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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por Stian Qua Abr 13, 2022 11:06 pm



    Somewhere in Toronto

    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Preview

    Os pés embora descalços não pareciam sentir a neve congelante que os tocava, sequer arrepios ou o tecido humano queimando a cada passo. Muito menos a brisa da recém chegada noite, com o frio absurdo que era característico do inverno contrastando o céu negro e límpido com a neve bruta e acomodada no solo em que você caminhava. Você não sentia nada.

    Olhava aquela casa, que tinha certeza que nunca havia visto mas era tão familiar para você, conhecia cada metro cúbico daquele lugar, sabia onde o piso de tábuas grossas rangia e onde pisar para que o som não pudesse ser ouvido, conhecia também o lugar que a chave reserva ficava e era lá que sua mão procurava, entre os tijolos em meio a neve. A chave já velha e enferrujada em sua mão, ainda continham os segredos necessários para abrir a pesada porta de carvalho que guardava aquela residência.

    Você instintivamente tentava tirar os calçados ao entrar na casa, mas não os usava mais, podia ouvir uma chaleira no fogo mais ao longe e o som da conversa de duas pessoas enquanto uma pequena criança parecia cantarolar alguma música canção que passava na TV a muito tempo. Sentia que no seu inconsciente acompanhava a melodia como se a conhecesse a muito tempo, embora não soubesse de onde e nem o nome ou época que havia ouvido.

    Ao se aproximar, podia ver uma mulher mais velha de cabelos ruivos, chorava enquanto bordava algo em uma toalha de criança na cor azul anil. Estava sentada em uma cadeira de balanço rudimentar, mas que movimentava-se vagarosamente, ela vez ou outra olhava para a criança que cantarolava enquanto fazia desenhos no vidro da janela com o hálito quente no vidro gelado, gerando aquele embaçamento repentino.

    A criança estava de pés descalços, mas não parecia sentir frio, provavelmente porque o fogão era abastecido com lenha e isso criava uma calefação natural para afastar o frio congelante da rua. Usava roupas muito simples, seu cabelo assim como da mulher mais velha, era de um tom ruivo muito claro, não deveria ter mais que cinco anos de idade e em sua camiseta estavam estampados os Duck Tales.

    Assim que chegou perto, seu campo de visão se ampliou e pôde ver toda o resto da humilde sala, em frente a lareira estava de pé uma mulher muito bela, com olhos azuis profundos e longos cabelos cor de fogo, diferente das demais, ela havia parecido notar sua chegada com um breve olhar, mas retornou os olhos para a mulher mais velha sentada na cadeira. A passos lentos que pareciam levar séculos, ela se aproximou da mulher sentada, uma lágrima de sangue escorreu em sua face e ela mencionou palavras com muito pesar enquanto olhava para a criança na janela:

    - Sophie, chegou a hora, me desculpe.

    Em um movimento que você não conseguiu acompanhar, a mulher mordeu a senhora no pescoço. Então tudo começou a girar para você em um ritmo acelerado, finalmente começou a sentir algo e era um embrulho não muito comum no estômago, olhava para si própria e também estava suja de sangue. O som gorgolejante que a pessoa emitia ao dar os últimos suspiros engolfados em sangue só não era mais incômodo que o da menina gritando ao ver toda aquela cena de assassinato brutal. Tudo girava enquanto a ruiva olhava para você e uma segunda lágrima descia, seus olhos não conseguiam mais enxergar o que acontecia, apenas o choro da criança silenciando-se e no último momento pôde ver a toalha rosa no chão, em letra azuis de forma escrito: "CHARLOTE"
    Mulher mais Velha:
    Mulher mais Jovem:


    21 de Janeiro de 2012 - 06:43 p.m. - Cosburn Avenue Apartments - East York District - Toronto

    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  3b120e10

    O som de seu telefone tocando repetidamente lhe tirava daquele pesadelo, você sentia que todas as cobertas estavam molhadas do seu suor. Como todos os cainitas, você suava sangue e aquilo seria algo dificil de passar despercebido na lavanderia do prédio em que morava.

    Sentava-se na cama observando as luminárias com tom mórbidos naquele espaço amplo que Hector havia tido a boa fé de lhe arranjar, não que não fosse no mesmo quarteirão do refúgio dele, mas ter você por perto e sob a visão afiada do mesmo era sempre o objetivo desde o seu Abraço.

