O Carrasco Covarde, a maior taberna da cidade de Mezanthi, o clima do estabelecimento era bastante agitado, tanto que até agora, antes do sol se pôr de vez, o barulho das conversas e canecos ecoavam até o lado de fora. Claro, esse movimento era justificável, afinal Mezanthi era uma cidade extremamente movimentada, localizada onde dois rios de cruzavam o comércio ali era agitado.
Mas no canto da taberna o clima era um pouco diferente, mais quieto e silencioso, ali se encontrava um grupo inusitado de pessoas, elas tinham sido reunidas ali, por diferentes motivos, alguns por dinheiro, ou por curiosidade...
Zaphyra tinha recém chego em Mezanthi, tinha passado um tempo na Antiga Zartar, mas as influências da sua família a alcançaram lá, agora estava na cidade dos pântanos, procurando um novo trabalho antes que seu dinheiro chegasse ao fim, não demora para contatarem a jovem, para certos grupos de pessoa sua chegada era sempre acompanhada de sua fama.
Ainda que se sentisse desconfortável Raizen se encontrava agora protegido sobre as muralhas da civilização, tinha se perdido de seus companheiros fugitivos a três dias atrás, estavam em seu acampamento improviso quando foram atacados por algo que ele não consegue lembrar, cada vez que ele tentava alcançar a memória, ela escapava de seu foco, como se sua mente se recusasse a se lembrar. Perdido na nova cidade o Druida acabou em uma taberna agitada, chamado por alguns caras ele estava ouvindo sobre algum trabalho, ele não sabia o porque tinha aceitado o trabalho tão facilmente, mas sentia que deveria continuar.
Bhori tem tido problemas para conseguir se sustentar, logo após seus problemas com a nobreza da cidade nenhum ferreiro o tinha aceitado em suas oficinas, e com sua própria casa e forja queimada, poucas opções restavam para ele, acabou tendo que realizar outros tipos de trabalho, o que o levava aquele momento, aceitando um tipo de missão que boa parte das pessoas da cidade não aceitariam, mas ele precisaria de dinheiro para se manter vivo e buscar sua vingança.
Não fazia muito tempo que Hastur estava na região, mas era inevitável a ele ter sua atenção atraída para aquele grande torre de marfim que se elevava no horizonte da cidade, ele conseguia sentir a riqueza de energia que fluía dela, sua curiosidade lhe chamava para aquele lugar, e ironicamente nesses últimos dias rumores de que o feiticeiro tinha sumido estavam correndo pelas ruelas da cidade, não demorou para Hastur procurar fazer partes de um dos grupos que almejavam entrar e investigar a torre.
No fim o motivo de todos eles estarem ali é simples, perto do portão norte da cidade se situava uma torre, ela era a morada de um dos mais ricos e poderosos homens da cidade, o feiticeiro Eliphas Levi, mas estranhamente ele não tem sido visto a muito tempo, os diferentes grupos da cidade já começaram a se agitar, mas ninguém tinha tido a coragem de entrar na torre e tomar para si os tesouros, ou mesmo para descobrir o que aconteceu.
E isso nos leva novamente aquele canto da taberna, um homem corpulento, usando um sobre tudo e com um capuz fazendo sombra sobre o rosto coloca um mapa sobre a mesa, no papel estava detalhado os pontos mais importantes de Mezanthi, ele então colocou seu dedo sobre a torre de Eliphas e começou a explicar -Estamos contratando vocês para investigarem o que aconteceu com o Eliphas e recuperar uma certa pedra roxa, ele geralmente usava ela presa num colar. Ao falar nisso o homem colocou um saco sobre a mesa -Aqui, como prometi 40 moedas de ouro para vocês, 10 pra cada, apenas como garantia... Nesse momento, por um instante, pode se ver um sorriso sobre a sombra do capuz -Pagaremos melhor para os que retornarem.