- Ora Yuki, você é minha amiga, é claro que vou te proteger - ficava feliz em poder ajudar. Ela sabia o quanto isso era importante, já que passava pela mesma situação e a única que a defendia era Bora, mas de uma forma diferente - não pense nisso agora. Tenho certeza que outras pessoas gostarão de você na escola.
Ficou feliz ao ver que Yuki aceitou sua ideia de conhecer sua querida professora.
- Eu tinha pensado a mesma coisa. Fico feliz em saber que ele é gentil, mas você acha que ele vai gostar de mim? Ninguém gosta.
- Você parece feliz - o loiro comentou, bebendo refrigerante. Estava sorrindo de verdade pela primeira vez em algum tempo - Você está parecendo um tonto. Com quem está falando? Namorada? Ahhhh sabia. Você estava tímido lá dentro. Go Mi Nam, arrasador de corações! - riu sozinho da piada.
No celular, apenas indicava que “está digitando…”. O que levaria algum tempo, pois não saía disso.
- Falando nisso, acho que agora eles vão dar opção de ficar no hotel ou ir pra casa. Vai continuar com a gente? Fique comigo, Go Mi Nam, vai ser tão frio à noite - fez uma careta brincalhona.
“ Hoje acho que vou comer fora. Seu pai disse que vem para casa. Queria que estivesse aqui ”
Yuki e Eun-Ji
Spoiler:
- Hm? Não sei de nada não… - Joon respondeu sobre o programa ter regra de agressão com um sorriso interessado no rosto. Queria ver o primeiro barraco extraoficial do programa.
- Tem. Não faça nada - Minsoo se adiantou, mesmo sem saber o que tinha acontecido, já começava a deduzir. Concluindo o resto pela fala de Yuki, o rapaz deixou o violão no chão e levantou também, olhando para a menina de cabelos curtos com uma expressão neutra (o que já era bem estranho para seus padrões de simpatia).
Tak olhou de de Minsoo a Eunji, que a encaravam em pé. Estava em clara desvantagem. Então abaixou o rosto, fingindo que não tinha feito nada e pegou o celular, enterrando o rosto nele e digitando rapidamente.
Yuki se despediu timidamente, mas a amiga a convencia a ficar. Minsoo as observava com atenção, sem dizer nada, mas continuava em pé.
Com o celular no ouvido, Tak dizia que “já estava indo” “vem logo”. Sua carona provavelmente estava próxima ou tinha mudado de planos, pois ela pegou a mochila e saiu rapidamente da sala. Minsoo a acompanhou com o olhar até que ela fosse embora.
- Bem… eu acho que por hoje é o suficiente - sorriu. - Vocês vão ficar mais? Cuidem-se, por favor.
- O quê!? Você já vai? - Yieun fez um beicinho.
- Sim, acho que ainda faltam muitos candidatos. Comecei a ficar um pouco cansado e… agora acho que já está tudo bem - ele olhou para Yuki e Eunji, fazendo uma suave referência à menina invejosa. - Foi um prazer conhecer vocês e, se eles nos separarem por grupos de novo, Fighting!
O rapaz deu aquele sorriso lindo principesco antes de deixar a sala com seu violão. De repente YiEun embolou as coisas na bolsa e levantou também.
- Bem, eu vejo vocês da próxima. Treinem. Oppa, espera!! - levantou e saiu apressada e escandalosa como sempre.
- Woooooo! - comemorou Joon batendo palmas para a meninas loira na tela que terminava de fazer a performance de “Crazy” do 4Minute, cantando ao vivo os raps.
A menina tinha movimentos poderosos e precisos, como um tipo de versão feminina da apresentação de Tae. Suas roupas não eram muito femininas, exceto pelos cabelos separados em duas maria-chiquinhas baixas, mas combinavam completamente com a música.
S: - Hye-rim, não é? Eu acho que te conheço de algum lugar… - Eu fui trainee da Quarter Note por três anos. - os jurados soltaram um “uau” S: - Tudo isso e nunca debutou? Qual é o problema que está escondendo de nós? - Não sei. Você viu algum? - a língua ferina da menina fez algumas pessoas prenderem a respiração. S: - Ah… mais uma mal educada. Por que acha que eu lhe daria um sim depois dessa? - Porque sei dançar, cantar, estou acostumada às regras de treinamento e fiz uma apresentação diferente. - O diretor deu um sorriso maníaco. Hye-Rim simplesmente não recuava. B: - Bem, querida, de qualquer forma, achei fantástica sua apresentação. Foi poderosa e mostrou multi-talento. Eu vou dar meu sim a você. C: - Três anos… foi um talento desperdiçado. Por mim, você já poderia estar em um grupo. Meu voto é sim. A loira juntou as mãos e fez reverências, em seguida olhou o diretor. S: - Por que está olhando para mim? Você já passou, não ouviu? - Quero saber sua avaliação. - o diretor riu sozinho. S: - E se eu te der um “não”, o que acha? - Acho que tudo bem. Preciso melhorar. S: - Você é muito mal educada. Mas eu ainda vejo algum brilho em você. Vá embora com meu sim. A loira sorriu largamente e fez uma reverência, saindo correndo da sala em seguida.
Na sala, um jovem passou para ver se seus amigos estavam ali, mas, não encontrando, acabou indo embora. Em pouco tempo, a amiga de Tae estaria no andar de baixo, e as meninas nem precisavam esperar muito, pois ela ignorou todos os repórteres para chegar correndo na sala com um brilho no olhar e um sorriso grande, que desapareceram assim que ela olhou lá pra dentro. Ela encostou na porta e ficou pensativa um pouco, decidindo girar o corpo para ir embora em seguida. Se tinham que falar com ela, precisavam fazer agora.
Uma coisa tinha como certa, o diretor não tinha economizado com repórteres, para realmente promover o programa, era bom afinal estaria nas manchetes novamente. Estava no carro da Peach, entrou como sido convidado dela, se tivesse que sair ainda teria que chamar o carro dele. Olhava o comportamento da garota que agia com confiança, mas controladora e arrogante.
