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    Novos Mares (Ĝeko)

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    Mensagem por Leomar Qua maio 09, 2018 4:48 pm

    - Não se entristeça, nós morreremos mais felizes do que eles viverão.

    Estas foram as últimas palavras de Helmont para seu filho, Ĝeko. Helmont estava o mais sereno possível, abraçado à sua amada Merašilla; embora fosse mais de um século mais velho que ela, Helmont ainda tinha aparência de um homem de no máximo 30 anos, enquanto Merašilla já tinha envelhecido.

    Mas apesar de ter sido escravo, eu fora feliz, e usou suas últimas palavras para dizer isto a seu filho.

    Ĝeko viu seus pais morrerem, foram decapitados os dois com um só golpe, morrendo juntos, como juntos estavam no último meio século. Por mais triste que fosse, não deixou de ser uma morte poética.

    Então vieram os raios. Não haviam nuvens, mas eles surgiram do nada, caiando do céu ou mesmo brotando da terra. Ĝeko fora atingido, os guardas foram atingidos, até os corpos de Helmont e Merašilla foram atingidos e viraram cinzas na hora. Não havia tempo para sequer perguntar: "O que está acontecendo?"

    E como vieram, depois de poucos segundos eles sumiram, como se nunca estivessem acontecidos. As únicas testemunhas eram cinzas e corpos. Então, o silêncio!

    Ĝeko acordou depois de um tempo. Não sabe se uma hora ou um dia depois. Sua cabeça doía. Precisou respirar fundo várias vezes para recobrar os sentidos. Ninguém havia sobrevivido, exceto ele. Guardas e até os animais dos guardas estavam aos pedaços. Uns queimados, outros rasgados de fora a fora e alguns pareciam até liquefeitos, a cena era horrível. De seus pais, apenas cinzas e uma mancha de sangue no chão.

    Ĝeko examina o próprio corpo, tinha uma marca como uma mancha mais branca na pele, abaixo do peito no lado esquerdo, mas esta era sua única cicatriz, além de alguns cabelos chamuscados. Ele fica um tempo sentado, pensando no que aconteceu, então ele se levanta, pega o que pode ser útil dos corpos no chão, "eles não precisarão mais disto", e parte.

    Por 14 anos Ĝeko viveu na Necrópole, como era conhecida a parte oeste da cidade de Dafodil. Se pudesse atravessar o portão da Necrópole seria um homem livre, mas aquilo era arriscado agora. Ele então decide ir para o outro lado da cidade, a leste do Rio da Serpente. Ĝeko atravessa o cemitério (o cemitério era tão grande que ocupava metade da Necrópole, além de seus moradores naturais, os mortos, muitas pessoas literalmente viviam no cemitério) então pela primeira vez em sua vida atravessa a ponte sobre o Rio da Serpente.

    Ele para pra observar as águas: Eram escuras e corriam com violência. O filho de Helmont pensa em pular. Ĝeko nunca havia nadado, mas tinha duas certezas, a primeira era que jamais se afogaria, a segunda era que, daqui há dez ou no máximo quinze anos pararia de envelhecer, vivendo dois ou três séculos no corpo de um homem jovem, como seu pai. Mas mesmo sem o perigo de afogar-se, a correnteza ainda o arrastaria sabe-se-lá para onde, então o jovem tritão resolve deixar para testar o rio outro dia, e continua atravessando para o lado da cidade que nunca viu.

    Dafodil era uma cidade dividida, metade da cidade odiava a outra metade. A Necrópole ao oeste era comandada por demônios ligados ao deus Ades, ao leste a cidade era controlada por demônios ligados ao deus Piro. Uma metade vivia atacando a outra. Se Ĝeko se declarasse inimigo dos seguidores de Ades, que por tanto tempo o escravizaram, será que conseguiria abrigo com os seguidores de Piro? Ele não tinha nenhuma certeza, mas atravessa a ponte e caminha pelo outro lado da cidade.

