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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Empty Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

    Mensagem por Soviet Seg Mar 18, 2013 1:29 pm

    28 de Tarsakh, 1372.

    O vento que soprava do oeste era gelado e cortava o rosto de todos. O ano estava na metade da primavera e ainda faltavam meses para o inverno, mas o clima neste lugar ermo do norte de Faerûn não era piedoso; a Geleira do Verme Branco e a Grande Geleira fazem questão de lembrar por todo o ano os rigores do inverno aos habitantes de Damara.

    O grupo seguia em perseguição ao feiticeiro Aach Crvenka desde o início do mês e tudo começava a ficar muito frustrante, já que tudo o que eles conseguiam eram seguir rastros; depois de atravessar do sul ao norte todo o Baronato de Ostel, com Rakum e Ahrcon fazendo o trabalho de batedores, a única vez em que se encontraram com Crvenka foi na cidade de Portith, quando o feiticeiro escapou usando sua magia antes que qualquer confronto se concretizasse. Apesar disso o grupo conseguiu conhecer sua presa, e o que mais chamava a atenção no feiticeiro, além da cabeça raspada e os braços repletos de cicatrizes, era uma tatuagem que cobria todo o lado esquerdo do rosto de Crvenka. A missão ofertada por Ivanko Dramvor, burgo-mestre de Tavda, uma pequena vila de mineradores e fazendeiros localizada à dois dias de distância de Zarach, era trazer Aach para a vila vivo, onde ele seria julgado pelos crimes de comunhão com forças malignas, sodomia e tantos e tão variados assassinatos que apenas ouvir os relatos dos morados de Tavda e do burgo-mestre causava repulsa e nojo nos aventureiros. Mesmo Ivanko precisou de um copo de água e alguns minutos sentado em sua poltrona para se recuperar enquanto explicava ao grupo a missão.

    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Caminho%2520dos%2520her%25C3%25B3is

    O Grande Imphras acompanhou o grupo por toda a viagem desde Zarach, e suas águas claras e frias foram um contraste agradável ao rastro vermelho de mortes que Crvenka deixou pelo caminho. O feiticeiro parecia ser extremamente perturbado e violento, além de ter fortes tendências piromamíacas. Em várias cidades e vilarejos por onde o grupo passou eles encontraram uma trilha sinistra de corpos mutilados e carbonizados e, durantes as investigações, o grupo percebeu que muitos corpos tinham o tórax aberto e que faltavam órgãos, na maioria das vezes o coração, mas também os pulmões, os rins e o fígado. Outra coisa que chamou a atenção do grupo foram corpos onde faltavam músculos da perna ou dos braços, meticulosamente cortados. O rastro de Aach fez o grupo sair de Tavda e seguir para Zarach, e de lá seguiram para o norte às margens do Grande Imphras, passando por vilas e cidades pequenas até chegarem em Praka e depois Portith, cidade onde o grupo permaneceu por mais tempo até agora. Depois os aventureiros se afastaram do Grande Imphras e seguiram para o interior de Damara, para a cidade de Brotha, cruzaram o rio, visitaram uma cidade próxima à Morovar e de lá seguiram para a capital do reino, a cidade portuária de Heliogabalus. Cruzar o Baronato de Ostel durante a primavera geralmente não toma mais do que uma dezena de qualquer viajante, mas por causa das investigações, o grupo fez essa viajem se estender por quase um mês, chegando na capital no 27º de viagem.

    Sem dúvida Heliogabalus era a maior cidade que o grupo visitou em sua viagem. Cerca de 25.000 pessoas se esbarravam pelas ruas estreitas da cidade, casas simples e de dois e até três andares dividiam espaço com as mansões dos nobres e mercadores ricos de Damara. A variedade de raças que caminhavam pelas ruas era grande; diversas etnias humanas dividiam seu espaço com anões do escudo e dourados, halflings, gnomos e até uma pequena comunidade svirfneblin, que vendia seus produtos na cidade. Meio-elfos são mais comuns na cidade do que seus pais elfos, mas ambos podiam ser visto pelas ruas de Heliogalabus, e apesar dos anos em guerra contra o Rei-Bruxo de Vaasa e seu exército humanóide, meio-orcs são comuns na cidade e poucos são aqueles que sofrem com o preconceito ou alguma outra forma de violência. Caravanas mercantes iam e vinham pelas ruas, mercados livres tomavam ruas inteiras com os mais variados produtos e todos eles estavam apinhados de pessoas, estivessem elas comprando ou furtando dos mais desatentos.