- Eu também não aguentava correr. O Min-ki pode acabar trazer confusão... – ficou olhando a janela perdido em seus pensamentos, enquanto ela falava de ter os holofotes, ele nem respondeu para ela – Foi meu empresário, JJ, vou fazer vir ele para o restaurante, e já trás o carro. Não exigi ser membro oficial após, para ver como a empresa funciona, o Idols posso ver como é o diretor e como lida. Não ficar escravo do diretor. Você já é um membro oficial?
O restaurante era bastante agradável, ele pediu Bulgogi, arroz e salada, era até suave e na medida, demonstrando que também estava preocupado com a alimentação. Simplesmente não comemorou quando viu a noticia no celular assim que ela mostrou para ele, leu a critica sem expressão. Ficou sério, em seu canto, não ficou irritado com ela por ter feito algo que poderia chateá-lo. Esperava de certo modo um problema nessa área, mas deixou bastante introspectivo no momento.
- Falam que você roubou o lugar dela e na cara dura. – disse sem muitas cerimonia, devolvendo a saia-justa que o colocara – Deve ter sido um embate interessante, puxando o tapete dela – foi duro com as palavras para ver como ela iria se comportar, afinal se fez isso com a outra por que não faria com ele.
- Min-ki é teimoso, preguiçoso, não se compromete com as tarefas, os ensaios era um desastre. Ele somente tinha um rosto bonitinho, mas não gosta das câmeras. Não sei por que ele ainda tenta ser assim. – ele acabou jogando a culpa em Min-ki, sem entrar em detalhes dos demais por enquanto.
- É claro que meu irmão vai gostar de você, ele gosta de pessoas que tem bom coração. E não sei porque não gostaria, você é legal, gentil, canta bem, dança, é um conjunto incrível.
Depois de se sentarem, Yuki nota que Minsoo parecia diferente e que encarava a Eun Tak, ela não entende o motivo disso, esperava que ele nao descobrisse o motivo da garota implicar com ela. Por sorte parecia que a garota de sua escola iria embora logo. Infelizmente o Minsoo também estava partindo, era tão bonitinho ele falar para elas se cuidarem. Quando ele se despede, Yuki cora e sorri timidamente olhando para baixo, não queria que os separassem em grupo. Antes do garoto ir embora, ela arrisca se despedir, embora tenha feito em voz baixa:
- Obrigada, fighting...
De repente Yuki levanta a cabeça para cima e vê Minsoo sorri, novamente volta a se corar e começou sentir como se tivessem martelando seu coração, que sentimento estranho era esse? Yuki só sabe que sentiu o mundo parar quando viu aquele belo sorriso, só voltou a si quando ele foi embora e viu YiEun correr atrás dele. Mas nem isso estragaria a lembrança do sorriso de Minsoo. Pelo menos tinha ficado um tempo com um garoto especial, coisa que jamais tinha acontecido antes, só isso para Yuki já a fazia feliz, ser sido notada que existia por alguém como ele. Realmente havia sido um dia de sonho, como quando Cinderela foi ao baile, lembrou das histórias infantis de princesas.
Então ela tenta se concentrar na apresentação da tal Hye-rim, ela era incrível e não parecia precisar da ajuda delas, falava tão segura de si mesma que teve medo até da garota não aceitar sua amizade. Era realmente uma dançarina incrível, Yuki começa a achar que realmente foi mágica ela ter sido aceita, pois havia muitos concorrentes excelentes. Quando a garota chega na sala, Yuki percebe que ela parecia querer ir embora. Ela não gostava de descumprir uma promessa, então se havia dito que tentaria ser amiga, teria que tentar custe o custava, pelo menos ficaria com a consciência limpa. Yuki se levanta e chama Eun-Ji:
- Vamos, temos que falar com ela, não é? Prometemos...
Em seguida corre até a garota Hye-Rim e se apresenta com um sorriso largo e simpático:
- Wooo, sua apresentação foi incrível! Sou Yuki! Você realmente impressionou os jurados!
Yuki não sabia muito o que dizer e nem se tinham algo em comum, mas havia tentado e agora esperava receosa pela reação da garota.
Por sorte Minsoo ajudou acalmar os ânimos ali na sala, deixando os dois em posição de defesa para Yuki. Eun-Ji era uma boa pessoa e não gostava de violência, mas sentiu-se bem ao ver que a garota saiu correndo, assim ficava bem claro que ela não devia mexer com seus amigos.
- Muito obrigada pela ajuda, Minsoo shi - se curvou para ele - vamos ficar só mais um pouquinho - ele vai saindo e se despede delas com um lindo sorriso - até a próxima Minsoo shi, Yi-Eun shi. Treinaremos sim, pode deixar - e riu ao ver o jeito que a louca saía atrás do rapaz - viu só? Ela disse para treinarmos. Achei que foi gentil da parte dela.
A conversa foi interrompida pela vibração de um Joon que se encantava facilmente com a beleza das garotas e ela achou engraçado o jeito dele. Ele admirava Hye-Rim, a amiga de Tae e que logo seria a amiga delas, ao menos ela esperava isso. Já sabendo quem era a garota em questão, era só aguardar. A garota aparece não muito tempo depois, e pelo seu jeito dela talvez estivesse procurando por Tae. Ela cutuca Yuki para irem até ela.
- Senhorita, que belíssima apresentação você fez. Muito enérgica, me deixou sem fôlego. Parabéns - se curva para ela - foi muito merecido todos os sim que ganhou - a ruiva era completamente sincera com ela, foi realmente uma ótima apresentação e deixou Eun-Ji muito emocionada. Ela não queria deixar claro que sabia que ela procurava por Tae e resolveu falar sobre todos que saíram da sala - não sei se está procurando por alguém específico, mas alguns que aguardavam já se foram, né Yuki - começa a numerar nos dedos, como quem não quer nada - Minsoo saiu com Yi-Eun, Dam e Tak, Tae e Peach também já foram, o rapaz que cantou em inglês também. E alguns nem vieram para cá. Bom de qualquer forma, fiquei feliz por você ter ganhado três sim, com certeza vai se dar muito bem na próxima etapa dançando daquele jeito - e sorriu para a moça - bom, acho que está na nossa hora também - e olha para Yuki - Hye-Rim shi, fighting! - e se afasta.