    Haviam alguns homens-livres na rua, e aquilo era bom. Haviam também alguns soldados, e instintivamente Ĝeko dá um jeito de se desviar deles, procurando ruas mais isoladas.

    - O que vou fazer agora? - Pensava o sireno.

    Ele acaba vencido pelo sono, ainda estava fraco, e com fome. Sem muitas opções acaba se escondendo num beco escuro e dorme ali mesmo.

    Era ainda noite quando alguém lhe acorda.

    - Ei, você, o que está fazendo aqui?

    Ĝeko desperta, e não acredita no tamanho de seu azar, o homem vestia armadura pesada e estava armado, certamente um soldado, e não havia para onde correr.

    - E-eu só estava com sono, não que-quero causar problemas, senhor!

    O soldado o olha Ĝeko de cima abaixo, pensando no que fazer por um tempo.

    - Tanto faz, mas vai procurar outro lugar pra ficar, não quero ninguém nesta parte da minha cidade.

    Talvez não estivesse com tanto azar assim. Poderia ser pior. Ĝeko se levanta, pega as poucas coisas que tinha conseguido levar, incluindo uma espada curta, e por sorte o soldado não faz questão de levar nada e nem verificar as bolsas de couro que levava.

    Outra figura entra no beco. Era uma demônio de aparência idosa. Infernos! Lá vinha o azar novamente!

    Novos Mares (Ĝeko) Vistani2

    Pelos traços, Ĝeko acredita que o demônio deveria ser de uma raça de diabos chamada vistani, não eram politicamente fortes (pelo menos na Necrópole) mas eram ligados a alguma seita mística que as pessoas evitavam.

    - Quem são vocês?

    O soldado fala:

    - Sou Fausto, soldado da Cour* des Miracles. Ele é só um vagabundo que estava dormindo no beco. - *Pronuncia "Cu de mirracle", era provavelmente a "seita" que dominava a maior parte daquele lado da cidade, pelo que Ĝeko sabia.

    - Eu cuido dele. - Era claramente uma ordem.

    - Amm, senhora... - O soldado fica sem jeito.

    - Sou Velora. Representante da Cour des Miracles.

    - A anciã?

    - O que você acha? - Ela diz sem paciência apontando o próprio rosto.

    - Como queira! - Ele faz uma reverência, quase se ajoelhando. - Precisa de algo, minha dama?

    "Minha dama" não era um cumprimento comum de se usar para uma demônio. Normalmente escravos falavam "minha senhora" ou dependendo da demônio ela exigia tratamentos como "suprema senhora", "poderosa dona", etc. Porém "minha dama" ainda demonstrava uma situação clara de poder.

    - Não, vá.

    Velora aproxima do tritão, o examinando.

    - Você é um mago?

    - Não! Minha senhora!

    - Dê-me sua mão! - Novamente não era um pedido, e Ĝeko não vê como não obedecer.

    Ao segurar a mão de Velora, ele sente um choque percorrer o braço, aparentemente ela sente algo também. Eles ficam cinco segundo se olhando sem dizer nada.

    - Quem é você? E o que procura?
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    Mensagem por susanoojr Qui maio 10, 2018 10:27 am

    Sem saber o que fazer ao certo, Ĝeko recolhe a mão e abaixa a cabeça, ainda tinha receio das outras pessoas.

    - Me desculpe por atrapalhar seu caminho minha senhora, me retirarei daqui imediatamente.

    Ĝeko tenta fugir da conversa, ele ainda tem medo de voltar a ser um escravo de demônios, ele ainda era jovem e nunca fez um contrato, porém ele sabia de tudo, via como sua mãe era tratada e sabia das coisas que seu pai fazia para ter o que comer, ele não desejava o mesmo para ele.

    - Espere Garoto, eu não permiti que você fosse ainda, diga-me seu nome.

    - É  Ĝeko Minha Senhora.