    Depois de quase uma hora andando pelas ruas da cidade, o grupo tinha visto praticamente tudo de interessante ou importante que havia na cidade: a Canção Invernal, uma estalagem de alta classe que fica na parte nobre da cidade; O Sorriso da Deusa era uma estalagem amigável e também um mercado de armas, armaduras e outros itens, um claro ponto de encontro dos aventureiros que estavam na capital, e o 'Ninho dos Ratos', como é conhecida uma taverna nas docas de Heliogabalus que não possui nome, é o buraco onde se enfia a escória da cidade, desde pequenos ladrões até traficantes. Muitas mulheres se ofereceram para o grupo quando eles passaram pelo ninho, e Rafur teve que ser praticamente arrastado de lá para o grupo poder continuar, já que o sacerdote começou a conversar com as mulheres, tentando convencê-las a abandonar aquela vida. Outro lugar interessante era a Fenda de Amakiir, uma loja que vendia produtos arcanos. O grupo sabia que as chances de encontrar alguma pista de Aach nesta loja eram grandes.

    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Taverna
    Taverna O Sorriso da Deusa

    Faltavam cerca de três horas para anoitecer e o grupo sabia que Aach Crvenka estava em Heliogabalus, eles só precisavam decidir por onde começar a procurá-lo.
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    Mensagem por Felarhix Sex Mar 22, 2013 12:12 pm

    Rafur estava perturbado com tanta prostituição, assim com o contraste entre a máxima riqueza e a máxima pobreza.

    -Por Moradim, essas pessoas tem que ter um pouco mais de compaixão com o próximo e consigo mesmos. Nossa, nem consigo pensar direito por onde podemos começar a procurar aquele ser das trevas. E vocês, o que acham?

    Ele olhava atendo a todos que passavam por eles ainda pensando em tudo que havia visto.
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    Mensagem por anderson Sáb Mar 23, 2013 2:32 am

    More também não era concorde com toda aquela desigualdade. A prostituição não era bem uma coisa que ele não aceitasse, haviam mulheres que não podiam se cuidar ou mesmo trabalhar de outra forma. Estas trabalhavam com as armas que tinham.

    O Gnomo não tinha idéia de como encontraria o tal mago, mas não largava sua folha de anotações por um minuto. Ficava voltando e olhando páginas para ver se não esquecera algo, algum rastro que pudesse levá-los na direção do infame Crvenka.

    Com Tyr como seu guia, Thomas não queria perder a oportunidade. Precisava levar à justiça um homem que ainda estava a solta por um erro de cálculo daquele que se achava o melhor entre todos os viventes: Ele. Sabia muito bem se suas faltas e queria expiá-las e com as graças dos Deuses iria.

    Em sua túnica que caía até a canela ele carregava o elmo com uma corda entre o ombro esquerdo e o flanco direito. Sua túnica tinha motivos de vários Deuses bondosos e seus aliados. Não era devoto de apenas um deles, era de toda a legião do bem, e alguns não tão bons assim. Suas botas eram confortáveis e o seu rosto marcado com a dor do fracasso. More era muito inteligente, sábio, mas também era exigente demais consigo mesmo. Algumas falhas em missões passadas e, mesmo, a demora em prender Aach Crvenka pesavam em seu semblante que já não ostentava a simpatia do povo Gnomo e seus olhos e cabelos castanhos ajudavam ainda mais a manter as faces em tom de profunda frustração.