    O som de gatos brigando em cima dos telhados vizinhos em meio a neve fazia com que você soubesse que não estava mais sonhando, sentia dor nas palmas das mãos causadas por você mesma com as próprias unhas de tanto apertar a mão em sofrimento com a cena no mínimo estranha que havia presenciado.

    Seu telefone parou de tocar por alguns instantes, mas sem seguida o som de dois bipes significavam uma mensagem. Esticou a mão para pegar o telefone, então percebeu que estava trêmula, mas sentia-se bem alimentada, então era um provável nervosismo ou ansiedade, coisa que pensava que não teria nunca mais uma vez que estava morta.
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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por thendara_selune Qui Abr 14, 2022 10:29 pm



    Charlote  Durand - Clã  Brujah




    O toque do celular era “Mareux - the perfect girl” mesclando-se ao barulho dos gatos, quem sabe estavam zombando dela. Praguejou enquanto tentava se situar que aquele pesadelo não é real. Porém, foi tão vívido que a fez morder os lábios com força, como se ainda tivesse um coração batendo rápido, a pele tão gelada, ainda podia ouvir um eco do desespero da criança e o cheiro do próprio sangue nos lençóis, havia nela  apreensão e confusão nos olhos.  Tocou o próprio rosto, seus dedos se sujando de sangue. Charlote sentou-se na cama pensando ainda imersa no pesadelo e o cabelo em desalinho, fios ruivos perdidos entre os dedos e mãos machucadas combinando com a sensação de nó na garganta. Quem são as pessoas no sonho? Havia uma vampira, talvez culpa, dor e remorso pairando palpáveis, mas antes que pudesse ficar cada vez mais perdida no que viu, o celular calou-se, mas logo os bipes elétricos ao som de Perturbator - Venger [feat. Greta Link] indicavam uma nova mensagem. Tremeu lembrando da realidade, se fosse seu senhor ele odiava esperar. Esticando a mão pegou o celular, deus alguns passos para colocar Lana del Rey que começou a entoar “Cola” . Sentou em uma cadeira e só então lia a mensagem.
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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por Stian Dom Abr 17, 2022 4:27 pm

    Os vampiros, por mais inumanos que pareciam, após seu Abraço mantinham muitas vezes os trejeitos e hábitos de quando estavam vivos. Piscar, tossir, cuspir e até mesmo espirrar. Era uma forma do próprio corpo tentar se agarrar a humanidade e estreitar a passagem da Besta interna que cada um mantinha dentro de si.

    A Besta era uma amiga muito íntima do clã Brujah, ela estava arraigada nas histórias do clã e fazia com que fossem conhecidos como "Cabeças Quentes", tendo em vista o comportamento explosivo de muitos Membros do clã e o frenesi era muito mais comum neste clã. Mas o que a maioria não sabia, era que outrora os mesmos irritantes haviam sido grandes filósofos e a maioria dos antigos do clã traziam seus espectros pensadores ao invés de lutadores e raivosos vampiros.

    Hector era o típico Brujah, irritado e por vezes entediado com o mundo. Buscava sempre novas sensações, novos desafios e gente diferente para conhecer. Se alimentava de tantas fontes diferentes, algumas até mesmo sob efeito de substâncias ilegais no mundo dos humanos. Ele fazia isso, porque era da vontade dele e qualquer ato contrário seria repelido pelo ego inflamado e perigoso do ancillae Brujah.

    Arthuro, pelo contrário, era calmo e reservado. Um artista, apreciador das belezas da vida e que havia muito cedo rompido os laços com sua Senhora. Uma mudança de pensamento filosófico, amarras se soltando, uma liberdade devolvida, um cárcere terminado, estes eram os motivos que haviam feito o Toreador buscar no Sabá uma libertação de sua Senhora abusiva e controladora.

    Os poucos encontros com o Toreador lhe mostravam um homem mudado, ele parecia deleitar-se mais com a vida agora, que havia deixado para trás o posto de prole de alguém da Camarilla. Ele por vezes era muito mais romântico, muito mais assertivo e você sentia emanando dele uma tranquilidade que lhe fazia muito bem, contrastando com todo o medo e abuso que sentia de seu Senhor Hector. E divagando de tudo aquilo que os pouquíssimos Membros que teve contato falam do Sabá.

    Todas essas memórias e sensações se fizeram presentes em um piscar de seus olhos. Seus dois mundos, tão diferentes e tão melancólicos do ponto de vista humano. Havia a necessidade de Hector e a esperança em Arthuro. Uma moeda com dois lados beligerantemente opostos.