    Pela maneira que ele falava e como se comportava diante de um demônio, Velora começou a suspeitar do garoto, ele escondia alguma coisa dela.


    - Seu nome não me é estranho garoto, você tem parentes ou uma casa?


    Ele intensiva sua posição, qualquer informação importante poderia lhe entregar e sabendo que ela é a anciã dos guardas, provavelmente ele seria mandado de volta como um escravo, porém, qualquer mentira na frente dela poderia significar sua morte ou qualquer outro tipo de castigo envolvendo punição severa.


    - Desculpe Minha Senhora, mas eu não tem família ou casa, se a Senhora permitir eu partirei.



    - Não concedo, ainda tem assuntos que me interessam, porém não disponho de tanto tempo, então responda minhas perguntas sem enrolação.


    Já estava em um horário em que as ruas, que já não eram seguras, ficavam ainda mais inseguras, Velora desejava sair daquele beco o mais breve possível, não por medo e sim por que não queria causar problemas aos outros, ela não tinha o título de anciã por brincadeira.


    - Tudo bem, direi tudo o que desejas.
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    Mensagem por Leomar Qui maio 10, 2018 7:45 pm

    Muitos demônios, em especial as súcubos, tinham obsessão por manter a aparência jovem. Usavam feitiços e até sacrifícios se fosse preciso. Velora não era uma súcubo, mas mesmo com sua aparência, deveria ser muito mais velha que Ĝeko poderia pensar. Seu pai dizia que os sirenos viviam 300 anos, já alguns demônios podiam viver 500 neste plano. Se a intuição de Ĝeko estivesse certa, ela deveria ser da raça vistani, mas os vistanis que ele conheceu não tinham aparência de anciões.

    Ela também não era rápida para andar, talvez Ĝeko poderia escapar correndo, mas ele não conhecia aquela parte da cidade.

    - Se não tem casa ou família, não tem para onde ir. Então venha comigo!

    Novamente não era um convite e sim uma ordem. Ela segue na frente. Sem muita opção, Ĝeko a acompanha. Velora anda sem pressa e sem medo pela cidade.

    A parte leste da cidade parece menos pobre que a Necrópole, porém não muito. A maioria das casas era marrom ou vermelha, feitas de madeira, poucas maiores feitas de tijolo. As ruas eram barrentas e boa parte das paredes estavam cheias de mofo. Bêbados e sem teto ficavam espalhados na rua, bem como bandidos e prostitutas.

    Uma grande diferença era o comércio. Do lado de cá do rio vários comerciantes exibiam produtos variados no meio da rua, em barracas. Alguns artistas também se apresentavam por moedas, isto era outra coisa que não se via na Necrópole.

    Enquanto andava, Velora pergunta:

    - Você está ligado a algum templo ou segue algum deus?

    - Não, nenhum. Eu sou neutro.

    Desta vez ele não termina a frase com "senhora" ou algo do tipo, fica meio pronto para se desculpar caso ela esboçasse desagrado, mas Velora não parece ter percebido.

    Ela para em frente a uma casa relativamente grande, mas não parecia uma fortaleza ou mansão. Na Necrópole poucos demônios viviam em casas suntuosas enquanto a maioria vivia miseravelmente. A casa em questão era de tijolo vermelho e tinha uma cerca de aço em volta. Assim que param, alguns humanos abrem a porta e cumprimentam Velora.

    - Entre!

    Sem saber o que esperar, Ĝeko a segue.

    - Fiquei sabendo que, do outro lado da cidade, agumas "aberrações mágicas" aconteceram. Talvez algo ligado a portais, ou raios, ou uma briga de magos... Sabe algo a respeito?
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    Mensagem por susanoojr Qua maio 16, 2018 10:33 pm

    Sem querer falar demais e expor sua origem, Ĝeko tenta falar o máximo possível sem entrar em detalhes que o condenasse.