    Thomas puxa Rafur pelo braço quando do discurso catequético com as mulheres. Ora, não seja moralista. Quando este pergunta ele logo responde:

    - Na certa devemos começar pela Fenda de Amakiir. De certo que ele passara por lá. Devemos ir com cautela pois podemos até encontrá-lo lá e não podemos permitir que fuja.
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    Mensagem por Cyrus Leghorian Seg Mar 25, 2013 7:10 pm

    Heliogabalus era a maior cidade que Hildir Footsilver vira em seus vinte e cinco verões de vida. O pequeno halfling passara a maior parte de sua vida numa aldeia de halflings, assim como o seu amigo Rakum, que também estava nessa viagem em perseguição a um cruel e poderoso feiticeiro chamado Aach Crvenka. Eles viajaram por vários lugares, viram cenas da crueldade de Aach e agora chegaram à capital de Damara. Pelo tamanho da cidade portuária, seria mais fácil encontrar informações do feiticeiro, que deveria ser conhecido por estas bandas.

    Footsilver era um halfling disciplinado (ao contrário de Rakum), que não incomodava os outros membros do grupo (com a exceção de algumas repreensões feitas à Rakum) e possuía um cachorro de montaria (no lugar de um pônei ou um cavalo). Duncan era um animal bem adestrado e tão corajoso quanto o seu dono. Sendo um cachorro de raça, Duncan sabia se comportar na maioria dos momentos, mas tinha um ponto fraco por cadelas no cio.

    A armadura de Hildir resplandecia em prata, assim como o seu escudo que continha o símbolo de fertilidade de Yondalla: uma cornucópia. A Matriarca Educadora sempre foi a responsável por guiar os passos de Footsilver, que se apoia em sua deusa como se apoiaria em seus falecidos pais. A causa de Yondalla era a sua causa, e faria de tudo para representá-la bem no mundo terreno.

    Foi com esse pensamento que a Hildar chegou à Heliogabalus ao lado de Rakum e dos demais membros do grupo. Eles viram alguns lugares interessantes para se começar a busca por informações, mas como todo halfling, Footsilver pensou primeiro num belo pernil após a exaustiva viagem.
    - Meus companheiros, se querem ouvir a minha opinião, eu sugeriria o Sorriso da Deusa. Além de uma estalagem ser um local apropriado para fazer perguntas e obter respostas, acredito que podemos aproveitar e dar uma passada na cozinha para ver o que tem de bom. Minha barriga ronca, e Duncan também está ficando com fome.
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    Mensagem por S2 Barbinharossa S2 Seg Mar 25, 2013 10:11 pm

    Apesar dos vários dias de viagem que se passaram e do corpo fatigado, Rakum não via a hora de encontrar o tal feiticeiro, ele deveria pagar por todos os atos ilícitos que havia cometido, os vários anos passados ao lado de seu "irmão" Hildir, foi o suficiente para o nanico aprender o dever de justiça, o que não era muito comum entre os povos bárbaros.

    Rakum apesar de ser um halfling, raça alegre e divertida, não era igual aos seus primos distantes, era mais contido, mas não deixava passar uma boa conversa, o tempo ao lado de Hildir o ajudou muito no sentido pessoal e intelectual se assim podemos dizer.

    - Onde 'ocês forem, eu vou - Diz enquanto esperava a decisão final.

    Uma coisa ele não podia negar, a fome era muita e podia ser ouvida, a barriga estava roncando alto.
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    Mensagem por Glemilson Qua Abr 03, 2013 12:52 am

    Ahrcon era um homem misterioso, que falava pouco, mas não mais do que o necessário. Ahrcon conhecia bem os lugares mais sujos e obscuros das cidades, não que gostasse muito daquilo, mas não podia negar que era onde se podia realmente saber das coisas que pessoas tentam esconder e já estava na companhia de seus amigos há um bom tempo para que eles soubessem que era um homem frio quando devia ser, mas honesto e leal à quem merecesse, não era como seu amigo paladino, mas as vezes partilhava de seu senso de justiça, quando não era exagerado.

    O grupo já estava no rastro do homem à bastante tempo e agora se encontravam na capital de Damara e lá havia vários lugares onde um homem poderia conseguir informações, era uma cidade grande e nas cidades grandes havia muitas pessoas uns pouco sabia, mas outros sabiam até demais.

