça dizia “Fodeu”.

    Ela escutou um “pling!”, e viu o homem desviar o olhar para o chão. Uma granada aos pés dela, entre ela e Silver Fox. Ela teve tempo o suficiente de ver que era uma granada, mas não teve tempo o suficiente de ver que tipo de granada era, tampouco teve tempo de reagir de alguma forma.

    BOOM!

    Um clarão branco. Olhos queimando. Ouvidos apitando. A cabeça começou a doer, as pernas fraquejaram. Ao menos ela sabia que não estava morta.

    Flashbang…

    – Filha da puta! – escutou o homem gritar, e som de disparos de fuzil bem próximos. – É um dos seus amigos, sabotadora?! Vou pegar os dois!

    Os disparos aconteciam, mas ela não sentiu nada. Silver Fox estava tão cego quanto ela. Myah sentiu braços sobre ela. Mãos macias demais para ser daquele homem – além disso, ele estava com luvas. Alguém tirava Myah daquele lugar, jogava ela dentro do carro novamente – desta vez do lado do passageiro – e tomava o lugar do motorista. Ainda cega, Myah podia ouvir o carro sendo ligado, dando uma arrancada e o som dos disparos ficando distante, assim com os xingamentos de Silver Fox.

    . . . . . . . . .

    – Você foi irresponsável, Myah – uma voz de mulher, muito sedutora. – Ele disse para não confiar em ninguém, ainda mais naquele lá. É uma verdadeira escória.

    A visão de Myah começou a voltar. Aos poucos ela começou a se tornar nítida, e quando finalmente estava clara mais uma vez, ela viu uma bela mulher com traços orientais dirigindo o carro. Ela tinha um coldre com uma pistola 9mm, mas de um modelo diferente do de Myah.

    Capítulo 1 - O Preço da Vida E9a4a8a0d11029c511e5ec3dc5c6c7dd9888d65dr1-815-815v2_00

    – Está tudo bem, agora. Meu nome é Ada. Ada Wong. Ele pediu para dar uma olhada em você. Ver como você estava indo.

    OFF:

    . . . . . . . . .

    Ada estaciona ao lado do trabalho de Myah.

    – Tome mais cuidado, sim? Não vou poder ficar com você o tempo todo. Preciso ir agora, na verdade. Tenho algo a fazer na delegacia. Bem, aparentemente você está bem. Tem tudo o que precisa. Um carro, armamento, munição e não está ferida, tampouco infectada.

    Ela sai do carro, deixando a chave para Myah.

    – Myah, entenda: sei que está confusa e assustada, mas garanto que ele é a sua única chance. Fique firme ao plano inicial, e prometo que ele vai te tirar desse inferno. Até depois e boa sorte.

    Ada Wong se vai, correndo pela rua e desaparecendo na esquina seguinte. Myah encara o local de trabalho. Ela sabe o que tem que fazer.

    OFF:
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    Mensagem por Pikapool Sáb Set 03, 2022 3:58 pm



       
       


           

           
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    Um mal pressentimento veio a mim assim que notei a surpresa do homem ao ouvir meu nome. E tudo rapidamente se confirmou. Ele já havia ouvido sobre mim e também pelo suposto crime que eu havia cometido.



    Se saísse viva daquela situação e por destino reencontrasse Megan, zumbi ou não, certamente eu iria botar uma bala entre seus olhos. Vadia desgraçada.



    Infelizmente meu algoz se aproximava pronto para me tomar como moeda de troca. Pelo menos, sabia que ele não iria me matar. Pelo menos, não por hora.



    Levei os braços a frente do rosto numa tentativa falha de me proteger dele quando um curto som metálico me fez olhar para baixo.



    - Uma granad... - Foi tudo que consegui murmurar antes do clarão.



    A principio, pensei que era coisa daquele maluco. Mas, seus gritos raivosos me fizeram crer que havia mais gente por ali. Possivelmente a USS havia me alcançado. Não havia nada ruim o suficiente que não poderia piorar. Aturdida, tateei o busto para contorná-lo e me proteger dos disparos.



    Não demorou para que eu fosse conduzida dali até um veiculo. O silencio só me deixava ainda mais apreensiva. Escapar da USS seria um problema ainda maior para quem nem ao menos ofereceu resistência ao maluco russo.






    - Quem é você? - Disse ao ouvir aquela voz feminina. - Como sabe quem eu sou? - Esfregava os olhos tentando recobrar a visão. - Eu ouvi sobre o ponto de extração no rádio e imaginei que era o resgate. Não imaginei que encontraria aquele maníaco. Eu não sei o que vocês acreditam que eu fiz. Mas, eu não fiz. Não sabotei projeto nenhum. Só quero ir para casa. - Conclui aflita.



    Quando minha visão voltou e finalmente eu puder dar uma boa olhada naquela mulher. Ela não parecia carregar nenhum distintivo que a relacionasse com aqueles mercenários. Mas algo nela me causava algum estranhamento.



    - Então, Ada. Quem é ele e qual o propósito de vocês quererem todos aqueles dados? - Questionei.






    Por fim, Ada parou diante do laboratório da Umbrella.



