[!ON!] Uma Árvore Sagrada

A herbanária não precisou dedicar muito tempo para reconhecer aquele cogumelo, embora fosse raro e na verdade ela nunca houvesse visto um 'ao vivo'. Se tratava de um suga-vidas. Eles crescem em feridas abertas ou mucosas e passam a parasitar o hospedeiro, podendo até levar à morte. Ela nunca havia lido nada sobre a possibilidade de parasitarem espécimes vegetais, mas não havia dúvidas que era exatamente isso que estava acontecendo. - E então? - O guarda esperava ansioso por uma resposta.

Algo que lhe surpreendia era o tamanho. Em animais eles não ficavam tão grandes. Talvez, o próprio tamanho agravasse a condição do carvalho, além, evidente, da quantidade de cogumelos que o estavam parasitando. Seria possível retirá-los sem comprometer a árvore? Às vezes a ligação é tão profunda que é difícil deixar o hospedeiro incólume.

Ela ainda pensava nessas possibilidades quando ouviu um barulho de bater de asas. O guarda também havia ouvido, pois havia se colocado diante dela. - Quem está ai?! - Perguntou.

A voz esganiçada de um Kraul respondeu: - Larguem o meu campo! - Ele batia as asas e erguia as patas de modo ameaçador.

- Vocês não vão estragar o meu campo! - O kraul batia ainda mais violentamente suas asas. Yasmin tentava pensar a melhor forma de retirar aqueles cogumelos sem afetar o carvalho, porém, era difícil pensar quando estava sendo efetivamente ameaçada.

O inseto voou baixo dentro daquele túnel e avançou na direção dos dois. De algum lugar ele puxou uma lança e foi com ela que golpeou. O guarda Boros estava munido de um grande escudo e foi ele que resvalou o golpe. Com um contínuo e amplo movimento o homem coberto de armaduras abriu o braço, empurrando o kraul para trás dele. Agora eles estavam em posições invertidas, ainda o guerreiro Boros entre Yasmin e o kraul.

- Você não tem autorização para cultivar esses cogumelos aqui! - Argumentou o guarda. Mas aquilo era óbvio. Um estalo na mente da herbanária fez ela lembrar de uma possível solução: com folhas de alcachofra maceradas e com óleo de andiroba ela seria capaz de preparar um fungicida com propriedades cicatrizantes. Assim ela poderia combater os fungos e evitar maiores danos à árvore ao mesmo tempo.  

Só havia um porém: a coisa toda demoraria - ela precisava preparar o bálsamo e depois ministrá-lo até que tirasse todos os fungos - e se aquele kraul estava cultivando, mesmo que conseguissem afastá-lo momentaneamente, teriam que impedir que ele voltasse.  

- Pare, desgraçado! - O inseto atacava novamente e o guarda defendia-os como podia.

Quando for rolar dados, pode rolar no próprio post aqui no jogo mesmo, que fica mais fácil de eu achar

Yasmin começou a dizer palavras arcanas e de seus dedos, bem como de seus olhos, começou a emanar pequenos lampejos de energia esverdeada. Eles se dirigiam e envolviam o guardião Boros. Pequenos musgos começaram a crescer na pele dele, que também tomava uma textura amadeirada, como se cobrisse de uma casca rugosa. -O que é isso?! - Ele se perguntou, porém, sem tempo de obter respostas, pois o kraul já estava praticamente em cima do mesmo. O guarda atingiu-o com um golpe diagonal de baixo para cima, pegando-o desprevenido.  

O golpe era mais rápido que o normal e também mais forte, pois a energia mágica que pulsava no guardião o impelia a limites sobre-humanos. O kraul, de uma forma ou de outra tentou revidar, mas a dor e a posição comprometida fez o ataque vir frouxo, rebatido com facilidade pelo escudo do homem. Ele agora praticamente encobria a herbanária atrás de si.