Logo que tentou seu primeiro contato com Rim, ela caminha té Joon para se despedir.
- Joon shi, creio já está bom o tempo que passei aqui. Vou embora agora. Foi um prazer conhece-lo - e se curva - ah! E de novo, obrigada pelas dicas. Significaram muito para mim - e se afasta junto com Yuki, da porta fala fighting para ele também.
Hyerin levou um susto quando falaram com ela e parou logo, virando o rosto um tanto curiosa, ouvindo atenta. Ela fez uma mesura rápida, escondendo o sorriso no canto do rosto.
- Obrigada…eu também vi a apresentação de vocês. Foram muito bem. - foi simpática, mas não enérgica, como se esperasse alguma coisa na fala delas. Seu olhar já mudava de foco, procurando alguém atrás das meninas quando Eunji respondeu por ela. O sorriso sumiu de vez. - É? Ah. - Ela não pareceu ouvir mais da metade do que a ruiva falou a seguir, simplesmente concordando com a cabeça uma vez, sem saber exatamente com o que. - Hm. Que bom. Até mais. - acenou de leve com uma expressão fechada e saiu andando pelo corredor. Talvez não fosse tão simples assim ser amiga dela.
- Disponha, princesa. - Joon piscou para ela e fez um sinal de vitória. - Aaa, que linda - voltou para a tv, comentando aleatoriamente uma garota que se apresentava. - Eu amo esse concurso!!
Logo a sala seria repopulada por uma menina que passou por elas para fazer companhia de Joon e assim seria até o último candidato daquele dia. Na saída, ainda havia repórteres que esperavam por surpresas e celebridades para entrevistar. Algumas fotos foram tiradas de EunJi e Yuki, mas ninguém se amontoou para conversar com elas.
O irmão de Yuki não a esperava no portão. Naturalmente, ele tinha outras tarefas para fazer e não era certo o horário em que os candidatos sairiam. No entanto, quando estavam saindo, Eunji notou a senhora Bora, que aguardava junto com outros pais, amigos e parentes de candidatos, tomando um chá de caixinha. Quando a avistou, gritou seu nome e acenou, com um grande sorriso.
- Querida! Como foi? - aparentemente somente notícias envolvendo famosos tinham vazado para o mundo exterior. Ela ganhou um abraço bem apertado, seguido de um “sabia que você passaria” emocionado.
- É sua amiga? - pareceu surpresa e sorriu amável, esperando as apresentações com um sorriso adorável. - É um prazer conhecê-la. Como é bonitinha - Não era nem um pouco difícil entender por que era tão querida por Eunji.
- Alguém virá te buscar, mocinha? Pois eu posso levar as duas. Estão com fome? Essas audições me pareceram tão duras. Alguns de vocês saíram chorando. Que tal me contarem no carro?
A orientadora levou as meninas para o carro e as levaria para comer. Tinha sim preparado marmitas para as meninas, mas, diante de uma nova convidada, ela fez uma parada em uma konbini para poder dividir os obentôs em igualdade entre elas, parando em um parque para conversarem e depois seguindo como pedissem.
Considerações finais, mocinhas, por favor tia Bora leva vcs onde quiserem. Podem falar o que elas fizeram e onde foram e no próximo post direi coisas como reação de personagens e encerrar o dia.
Tae
Spoiler:
- Não sou, mas você acha que não vou passar? - ela deu uma risadinha que confirmava a imagem de arrogante, ainda que, se fosse filmada naquele instante, poderia ser apenas um charme. - O programa faz bem para nossa imagem. Encerramos o primeiro dia com humildade e carisma. Muitas pessoas vão torcer por nós - deixava no ar se queria dizer “nós” enquanto indivíduos ou casal.
Já no restaurante, Peach não parecia ter a sensibilidade necessária para notar que ele tinha ficado chateado, mas quando foi “acusada” de puxar o tapete, a garota se mostrou surpresa e levou alguns minutos, ainda comendo um pouco para disfarçar, antes de fazer uma pausa e começar a falar.
- Puxar o tapete? Nossa, eu nunca faria isso! - levou a mão ao peito, assustada. - Eu disse “roubar”, mas foi no sentido de metáfora. Eu nunca roubaria de verdade o trabalho de alguém. É verdade que alguns “anti”-fãs falam isso, mas todos sabem como o próprio público pediu que isso acontecesse. Eu apenas não poderia recusar! A audiência ameaçava cair no canal, como eu poderia? Você recusaria? Além do mais, todos sabem que a verdadeira história da Pequena Sereia termina com a morte da sereia. Para falar a verdade, no começo, eu cedi muito espaço publicitário para a Jaelin, porque me senti culpada… - ela ponderou, olhando o chá - Eu sei que ela não era boa o bastante para ser uma protagonista, então queria que ela pelo menos tivesse sucesso na televisão. Exigi que eles a convidasse também nas entrevistas. Não acha que foi uma boa coisa?
Ela encerrou a frase como uma vítima, prestes a chorar. De certa forma ela era convincente, ainda que ele soubesse que não era a provável natureza da garota. O curioso era que entre tantas informações, era difícil de determinar quanto havia de mentira ou exagero na história.