    Ahrcon ouve tudo que é dito e por último fala, quase sussurrando e lentamente:
    - Acho melhor conversamos pela taverna e podemos ver se alguém lá sabe algo e depois acho que poderíamos ir na loja de Arcanos.

    Ahrcon Vestia roupas cinzas com detalhes em azul escuro e longas botas de couro e um longo manto cinza que cobria seus equipamento e a maior parte do seu corpo.
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    Mensagem por Cyrus Leghorian Qua Abr 03, 2013 8:27 pm

    - Parece que você perdeu a votação, bom More - diz Hildir dirigindo-se ao gnomo. - Iremos para o Sorriso da Deusa então, onde comeremos um bom rango e depois procuraremos as informações sobre o mago das trevas na própria estalagem. Se não encontrarmos mais nada de relevante, aí partimos para a Fenda de Amakiir - supondo que todos tinha chego a esse consenso, o halfling acariciou as orelhas de Duncan e seguiu o caminho pelas ruas da cidade em seu lombo.
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    Mensagem por Soviet Seg Abr 08, 2013 10:29 pm


    A fome faz o grupo seguir para O Sorriso da Deusa, mas a taverna também deve ser um bom lugar para se iniciar as investigações em Heliogabalus. O pequeno prédio de três andares numa rua estreita não aparentava ser uma taverna ou estalagem; o andar térreo tinha suas paredes construídas em pedra pintadas a muito de vermelho e os andares superiores tinham paredes de madeira, o que fazia crer que elas foram construídas sobre uma casa antiga. As tábuas de madeira também estavam cobertas por uma tinta branca fosca e descascada em alguns pontos e, por incrível que pareça, esta aparência, que algumas pessoas poderiam tomar por desleixada, davam um certo charme ao prédio. O Sorriso da Deusa tinha duas portas, uma para cada rua, e elas eram pesadas e feitas com uma madeira escura.

    Assim que os companheiros entram na taverna, são envolvidos pelo cheiro de lenha queimando, tabaco, carne assada e cerveja. O interior d'O Sorriso era bem aconchegante, apesar de um tanto 'enevoado'; um pequeno balcão se estendia na parede norte, de frente a uma das portas, e chegava muito próximo da porta por onde o grupo entrou, cerca de sete mesas estavam espalhadas pelo salão e na janela da parede sul havia um piano estreito que recebia as mãos rápidas de um menestrél. As mesas redondas estavam quase todas ocupadas, e apenas duas, próximas demais do piano, estavam livres. Infelizmente não havia espaço no balcão. Uma mesa tinha um animado jogo de cartas, enquanto nas outras comiam toda a espécia de aventureiros. Duas garotas e um rapaz atendiam as mesas, enquanto um homem muito alto e com uma barba e uma barriga imensas estava no balcão.

    Mesmo diante de todo este clima amigável, Rafur ainda tinha parte de sua mente voltada para as mulheres da noite. Rakum pode sentir o cheiro de batata assada e Hildir o de ensopado, e ambos ouviram um estrondoso ronco vindo de suas barrigas. Ao ver novos fregueses chegarem, o homem atrás do balcão sorriu simpaticamente.

    - Sejam bem vindos ao Sorriso da Deusa! Sentem-se, logo uma das minhas filhas ou então meu filho irá atendê-los!
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    Mensagem por Cyrus Leghorian Qui Abr 11, 2013 4:36 pm

    - Fica perto de mim Duncan, e não aceite comida de estranhos... - ia dizendo o halfling enquanto adentrava a taverna ao lado de seus amigos e de seu cão fiel. Ele era novo na cidade e portanto todo cuidado era pouco.