    A mensagem discreta era de sua amiga Anita e piscava em letras verdes e com o desenho de uma rosa ao lado do nome na tela de seu telefone.

    Mensagem:
    "Boa noite minha doce Charlote.
    Tudo está mudando nesta cidade longe dos olhos de Deus, e apreciaria sua presença nesta noite, se fosse possível para você, é claro.
    Ambos sabemos tudo que está atrelado a sua vinda até aqui ou não. ELE não pode desconfiar, de forma alguma.
    Mas tenho ótimas notícias para você.
    Ass.: V."

    Anita era a recepcionista do pub conhecido como Arcádia, e estava a serviço de Arthuro, no entanto, você havia salvo o número dela de forma que não levantassem suspeitas para Hector. Uma vez que havia contado sobre várias histórias de viagens que você e Anita haviam feito na adolescência, de como a mãe dela cuidava de você quando estava doente e da amizade grande que existia entre as duas. Tudo uma farsa, para que pudesse encontrar-se com Arthuro escondida.
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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por thendara_selune Ter Abr 19, 2022 7:33 am



    Charlote  Durand - Clã  Brujah




    Ela lembrou que tantas foram às vezes que tentou inutilmente escapar de Hector, aquilo era uma droga viciante, o controle total e a certeza estúpida que tudo que ele fazia era para demonstrar o quanto se importava. Charlote tinha a nítida impressão que  era como ter o nome de um sociopata tatuado em suas entranhas de tal maneira que não conseguia escapar dele. 


    O porão do refúgio de Hector é seu inferno pessoal, havia uma espécie de cubículo minúsculo para ficar ali você precisava se espremer para ficar em pé dentro dele. A fobia de Charlote a fazia suar antes mesmo dele a jogar ali. Bastava um pequeno erro, um olhar com alguma dose de desafio contra ele ou que qualquer um, a olhasse com desejo. Tudo era uma provocação, como se tentassem de alguma maneira invadir o território invisível que ele demarcou na sua adorável criação. Uma vez dentro daquilo o pavor tomava conta de cada parte do corpo dela. Chorava, rosnava, implorava, mas ele ficava do outro lado da porta em silêncio, ouvindo tudo e ela tinha certeza que havia satisfação nos lábios bem desenhados dele. “Todo mundo implora para viver, todos pedem por favor antes de morrer é algo miserável sobreviver nesse mundo implorando para existir, vou ensinar a você que não precisa fazer isso!” A voz de Hector tinha um efeito calmante, adentrando a cabeça de Charlote e parecia fazer sentido tudo que ele dizia. Ele quer que sua cria supere as amarras, por isso ele a enfiava no cubículo escuro. Ficava impassível a ouvindo gritar, arranhar a porta implorando que a tirasse dali. Quando Charlote  já não conseguia gritar, quando as lágrimas já tinham deixado seu lindo rosto destroçado e então  ele abria a porta. A ruiva praticamente rastejava feliz em vê-lo porque tudo que seu senhor quer é torná-la  uma melhor versão de si mesma. 


    Quando ela leu a mensagem o pensamento sobre Hector se desfez dando lugar a neblina vermelha que surgia lenta na mente de Charlote a cobrindo inteira com a sensação prazerosa de ter um refúgio longe do seu criador. Não que  ela tivesse coragem para escapar dele, no fundo, amava as correntes que a prendiam a Hector aquilo de alguma maneira a fazia sentir-se “viva”, não tinha como achar uma explicação racional para isso. Com Arthuro é adentrar um longo corredor escuro, no final dele podia ver uma luz tremeluzente, podia escutar sussurros prosaicos assim como poderia mergulhar fundo no mundo dele sem sentir os espinhos arranharem a sua pele. Naquele mundo de cainitas cada passo era dado sob gelo fino, dava para sentir sangue ondulado abaixo dos pés a cada passo então para Charlote agarrar-se em Arthuro parecia uma rota do meio para se livrar da pressão que é fazer parte da Camarilla.


    Ao terminar de ler um sorriso felino surgia em seus lábios, quase esqueceu a bagunça em sua cama e o pesadelo se perdia na sua mente agora. Pegou os lençóis colocando-os nos sacos de roupa suja. Depois se arrumou sentindo uma dose de animação percorrer seu corpo. Primeiro avisa a Hector que se encontraria com Anita.  Ele não responderia à mensagem, mas ela sabia que ele ia ler e se não o avisa-se teria consequências. “ Não precisa me avisar tudo que faz, mas precisa ter juízo para não se meter em confusão, se precisar livrar você de algo vou coloca-lá no seu quartinho e passar concreto por cima entendeu?!” Hector falava isso segurando o queixo dela, fazendo uma leve pressão e os olhos cheios de emoções difíceis de decifrar.