    Apenas assenti com a cabeça as palavras de Ada, peguei a chave sem muito o que fazer senão cumprir com minha missão de fazer o  backup de todos os dados da pesquisa.



    - Te desejo o mesmo, Ada. - Respondi.



    Mais uma vez estava sozinha e considerando que se os dados da pesquisa estavam aqui. Então, os experimentos também deveriam estar. A calma fachada do laboratório já não parecia tão calma diante meus pensamentos. Quem poderia imaginar o que estava lá dentro perambulando pelos corredores...



    Peguei a glock da bolsa e respirei profundamente antes de sair do carro. Encarei o laboratório e caminhei em direção ao hall de entrada como sempre fazia quando vinha trabalhar. Por um momento pensei se essa era uma boa ideia, mas contornar o prédio pelo escuro para usar uma das outras entrada não era viável para mim. Apesar que o perigo rondava tanto dentre como fora do laboratório.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Qua Set 07, 2022 3:01 am

    OFF:

    Myah repassava em sua mente tudo o que eu seu contato misterioso havia dito. Ela tinha que ir até uma estação secreta, recuperar dados de backup de projetos secretos da Umbrella e contatar o homem misterioso para tirá-la de lá, mas o primeiro passo era ir até seu local de trabalho, recuperar as credencias de acesso de Megan e avisar o homem, seja pelo e-mail ou pelo celular, do progresso.
    Myah conhecia o lugar e sabia exatamente onde Megan ficava e qual era a mesa dela. Isso não seria problema – o problema era, obviamente, algum monstro maldito atacá-la.

    A porta principal estava aberta e, surpreendentemente, estava intacta. Não havia força no prédio, então ela teve empurrar a porta para o lado, já que o sensor de movimento não funcionava.

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    O corredor da entrada estava impecável, limpo. Nenhum sinal de combate, massacre ou nada do tipo. Ela percebe uma claridade fraca e azulada, e percebe que está vindo do computador da recepção. Tela de login esperando usuário e senha… Ao menos os computadores estão funcionando com energia auxiliar, e isso vai facilitar bastante.

    Myah então avançou e acessou o hall principal.

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    O hall parecia também intocado, deserto. Myah teria de subir a escadaria para o segundo andar para chegar nas salas privadas dos funcionários. No andar de baixo, havia uma sala de emergências à esquerda e, à direita, um refeitório e uma sala de recreação. Myah pensava em Megan agora. Ela poderia estar em qualquer lugar ali, viva ou morta – ou poderia não estar, mas topar com ela certamente seria um problema.


    Myah ouve um barulho muito alto e estranho. Ela não sabe dizer exatamente de que direção, mas escuta um som semelhante a algo desmoronando. O local em que ela se encontra ainda está intacto, mas o som certamente é preocupante. Qual será o próximo curso de ação dela?
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Pikapool Qua Set 07, 2022 2:22 pm



       
       


           

           
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    Não haver nenhum sinal de avaria no prédio já era algo bom. Apesar dessas coisas possivelmente terem saído daqui. O estado do local não dava a entender que havia algum deles por aqui. Se tivesse alguém do outro lado do balcão da recepção, eu diria facilmente que era apenas um dia normal por aqui.



    No hall, encarei a escadaria. Embora toda aquela calmaria, eu não pude deixar de me sentir desconfortável. Parecia um daqueles filmes de terror em que a vitima caminha apreensiva por um local deserto e de repente e do nada atrás dela aparece um maluco mascarado segurando um facão...



    Após tais pensamentos infundados, segui rapidamente pela escada. Era mais fácil ir até a mesa de Megan, torcer para encontrar suas credencias de acesso e mandar uma mensagem para o desconhecido, do que ficar imaginando coisas irreais.



    Bem, não pareceram tão irreais ao ouvir aquele estrondo. Parecia que alguma parede vinha a baixo. O problema era imaginar que tipo de criatura tinha força para tal ato. Mais uma vez vinha o desconhecido em minha mente considerando que talvez fossem os tais MAs-121.



    Peguei a mochila e guardei a Glock e pegando a Magnum em seu lugar. Mesmo considerando as dificuldades que teria com ela, um único disparo dela poderia ser mais efetivo que da Glock.



    Sem mais delongas, subi as escadas cautelosamente para evitar ser vista por qualquer coisa que estivesse por ali. Seria um desafio até a mesa de Megan.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Qua Set 07, 2022 4:34 pm

    Myah subia cautelosamente os degraus até o andar superior, carregada de tensão. Tentando controlar os seus sentimentos e o tremor das mãos, ela testa a maçaneta da porta transparente de vidro.

    Aberta…

    Capítulo 1 - O Preço da Vida Lab310

    Ela se encontrava no hall de verificação. Era o último passo até a sala dos funcionários. Não haveria nenhum segurança para verificar credenciais, é claro – até porque a guarita estava com o vidro quebrado, havia sangue na parede e Myah podia ver alguém caído lá dentro. Tinha o uniforme típico de um vigia – azul escuro –, mas não era como os outros mortos. Ele era maior, vermelho como um pimentão gigante e seus olhos estavam abertos, totalmente brancos. Outro detalhe que perturbava Myah eram seus dentes e suas unhas. Eram muito grandes. A palavra “mutação” vêm à mente dela quase que na mesma hora.