    - Não sei direito como deveria explicar isso mas, acho que pode ter ocorrido algo similar a isso sim, para ser mais exato, houve uma enorme descarga elétrica em uma parte específica da Ilha.. infelismante eu fui o único sobrevivente que viu tudo.  

    Ĝeko começa a lembrar de seus pais e baixa a cabeça com muita vontade de chorar, esquecendo de tudo em sua volta, porém, ele segura suas lágrimas, não queria passar por chorão na casa de uma desconhecida.

    - Então suponho que você agora não tenha mais um lar. Veio buscar o que do outro lado da cidade? Muita gente morre e vive aqui, se seu país morreram você deve seguir em frente, exite muitasbpela frente ainda.

    Então ele serrou os punhos e se conformou, seus pais morreram, deixaram um filho muito jovem para sobreviver sozinho neste mundo amaldiçoado, agora ele tinha que aprender a viver todo dia por conta própria, sem esperar ajuda de ninguém.

    Velora olha bem atenta ao garoto, cabeça baixa e punhos serrados, ela sente um vontade de rir pela situação ironica que o destino faz as pessoas  passarem.

    - Garoto me diga, você é um escravo?

    - ...

    Ele pensava se era um bom momento para dizer a verdade, ou se devia permanecer ocultando ela.

    - Então garoto, você é?

    - não...

    - Não!? Tem certeza?

    - Não!! É nunca mais serei.

    Velora esboça um pequeno sorriso de canto da boca, demostrando aprovação à atitude do jovem a sua frente.

    Ela tinha mais perguntas a fazer a Ĝeko, muito mais, das quais somente ele poderia responder, então ela oferece um pequeno cômodo para que ele pudesse descansar e contar toda a verdadeira história.
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    Mensagem por Leomar Qui maio 17, 2018 12:09 am

    (off: rolagem de Reação: 9 vide tópico de rolagens)

    Ĝeko escreveu:- Não sei direito como deveria explicar isso mas, acho que pode ter ocorrido algo similar a isso sim, para ser mais exato, houve uma enorme descarga elétrica em uma parte específica da Ilha.. infelizmente eu fui o único sobrevivente que viu tudo.

    Velora ergue uma sobrancelha demonstrando interesse.

    - Único sobrevivente, é? Interessante...

    Vocês estão andando pela casa, que Ĝeko percebe ser na verdade um tipo de quartel ou algo assim. Talvez um centro de guilda ou confraria, ele não sabe como chamar, mas com certeza não era uma residência normal. Não chegava a ser um palacete, mas era grande demais para ser uma casa simples.

    Neste momento ela tinha te levado para um cozinha, e aponta uma mesa onde vocês se sentam. Ela fala com uma moça que estava por perto:

    - Sirva-nos algo!

    Sem qualquer questionamento, dois pratos e dois copos chegam na frente de vocês em pouco tempo. A refeição era simples, mas era um prato bem generoso para se oferecer a qualquer pé-rapado: frango cozido com batatas, quiabo, arroz e morê (um grão parecido com feijão, mas roxo e levemente mais doce, comum na região) temperados com curcuma (açafrão), tomate, cebola, salsa e ovos de codorna, no copo uma pasta de alguma vitamina feita com alguma fruta roxa.

    Velora estava sendo generosa, claro que Ĝeko ainda poderia suspeitar que ela estava sendo generosa demais, mas não havia necessidade de oferecer algo assim se fosse apenas mais uma vendedora (ou compradora) de escravos. Mesmo se tivesse muito desconfiado, Ĝeko não recusaria, pois estava realmente com fome, e o rango estava bem saboroso, Velora também come.

    - Você falou que viu "descargas elétricas". Eu senti uma aberração mágica enorme se manifestando. Tão potente que senti-a do outro lado da cidade. Eu não gosto de coisas que eu não entendo quando se refere à magia.