    Mesmo assim ela não resistiu aos chamados de Arthuro, ir até ele é saltar entre facas, mas ainda assim valia a pena, seja para beber das palavras dele ou apenas para desfrutar de uma noite sem o controle opressor de Hector. Pacientemente ela  caminhou alguns minutos depois pegou um táxi qualquer dando um endereço que a deixava longe de seu prédio e de lá pegava outro para chegar mais perto do Arcádia, aquilo era ingênuo, mas era o que achava melhor se fosse pega poderia dizer ter medo de pegar o mesmo táxi até Anita, que alguém poderia segui-la até lá e colocar a amiga em perigo. Geralmente Hector ficava entediado com as explicações humanizadas da sua adorável cria, revirava os olhos após dois minutos e dispensava Charlote. 


    Ela sai do táxi antes como sempre fazia, depois ia caminhando, passando pelos prédios de uma área com resquícios de uma época mais industrial. Onde bares e clubes foram construídos, tudo trazendo mais vida ao lugar. As luzes brilhando em seus letreiros coloridos quebrando o tom escuro da noite, a música vibrando no ar, até que pega uma rua mais tranquila, onde a maioria dos prédios está para alugar, mas, na verdade, pertenciam a Arthuro e após adentrar um beco que usa de atalho chegava a uma rua com árvores de ambos os lados enquanto um caminho de pedras antigas iam levando até o castelo. Vez ou outra um carro passava indo na mesma direção que ela, algumas vezes ofereciam carona, mas cordialmente ela recusava e seguia sozinha. O lugar fora reconstruído sob supervisão de Arthuro que apreciava história, tinha modos requintados, mas, em simultâneo, era versátil, adaptando-se muito facilmente ao meio que vivia hoje e tornando-se uma companhia requisitada, mas geralmente inalcançável  o que fazia parte do seu charme misterioso.

    Ao entrar buscava por Anita.

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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por Stian Ter Abr 26, 2022 10:02 pm

    21 de Janeiro de 2012 - 07:13 p.m. - Distillery District - Toronto

    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  4436731475_854387b2b8_b

    As ruas eram de pedras muito bem organizadas, formando belos e antigos mosaicos, jaziam molhadas e lisas devido a neve que havia passado na semana passada e as estações de rádio e TV prometiam ainda muito mais neve naquele inverno que chegava para ficar. O Distillery Disctrict era conhecido pelas belíssimas luzes no Natal e também por um mercado que não fechava a noite durante este mesmo período do ano, no entanto, após o fim das festividades, tudo que você podia ver eram algumas luzes circundando fachadas e letreiros iluminados. Ao longe podia ver coisas escritas como ""Because I Love" ou "Christma's Market", e sabia exatamente onde deveria virar nos becos pouco iluminados para chegar em Arcádia, morada de Arthuro e algo que você ousou chamar de "Porto Seguro" em seus pensamentos mais inquietantes.

    A enorme porta era feita de uma madeira maciça e muito pesada, mas os finos e delicados adornos e pinturas que a mesma demonstrava, transformavam-na em pura leveza e beleza. Dois toques no pesado puxador antigo prateado (seria prata de verdade?) faziam com que um homem enorme e de terno abrisse o local, ele era impassível mas seus olhos pareciam conhecer todos aqueles que batiam na porta e se tinham ou não autorização de seu anfitrião para entrar. Com um braço enorme esticado ao lado do corpo, ele fazia sinal para que adentrasse o local. Após os primeiros passos sentia a porta fechando, e apesar de parecer pesar como um elefante, ela encaixava-se como uma pluma entre as tábuas rigídas que formavam sua guarda sem emitir som algum. Era uma obra-prima, assim como muitas outras naquele local que agradavam ao Toreador responsável.

    Era possível ouvir a música de fundo e sentir o cheiro de velas aromatizadas no ambiente, haviam pessoas desfrutando de exóticas bebidas em algumas mesas, drogas e quaisquer que fossem seus mais obscuros e hedonistas desejos. Seus pés faziam o caminho que já conhecia enquanto seus olhos curiosos perscrutavam os arredores em busca de rostos familiares sem sucesso. Havia um enorme arco de pedra, com lindas flores desenhadas a mão por algum artista de séculos atrás que já havia morrido ou talvez o mesmo estivesse naquele lugar, em uma condição similar a sua, era curiosidade ver que todos os cantos daquele lugar eram belos e agradáveis, diferente dos lugares frequentados por Hector, ali você sentia paz e via os traços de Arthuro em cada detalhe que não escapava aos olhos. Arcádia inteira era uma obra de arte feita por alguém de muito gosto.