- Vou contar um segredo para você. Tive que recusar um convite para uma novela da TVN, mas no lugar, sugeri que eles a convidassem. Ainda assim, ela foi grosseira comigo e recusou. Enviou mensagens de ódio para mim. Se isso não é inveja, eu não sei o que é… E, veja, eu jamais divulguei isso a ninguém. Eu poderia ter acabado com a carreira dela, mas não o fiz. É triste ver como algumas pessoas são… - olhou para o lado, chateada. Qualquer desavisado teria caído imediatamente por aquela expressão de garota-em-perigo. Era muito bonita mesmo.
Retomando o assunto da WINGS, ela concordou com a cabeça.
- Pois está vendo? Jaelin era como seu colega. Não se esforçava. Se ele tivesse saído do grupo, vocês poderiam estar hoje recebendo um prêmio! A Jaelin quando descobriu que o público gostava de mim, chegava atrasada de propósito nas minhas cenas e me fazia ficar atrasada para os ensaios depois! Tínhamos que repetir a mesma cena dezenas de vezes, porque ela desconcentrava todas as vezes que eu estava no set. Acho que foi por isso que decidiram trocá-la e, aos poucos, eu comecei a detestá-la também! Se eu não assumisse seu lugar, poderíamos ter afundado também. Você me entende agora? - olhou aflita esperando a aprovação de Tae. - É por isso que eu tenho orgulho. Consegui salvar toda a equipe por trás da novela. - sorriu.
Um pouco depois, o alarme no celular da garota disparou e não demorou muito para que alguém ligasse em seu telefone. Parecendo bem mais “domável” ali,, falou alguns “hm” e assentiu algumas vezes.
- Está bem - declarou e desligou o telefone sem se despedir. Suspirando pesadamente - Tenho ensaio de fotos. Infelizmente eu preciso ir. Foi um prazer, sunbae.
Tão de repente aquele encontro tinha um fim. A garota chamou o garçom e pagaria sua parte por iniciativa própria.
- Eu sinto muito pela grosseria - juntou as mãos, fazendo tipo. - Espero que possamos conversar com mais calma depois, sunbae. Para mim, foi incrível conhecer você - sorriu amável como no início.
Eles tiveram alguns minutos até que o telefone dela tocasse de novo e ela tivesse que se despedir de verdade. A partir do momento em que ela foi embora e entrou no carro, estaria livre para fazer o que quisesse.
Se ele falar algo naqueles intervalos, eu respondo! =) Eu só quis não lerdear muito. Já pode se encaminhar pras considerações finais, dizer o que pretende fazer ao longo do dia e no próximo post eu te dou um resumo dessas iniciativas, como um encontro com J.J.
A mocinha ruiva estava certa quanto a Rim, ela procurava por Tae e nem deu atenção às duas, porém não se incomodou com isso.
Ao se despedir de Joon foi surpreendida por um “princesa” inédito para ela, nunca foi elogiada daquela maneira, muito menos por um garoto e ficou visivelmente corada.
- Ele me chamou de princesa! – estava admirada com a situação – Yuki, nunca fui chamada de princesa – e deu uma risadinha envergonhada.
O assunto morreu imediatamente assim que Eun-Ji avistou Bora. A emoção retornou ao rosto da garota, que saiu em disparada em sua direção, chorando. Gritava que tinha passado, pulando no pescoço dela em um longo abraço. A garota escondeu o rosto no ombro da professora e chorou, um choro sentido e expurgador. Uma série de lembranças passou na cabeça dela enquanto chorava: o sorriso de Bora, o desprezo do avô e a indiferença da avó, a primeira música que ouviu, o sangue em suas costas, a gentileza de Yuki, as risadas maldosas dos colegas, as palmas de Sonja, a solidão de seu quarto, o sorriso de Bonnie, as brigas, os três sim, os xingamentos, a carta de aceitação, as bolinhas de papel, os passeios com Bora... Sua respiração voltava ao normal e ela se afasta, sorrindo para sua professora. Foi libertador.
- Eu passei, senhora Bora – abraçou-a novamente – com 3 sim... a senhora Bonnie disse que foi inovador uma música de garotos cantada por uma menina; ela amou a presilha e disse que meu cabelo era lindo... meu cabelo senhora Bora... o senhor Cha disse que eu fui muito bem treinada e que tenho qualidade e o senhor Song disse que tenho que trabalhar minha presença de palco, soltar minha personalidade e meu carisma... eu tenho carisma? Ah! – estava bem afobada com tanta coisa que tinha acontecido, nessa hora deu para ver que ela realmente tinha muito fôlego – essa é a Yuki... minha amiga... eu tenho uma amiga agora, senhora Bora – apontava feliz para a mocinha japonesa – Yuki, essa é a senhora Bora, minha querida professora.
Ficou feliz ao ver que ela gostou de Yuki e que foi muito amável com ela.
- Oh sim, estou faminta. E você, Yuki? – ficou super animada quando Bora disse que as levaria onde quisessem – sério? Eu não conheço nenhum lugar, senhora Bora, onde me levar será maravilhoso.
A ideia de Bora de comprar mais comida para aumentar a marmita aqueceu o coração sofrido de Eun-Ji, que mal conteve sua alegria ao, finalmente, vivenciar o tão aguardado pic nic.
- Estou tão feliz, meu primeiro pic nic – sorria para as duas – professora, a senhora tinha que ter visto a Yuki cantar, era um anjo do céu. Doce e delicada... eu vou querer escutar aquela música outra vez. Também passou com 3 sim. Ah... ela disse que tem mangás e me convidou para ir na casa dela. Eu posso? – pedia permissão para professora com naturalidade, como se ela fosse mesmo sua mãe ou alguém muito próximo – eu vou levar chocolates. Ela tem shoujos também, eu vou conhecer isso tudo. A senhora conhece? – já que tudo era novidade, ela se empolgava muito fácil – eu conversei com outras pessoas lá também. Ninguém me julgou nem me xingou. Eles foram super legais. Me acharam parecida com uma tal de IU, mas não sei quem é... a senhora me mostra depois? Foi um famoso que me falou isso, o Tae da WINGS, também não conheço – falou de todas as músicas e queria ver todas depois – um outro rapaz me chamou de princesa e um outro disse que não tinha problema eu não conhecer a IU, ah e o Tae disse que é bom eu não conhecer muitos artistas, assim eu não imito ninguém. Ah... ele disse que vai passar dicas para nós – e aponta para Yuki – e eu vou ajudar a Yuki também. Só temos que ver bons horários para nós duas e um lugar. Ai... estou tão emocionada que falei sem parar... desculpe – e ficava corada e baixava a cabeço, mesmo que estivesse rindo com a mão na frente da boca.