    A porta seguinte estava trancada. Um leitor de cartão no lugar de uma fechadura comum, com uma luzinha verde brilhando, indicando que estava pronta para receber algum input.

    “Obviamente o cartão está dentro da guarita.”

    É… estava mesmo. Ela entrou da forma mais silenciosa possível, tentando ficar o mais longe possível do corpo pimentão. Por sorte o cartão estava sobre a mesa, e não no bolso dele. Nesse instante Myah percebe que um monitor está ligado, mostrando em tempo real as filmagens da câmeras de segurança. Não há som, mas a imagem é boa. Uma das câmeras mostra o andar de baixo em que ela estava a pouco, e então alguém aparece correndo, vindo da área de recreação.

    “Ei! Eu conheço esse cara!”

    Era jovem e usava jaleco. Sim… O traço era inconfundível. Era Brandon, um de seus colegas. Ele tinha uma pistola na mão direita, e então ela pôde ver do que ele corria, e perdeu o ar.

    Capítulo 1 - O Preço da Vida Mrx10

    Não tinha a mínima chance daquilo ser humano. As mãos dele conseguiam cobrir totalmente a cabeça de um homem adulto, e se não tinha três metros, estava bem perto disso. Aquilo encurralou Brandon, que entrou em desespero. Ele disparou quatro vezes no rosto daquela coisa, mas aparentemente ela não sentiu nada.

    “Que… porra… é… essa…”

    Um soco. Bastou um soco para Brandon voar para longe, bater contra a parede e não se mexer mais. A câmera não permitia tantos detalhes, mas Myah tinha certeza de que ele tinha estourado a parte de trás da cabeça no impacto. E o pior de tudo é que a coisa se aproximou da escada, olhando de forma auspiciosa para todos os lados, como se estivesse farejando alguém…

    “Eu”.

    Achou melhor não perder mais tempo. Ela usou o cartão magnético, entrou na sala de funcionários, esperando até ouvir o barulho da porta lacrando novamente antes de prosseguir.

    Havia um ou dos corpos no lugar, mas ela não podia se preocupar com isso. Não tinha muito tempo. A sala de Megan estava próxima, mas…

    “Porra! Trancada!”

    A fechadura não era complicada. Um tiro da magnum poderia muito bem arrombar com a fechadura, mas isso faria um barulho e tanto, mas ou era isso, ou ela teria de procurar a chave, torcendo para que estivesse por lá. Talvez ela tenha uma outra ideia?
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Pikapool Qui Set 08, 2022 9:53 pm



       
       


           

           
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    A sorte parecia estar ao meu lado. Pelo menos, até deparar-me com o vidro quebrado da guarita e o sangue na parede. Respirei profundamente tentando me acalmar. Mas, era evidente que a cada segundo aqui só aumentavam minhas chances de dar de frente com uma daquelas criaturas.



    Ao olha dentro da guarita e ver aquele "guarda" vermelho de olhos abertos, me fez abaixar-me rapidamente colocando as costas contra a parede e tapando minha boca com uma das mãos. Eu tinha a certeza que ele havia me visto e não demoraria para surgir bem acima de mim. Segurei a Magnum e fiquei preparada para o pior.



    Após longos instante esperando algo acontecer, eu levantei-me e mais uma vez olhei guarita a dentro. Talvez aquela mutação não tivesse um tempo muito longo de vida. Embora, parecesse mais assustadora e letal que os zumbis "normais" que andavam pela cidade.



    Felizmente a porta adiante estava funcionando. Infelizmente, o cartão de acesso deveria estar com o guarda. Um pensamento que me fazia ter arrepios. E se eu tocasse nele e ele voltasse a vida. Se é que estava realmente morto. Pelos céus, se sobrevivesse a tudo isso, minhas idas ao terapeuta iram render-lhe uma pequena fortuna.



    Pé por pé, adentrei a guarita e para minha sorte, o cartão de acesso estava sobre a mesa. Algo que me trouxe extremo alivio. Fiquei o mais distante que pude do vermelho até conseguir por as mãos no cartão.



    Estava pronta para seguir adiante, quando algo nos monitores chamou minha atenção. Brandon?! Ele ainda estava vivo e poderia... O que diabos era aquilo? Se o guarda da guarita já parecia perigoso. Imagina aquele ser que nem ao menos sentia os tiros na própria cabeça.



    Depois de fazer Brandon voar alguns metros e possivelmente cessar sua vida com um único soco. Aquela criatura parava diante da escada como se ele tivesse noção de que eu estava por aqui. Sem titubear, eu corri até a próxima sala. No entanto, não acreditava que aquela porta conseguisse parar aquele ser por muito tempo. Mas, pelo menos serviria de alerta caso ele viesse atrás de mim.



    Segui para sala de Megan e... Inferno, porque trancar a porra da porta. Será que nada poderia facilitar um pouco ali?