    Porém o Sorriso da Deusa parecia ser um lugar amigável, pelo menos foi a conclusão que Hildir tirou após ver o ambiente em seu interior. O cheiro de carne assada era um deleite para suas narinas, e o som de piano agradava os seus ouvidos. O halfling foi o primeiro - mesmo com o seu tamanho diminutivo - a enxergar as mesas vazias próximas do piano. Ele ouviu o taverneiro falando para eles se sentarem, e foi isso que o halfling fez. Ao passar pelas outras mesas que estavam ocupadas, o halfling observava de um modo nada discreto o que as pessoas estavam comendo. Tendo se acomodado em sua cadeira, ele assobiou para chamar a atenção de uma das filhas do taverneiro.
    - Jovem senhora, eu estou com tanta fome que acho que caberia um boi inteiro em minha barriga. O que vocês tem de melhor para nos servir? Algum prato do dia especial para um grupo exausto de tantos dias de viagem?
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    Mensagem por anderson Dom Abr 14, 2013 9:48 am

    O Gnomo sentia muita fome, mas conseguia disfarçar bem e encontrar o infame Crvenka era combustível para sua alma. Um ruído em sua barriga o acordou de sua ilusão. Bem, não era combustível o suficiente. Ele se senta e também fala a moça:

    - Bela senhora. Para mim também. E um pouco de vinho.

    Mesmo dali ele observa todo o lugar. Na noite passada tentara desenhar uma espécie de retrato falado do mago, mas suas habilidade pouco o permitiram. Logo que comessem ele iria fazer o movimento.
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    Mensagem por Glemilson Qui Abr 18, 2013 4:35 am

    Ahrcon percebe o número de pessoas dentro da taverna e ao contrario dos companheiros vai até o balcão, esquerando-se até chegar mais próximo do Senhor dono da Taverna.
    - Vejo que aqui passa muitas pessoas. O homem fala em tom de simpatia e continua.
    - Me dê uma garrafa de vinho por favor e prato principal da casa para aquela mesa. Ahrcon aponta para a mesa onde seus companheiros estavam se sentando, após receber o vinho o jovem toma alguns goles de vinho e continua.
    - Senhor, estamos procurando uma pessoa e gostaria de saber se ele passou por aqui... o senhor poderia nós ajudar nesta busca? Ahrcon ponhe uma mão no balção com algumas moedas em baixo das mãos, algo discreto, mas com um sorriso no canto do rosto.
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    Mensagem por S2 Barbinharossa S2 Sex Abr 19, 2013 9:10 pm

    Rakum nao via a hora de comer um bom assado, fazia muito tempo que nao sentia um bom gosto na boca.

    - Me trazer prato da casa cheio pra mim, eu comer tudo, estou com fome - Diz meio atrapalhado em suas palavras.

    A ideia de iniciar a buscar num taverna era perfeita, juntava o util ao agradavel, afinal poderiam comer e investigar ao mesmo tempo, ate que o nanico estava gostando dessa nova empreitada.

    Enquanto a comida nao chegava o jovem barbaro apenas observava ao redor e prestava atencao na conversa de seus companheiros
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    Mensagem por Soviet Seg Abr 22, 2013 7:53 pm

    A garota que atendeu ao chamado de Hildir tinha o cabelo vermelho e bagunçado, o que não favorecia seus olhos azuis ou seu rosto sardento e inocentemente belo. Ela se aproximou com um sorriso, tomou nota mentalmente dos pedidos, e se afastou com o mesmo sorriso com que chegou. Os companheiros notaram que Ahrcon se demorava no balcão, mas não se importaram muito. O ladino fez isso durante toda a viagem sempre que o grupo precisava de informações e, de vez em quando, tinha bons resultados. Além disso o cheiro inebriante da comida e a agradável música que vinha do piano eram o suficiente para distraí-los enquanto conversavam e esperavam a comida.

    Mas, não havia se passado nem cinco minutos que o grupo havia sentado e um tipo magro e muito alto, com o rosto e as mãos muito magras, se junta à mesa sem ser convidado. Ele vestia um manto vermelho puído que era decorado com runas bordadas em dourado, mas que agora não passavam de uma amarelo desbotado.

    - Boa noite. Meu nome é Vaxos Manvhelli e venho lhes fazer uma proposta. Sei que estão numa missão muito importante, e eu tenho exatamente o que vocês precisam! - O homem tira uma grosso livro de sua bolsa, e num primeiro momento todos ficam curiosos para saber como um livro daqueles cabia naquela estreita bolsa de couro. - O que vocês acham de comprar uma fina espada calishita? Ou quem sabe um tomo personalizado feito pelos mais nobres artesãos de Halruaa?