    O arco levava a um corredor que descia e fazia uma serene curva para esquerda e depois pela direita, um odor característico chegava a suas narinas e a cena que se abria a sua frente era diferente das vezes que havia visitado o lugar. O cheiro era de sangue, em toda parte.

    Haviam no mínimo uma dúzia de mesas espalhadas em cantos do local, que era iluminado por luzes fracas vindas de candelabros enormes pendurados em algum lugar longínquo daquele teto negro, ao mesmo tempo que era belo, era também assustador olhar para aquela imensidão negra pontilhada pelas luzes muito acima de sua cabeça. Entre as mesas vários serviçais bem vestidos carregavam bandejas e taças de um lado para o outro, moviam-se tão adequadamente como se estivessem dançando uma valsa em torno daquela escuridão sem chocarem-se uns aos outros na falta de iluminação, ao fundo era possível ver um lugar familiar, que era o aposento principal de Arthuro.


    Os convidados, na sua visão de neófita, pareciam todos vampiros, trajando roupas de ocasiões variadas e pareciam tratar dos próprios assuntos. Haviam homens de terno, mulheres com longos vestidos e até mesmo era possível ver alguns que portavam rústicas espadas. Você pensava que seria bom se fossem de algum teatro e aquilo não fosse de verdade, embora sua consciência sabia que aquilo era muito real. Eles apenas espiavam você passar por entre as mesas e não faziam menção alguma.

    Passando entre os transeuntes, ninguém levantava os olhos para você e os garçons pareciam desviar com naturalidade, ao longe podia ver um requintado divã que parecia saído de algum navio do século XV e restaurado posteriormente, parecia o único lugar melhor iluminado do local e haviam quadros de qualidade refinada e até mesmo um deles em cima de um cavalete, mostrava uma jovem sem rosto aparente ao lado de uma casa onde passava um rio, faltavam detalhes como se a obra ainda não tivesse sido terminada ou se a inspiração necessária para o final da pintura ainda não tivesse surgido em seu criador.

    Sentado em uma mesa adornada de detalhes dourados e prateados e revestida nas extremidades com couro liso e brilhante, estava Arthuro. Os olhos dele encontravam os seus e sabia que seu coração saltaria pela boca se ele ainda batesse no seu peito. Era um legítimo cavaleiro espanhol, vestia um requintado terno azul marinho e sentava-se com um porte absoluto em uma cadeira provavelmente construída pelo mesmo marceneiro que criara a porta do local. Como se o mundo dele inteiro tivesse parado, ele lhe acompanhava com os olhos, absorto em pensamentos que só ele conhecia, ao ver que chegava mais perto, seu rosto despontava um sorriso sincero e aliviado, e você podia sentir cada um dos centímetros da pele dele movendo-se para recepcioná-la com um dos mais puro dos sentimentos: a paixão.

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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por thendara_selune Qua Abr 27, 2022 6:32 pm



    Charlote  Durand - Clã  Brujah





    Assim que ela entra era o mesmo que submergir em outro mundo onde o vermelho parecia predominar o subconsciente de todos ali, de uma maneira requintada e, em simultâneo, moderna. Um sorriso surgia no canto dos lábios de Charlote porque ela sentia que o lugar inteiro transbordava o toque de Arthuro. Ela tinha certeza disso enquanto andava, não era a primeira que estava ali, mas todas às vezes pareciam especiais aos seus sentidos e ficava imersa na atmosfera do Arcádia. O  cheiro do sangue a faz lembrar da 'ambrosia' e todos os mitos que a cercam. Enquanto caminha mantém seus olhos vagueando vez ou outra sem mostrar interesse real por nada, mas gostava daquela movimentação ao seu redor. A maestria dos serviçais parecia algo teatral. Ao perceber o visual de alguns sentia-se presa em páginas de um livro que conseguiam reunir vários personagens marcantes em uma única cena de um jeito harmonioso demais para ser ignorado. Quando chegava mais perto do anfitrião podia observar os quadros, tudo ali tinha um toque pessoal dele. O jovem sem rosto podia remeter a tantas coisas que se perderam no passado ou quem sabe propositalmente o quadro quisesse ser  indecifrável. Assim que os olhos dela cruzam com os de Arthuro os lábios dela mostram uma linha delicada que forma um sorriso. 