    Certamente o zelador teria uma copia da chave da porta de Megan. Mas, essa não era uma opção. Olhei a minha volta a procura de algo que pudesse adentrar o vão da porta e assim servir de alavanca para força-la. Embora, eu não fosse nenhuma Mulher Maravilha. Também olhei para cima procurando algum tipo de entrada de ventilação. Pequenina como eu, poderia ser uma solução interessante. E dentro dos dutos certamente não teriam monstros de três metros de altura sedentos por sangue de uma jovem amedrontada e inocente como eu.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Ter Set 13, 2022 6:21 pm

    Myah começa a buscar uma alternativa para entrar na sala de Megan. Ela não deseja explodir a fechadura com a magnum, tampouco arriscar sair atrás de alguém que possa ter uma cópia. A ideia de um duto de ventilação lhe veio à mente, então ela começa a buscar um desesperadamente, pensando em tirar vantagem do seu tamanho e peso.

    Ela encontra!

    Havia um duto de ar “escondido” atrás de uma máquina de refrigerante, com uns dois dedos de distância entre a máquina e a entrada. Myah demorou um pouco arrastando aquele trambolho – apenas o suficiente para se enfiar na abertura do duto. O local era bem apertado, um tanto claustrofóbico, mas felizmente possuía uma curva à direita que dava acesso à sala de Megan.

    Capítulo 1 - O Preço da Vida Uc_level_redqueen_chamber_beta_screenshot_1

    Um set de computadores sobre uma mesa adiante, armários em ambos os lados, assim como outra mesinha à direita. Não havia sinal de nada que pudesse ser considerado como credencial. Myah verifica os computadores. A mesma coisa dos demais. Hibernação. Tela travada exigindo login e senha para destravar. Myah já imaginava que teria de invadir a máquina. Já analisava o ambiente, procurando objetos que dariam possíveis pistas para uma combinação válida de login e senha, mas então ela ouviu um barulho. Uma espécie de “tum!” vindo do lado de fora, mas ainda bem próximo. Instintivamente Myah se joga atrás da mesa, aguardando.

    Barulho de um chaveiro balançando freneticamente. Chave na fechadura. Porta aberta com violência. Myah paralisou.

    Capítulo 1 - O Preço da Vida 376766

    A vadia. Megan Williams estava na sala.

    Seu ombro sangrava. O jaleco estava sujo com sangue fresco. Ela fechou a porta, sentou no chão, apoiando as costas na porta e tirou do jaleco um tipo de pistola de pressão com uma agulha. Myah pode ver que há uma espécie de líquido azul carregado no tubo.

    Capítulo 1 - O Preço da Vida Il_1140xN.3717507543_qhn3

    Assim que ela se injeta, parece se sentir melhor. A respiração deixa de ficar ofegante e volta ao normal. Ainda assim, ela está visivelmente agitada. Ela digita rapidamente um login e senha, e o computador está desbloqueado. Ela continua a digitar rápido. Tudo indica que ela está desesperada para apagar alguma coisa. Ela não vê Myah.

    Esse é o melhor momento…
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    Mensagem por Pikapool Qui Set 15, 2022 9:27 pm



       
       


           

           
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    Depois de algum esforço, eu finalmente rastejava pelos dutos apertados do sistema de ventilação do laboratório. Me sentia uma versão feminina de John McClane. Claro que o laboratório estava longe de ser um Nakatomi Plaza, mas os zumbis eram tão perigosos quanto um grupo terrorista liderados por Hans Gruber. Quanto me vieram os zumbis a mente, eu só torci para nenhum deles ser do tipo Alien.



    Para minha sorte, cheguei à sala de Megan sem nenhuma surpresa. Bem, até eu ver que para acessar os computadores seria necessário descobrir o login e a senha de Megan. Pelos céus, será que eu não tinha um minuto de paz. Sinceramente, analisar toda situação e a probabilidade de eu sair com vida de Raccoon City era desanimador. Talvez fosse m...



    Um barulho chamou minha atenção e com medo daquela coisa que deu um fim ao Brandon ter me encontrado me fez saltar atrás da mesa rezando para que ele não derrubasse aquela porta. Contudo, o som de chaves me deixou apreensiva imaginando quem estaria do outro lado.



    A minha surpresa foi ver Megan entrar abruptamente. Parecia que ela havia conseguido fugir do grandalhão, mas não totalmente ilesa. Ela possuía o mesmo tipo de fármaco que os soldados da USS.



    Apenas aguardei torcendo para que ela usasse o computador e o desbloqueasse. Não deu outra. Foi a deixa para que eu saísse detrás da mesa e me aproximasse encostando a Magnum em sua nuca.



    - Pensou que ia me ferrar e sair impune? Quais são suas ultimas palavras, vagabunda? - Um click fazia entender que a arma estava engatilhada e que eu estava pronta para atirar.



    Esperava as palavras finais de Megan trouxessem alguma explicação para tudo aquilo.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Sex Set 16, 2022 8:37 pm

    – Pensou que ia me ferrar e sair impune? Quais são suas ultimas palavras, vagabunda?

    – Myah Vance… – ela diz, erguendo as mãos para cima calmamente.

    Ela se vira devagar. A luz do monitor intensifica o azul dos seus olhos por trás das lentes dos óculos. A magnum agora está alinhada com a testa dela. Ela respira de forma ofegante e está suando. Claramente está nervosa, tensa e amedrontada. Não esperava ser pega daquele jeito.