- Tira uma foto nossa, senhora Bora? Eu quero guardar para sempre esse momento. Por favor!
Ficava realmente feliz por conversar com sua mãe, era uma pena que não poderiam ficar juntas. Ela leva um susto, pois não achou que ele estaria apresentando atenção nisso. Ele tenta disfarçar e deixa o celular de lado na mesa.
- Geugeos-eun dangsin-i saeng-gaghaneun geos-i anida Não é nada disso que você está pensando
Ela começa a beber seu refri, se engasga com a provocação do garoto e tem um acesso de tosse.
- Ne, dasi hotello. Sim, voltarei pro hotel.
O celular vibra novamente e ela lê a mensagem que a mãe estava demorando para digitar. Ela não pode deixar de sentir uma ponta de remorso, durante todo esse tempo que ela ficou hospedada no hotel, sua mãe deve ter ficado sozinha em casa. Ela responde o texto rapidamente.
" 또한 어머니 느낌!
나중에 화상 통화를 할 경우.
사랑 주의하십시오.
Também sinto mãe!!
Se der faço uma chamada de video mais tarde.
Te amo Se cuide
Ela guarda o celular no bolso e fica observando Min-ki enquanto comem. Depois sugere para eles voltarem para o hotel, pois tinha sido um dia cansativo para todos. E também queria saber se Amihan havia passado.
Yuki observa sorrindo simpática a resposta de Hye-Rim, mas a garota parecia procurar por alguém. Eun-Ji logo descobriu, uma pena foi ela ter ido embora, mas não foi tão ruim, pensou Yuki, talvez ainda pudessem ser amigas, embora isso parecesse improvável. Quando Joon chama Eun-Ji de princesa, Yuki sorri feliz por ver a amiga contente. Quando ela sai para o exterior olha ao redor a procura do irmão, mas não o vê. Precisava pensar se iria esperá-lo ou ir para casa sozinha. Por sorte Eun-Ji encontrou a tal senhora Bora, que parecia muito simpática, então a respondeu:
- É um prazer conhecê-la também. Obrigada! Bom... Eu estava esperando meu irmão, mas ele provavelmente teve que ajudar meus pais na loja... Não sei que horas ele chega.
Então a senhora Bora oferece carona e comida, Yuki fica animada e responde:
- Sério?! Eu gostaria sim de comer alguma coisa... Eu agradeço muito, seria ótimo... Mas não quero incomodar vocês. Vou esperar aqui se for incomodar.
Mas como insistiram, Yuki aceitou, parecia realmente uma boa ideia. Mas fica um pouco envergonhada pela senhora Bora comprar mais comida, se sentia um pouco constrangida por estarem gastando dinheiro com ela, não sabia explicar porque. Talvez porque sabia que não tinha dinheiro e queria ter para recompensá-las também.
Eun-Ji estava falando muito e sem parar, Yuki mal conseguia acompanhar, mas tenta prestar atenção em tudo, pelo menos isso a deixou menos envergonhada. Só que na parte que recebia elogios corou, não estava acostumada a receber elogios assim. Quando Eun-Ji constata que estava falando sem parar, Yuki ri divertindo-se e fala:
- Está mesmo! Mas é normal, meu pai diz que mulheres gostam de falar muito. E sim, quero marcar de passarmos uma noite juntas lendo mangás! A Eun-Ji é muito gentil e foi muito legal comigo. E também canta e dança muito bem, esse cabelo então dela, é lindo! Na verdade vocês duas são muito gentis. Obrigada pelo lanche! Nós conhecemos muitas pessoas legais, não é mesmo Eun-Ji? Parece um dia de sonhos. E a Eun-Ji é muito gentil por se oferecer em me ajudar, eu não sou boa em dança... E preciso de técnica! Foi o que disseram.
Quando Eun-Ji pede para tirar uma foto, Yuki também se anima e vai fazer pose fofa para tirar a foto ao lado da amiga. Depois indicará o lugar que mora para a senhora Bora, porém envergonhada vai pedir:
- Não precisa me levar até a porta de casa, podem me deixar na entrada na minha rua. Não quero incomodar.
- Não sei, está difícil saber o que pode acontecer. – Não queria tomar um posicionamento na hora, não por causa dela, mas pelo andamento das audições. Ficou surpreso quando e imaginando sobre como as pessoas vão reagir as imagens deles.
Esperou pacientemente toda a história da garota, ouvindo toda a vitimização dela e como foi que deve lidar com a outra. Tae continuava a comer sem muito se expressar, com não tivesse sentimento, até mesmo quando falou sobre o antigo grupo dele. Assim que ela terminou de dar as justificativas ele a respondeu.
- Como você disse não somos iguais aos outros participantes. Eu não sou. Não me importo o que aconteceu contigo, mas o fato de ter puxado o tapete da pobre garota, você o fez. – Falou rápido sem deixar espaço para Peach voltar com as justificativas, como se fosse o momento dele falar. – Não assisti essa serie, vi os comentários da garota revelação da série, uma nova estrela surgindo, a Jaelin tinha muito potencial sim, não tinha a esperteza suficiente de se manter no posto de protagonista, isso era notável até nas entrevistas dela, você roubou o lugar dela e nem teve “humildade” de esconder que fez. Não precisa de se fazer de vítima para mim, ao contrário do que muitos acreditam no programa, só talento e beleza não é garante sucesso, que exige um grande esforço. Esforço que acredito que você tem.
