O Cervo Branco - Ato II

Rarel se senta e logo chama o atedente:

-Holfast, aqui! Traga-me uma boa cerveja, mas antes diga-me o que está acontecendo que a taverna está tão vazia assim? A comida daqui piorou repentinamente? E a cerveja não é mais a mesma?

Rarel diz em tom debochado para o atendente esperando saber as respostas.

Iris entrar na taverna e ve que o lugar tá vazio. Achava estranho, com a chegada do comboio era pra estar mais cheio, mas de qualquer jeito era melhor pra ela. A jovem se dirige ao balcão e bate forte com a mão na madeira esperando vir alguem atende-la.

Naereth entra na taverna e vê que estava vazia, sentou-se ao bar e arrumou seu vestido para que ficasse sua perna esquerda à mostra de quem quisesse ver. Sua intenção era chamar a atenção de algum homem para pagar-lhe uma boa refeição, algumas cidras e depois poder passar alguma informação sobre o motivo da taverna estar tão solitária.

Haraldur

Haraldur entra logo a seguir de Rarel. Com um aceno discreto indica ao atendente que também gostaria de uma cerveja. O guerreiro mantém-se reservado, não estava à vontade. Enquanto aguarda, nota algumas pessoas acomodando-se pelo estabelecimento.

- Vou tomar só uma e cair na cama. Não tô com ânimo pra beber além da conta hoje.

Rarel dá uma rizada e não perde tempo de tirar sarro com o nanico:

-Vá com calma aí, pelo menos sinta o sabor da cerveja.

Ele então volta sua atenção para Holfast e diz:

-Nem ao menos tem um daqueles "frangos" aqui para que eu possa me divertir um pouco e fazê-los pagar a minha cerveja? Droga. Talvez tenha algum servicinho, para ganharmos uma granninha né Holfast? Em tempos difíceis, caçar monstros é o que mais rende moedas douradas, certo? Hahaha.

Ele então vai dando goladas em sua cerveja observando o que se passa pela taverna. E aguarda o que Holfast responderia.

"Isto sim parece uma aventura que Tymora se orgulharia se eu participasse..."

Naereth pensa consigo mesmo após ouvir atentamente o que se passava na mesa que, aparentemente, era a mais movimentada da taverna.
Ela se aproxima da mesa e, fazendo-se de timida, toca o ombro do taverneiro que levara a cerveja para quem estava na mesa e diz à ele:

- Poderia me servir uma bebida? Ficar sozinha no bar sem ter o que beber não é agradável...

Termina a fala sorrindo, procurando fazer com que os rapazes da mesa reparassem nela para que ela pudesse se juntar a mesa deles. Quem sabe eles não se ofereceriam para pagar-lhe uma bebida... tudo o que ela queria era saber mais dessa situação toda.

Se ela não conseguisse nada de uma mesa cheia de homens, tentaria de uma outra forma em uma mesa com menos pessoas...

Rarel sinaliza com a cabeça para Holfast em sinal de que tinha entendido o recado.

O especialista então vê a aproximação da linda mulher e logo vê que as cadeiras de sua mesa estavam todas ocupadas, assim que ela solicita para se sentar ele olha para Dim, que acabara de encher o caneco de cerveja, e rapidamente o empurra da cadeira dizendo:

-Claro senhorita! Sente aqui, esse lugar está vazio, e olhe?! Uma caneca cheia de cerveja! É toda sua.

Naereth sorri à prontidão do jovem à sua chegada, seu sorriso no rosto era meigo, mas no seu interior ela ria da inocência do jovem.

Ela prontamente se senta na cadeira ao lado de Rarel e o encara olhando nos olhos do jovem, segurando a caneca de cerveja que o rapaz ainda não havia soltado e diz:

- Muito quieta esta taverna, não costumava ser assim...

E termina a frase virando-se para a mesa, ficando ainda próxima de Rarel.

Rarel então tenta se lembrar daquela bela moça, mas nada lhe vem a cabeça:

Ora ora ora...Não me lembro de ter visto você por aqui em outras vezes. Realmente não deveria estar assim, mas quem eu precisava já chegou. Agora lhe pergunto, viestes aqui por que motivo? Além de atraída pelo meu charme irresistível.

Rarel se aproxima da moça esperando sentir seu perfume.

De fato Naereth nunca havia estado por ali, mas não queria passar esta informação ao jovem, então ela indireita a postura e diz:

- Vinha muito com meu pai, mas faz anos que não visitos essas terras. Venho em busco de meu passado para entender meu presente e traçar um futuro... Agora que disse meu motivo, pergunto o de vocês. Vieram apenas beber e conhecer mulheres?

Ela não ri, mas seu olhar poderia dizer qualquer coisa que o grupo ali quisesse escutar.
Ela vira um gole da bebida que era do outro rapaz, que agora encontrava-se fora de sua cadeira e olha para o jovem de cabelos louros, grande e forte que estava na mesa. Ele não fazia o tipo da jovem, mas sua aparência era menos repulsiva que a do rapaz que a estava cortejando, mas tomou o devido cuidado para que ele não percebesse.

- Eu quero um quarto, e sobre que guerra Holfast tá falado com o pessoal daquela mesa? - responde e pergunta ao mesmo tempo.

- Eu não sei ao certo minha senhora, mas parece que os vales não região norte está sitiada, até os homens da milícia partiram para o norte - Responde

- Qual quarto a senhora deseja, o luxuoso ou o simples? O luxuoso está 2 POs o pernoite e o simples a metade do valor. - Levanta a mão pedindo para alguém esperar, provavelmente o chamaram numa das mesas.

Iris envergonhada põe a mão no rosto. Não tinha dinheiro pra pagar o quarto e agora o que ela iria fazer? Obviamente que agir como Naereth estava fora de questão, não gostava de como ela parecia resolver as coisas. Sem graça ela pergunta novamente:
- Eu ouvi que tem aqui muito serviço pra, aventureiros nessa região. Você poderia me dizer quem precisa de ajuda de uma espada por ai?

Haraldur

Haraldur observa a jovem que se aproximara. Era bonita e nada tímida. Em poucos segundos ela já havia tagarelado seus objetivos e agora impunha um interrogatório a todos daquela mesa. O guerreiro estava cansado da viagem e havia compreendido apenas a primeira pergunta:

- Ouvimos dizer que a parte norte da cidade está sitiada. Por isso o lugar anda vazio. E, pelo que entendi, aquele senhor da mesa ao fundo deve estar contratando.

Bebe mais um gole de cerveja e continua.

- Sou Haraldur. E estes são Rarel e Dim. E você, quem é?

Naereth se prontifica e se apresenta:

- Sou Naereth, a folha livre no vento. Muito bom saber que alguém precisa de serviços, pois preciso de ouro para viajar e me preparar para o que está por vir...

Ela toma mais um gole da cerveja e depois olha fundo nos olhos de Haraldur. Esperava ver como os homens reagiriam com o que ela disse, pois suas palavras indiziam um pedido...

Rarel então confirma com a fala da senhorita que ela não visitara aquela cidade nos últimos tempos, por isso não a conhecia "ainda".

-Pois bem. Além desses objetivos que você acabou de citar, uma aventura de vez em quando nunca é problema. Com sua licença irei atrás de uma neste momento.

Assim, ele se levanta pega sua cerveja e vai ao encontro do senhor o qual Holfast havia indicado na taverna e então se apresenta:

-Olá. Fiquei sabendo que você tem serviços para aventureiros? Os tempos estão difíceis certo?

Ele então sem pedir permissão puxa uma cadeira e se senta na mesa deste senhor.