    – Não imaginava ver você aqui, mas já que está aqui suponho que esteja atrás da pesquisa, não é mesmo? – Myah nota que as mãos dela estão tremendo. – Se estou certa, provavelmente está atrás das minhas credenciais. Isso explica sua presença na minha sala, mas saiba que as credenciais são um hash de criptografia; um algoritmo muito complexo. Você não vai conseguir quebrá-las. Você pode usar o código de recuperação e redefinição de senha, mas ainda teria de ir até lá e…

    Um barulho intenso vindo do andar de baixo. Uma espécie de “Boom!” seco, como algo pesado caindo.

    – Myah, você não precisa me matar. Você não é assim, certo? Olha, eu posso te ajudar. Há um veículo secreto subterrâneo que nos leva até a planta secreta daqui, sem a necessidade de cruzar a cidade cheia de perigos. Se me polpar, eu te ajudo levando lá e te ajudo a pegar os dados. Eu não quero morrer, Myah. Quero escapar daqui tanto quanto você.

    Megan não parece estar mentindo. Ela avança um passo e encosta a testa no cano do revólver.

    – Você pode me matar, certamente,  mas com a minha ajuda seria muito mais fácil fazer o que você pretende. As chances de você ser morta ou infectada na cidade são grandes…

    Outro barulho. Desta vez vidro sendo quebrado.

    – Minha vida está em suas mãos, Myah. A escolha é sua. Sei que é sensata e que não é uma assassina, então… faça a sua escolha.

    Megan Williams é uma vaca, de fato, mas também é um fato que, com a ajuda dela, as coisas seriam muito mais fáceis. Matar ou não matar? Eis a questão.
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    Mensagem por Pikapool Ter Set 20, 2022 11:39 pm



       
       


           

           
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    - Porque? - Questionei de imediato. - Achou que aquele bando de malucos que você pôs atrás de mim iriam dar um jeito de sumir comigo? - Encarei-a furiosa. - Nesse momento não quero nada além de fazê-la pagar por tudo que eu passei... - Ignorei suas palavras. Afinal, não tinha intenção de acreditar nas palavras de Megan.



    Eu olhava Megan como um predador diante sua caça. Minha respiração estava tranquila de uma forma assustadora. Sentia que podia apertar o gatilho sem pestanejar e minha alma permaneceria tranquila. Foi nesse momento que um barulho quebrou esse meu transe e me fez voltar a mim. Infelizmente, um disparo chamaria atenção daquela criatura lá em baixo atestando assim minha sentença de morte.



    As palavras de Megan também me faziam pensar. Se havia uma forma segura, talvez valesse a pena. Abri um sorriso maquiavélico antes de me dirigir a Megan:



    - Você não faz ideia de como eu sou, Megan. - Empurro a cabeça dela com a arma. - Vou lhe dar uma chance. Mas, se eu perceber que está me enganando... - Inclino-me em direção a ela olhando em seus olhos. - ...vai desejar ter sido devorada pelos zumbis.



    Diante do novo barulho, eu deixei de rodeios e fui logo ao que interessava:



    - Preciso que você copie tudo do seu computador. Esse é nosso passe pra fora desse inferno. E também precisamos contatar o único homem que pode nos tirar daqui. - Faço uma breve pausa pensativa. - Se ele me ligar, pode chamar atenção daquela coisa lá fora. - Faço um gesto com as mão indicando para ela ser rápida. - Não temos muito tempo, garota. Vai, vai, vai...



    Aguardei Megan copiar os arquivos para entrar em contato com o homem misterioso. No entanto, não baixei a guarda. Se descuidasse, quem iria saber o que aquela vadia tentaria agora.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Sáb Set 24, 2022 6:32 am

    – Porque? – Myah questionou de imediato. – Achou que aquele bando de malucos que você pôs atrás de mim iriam dar um jeito de sumir comigo? – Encarou-a furiosa. – Nesse momento não quero nada além de fazê-la pagar por tudo que eu passei... – Ignorou suas palavras. Afinal, não tinha intenção de acreditar nas palavras de Megan.

    Ela engoliu em seco, tentando se controlar.

    – Você estava se tornando um problema, Myah. Eu não… eu não podia arriscar. O projeto era importante demais. Eu sabia que você não entenderia se tomasse conhecimento dele, e sabia que era só uma questão de tempo até você, de alguma forma, ficar sabendo. Mas agora não importa mais. Nós vamos morrer aqui se não fizermos nada. O projeto não é mais prioridade.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    – Você não faz ideia de como eu sou, Megan  – diz Myah, empurrando a cabeça dela com a arma. – Vou lhe dar uma chance. Mas, se eu perceber que está me enganando...  – Inclinou-se em direção a ela olhando em seus olhos. – ...vai desejar ter sido devorada pelos zumbis.

    – Tudo bem, Myah – diz Megan, baixando as mãos. – Você está no comando.

    – Preciso que você copie tudo do seu computador. Esse é nosso passe pra fora desse inferno. E também precisamos contatar o único homem que pode nos tirar daqui. – Myah faz uma breve pausa pensativa. – Se ele me ligar, pode chamar atenção daquela coisa lá fora. – Ela faz então um gesto com as mão indicando para ela ser rápida. – Não temos muito tempo, garota. Vai, vai, vai...