    Velora parece se concentrar, e uma leve luz azul brilha em suas mãos; esta luz se transforma em pequenas fagulhas azuladas. Até aí nada que Ĝeko já não tivesse visto outros magos fazer; mas as fagulhas se transformam em raios que vão de uma mão a outra dela, e Velora tinha aberto os braços, os raios parecem então grandes cetros de energia mágica pura, algo de deixar o queixo caído. Um dos raios quase escapa das mãos de Velora e vai para o lado de Ĝeko, mas não chega atingi-lo.

    - Foi algo assim que viu?

    De fato era parecido, embora os raios que atingiram ele e os guardas fossem bem maiores e surgidos do nada, mas a cor e o som que eles faziam pareciam bem similares, em escala menor.

    - Se for, talvez tenha acontecido uma ruptura de mana, ou até uma disruptura. - Estes termos nada significavam para Ĝeko, que nunca teve o dom mágico, mas parecia algo sério.

    Ela espera a resposta, depois conduz a um pequeno quarto. Não era melhor que um quarto de escravos, com a diferença que tinha uma janela e não tinha grades na porta, mas era minúsculo e de móvel tinha só uma cama e um criado-mudo.

    - Se você se mostrar útil, poderá ficar aqui enquanto eu achar que nós tem serventia. Se tornar-se muito útil talvez eu pense na possibilidade de te fazer um neófito. Eu tenho interesse em investigar sobre o tal evento mágico que aconteceu. Você pode me ajudar, ou voltar para as ruas. Lhe dou a opção de escolher... por enquanto.
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    Mensagem por susanoojr Qui maio 17, 2018 12:39 am

    Ĝeko reconhece a hospitalidade que Velora tem com ele, então decide contar toda sua história para ela, já não tinha mais o medo de voltar para necrópole.

    Após contar sua história de escravo fugitivo e de mostrar seu espólio da grande explosão de raios, na intenção de não deixar mais dúvidas entre eles, Ĝeko toma coragem e devido suas circunstâncias pede que ela o ajude a treinar em troca de ajudar em tudo que lhe for pedido.

    - Me ajude a ser mais forte que a ti lhe darei tudo

    Com espada na cintura e roupas comuns em trapos, o jovem sireno fica parado em uma tentativa de posição militar fracassada, na espera de um resposta satisfatória.
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    Mensagem por Leomar Sex maio 18, 2018 10:57 pm

    Ĝeko se arrisca confiando na demônio embora não tivesse nenhuma garantia que sua (aparente?) hospitalidade viesse com boas intenções. Ele conta sobre sua condição de ex-escravo (mas não comenta sobre ser um sireno) enquanto Velora sequer lhe diz que lugar era aquele que estavam. Ĝeko chega a contar (embora ela não tenha perguntado) sobre as joias que conseguiu com os corpos de onde teve a explosão, um movimento realmente arriscado, e talvez ele se de conta só depois de ter falado, até imprudente.

    Só as moedas já eram uma pequena fortuna, e 90% das pessoas em Dafodil matariam por aquilo. Ĝeko poderia ser morto ali, com um único golpe, e ninguém nem saberia que ele existiu. Porém Velora não faz menção de se apoderar te nenhum pertence dele. Por outro lado (e ele só vai perceber isto depois, quando a noite chega e ele estará mais descansado) ela também não faz nenhum tipo de acordo ou mesmo oferta que possa vir a garantir sua segurança pessoal ou te seus pertences. Se ele se arriscasse assim com a pessoa errada, estaria perdido.

    Ĝeko escreveu:- Me ajude a ser mais forte que a ti lhe darei tudo.

    - Sim, se tiver algum traço do dom, eu lhe treinarei. Intensamente.

    Ĝeko sente um leve "frio na espinha" ouvindo Velora falar. Parecia haver um tom de malícia ou até mesmo um leve sadismo quando ela diz "intensamente". Ele até então não sentia o tal dom mágico, e sabia que seus pais também não tinham manifestado. Não entende muito disto, mas pelo que já ouviu, quem "é sorteado" pela Prana para ter este dom normalmente mostra sinais aos 12 ou 13 anos, e quem não manifesta nada até ao 17, raramente manifestará quando adulto.

