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    O Jogo dos Tronos - Gylen

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    O Jogo dos Tronos - Gylen Empty O Jogo dos Tronos - Gylen

    Mensagem por Alexyus Sáb Mar 25, 2023 12:45 pm

    Capítulo 5
    O Jogo dos Tronos - Gylen A_caza10
    Deixe-me dar-lhe um conselho, bastardo.  Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não se esquecerá.
    Tyrion Lannister

    Gylen destacou os homens que o Lorde Felinight lhe designara para a missão clara mas nem um pouco fácil: localizar o gato das sombras Rakashar em algum lugar da Mata do Rei.

    Meistre Asdulfor tinha absoluta certeza de que fôra o renegado Cornell Felinight que sequestrara o animal para fazer chantagem e causar a derrota de Esdres no torneio, e Beron parecia inclinado a acreditar naquilo também.

    Snow sabia que Cornell estaria festejando sua vitória, mas a ordem dele para seus homens referente ao destino do Rakashar poderia ser dada a qualquer momento, fosse qual fosse ela. Ele poderia decidir tanto cumprir sua palavra e devolver o mascote do meistre Felinight quanto demonstrar seu lado sádico executando o bicho.

    Gylen tinha consigo o furtivo Gaspar, a elusiva Lu Mei e os rápidos e mortais gêmeos arqueiros Anthony e Maxwell Arrow. Seu pai selecionara bem a equipe, eram os melhores mateiros que Snow poderia querer.

    Ele tinha duas opções claras: espionar o acampamento de Cornell para interceptar o servo que poartisse rumo ao Rakashar, ou ir diretamente à Mata do Rei e antecipar-se aos movimentos dos dorneses.
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    O Jogo dos Tronos - Gylen Empty Re: O Jogo dos Tronos - Gylen

    Mensagem por Wordspinner Dom Mar 26, 2023 8:22 pm

    Tap tap tap

    O bastardo batia levemente a bengala na mão enluvada. Ele queria estar sentado. Queria estar festejando a vitória do irmão. Na verdade andava devagar e desconfortável sob o olhar de assassinos competentes. Assassinos sim, pessoas que entendiam fraqueza. Pessoas que viam a que ele demonstrava, talvez já soubessem como matá-lo. Já tivessem um plano.

    Tap tap tap

    Ele demonstrava vulnerabilidade enquanto entendiava aquelas pessoas perigosas. Quantas armas eles tinham ali? Faças? Adagas? Que tipo de instrumento de morte Lu Mei carregava? Gaspar, ele mataria uma pessoa com dentes e unhas? Os gêmeos? Eram todos mais úteis que o bastardo.

    Tap tap tap

    O manco não precisava pensar em como mataria eles, eles juntos, era tudo que ele sabia.

    "Vocês estão aqui porque até um bastardo pode receber alguma autoridade. Mas não pensem que sou o tipo de idiota não vê seu valor. Não respeita quem vocês são. "

    Pelo menos era isso que achava. Ele se apoia na bengala a fazendo ranger no chão.

    "Temos uma responsabilidade a cumprir e sei que são melhores que eu no que precisa ser feito. Ficaria perdido sozinho, mais inútil que um aleijado sem sua bengala." Ele sobe e desce a peça de madeira pontuando sua observação.

    "Precisamos resgatar o gato. Precisamos fazer isso antes que seu captor possa trair sua palavra. Antes que ele possa cumprir com sua palavra também. Temos uma mensagem a entregar: Cornel não está no comando." Ele aperta a bengala com força. "Nos estamos." O bastardo deixa a raiva infectar a voz, mas a mantém sob controle. Aqueles não soldados amedrontados que precisavam ser inflamados. Eles precisavam saber que não estariam seguindo um imbecil iludido.

    "Lu Mei,  você já se provou atenta e afiada nas ruas. Seus últimos dias aqui te levaram por todos os cantos entre os acampamentos. Acompanhou as damas da casa e viu todo tipo de nobre e servos e bastardos de toda sorte. Você vai manter seus olhos na festa de Cornel e quando vir algo útil vai nós deixar saber." O bastardo sabia que não a controlava e sabia que ela era perfeita para a tarefa. Só rezava para ela cumprir com o que ele pedia.

    "Vocês três vão a mata do Rei. Se tem um lugar onde se esconderam para sua desonestidade é lá.  Vocês vão encontrá -los. Se estiverem lá,  eu sei que vão encontrá-los. São hábeis e astutos e conhecem o selvagem melhor que qualquer dornes cheio de areia." Conheciam mesmo. O bastardo coloca a bengala sobre a mesa e começa a desabotoar os botões da sua melhor sobre casaca. A que tinha escolhido para a vitória dos Felinight no torneio.

    "Eu sou lento e só iria atrasar. Talvez prender meus pés desajeitados numa raiz e quebrar a perna." O bastardo olha o símbolo da família no tecido caro antes de deixar a peça na mesa. "Hoje não vamos caçar com honra e respeito." Ele ajeita as suas lâminas no corpo. Tinha todas elas consigo.

    "Eu vou ficar na entrada da Mata do Rei esperando no escuro. Esperando encontrarem algo, mas esperando também para receber qualquer um que se ponha no caminho de vocês. Seja um bêbado leal ou a maldita guarda real inteira." O bastardo olha calmamente de um para o outro. Essa era a hora em que ele precisava dar algo a eles. Dar a eles o conhecimento de que não estavam sozinhos como ferramentas descartáveis. A vida dele estaria na mesma linha.