    – O acesso fica após a sala de emergência – fala Megan, enquanto copia os dados para um disquete verde que ela tira da gaveta. – Vamos ter que cruzar o hall principal. Podemos ter problemas com zumbis ou com o Tyrant.

    Ela digitava rápido. Usando um terminal, ela copiava os dados para o disquete, ejetando-o logo em seguida.

    – De qualquer forma, deveríamos passar na sala de emergências. Há suprimentos médicos, incluindo antivírus.

    Ela entrega o disquete para Myah, e mostra um cartão de acesso preto que tem no bolso, indicando que ela pode acessar as portas do complexo secreto.

    – Olha, eu não sei se você é boa com armas ou não, mas considerando o tamanho daquela coisa, eu me sentiria mais confortável se também pudesse me defender, e…

    Antes que Myah pudesse dizer algo, o telefone toca. No primeiro toque, Myah atende rapidamente, evitando que o aparelho faça mais barulho do que necessário.

    – Acredito que essa hora já tenha conseguido as credenciais de acesso – diz o homem, com o mesmo tom grave e calmo. – Fiquei sabendo também do seu encontro com a minha agente. Fico feliz que ela tenha te ajudado. Está pronta para ir até a fábrica secreta e fazer o último passo, senhorita Vance?

    Tudo indica que o homem misterioso não sabe que Megan está com ela.
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Pikapool Seg Set 26, 2022 12:04 am



       
       


           

           
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    - Eu estava me tornando um problema?  - Respiro profundamente para não acabar levantando o tom de voz. - Eu sou a porra de uma estagiaria. A porra de uma estagiaria, Megan!! - Suspiro enraivecida. - Qual o seu problema, garota? Não consegue inventar nenhuma desculpa melhor?



    A vontade de puxar o gatilho só aumentava. Mas não era a hora e nem o momento para agir pela emoção.






    Tudo indicava que Megan iria cooperar. No entanto, era melhor eu não baixar minha guarda. Ia lá saber o que essa vadia estava tramando.



    - Tyrant? É aquele monstro que levou vario tiros na cara e não sentiu nada? O mesmo que fez Brandon voar pelos ares com apenas um soco? - Perguntei espantada.



    Assenti com a cabeça ao receber o disquete e ver o cartão de acesso. Infelizmente não tive tempo de dar uma resposta a Megan sobre ela ter uma arma. Ao som do celular, prontamente o atendi com receio que seu toque chamasse atenção daquele monstro lá em baixo.



    - Sim, já consegui as credenciais... - Disse ao encarar Megan. - ...e também os arquivos. - Respondi o homem. - Se não fosse por ela, eu talvez já não estivesse mais aqui. Enfim, pronta e aguardando as instruções. - Conclui.



    Esbocei um leve sorriso para Megan, enquanto aguardava ele me indicar os próximos passos. Apesar de já ter uma ideia de onde ir graças a Megan.


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Qui Set 29, 2022 7:24 am

    – Tyrant? É aquele monstro que levou vario tiros na cara e não sentiu nada? O mesmo que fez Brandon voar pelos ares com apenas um soco?

    Ela confirmou balançando a cabeça, em um tom soturno.

    – Modelo T-103. E olha que ele está usando um contensor de poder.

    . . . . . . . . . .

    – Há uma entrada secreta após a sala de emergência – dizia o seu contato, com a sua voz grave e irritantemente calma, como de costume. – Essa entrada leva a um veículo subterrâneo, que permite acessar a instalação secreta sem mais problemas.

    Ele confirmava o que Megan havia dito. Ao menos ela não estava mentindo. Ela encarava Myah aflita, claramente desejando saber o que o homem dizia.

    – Assim que chegar lá – ele continuou – você não terá problemas para obter os dados. Nós nos falaremos de novo quando terminar, e então poderemos discutir os detalhes do ponto de extração para você a senhoria Williams deixar a cidade, já que ela lhe ajudou e creio que deseja retribuir o favor?

    Havia um tom de dúvida na voz do contato.

    OFF:

    – Bem… temos que ir – falou Megan, claramente tentando disfarçar a vontade de saber o que havia sido negociado entre ela e o contato. – Precisamos chegar até a sala de emergências. Se conseguirmos chegar lá sem grandes contratempos, o resto será fácil.

    Myah sempre se mantinha um pouco atrás de Megan, sempre mantendo-a em vista – em mira. Ela não parecia que iria tentar alguma coisa traiçoeira, mas ela simplesmente não estava a fim de arriscar. O zumbi mutante havia sumido, mas elas deram sorte; moveram-se em silêncio absoluto até alcançar o hall principal.

    Conversa. Gente viva falando. Megan estava um pouco na frente, então viu primeiro. Ela se vira para Myah, leva o dedo a boca, pedindo silêncio, e então aponta para baixo, do alto das escadas.

    – Aguenta aí, Terry! – dizia um mercenário para outro visivelmente ferido e fraco. – Aqui deve haver algum medicamento antiviral! Eu vou buscá-lo para você!