Diz de forma insensível, como já estive acostumado com tais ações e esperava o discurso da garota. Não acreditava na mentira contada por ela, o que ainda se perguntava era se ela estava mentindo para ela mesma. Se ela acreditava na própria mentira, de que ela era a vítima do que aconteceu, ela era um perigo para ele. Se ela sabia que realmente o que fez, poderia ser uma grande aliada. Levava a conversa com maturidade.
- Digo isso para ver se posso confiar em você, uma mulher forte é ótima para estar ao meu lado. Se essa imagem de “nos”, vale apena ter.
Terminou a conversa assim que ela começou a mexer no celular. Quando ela decide ir embora dali ele já tinha terminado de comer. Ao garçom aproximar com a conta, pega rapidamente sem deixar que ela pagasse, levava como um desaforo ela ter que pagar, mesmo que a parte dela, afinal ele tinha convidado ela para almoçar, pagou a conta toda.
- Continuamos a conversar. Foi bom te conhecer – Não esperou o carro dele chegar, chamou um Uber e foi sozinho para casa. Mantinha a cara de pensativo, despediu dela só com um inclinar de baixo de despedida para ela. Conversaria com JJ em sua casa sobre tudo o que ocorreu, com profissionalismo e discutindo novas ações a serem feitas.
A senhora Bora era um tipo de mãe calorosa e um ser humano difícil de se encontrar. Ela abraçou forte a menina e fez carinho em seus cabelos até que seus soluços parassem. Era como se ela tivesse o poder de absorver toda as dores da menina e transformar em mansidão com um único toque. Em seguida, dando a ela um sorriso calmo.
- Eu sempre acreditei em você, querida. Agora eles também acreditam. - fez carinho em seu rosto, secando lágrimas e ajeitando fios de cabelos grudados na pele. - Falta só você.
As duas foram levadas para um passeio agradável, primeiro para compras de itens para o piquenique no parque. Depois, curtiram a sombra de uma árvore, enquanto comeram e tiveram sorvetes naquele clima tão gostoso de verão.
- Um anjo do céu? Eu posso imaginar isso - sorriu, olhando com doçura para Yuki. Riu quando Eunji lhe pediu autorização para ir a casa da amiga. Aquilo lhe doía um pouco, pois infelizmente, a ruiva não era sua filha. Mesmo assim, não era o momento de estragar sua felicidade - Claro, querida. Serão bem-vindas em minha casa quando quiserem - Deixou que a garota se empolgasse em sua fala ininterrupta, concordando com a cabeça nos momentos que lhe eram feitas perguntas. Sim, apresentaria IU, conhecia shoujo e compraria algum para ela. Havia tanto que não mostrara a ela ainda… Estava cheia de orgulho e felicidade.
- Eun-Ji é uma boa menina, Yuki. Fico feliz por ter cuidado dela. Ela é uma amiga protetora e carinhosa.
A senhora Bora acabou pedindo para uma pessoa do parque para registrar o momento entre as três, mas também tirou fotos das duas amigas. Ela traria aquelas fotos impressas para que se tornassem mais um amuleto da ruiva.
- Não será problema nenhum para mim. Sou uma professora em período de férias escolares.
Assim, a orientadora dirigiu na rua com a bela visão da praia e o cheirinho do mar que Yuki tanto gostava. A casa da garota era bem pequena e simples. Eunji conseguia entender de onde pessoas como Euntak tiravam munição para falar mal da menina e agora também já saberia mais ou menos como fazer para ir até lá. A família de Yuki ainda não estava em casa, o que era um bom sinal de que o dia estava sendo produtivo.
As duas puderam se despedir e ter, uma na outra, a confiança necessária para continuar na competição de cabeça erguida.
Yuki
Spoiler:
A mãe foi a primeira que voltou para casa. Abraçou a menina e perguntou as novidades. Carregava sacolas com os ingredientes para o jantar especial. Estava sendo muito mimada naquele dia. O pai chegaria mais tarde, com o irmão, que logo pediu desculpas por não tê-la esperado. Ele a abraçou de forma calorosa, dando um beijo em sua bochecha.
A mãe cantarolava enquanto cozinhava o prato favorito de Yuki e era possível perceber que era um dos melhores dias de sua vida também.
Tae-gyu comemorou tanto quanto pode com a caçula, perguntado detalhes da apresentação e ficando sério nos relatos dos momentos mais difíceis. Ele ficou muito feliz de saber que ela tinha uma amiga, ainda que desconfiado no início, mas ao saber de detalhes, estava convencido de que era uma boa companhia para ela. Também quis saber se ela gostou dos tênis e se achava que faltava algo para a próxima apresentação. Ficou feliz de saber que era dança, pois seus tênis novos tinham sido um presente útil.
O pai, ainda que não tivesse dito nada, ouvia todas as histórias e fazia acenos, concentrado de verdade. Seu rosto sofrido revelava uma faísca de esperança que há muito tempo não era contemplada.
A família comeu reunida, esperando alguma notícia do programa na televisão antiga. O que foi exibido em um programa de variedades foram pequenos highlights, sobre os famosos que a garota sabia e um foco maior em Peach e seu novo ensaio fotográfico. O programa de verdade seria editado e exibido depois. Mais tarde, Tae-gyu saiu para trabalhar novamente, em um segundo emprego que lhe consumia a madrugada. A família estava toda enérgica, como a garota nunca vira. Seus sonhos começavam a se realizar.
Eun-Ji
Spoiler:
A senhora Bora deixou a menina em casa em um horário normal de um dia de “estudos” falsos na escola, para não levantar suspeitas. A despedida foi tão difícil para ela quanto para a garota. Mesmo assim, a orientadora não deixava de sorrir nunca.
Ao entrar em casa, era como acordar de um sonho. Como se estivesse vivendo em uma realidade paralela horas atrás. Parecia tão natural poder falar de música, cantar, dançar, falar de shoujos e bobeiras com Yuki, que o clima cinzento de casa era morto e deprimente.