    “Intenso” é o pensamento que a invadia a cada passo em direção a ele. Ela podia sentir um turbilhão de sentimentos revirando-a do avesso quando consegue ler as intenções dele. Era sempre assim, a cada reencontro aquela nuvem instigante entre eles, as longas conversas, o sorriso afiado de Arthuro é uma provocação e tudo isso fazia bem à existência de Charlote. Ao chegar perto o suficiente ela dizia com bom humor. -Boa noite!- Ela o olhou como se nada mais existisse ao redor e depois dava um sorriso porque podia sentir o que fluía dele e aquilo a alcançava com facilidade.
    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  208699


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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por Stian Dom maio 01, 2022 8:21 pm

    "Blasé", este era o nome dado a uma habilidade originada no clã Toreador e que depois passaria a integrar as demais linhagens de Membros ao redor do mundo. Consistia em alimentar seu corpo humano com vitae, de forma que o mesmo simulasse o funcionamento quando em vida. Assim, era possível respirar, corar o rosto, deixar a pele quente ao toque e até mesmo ter relações sexuais, quanto maior fosse o senso humano no Membro, mais fácil era para ele expor tal habilidade.

    Arthuro era assim, enganava-se quem pensava que quanto mais velho, mais cadavérico um cainita ficaria. O Toreador era o oposto, ele podia e andava entre os mortais como um igual, embora possuísse mais de um século de não-vida, era como uma pessoa normal. Mas você sentia nele a emanação sobrenatural, como se fosse um magnetismo próprio, algo que beirava o sobrenatural mas era apenas beleza e carisma próprios e cultivados por tanto tempo.

    Quando chegava ao escritório do Toreador, ele levantava-se respondendo em um tom animado e calmo:

    - Boa noite, a melhor que eu poderia ter nesta circunstância atual.

    Terminava a frase sorrindo e deixando claro que se referia a sua presença. Com um movimento singelo da mão, ordenava a um dos vassalos que fechasse a porta às suas costas. O ambiente escurecia um pouco com a falta da luz dos enormes candelabros do saguão de muitas mesas, no entanto as lâmpadas estavam cobertas com tecidos finos e de variados tons, que deixava o aposento em um tom perene e agradável. Não faltava e nem sobrava luz, era o necessário.

    Ele andava até a outra cadeira ricamente adornada e a puxava para que você se sentasse, quando sentada, ele repousava as mãos em seus ombros. O toque dele amortecia todos seus sentidos, era como se estivesse tocando seu âmago e aquilo girava seus pensamentos loucamente. Era como se estivessem tendo uma noite alucinada de prazer constante, estando os dois ali estáticos, era como provar o sangue um do outro e gerar os efeitos menores de um vínculo. Esquecia porque estava ali, de onde havia vindo e principalmente, da existência de Hector.

    Ele dava a volta e sentava-se, os olhos verdes enxergando dentro da sua alma, um olhar penetrante que congelava suas preocupações e trazia a tona emoções ternas e carinhosas, assim como os desejos mais hedônicos. Pegava um cálice dourado em cima da mesa e girava-o lentamente enquanto iniciava a conversa:

    - Eu fiz toda Arcádia, pensando em você. Era como um refúgio meu e seu, para nossos assuntos particulares e doces sonhos juntos. Uma parte do sonho, eu trouxe a tona e pude chamar este lugar muito belo de meu lar. Assim como eu, muitos vampiros condizem com este local e têm frequentado cada vez mais, agregando assim uma importância muito grande para o meu sonho, que construí pensando em você. Muitos me perguntam de onde é a inspiração necessária e lhes respondo prontamente: Una vez que el amor de nuestra vida pase frente a nuestros ojos, nunca podremos mirar en otra dirección.


    Ele dá um breve gole no conteúdo do cálice e continua:

    - Sei que não compreende meu idioma Natal, trata-se de algo próximo a: Uma vez que o amor de nossa vida passe em frente aos nossos olhos, nunca mais conseguiremos olhar em outra direção. E esta noite, você está aqui vendo minha obra e apreciando dos detalhes que foram inspirados em todas nossas noites juntos e promessas que fizemos. O destino nos colocou obstáculos importantes no caminho, então lhe convidei hoje de forma a tratarmos destes obstáculos.