    Vaxos vira o livro para os companheiros e começa a folhear as páginas enquanto continuava a falar. Depois de oferecer mais dois ou três produtos, ele sorri para todos.

    - E vocês não precisam se preocupar com a segurança de seu ouro! Eu sou um vendedor autorizado pela senhora Aurora, a Eclética! - Todos notaram, com uma certa tristeza pelo homem, o desespero em seu sorriso e em suas palavras, e a julgar pelas suas roupas, ele não devia fazer uma boa venda a algum tempo.

    * * * *

    No balcão, Ahrcon encarava o taverneiro com olhos vivos, que reluziam com o reflexo do ouro sob sua mão. O sorriso do humano foi correspondido, e o taverneiro não pode conter uma risada.

    - Ah! Vocês são mesmo um tipo curioso. Querem que eu venda minha cerveja mais barato, mas não pensam duas vezes antes de gastarem mais do que precisam por um informação. - O taverneiro passou as mãos gordas e sujas por baixo das de Ahrcon e continuou - Meu nome é Denir. Me diga, quem vocês 'tão procurando?

    Denir era um homem robusto, com uma larga barriga e braços fortes. Era claro que ele já foi um homem capaz de ganhar uma boa briga e uma bela mulher, mas hoje não restou muito destes dias. Apenas seus olhos, acima do naruz fino e adunco, ainda mantinham algum brilho de juventude.
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    Mensagem por Cyrus Leghorian Ter Abr 23, 2013 7:18 pm

    Hildir estava apreciando o som do piano e fazendo carícias na orelha de Duncan quando chegou Vaxos Manvheli (pelo menos foi assim que o sujeito se apresentou, diga-se de passagem sem ter sido convidado à mesa).
    - O que o senhor, Manvheli, sabe de nossa missão? - Hildir tinha certeza de que ele não sabia nada, mas não custava puxar conversa. A seguir o halfling viu com pouco interesse cada item mostrado pelo vendedor. Ele duvidava que algum o interessaria, ou pior ainda, que ele tivesse dinheiro para comprar seja lá o que for de mágico. Sua algibeira naquele momento andava mais vazia do que o seu estômago, e à menção da lembrança fez Hildir olhar envolta para ver se a garçonete que o atendera estava retornando com a sua comida. - Então senhor Manvheli, muitas pessoas importantes o procuram para comprar seus itens? Magos poderosos, por exemplo?
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    Mensagem por Glemilson Qua Abr 24, 2013 12:09 am

    Ahrcon sorrir novamente quando o homem "aceita" ajuda-los e bebe mais um gole da sua caneca enquanto o homem falava. Arhcon fingi limpar a boca com as costas das mãos e sussurra para o homem:
    - Procuramos um feiticeiro. seu nome é Crvenka é um homem maldito que gosta de queimar as pessoas, mas misteriosamente ele também gosta de fazer a retirada de órgãos internos de algumas vitimas... Então já ouviu falar de algo assim aqui nesta cidade, sabemos que ele está aqui. Quando Ahrcon fala de Crvenka sua expressão sorridente muda para uma expressão séria, mas volta a por o copo na boca e sorri novamente como se não tivesse dito nada de mais. Ahrcon havia sido treinado para observar detalhes e falhas, analisando-as, mas neste caso ele não olhava um alvo, mas todos na taverna, discretamente, observando se não havia ninguém tentando ouvir o que ele dizia ao senhor Denir.
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    Mensagem por S2 Barbinharossa S2 Qua Abr 24, 2013 8:09 am

    O pequenino apenas observa a chegada do magricela a mesa, mas nem prestou atenção no que o homem havia dito, a única coisa que estava prestando atenção naquele momento era a porta por onde a garçonete a qualquer hora poderia aparecer com sua comida.

    O que o senhor está vendendo? Tem assado aí- Pergunta.