Nenhuma alma lhe recebeu, e uma louça infinita na pia a aguardava para limpar. Era um tipo de punição silenciosa por não seguir o protocolo e fazer uma oração antes de comer em família.
O avô balançava em sua cadeira, de olhos fechados. A avó tricotava para o bazar beneficente. Sua mãe surgiu de repente e a mediu dos pés à cabeça.
- O que é isso? - ela se aproximou da garota e agarrou seus cabelos presos, arrancando com violência a presilha da senhora Bora e jogou no chão. - Está parecendo uma prostituta. Onde você foi desse jeito? Vá lavar a louça - ela estapeou a filha, empurrando-a para a pia e ficou ali supervisionando o trabalho.
- Essa menina não tem jeito mesmo. Eu falei que você tinha que ter mandado para um internato - a avó comentou de forma amarga, tão diferente da tarefa que estava realizando.
- Por que é sempre tão barulhento com a filha daquele homem aqui dentro? - o avô resmungou, saindo do transe.
- Anda! Precisei de você em casa hoje.
A mãe ficou ali até o último prato ser lavado, mas a garota podia reunir toda a energia de que precisava para ser forte dos elogios que recebia. Em casa, era “a filha daquele homem”. Enquanto para alguém, muitos “alguéns”, mesmo que por um dia, tinha sido a menina dos “três sim”. Ela seria deixada em paz depois disso, com a mãe resmungando que não tinha comida para ela. Mal desconfiava que já tinha comido com a amiga.
Em seu humilde quarto, as paredes começavam a parecer menores para segurar seu coração.
Tae
Spoiler:
Peach foi pega de surpresa. Seus olhos se arregalaram. Ninguém já tinha falado daquela forma com ela antes. Ele era rápido e preciso em suas respostas, de forma a encurralá-la com sua leitura perfeita de seus movimentos. Muitas coisas passaram por aquele rosto. Primeiro, foi surpresa, depois, espanto, irritação, uma nova tentativa de se mostrar ofendida até que, enfim, ela abaixou o rosto pensativa, principalmente com a última fala dele e respondia de qualquer jeito as mensagens no celular.
- Nós temos que fazer o possível para estar lá em cima, não acha? Não me arrependo do que eu fiz. Você pode me julgar, mas nunca conseguiria provar, porque sou boa no que faço. Pude ser honesta sobre isso porque senti que você é igual a mim. Pode tentar negar, mas eu percebi. Poderia ter ajudado o seu colega mais cedo, indo até ele com um sorriso amigo falso e salvá-lo das entrevistas, mas você deixou que ele se afundasse por conta. No fundo, você gostou, não foi? - ela deu um sorriso. - Você sabe que é melhor que os outros. Assim como eu sei que sou melhor do que elas. Eu só gostaria de trabalhar com um vencedor. Porque eu sempre sei como vencer. - ela deu um sorriso cheio de si. Não esnobava dele, mas tinha a plena certeza de que sempre se daria bem na vida.
Em seguida, atendeu o telefone, e o rapaz pagou a conta. A garota tinha voltado ao modo alegre casual, pedindo desculpas e pedindo para se encontrarem novamente.
- Eu espero que sim, Tae-shi - O último sorriso que ela deu antes de se separarem foi semelhante ao do diretor Song Yeonim, sem perder a majestade. Ela lhe oferecia uma aliança de poder, que, como tal, possuía riscos. O rapaz precisava pesá-los. Afinal, não era inocente. A garota também não sabia com quem estava lidando. Aproximar-se das pessoas “certas”, era o conselho de sua mãe. Não falava nada sobre o que fazer com elas depois.
Quando J. J. o encontrou, ele fingia estar chorando de emoção, abraçando-o como um amigo.
- BRILHANTE! Você foi brilhante!!
O empresário mostrou a ele destaques da participação de Tae, na mídia, e enalteceu a beleza do garoto nos takes e nas frases bem pensadas. Tudo tinha dado certo. Era um príncipe que atraía a audiência para o programa e para cada passo da vida pessoal dele também. Logo ele mostrou também “flagras” de Tae e Peach juntos no breve momento em que se encontraram no programa e também na sala. Se ele pensava em ignorar a atriz, não seria por escolha do empresário, que estava mais empolgado do que nunca para investir naquela imagem.
- Isso foi tão maravilhoso que eu não poderia ter planejado melhor! Você ganhou seguidores, já olhou sua página hoje?
Era verdade. A todo momento novas notificações pipocavam com curtidas e comentários com corações. Muitas fãs de Peach agora também estavam apaixonadas por ele. Aparentemente, tudo saía de forma perfeita, exceto que, assim como o amor de novas fãs, a cada 10 mensagens, 1 pessoa o xingava. E esse era o efeito “Min-Ki”. O empresário até tentou evitar falar no assunto e repetia:
- Vou resolver isso, tudo bem ? Estou vendo isso…
Ele parecia tão aborrecido quanto Tae, o que descartava a teoria de que ele tinha planejado aquilo. Ou, pelo menos, não era para acontecer daquele jeito. A reunião durou horas de empolgação do empresário, que revelou que a próxima fase do concurso seria uma dança coletiva. Caso ele precisasse encontrar os números de contato das meninas do concurso, J. J. também era a pessoa que faria isso por ele. Era o homem mais feliz do mundo naquele dia, já que estava com a corda no pescoço.
Enfim, ele o deixou em paz, para “o merecido descanso do menino de ouro”, segundo seu empresário exagerado. Toda essa animação foi bem contrastante com o silêncio protocolar de sua casa, vazia, por cada um cuidar de seus afazeres, inclusive o irmãozinho e sua tutora particular. Após os cartões de boa sorte, eles pareciam ter se livrado da ‘obrigação’ de novos comentários. Exceto pelo pequeno, que certamente pularia animado nele, assim que o visse na manhã seguinte. Ele também precisava cumprir com a promessa e entrar em contato com as meninas do concurso.