    Eles pareciam muito diferente do russo cretino que tentou capturar Myah antes. Ambos estavam armados com fuzis de assalto M4A1, granadas e pistolas. Um deles tinha um cabelo preto escorrido, e o outro, o tal Terry, era ruivo e usava touca, se apoiando de forma cambaleante na parede.

    – Tudo bem… – respondeu Terry. – Eu… espero aqui…

    Nesse instante, Megan dá de ombros, indicando que não sabia exatamente o que fazer. Elas deveriam arriscar e confiar neles? Ou deveriam correr? Ia ser muito difícil passar por eles sem que fossem notadas.

    – Talvez eles…

    Megan foi interrompida por um grito bestial. O zumbi que havia sumido reapareceu no hall.

    – Ah! Crimson Head! – gritou Terry, reunindo forças para apontar seu fuzil.

    A dupla se preparava para fuzilar o mutante quando algo pior acontece. O Tyrant surge em cena, avançando rapidamente com uma ombrada. Ele não ataca os mercenários, mas sim o monstro. O Crimson Head é arremessado com violência para o outro lado da sala. É possível ouvir muitos ossos se partindo.

    – Ah porra… – Megan começa a entrar em pânico. – Porra! Porra! Porra!

    O Tyrant se vira para a dupla, claramente mostrando que não gosta de dividir suas presas.

    Myah nota a criatura avançando. Ela vai para frente de Megan, que estava caída de bunda, prestes a surtar. Os mercenários – esses mercenários – não pareciam filhos da puta. Talvez fosse apenas ingenuidade falando, mas Myah queria esperar o melhor dos sobreviventes porque a situação toda já estava uma grande merda sem um não poder confiar no outro.

    E falando em confiança…

    Quando Myah voltou a si, prestes a se virar para Megan e tentar acalmá-la, já era tarde demais. A filha da puta, tomada pelo medo, vilania ou ambos, deu-lhe um baita de um pé na bunda – literalmente. Myah rolou as escadas enquanto Megan passava correndo por ela, em direção à saída de emergência, enquanto o caos se desenrolava no hall com o Tyrant, os dois mercenários e agora uma Myah derrubada.

    Ela sentia dor. O nariz estava sangrando, e o pior de tudo é que a arma havia caído da sua mão na queda. Ela via Megan correndo em direção à sala de emergências enquanto o Tyrant, notando a presa mais fraca, avançava em direção à Terry, o mercenário ferido.

    OFF:
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Pikapool Seg Out 03, 2022 9:10 pm



       
       


           

           
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    Encarei Megan incrédula ao ouvi-la sobre o T-103. Mas que diabos. Quantos tipos daquelas coisas eles haviam criado?






    - O senhor está errado. - Esboço um sorriso que podia ser notado do outro lado da linha. - Isso não nos deixa quites para tal ponto.



    Começo se eu fosse tentar salvar quem botou minha cabeça a premio. Ela teria que salvar minha vida para poder desfrutar de tal privilegio.






    Sem mais delongas, seguimos rumo ao nosso destino. Pelo menos, até algo chamar nossa atenção. Mais soldados... Estavam armados e, por mais, que um deles estivesse ferido. Ainda era um risco a nossa segurança.



    Me abaixei e me escorei próxima as escadas. Analisava a situação, mas se eles conheciam o laboratório, acabariam indo para o mesmo local que nós. A sala de emergências. Oh, droga! Será que eu não podia tem uma folga...



    Foi quando uma distração surgiu. Um zumbi vermelho. Enquanto eles se ocupassem com o zumbi, nós poderíamos fugir na surdina. Claro, se o gigante não voltasse para destruir minhas esperanças. E para ajudar Megan resolvia surtar.



    Infelizmente baixar minha guarda teve um alto custo. Após sentir um empurrão, me vi estatelada ao pé da escada. Aquela vagabunda. Apesar de vê-la fugindo, me preocupei em recuperar a Magnum.



    Engatinhei até a arma e ao pega-la, vi aquele monstro indo para cima do soldado ferido. Talvez eu fosse uma tola, mas no mesmo momento, apontei a arma para o Tyrant e apesar da visão um pouco turva, disparei contra o monstro.



    Só torcia para que aquilo o atrasasse para que eles pudessem usar aquelas granada. E também esperava que as granadas funcionassem. Caso contrario, seria nosso fim...


           

       
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    Capítulo 1 - O Preço da Vida Empty Re: Capítulo 1 - O Preço da Vida

    Mensagem por Count Zero Qua Out 05, 2022 1:03 am

    Quando Myah sentiu novamente o peso do revólver em mãos, ela sentiu-se completa mais uma vez. Era como um supersticioso sem o seu amuleto da sorte. Em uma cidade naquele estado, ficar sem aquele revólver já era como ficar sem uma parte do próprio corpo.

    Myah mirou naquela aberração gigante enquanto ela investia contra o mercenário ferido. Ela sentia o peso da arma. Não era fácil como a glock, e isso a fez lembrar que ela nunca atirou com uma .44 antes. Contudo, era uma situação urgente. Ela não tinha outra escolha. Ela apontou de forma desengonçada para a parte mais cheia – mais fácil de acertar – do corpo daquele gigante, puxou o cão para trás, para facilitar o disparo, e por fim puxou o gatilho…

    “BOOM!!!”

