Ao ouvir as palavras do kuiã, Wakai mordeu o lábio, como se tentasse segurar o restante das palavras, da história. A verdade é que havia encontrado Abáusú em uma de suas provações na floresta, há uns 2 anos, quando havia permanecido dias longe da aldeia, e acabou se aproximando demais do litoral. Ela encontrou-o ferido e quase morrendo, eo curou com seus conhecimentos de herbalismo e medicinal. Até hoje não saberia explicar o porque havia feito aquilo, o jovem estava pintado para a guerra, e ela bem sabia que não pertencia ao seu povo. Talvez porque fosse sua primeira experiência com cura longe de Upiara e seus conselhos, ou porque acreditava que esta era a provação que os deuses e espíritos haviam enviado. O fato é que Abáusú ficou bem em alguns dias, e enquanto se recuperava o suficiente para voltar para sua tribo, ele e Wakai acabaram interagindo, trocando e ensinando palavras, e também "evoluindo" o relacionamento para algo carnal.
Com o padre (António) havia acontecido algum tempo depois, de uma maneira diferente, mas não vinha ao caso agora. Abáusú era um pouco mais velho que ela, porém era um homem realmente MUITO grande, como sugeria o próprio nome. Um dos principais guerreiros de sua tribo, não era de se estranhar que ele se tornasse cacique algum dia. Os dois índios das tribos rivais continuaram encontrando-se por algum tempo, seu ponto de encontro era sempre a caverna em que havia permanecido quando se conheceram. Dependia mais de Wakai do que de Abáusú, pois a caverna ficava em território Tupinambá, e o rapaz nunca soubera exatamente a qual tribo Wakai pertencia, ou onde estava localizada. Quando conseguia ir até lá, o sinal para que ele viesse até ela era algo simples: chuva. Ela fazia um ritual simples que havia aprendido, e a chuva caia apenas próxima à caverna, e de algum modo ele sabia que ela estaria lá.
-Obrigada, Upiara. Eu partirei pela manhã, depois de descansar. - seu plano era sair antes dos primeiros raios de sol e, assim, evitar dar explicações caso alguém a visse sair da aldeia. Tudo ocorreu conforme o plano. No dia seguinte, após o desjejum e um sono revigorante (sem pesadelos, desta vez), Wakai saiu pela floresta em direção ao litoral, não sem antes passar na tenda de Ubatã para verificar sua saúde. Quando o dia amanheceu por completo, ela já estava distante, seguindo o seu caminho até a caverna. Chegando lá, fez exatamente como antes: invocou a chuva ao redor da caverna. Depois disso, era esperar. Ele demoraria quase um dia para chegar ali. No fundo, Wakai sabia que estava ansiosa: não via Abáusú há muito tempo, mais do que gostaria...
thanks weird for
Off: Tinha esquecido de dar nome aos bois HUIASHUSAIHAUSIHS
Tenho que rolar alguma coisa para invocar a chuva?
ps: estarei fora por causa do natal, do dia 23 ao dia 28. Depois no início do ano ferias de 14 a 22 de janeiro e 27 de janeiro a 4 de fevereiro