- Cuidado! Não se deixe alcançar. - Disse entre dentes.

Você criou um aspecto Imbuído com a Força da Natureza para o guarda, com 2 invocações livres. Ele atacou o Kraul com +5, que defendeu com +4, ele causaria apenas +1 de dano, mas usou ambas as invocações para somar +2 por cada, totalizando +5. O Kraul contra atacou, mas não acertou (rolou +1 contra a defesa +3 do guarda). Você pode conseguir novas invocações livres, ou mesmo atacar, como preferir pra fazer as rolagens vc usa o código abaixo, sem o asterisco:

Código:

[*roll="fate"]4[/roll]

Kraul
1☐ 2☐ 3☒
2☒ Suave: Flanco Ferido.

Do cajado de Yasmin um raio esverdeado que alvejou o kraul sem muitas chances de defesa. Sem mais emitir som algum, o ser insectóide tombou no chão. O guarda Boros respirou aliviado quando sentiu a força cessar sobre seu escudo. - Talvez você pudesse ter feito isso desde antes. - Pareceu sugerir, sem ressentimentos. - E agora? O que precisará fazer? Quando derem falta desse kraul irão mandar outro. Como protegerá a árvore aqui por baixo?

Aquilo era um questão importante. O Enxame Golgari praticamente reinava no subterrâneo e aquele era o 'habitat natural' deles. Impedir a volta de outros krauls era um passo imprescindível para que a aplicação do fungicida, que ela ainda prepararia, tivesse efeito. E mais, para que a coisa não voltasse a se repetir.

O homem armadurado olhava para ela esperando alguma indicação sobre o que fariam.

A herbanária puxou em sua bolsa alguma coisa que pudesse ajudar naquele momento. O tratamento para aquela árvore iria ser longo e o preparo do fungicida era delicado, mas era preciso fazer alguma coisa naquele momento. Mais tarde poderia ser tarde demais. Por sorte ele tinha um pó, oriundo da madeira de uma árvore que era famosa por sua vitalidade e por não ser atacada por fungos. Sem se demorar ela pegou uma boa quantidade daquele pó e misturou com um pouco de água, até formar uma espécie de pasta.

O guarda apenas a observava. Ela aplicou o preparado nos fungos maiores. Aquilo possivelmente ia enfraquecê-los pouco a pouco e auxiliar mais à frente, quando tivesse o fungicida perfeito. Quando acabou, o homem a respondeu: - Eu vim com você até aqui hoje por cortesia, não vou poder trazer um grupo aqui se uma ordem oficial. Acho que você deveria solicitar que alguém no Concílio entrasse com uma ação, omitindo sua restrição durante o tempo do tratamento da árvore. - Guardou sua espada. - Posso ser uma testemunha a seu favor, mas não posso iniciar essa ação por mim mesmo.

O homem pegou o corpo do kraul e ergueu-o. Levou-o para um outro dos vários corredores subterrâneos que havia ali. Ele e Yasmin subiram de volta à superfície. - Eu me chamo Gendux. - Estendeu a mão para a elfa.


Fanoor a esperava no segundo platô do venardi, bem diante das portas que dava acesso ao seu quarto. A loxodonte estava sentada no banco perimetral, olhando o horizonte, por isso a viu ainda enquanto subia as escadas. - Yasmin! - Aquele corpanzil se ergueu e se aproximou. - O que houve, afinal de contas? Descobriu o que está causando a morte do carvalho?

Nesse post aqui descrevi como o fungicida cicatrizante precisa ser feito uma das coisas é que ele demoraria. Então vou considerar que ela improvisou um fungicida leve para iniciar o tratamento, de fato, criando uma vantagem chamada Tratamento Iniciado. Você tem 1 invocação livre desse aspecto para quando for aplicar o tratamento oficial. Acelerei para o retorno ao venardi. Pode descrever onde/como vai começar a preparação do fungicida ou como fará para conseguir a liberação da sua restrição.