    A idéia de comer e depois descansar era ótima, mas a importância de achar o desgraçado era ainda maior, e o nanico queria vingar todas as vítimas do bandido.
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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Empty Re: Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

    Mensagem por anderson Qua Abr 24, 2013 8:37 am

    O Gnomo se sente incomodado de alguém que não fora convidado sentar-se à mesa e isto partindo de um Gnomo era uma coisa séria mesmo. Aquele homem não sabia vender. Qualquer criança de sua raça sabia que era preciso cativar pessoas antes de vender coisas a eles e, se vai incomodar, que trouxesse algo extremamente útil. Não foi o caso. Hoje queria se concentrar no infame. Esperava comer e sair com alguma informação o quanto antes.
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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Empty Re: Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

    Mensagem por Soviet Qua Abr 24, 2013 9:44 pm

    - Ahn… Não, não tenho assados...

    Vaxos encolhe os ombros diante da pergunta de Hildir, e a responde com um sorriso amarelo nos lábios.

    - Sei que é importante porque não existe outra razão para vocês estarem nesse reino abandonado pelos deuses. - Apesar de aparentemente não estarem incomodando, Manvhelli passa a mão pelo longo cabelo castanho, jogando-o para trás - Sim, sim! Magos poderosos, assim como os aprendizes, todos compram comigo! Componentes exóticos, itens de poder mágico, tomos raros... Eles compram todo tipo de coisa comigo! Coisa que podem lhe interessar, amigo gnomo. - Vaxos aponta com uma mão e sorri para Thomas.


    * * * *

    Denir, quando ouve o nome do mago, aperta os olhos, volta-os para cima, e coça o queixo. Ele abre a boca para falar algo, mas hesita, olhando para Ahrcon e depois desviando o olhar. Denir pega um copo sobre o balcão e o coloca sobre uma pilha de louça suja dentro de uma bacia. O taverneiro enfim volta a olhar para Ahrcon, abre a boca, mas dela saía apenas um gemido baixo, a voz demorou a sair.

    - Ontem… Ontem eu estava indo para casa com Tatyana, a minha mais nova. Já era bem tarde e ventava muito. Já não tinha mais quase ninguém nas ruas, apenas bêbados e vira-latas, e quando nós entramos na rua da alfaiataria do velho Tahir… - Denir para de falar e olha ao redor, como se estivesse preocupado se alguém o ouviria, e prossegue quase sussurrando, o que obrigou o ladino a se esticar sobre o balcão - Quando nós entramos na rua da alfaiataria, nós vimos… Por Selûne, quem faria uma coisa dessas?! - Denir se exaltou, mas logo tornou a baixar o tom - Nós vimos um homem na rua, e pensamos que ele estivesse dormindo, mas então Tatyana viu… Ela viu Tahir com o peito aberto até a barriga, e havia sangue por todo lado…

    O taverneiro se afasta de Arhcon e leva a mão à boca, fechando os olhos e respirando fundo. O ladino pensa que a visão para abalar dessa forma um homem destes correspondia ao horror que eles encontraram ao longo da viagem. Arhcon já voltava para a mesa, deixando o pobre homem em paz, quando ele segurou o assassino pela mão.

    - Não comente nada disso com minha filha, por favor.
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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Empty Re: Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

    Mensagem por Cyrus Leghorian Qui Abr 25, 2013 7:28 pm

    A cada segundo ficava mais claro que o tal Manvheli era um comerciante de segunda ou terceira linha. Ele não passava confiança nenhuma no que dizia e Hildir estava começando a ficar com pena do sujeito. Não devia ser fácil não conseguir fazer uma boa venda há um bom tempo...

    - Humn... Escuta senhor Manvheli, qual foi o último valioso item que o senhor conseguiu vender para alguém realmente importante? - Enquanto a comida não chegasse, o halfling não se importaria de manter a conversa com Manvheli. Talvez ele até mesmo descobrisse algo de útil.
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    Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco Empty Re: Capítulo Um: Cheiro de Sangue Seco

    Mensagem por Felarhix Sex Abr 26, 2013 11:53 am

    Rafur acompanhava atento aos relatos e refletindo sobre qual seria o melhor passo.

    O inimigo parecia sempre estar bem próximo mas desta vez achavam que o confronto realmente não demoraria acontecer e o clérigo de Moradim deveria estar pronto.
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