    Escritório de Arthuro:
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    Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.  Empty Re: Charlote Durand - Capítulo I - Ato 1 - Misanthropic Nights.

    Mensagem por thendara_selune Dom maio 01, 2022 10:12 pm



    Charlote  Durand - Clã  Brujah



    A imaginação dela a fazia ter a sensação nítida que tudo ao redor dos dois parecia queimar como a porra do inferno, mas valia a pena senti-lo tão perto.  - Fico feliz em ouvir isso e ser parte de sua noite me agrada de muitas maneiras.- O tom tímido e cheio de mel. Seus olhos azuis brilham com diversão quando sente o toque dele que é confortável e ainda assim instigante.- Fico lisonjeada com cada palavra sua.- Charlote se moveu e foi para perto dele como um animalzinho doméstico sentou-se no colo de Arthuro como se esperasse ganhar outro afago. Ela sabia que era errado estar ali, mas, ao mesmo tempo, tão certo. Sim, provavelmente Charlote podia se arrepender e amaldiçoar todas as estrelas pelas consequências de suas escolhas. Mas para o inferno com isso. Para o inferno por ser uma boa menina e contar cada passo antes de dar. Para o inferno com a sorte. - Consigo sentir em cada palavra uma vibração bonita e não consigo me afastar…-  Quanto mais ele fala, mas Charlote fica imersa na presença dele, nem tinha como saber se era por sentir o que sentia ou se ele usava algo invisível que a prendia ali de bom grado. - Aqui estamos nós contemplando uma linda paisagem, um pedaço de sonho solidificado em mundo escuro e carmesim.- A ruiva bebe da mesma taça que ele, era mais fácil lidar com Arthuro, a violência nele é uma arte discreta e provocante. Queria ter sido abraçada por ele, mas inegavelmente o outro a mantinha em uma coleira pesada difícil de quebrar ou talvez ela tivesse medo do que isso poderia gerar em sua existência. --Quanto mais eu o conheço, mais estou convencida que existe uma razão maior para termos nos encontrado. Mas seria eu o amor da sua vida?- A pergunta dela é cheia de provocação e desafio que fazem os olhos azuis brilharem. Ele falava sobre amor e Charlote sentiu-se envolvida por ele de um jeito intenso. Então mordeu os lábios de Arthuro com suavidade, aquilo era perigoso e por isso tinha um sabor tão denso como se todo o ar do mundo se tornasse inflamável circundando os dois naquela sala. Mortos em um teatro das sombras distantes dos olhos alheios. - Desde aquela noite que eu vi você, senti como se tivesse tropeçado em um caminho sem volta.-  O beijo de Charlote é cheio de emoções tão humanas, frágeis demais que ainda ecoavam em todo seu corpo morto e perdido em uma não vida. Mas ela se afasta dele antes mesmo que ele reagisse como se fosse um jogo inocente.
    - Não nego que fico orgulhosa em saber que você fez tudo isso pensando em mim.- Sussurrou  e depois deu um sorriso travesso. Os olhos cheios de uma inocência convidativa e isso era genuíno em Charlote uma marca pessoal demais que ela não dissimulava perto dele. Tudo parecia tão verdadeiro aos olhos dela, mas talvez fosse apenas o desejo de se agarrar em algo mais doce que a fazia buscar Arthuro mesmo correndo tantos riscos.

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    Mensagem por Stian Qui maio 12, 2022 11:48 pm

    O Toreador acompanhava seus passos até o colo dele, sentia que ele se deleitava com sua presença, assim como você com a dele. Havia algo muito magnético entre vocês e isso era claro, talvez fosse realmente um amor mágico e intangível, mas muito real, ou era o perigo e a adrenalina de fazer algo “errado” que a mantinha ali, jogada da forma mais pura em seus desejos íntimos.

    Você mordiscava os lábios dele enquanto falava e com os olhos fechados em silêncio ele se mantinha, provavelmente tentando se controlar frente as suas tentativas de tenta-lo. Quando sentia o toque adocicado da Vitae dele, era poderoso, era intenso, ela viciante e ao mesmo tempo agradável. Sentia um prazer imenso dentro de sua boca, uma simples gota descia pela sua garganta e sentia ela queimar dentro de si a ponto de manifestar a mesma blasé dos Toreador sem nem tentar, seu corpo antes morto estava agora muito vivo e não estava sob seu controle. Você sentia o rosto corar, a respiração voltava, sua libido voltava a existir em profusão, podia sentir que sua pele estava muito macia e todas as sensações humanas voltavam uma a uma.