    "Hoje vamos entregar uma mensagem sutil e discreta sobre poder. Seja ela escrita com a ausência de um gato ou com corpos ensanguentados." O bastardo deixa sua bengala para trás assim como todos os símbolos de sua casa e sai com seus assassinos. Seus matadores. Seus bastardos.

    Ele sabia que nenhum dos cinco ia olhar para trás.
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    Mensagem por Alexyus Qua maio 03, 2023 5:10 pm

    Com os comandos de Gylen, Gaspar, Lu Mei e os gêmeos saíram para cumprir suas missões.

    Já era então fim do dia, e o sol começava a se pôr no oeste de Westeros.

    Lu Mei desapareceu de vista, provavelmente disfarçada, para espionar o acampamento de Cornell.

    Gaspar liderou os gêmeos para a Mata do Rei, à frente do passo marcado de Gylen.

    Snow tinha de cruzar o rio Água Negra para chegar à floresta, e a melhor forma de fazer isso era pegar uma das muitas pequenas balsas no cais de Porto Real. Pagando um valor modesto, poderia ser transportado para a outra margem onde já começava a maior floresta do sul de Westeros. Parado no movimentado porto, Gylen poderia ver a mata dominando todo o horizonte.

    Outra forma de adentrar a Mata do Rei era seguir a Estrada do Rei, que a cruzaria mais ao sul no caminho para Ponta Tempestade. Seria um longo e movimentado caminho, e levaria horas para mesmo atingir as árvores. Também parecia improvável que qualquer um querendo se esconder ficasse muito próximo da estrada, sendo isso mais próprio para salteadores de viajantes.

    Gylen poderia escolher a melhor forma de cruzar o rio, mas não fazia ideia de para onde teriam ido Gaspar e os irmãos Arrow, e nem como eles fariam para encontrá-lo se assim precisassem. Não havia uma entrada oficial pela margem do rio, havendo muitos caminhos possíveis para o interior das árvores.
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    Mensagem por Wordspinner Sex maio 05, 2023 7:08 am

    Porque escolher quando se tem tempo?

    Ele precisava ver e ouvir. Sentir os caminhos e até conversar com quem estivesse por lá.

    Uma caminhada relaxante pela estrada do rei deveria dar lhe uma medida da mesma. Algum vendedor na estrada? Alguma casa grande se passando por taverna? Pedintes? Qualquer um poderia dar a informação que precisava. Não era todo dia que alguém passava por ali tentando esconder um gato das sombras se é que as pessoas ali o reconheceriam como mais que uma fera selvagem.

    Gylen andaria pela Estrada do Rei por uma longa hora antes de voltar e seguir para as balsas. Não tinha a intenção de atravessar e sim investigar. Reclamar dos nobres e seus pedidos absurdos. Será que algum deles reclamaria de volta de ter sido acordado no meio da noite para levar uma carga misteriosa? Seria sorte. Contrabando talvez. Mas valeria a pena investigar. Olhar as condições do local. Talvez até ir ao outro lado e fazer o mesmo lá.

    Um passo de cada vez. Gylen começa a andar. Andar e se amaldiçoar por ter deixado a bengala para trás. Necessário? Talvez. Mas uma má ideia. Seus homens não teriam usado as balsas. Teriam seguido pela estrada como ele estava fazendo. Merda de ideia de andar. Andar era para os camponeses, os destituídos, os pedintes. Aparentemente também era um privilégio dos bastardos burros.

    Um passo depois do outro ele segue pela estrada.
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    Mensagem por Alexyus Sáb maio 13, 2023 6:30 pm

    Gylen não sabia qual caminho seus comandados teriam tomado para ir à Mata do Rei. Mas o bastardo Felinight escolheu seguir pela Estrada do Rei.

    A Estrada do Rei passava justamente na entrada do Portão do Rio da cidade de Porto Real. Ela contornava os campos do torneio, demarcando os limites da área dos acampamentos. As barracas do festival tinham sido montadas nas margens da estrada, o que provocava um grande congestionamento nas áreas mais próximas do portão. À medida que a estrada ia se afastando da cidade, as barracas rareavam rapidamente , terminando por desaparecerem por completo a cerca de uma milha da área do acampamento.

    Uma coisa que Gylen percebeu foi que a Estrada Real não fluía do Norte para o Sul, mas sim na direção oposta. O início dela era em Ponta Tempestade e ela avançava rumo ao Norte, encontrando-se em Porto Real com a Estrada das Rosas, que vinha da Campina, e a Estrada do Ouro, que vinha do Ocidente. A capital dos Sete Reinos se beneficiava de ser um nexo entre essas importantes vias de locomoção e comércio. Atravessando uma longa ponte, Gylen chegou à outra margem do Água Negra, caindo numa via de terra ladeada de ambos os lados pela espessa floresta real. 

    O bastardo Snow mancava passo a passo, metro a metro, vendo o sol se pondo no horizonte enquanto ele se afastava da capital. Os viajantes que cruzavam com ele eram cada vez menos, ao passo que eles escolhiam pernoitar em hospedarias ou montar acampamento enquanto a escuridão não os cobrisse por completo.

    Sozinho, Gylen teria dificuldades para fazer mesmo uma fogueira que fosse por si mesmo, dada a dificuldade de ajuntar galhos na penumbra do crepúsculo. Ele poderia tentar improvisar uma tocha para continuar sua caminhada, ou mesmo procurar algum lugar para acampar do melhor jeito que pudesse.

    Mas ele teria que escolher rápido o que faria, ou ficaria cego na escuridão da noite no meio da estrada.
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