Apesar da falta de calor em casa, ele poderia ter certeza de uma coisa: a mídia o amava novamente.
Mi Nam
Spoiler:
Minki ria da forma que seu amigo agia. Seu humor ruim tinha ido para bem longe agora. Os dois ficaram ali até terminarem seus lanches e puderam se distrair de seus problemas na companhia um do outro.
Ao retornar ao hotel fornecido pela empresa, Bae também estava ali, falando ao telefone com alguém. Dessa vez ele os cumprimentou, meio timidamente, mas não ficou mais preso em seu fone de ouvido. Ele sorriu um pouco, mas continuou silencioso.
Puderam conversar mais amenidades para disfarçar o stress e, de repente, Amihan apareceu ali, com comida, mas dessa vez tinha garrafas de cervejas escondidas, e doces para comemorar que todos tinham passado.
Minki inventou um jogo de verdade ou desafio para brincar entre eles e obrigou todo mundo a participar, com seu jeito insistente. Acabaram tendo que fazer imitações dos jurados e foi o momento de transformar o Diretor em um tipo de palhaço público. Amihan contou a todos o que Eu Se tinha feito e Min-ki ficou realmente admirado, ficando sem palavras por algum tempo. Amihan a imitou em seu momento de coragem. O loiro lançou um olhar profundo para a menina e apenas sorriu. Era um ato de reconhecimento e admiração. Ele finalmente tinha um amigo de verdade.
Era irônico brincar de verdade ou desafio quando a menina era a própria mentira montada, mas ninguém tocou em assuntos embaraçosos. Aparentemente, todos ali tinham suas marcas e tristezas que não queriam se lembrar naquele dia de felicidade.
O telefone de Eu Se tocou e era a mãe tentando fazer a chamada de vídeo. Ali, não precisou de muitas palavras para a filha perceber que o pai a tinha deixado esperando de novo. A mãe não tocou no assunto de forma direta. Apenas disse que o pai “não pode ir dessa vez”. Como ela chorara e ficara esperando por ele era só deduzível. Entre as duas, existia um vidro intrespassável de mentira. A mãe, por seu casamento de mentira. A filha, pela viagem que nunca existiu. Foi com esse entendimento, que as duas puderam trocar “Eu te amo” e mensagens de carinho antes de desligarem.
Quando isso acabasse, poderia voltar ao pequeno universo de alegria que havia conquistado naquele quarto e isso era apenas o começo.
ACABOU O PRIMEIRO CAPÍTULO! NEM ACREDITO
Gente, obrigada de coração pelo suporte, pelos puxões de orelha e pelos incentivos. Eu nunca pensei que me divertiria tanto mestrando um jogo e que vocês se apaixonariam por ele. Escrevo cada palavrinha com todo o coração (até as que eu escrevo erradas hahaha). Eu me sinto feliz e me animo por causa de vocês em dias ruins. Ainda tenho muito a melhorar, mas estamos fazemos um caminho lindo. Espero que estejam se divertindo. Obrigada.
Tudo que Eun-Ji precisava era o abraço caloroso de Bora e aquela tarde no parque com sorvete e conversas alegres. A garota havia dito à sua professora que quase desistira e que fora Yuki que a trouxe de volta à superfície. Ela ficou muito contente com a ajuda que Bora daria a elas e por todas as coisas que ela lhe mostraria. Ficou mais contente ainda ao ver que Bora tinha gostado de sua amiga, a opinião da professora era marcante para ela. No carro conversavam amenidades e Eun-ji adorou o cheiro do mar, algo que também não conhecia. A casinha de Yuki era adorável e não viu mal nenhum no lugar e não conseguia entender porque aquilo era motivo para caçoarem da amiga.
- Aaaah, sua casinha é adorável, Yuki!
Elas se despediram e Eun-Ji pediu o endereço de Yuki para mandar cartas, isso ela podia fazer, mas a resposta de Yuki teria que ir para outro endereço, o da senhora Bora ou o da escola. Se fosse para sua casa, sua mãe rasgaria ou leria a carta sem entregar à filha. Achou que seria muito abuso a professora passar o seu endereço para a amiga, mas o da escola chegaria normalmente e seria entregue a ela diretamente, daí a professora só repassaria para a garota.
Eun-ji estava tão feliz que cometeu um erro grave, trocou de roupa na casa de Bora, mas esqueceu de desfazer o cabelo e guardar a presilha, o estimado presente de Bora. Não queria entrar, mas sabia que era preciso. Entrou em casa e foi recepcionada por tapas e gritos de sua mãe, mas o que mais lhe doeu foi ver a presilha no chão. Juntou-a depressa e guardou-a no bolso enquanto corria para a cozinha. Não entendia o porquê da mãe estar tão brava se foi um combinado com sua professora que passaria o dia “ajudando colegas com dificuldade nos estudos”. Prometeu em seu coração que as palavras rudes daquele lar lúgubre não tirariam de seu foco. Enquanto lavava a louça, via as imagens daquele dia na água, como as imagens que apareciam na TV. Sua mãe gritou algumas vezes para acelera-la e depressa ela terminou, queria logo o aconchego de seu quarto.
No quarto, ela guardou a preciosa presilha em uma caixinha e guardou-a bem, para não ficar às vistas de sua família. As únicas pessoas com quem podia conversar agora eram suas bonecas. Tinha várias, a única coisa que a mãe fazia por ela, mas a maioria era doação ou presente de outras pessoas da igreja. Contou cada detalhe do dia para uma boneca diferente, deixando cada uma por dentro dos fatos. Mesmo os doloridos tapas não tiraram o sorriso do rosto dela. Já tinha tomado banho na casa de sua professora e agora não precisava sair do quarto para nada, pois até comida já tinha na barriga. Ajoelhou e rezou, depois deitou a cabeça no travesseiro, pronta para retornar ao seu mundo de sonhos.