    Era um descontrole do próprio tato, que só aumentou quando se afastou de Arthuro e ele a segurou delicadamente pelo pulso, os dedos dele era macios como os de um bebê, mas o aperto era firma e poderoso, você sentia em cada centímetro do seu braço o quanto ele te queria.

    A mão dele percorreu sua cintura e a puxou para perto de si, o lábio havia parado de sangrar e mantinha apenas uma tímida marca de onde mordera. A boca dele chegava próximo ao seu ouvido e com a bela e doce voz falava calmamente:

    - Nossas vidas e não-vidas, não são feitas de tropeços. Você está aqui porque foi escrito alguma vez no universo que nossas almas seriam destinadas uma à outra, e independente dos obstáculos em nosso caminho, estaríamos sempre juntos ao final. Não existe mais vida em mim, assim como em você. Posso lhe responder dizendo que é pedaço que falta em minha alma, que perambulou séculos longe de mim e agora posso sentir que faz parte de mim e eu de você, como se estivéssemos unidos a milênios em outras vidas.

    Ao final da frase, sentia a ponta do nariz dele tocar seu pescoço e subir vagarosamente sentindo seu perfuma, seu aroma e sentindo você. Até que a língua quente e úmida do mesmo lhe tocou o lóbulo da orelha e proferiu mais daquela voz que estava te enlouquecendo:

    - Eu criei Arcádia, não para viver a eternidade com meu amor. Mas para que meu amor desfrutasse da perfeição que eu poderia dar forma, daquilo que permeava minha vontade sempre que estava perto dela. Tudo aqui exala você, em todos os cantos, todas as pinceladas e todos os detalhes, eles gritam seu nome e aqui deve ser o seu lar. Quer ouvir meus planos antes ou depois que eu a tomar completamente aos meus desejos?

    A mão que lhe segurava o pulso, firmemente deslizava pelo seu ombro, passando em seu peito e agarrando seu pescoço, você sabia o que viria após e estava praticamente se entregando ao desejo, mas em seus pensamentos haveria espaço para a curiosidade?

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    Mensagem por thendara_selune Dom maio 15, 2022 11:40 pm



    Charlote  Durand - Clã  Brujah





    O sabor do vitae a fazia imaginar um oceano quente e vermelho onde as ondas a inundavam de dentro para fora. O corpo inteiro respondia a um chamado íntimo que vinha daquele momento. Era errado, mas, ao mesmo tempo, tão certo que a fez fechar os olhos um instante. A ruiva se afastou brincando com a eletricidade que pulsou ainda mais quando ele segurou seu pulso e seus olhos se perdiam nos dele. A boca dele chegava próximo ao seu ouvido e a voz de Arthuro lhe causava mil sensações que não podiam ser descritas facilmente.  As palavras dele a alcançam de um jeito tão intenso que ela nem pisca. - Você me dá importância demais meu senhor, mas nada mais sou que uma peça frágil em toda essa engrenagem que nos cerca. O seu mundo é cheio de cor, intenções surreais  e manifestações de sentimentos que trazem poder ou levam a queda…Enquanto o meu é violento, rebelde e cheio de uma filosofia urbana que quer abrir espaço em um mundo com peças de xadrez antigas, mas ardilosas que podem nos transformar em meros peões prontos para serem jogados ao fogo!- O tom dela é sério, mas logo se derretia quando sente a língua dele. Aquilo era uma provocação maldosa que a fazia se sentir tão viva e esquecer por completo as palavras revolucionárias que queimam dentro dela ao lembrar dos ensinamentos de Hector. Agora era a submissão que a ruiva oferecia sem resistência a Arthuro em resposta a última pergunta dele. - Vossos desejos agora são os meus também…- Charlote não resiste aquela dança, não tinha muros que pudessem mantê-la longe dele e mesmo que fosse arriscado valia a pena. Não havia um senhor cruel agora, nem muito menos uma corrente pesada em seu pescoço a forçando a obedecer Hector. Naquele momento era como viver um romance de Alexandre Dumas e em um murmúrio lânguido a voz dela parecia um último fio de razão.-“A felicidade faz bem até mesmo aos maus.”- Ao sentir a mão dele em seu pescoço submergia então no desejo de ambos que pareciam navegar de bom grado em um mar  cheio de infortúnio. Isso a fez dar um sorriso enquanto os olhos famintos brilhavam luxuriantes.

    Gif hot que toda fanfiqueira gosta <3:

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