    Suas mãos doíam demais, assim como seus pulsos. Os ouvidos apitavam e ela sentiu, por um momento, uma pontada de dor na têmpora esquerda. O cano cromado fumegava e ela sentia o cheiro de pólvora no ar. Ela olha para frente e vê que um grande buraco formou-se na coluna entre o mercenário ferido e a criatura. Na verdade, alguns centímetros a mais para a esquerda e Myah teria terminado de matar o homem. Sim, uma situação de merda, mas ela não poderia se culpar, afinal era ela uma garota franzina, e atirar precisamente com um trabuco daqueles exigia uma força que ela não tinha, logo somente um disparo de sorte teria alvejado o monstro.

    Contudo…

    O tiro não havia sido totalmente inútil. Um disparo daquele faz barulho, e a criatura pôde ver o reboco da parede sendo cuspido bem a frente. O Tyrant para por um momento, surpreso. Ele se vira para o ponto de origem do disparo, e a nuca de Myah se arrepia quando seus olhos frios e inumanos se encontram com os dela, como se com o olhar ele dissesse “Você vai se arrepender disso”. Tudo isso dura poucos segundos, mas poucos segundos são tempo o bastante para uma reação em situações de perigo eminente.

    – Fechem os olhos! – gritou o mercenário ferido, se aproveitando da distração.

    Myah sabia o que viria. Ela foi vítima de um flashbang recentemente, e sabia exatamente como a cegueira temporária induzida pela granada era desagradável. Sem perda tempo, ela fecha os olhos e se joga no chão, tapando os ouvidos.

    Uma explosão breve a abafada. Ouvidos doendo ainda mais. Barulhos de disparos automáticos de fuzis. Myah se ergue apenas para ver a criatura desgovernada, com o braço na frente dos olhos, atacando a torto e a direito enquanto recebe saraivada de balas no seu corpo anormalmente grande.

    O punho gigante da criatura grotesca passa a poucos centímetros da cabeça de Megan. Essa foi por pouco. Um soco daquela coisa direto no crânio e ela certamente estaria morta. O mesmo ocorre com Terry, o mercenário ferido, quando o Tyrant desvia e passa a correr na direção oposta, balançando o outro braço de um lado para o outro, tentando acertar alguém. O outro já não tem tanta sorte. Ele permanece disparando na criatura, vidrado, até o municiador zerar. Antes que pudesse ter tempo de recarregar, a mão da criatura o acerta de raspão – o suficiente para fazê-lo rolar pelo chão vários metros adiante.

    – Jeff!!! Nããããooo!!! Filho da puta!!!

    Terry faz menção de arremessar uma granada de fragmentação, mas a criatura está desgovernada e seria inútil – e até mesmo perigoso – tentar mirar uma granada nela. Ele recarrega o fuzil e se prepara para disparar de novo.

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    Mensagem por Pikapool Sex Out 07, 2022 9:51 pm



       
       


           

           
    Informações

    • Mote: Nosso instinto de sobrevivência é a nossa maior inspiração!

    • Itens Carregados: Mochila, um sanduíche embalado em plástico, uma garrafa de água pela metade, alguns doces, Nokia 6150, diário de Derick, lanterna, bateria x03, Glock, municiador x03 e caixa de munição com 30 balas x04, .44 Magnum, speed loaders x02, rádio comunicador.

    • Vestimentas: Blusa branca de moletom, jaqueta de couro, calça branca de moletom, meias e tênis.


       

           

               

    O recuo da arma me desequilibrou fazendo eu dar um passo para trás. Se tudo já estava confuso antes, agora a situação piorava. Aquele maldito zumbido no ouvido parecia fazer minha cabeça doer mais do que já estava doendo. Para piorar, eu via o estrago que fiz quase acertando o alvo errado.



    - ME DESCULPE!! - Gritei como uma reação normal devido estar ouvindo tudo de forma abafada após o disparo.



    Me arrependi na mesma hora de meus atos. Aquele monstro se virava para mim. Que instintivamente apontei a arma para ele. Mais uma atitude irresponsável, já que eu não teria chances contra ele. No entanto, naquele momento o máximo que minhas pernas faziam eram tremer.



    Felizmente aquilo criou uma abertura para os soldados. Sem perda de tempo, atirei-me ao chão tapando os ouvidos. Mesmo assim, isso não fora o suficiente e o estado me meus ouvidos só piorava.



    Ao me levantar, vi o Tyrant descontrolado golpeando a esmo. Só não entendi porque o soldado não correu ao vê-lo ir em sua direção. Sem muitas opções, para não dizer coragem, gritei para eles.



    - VAMOS PARA A SALA DE EMERGÊNCIAS!! - Possivelmente o Tyrant poderia atravessar a parede com facilidade, mas... - PODEMOS NOS ESCONDER LÁ. VAMOS!! - Apontei para a sala. - USE AS GRANADAS DE LUZ PARA MANTÊ-LO CEGO ENQUANTO FUGIMOS!!



    Sem saber o que fazer corri em direção a sala. Mas, logo dei meia volta apontando a arma na tentativa de dar cobertura para os soldados. Isso se eles estivessem vindo logo atrás de mim.


           

       
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