    - Quero que me leve no lugar onde aconteceu este acidente mágico.

    Ela tinha falado antes em "investigar o evento", mas Ĝeko não pensou que ela queria ir lá tipo, agora.

    - É... Cla-claro. Mas não é perigoso? As pessoas da Necrópole po-podem estar vigiando a região...

    - Vou reunir uns seis soldados.

    Ela deixa Ĝeko no quarto enquanto vai reunir seus homens. Ĝeko começa pensar se estava sendo prudente em confiar naquele pessoal, em especial aquela anciã. Mesmo que não estivesse ali recebendo o tratamento desumano que davam a escravos, ela era claramente fria e seu único interesse parecia ser descobrir mais sobre o evento mágico. Além disto ele pensava que seis soldados, uma demônio anciã e um muleque não eram bem um exército para fazer frente aos guardas da Necrópole, caso estes estivessem mesmo cercado a região.

    Ĝeko tem algumas horas para descansar e pensar. Se quisesse (e conseguisse) podia até cochilar, ou mesmo tentar sumir daquele lugar. Não estava tecnicamente preso, embora não soubesse se deixariam ele sair de boa dali. Pelo menos as portas não estavam trancadas.

    Velora reunirá mesmo seis soldados, todos demônios armados com cara de perigosos, mesmo assim eram só seis. Ela ia montada num semëk, um lagarto gigante que tinha o tamanho de um cavalo (não eram incomuns naquela região).

    Caso Ĝeko não tivesse amarelado, vocês seguem até a Necrópole (obs. é possível falar com ela ou os soldados no caminho, se quiser). Chegando na ponte, como era de se esperar, haviam soldados de guarda, onze deles. Um grita:

    - Ora... Seu pessoal não é bem vindo aqui, e fico satisfeito que tenham vindo morrer, nos polpa o trabalho de persegui-los.

    - Eu que fico feliz em matar da sua laia, druzu. Mas estou com pressa, saia da ponte e deixo para lhe matar outro dia.

    - Sua bruxa velha! Acha que seus guarda-costas podem protegê-la? Temos obliteradores na ponte, seus truques não funcionarão. Vamos fuder com sua raça.

    Todos preparam as armas.

    - Eles não estão aqui para me proteger.

    Com um APARENTEMENTE simples gesto de mão, Anciã Velora faz com que uma onda passe por cima da ponte, arrastando quatro soldados deles com montaria e tudo, eles são arrastados pelo Rio da Serpente.

    - Estes obliteradores só conseguem reduzir meu poder, mas não pretendo matá-los com TRUQUES.
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    Mensagem por susanoojr Seg maio 21, 2018 10:17 pm

    Até onde ele sábia, não era muita coisa, confiança se consegue através das ações, ele não devia confiar nela, porém ele não tinha muitas escolhas se quisesse sobreviver, ele não conseguiria passar mais de 1 dia sozinho nas ruas, sempre foi ajudado por seu pai e agora, está sendo "ajudado" pela anciã, já passava da hora dele conseguir as coisas por conta própria, sua primeira oportunidade de mudar as coisas foi graças a anciã.

    Após uma noite curta de pensamentos perdidos na escuridão de Necrópole, Ĝeko decide ir junto com o grupo buscar respostas para Velora, ele já havia dado todas as informações que lembrava do que aconteceu e alguns detalhes do local, se isso fosse ajudar-lo a melhorar sua sobrevivência ele iria com tudo.

    Algum tempo depois o pequeno grupo já estava na frente da Ponte discutindo algumas besteiras com o esquadrão do outro lado, Ĝeko ainda está pensando em como iria sobreviver sem seus pais quando seu pensamento é interrompido por uma onda que invade metade da Ponte, carregando soldados inimigos para uma morte horrível, ele fica muito aterrorizado com tamanho poder, ele já viu magia antes, mas nada comparado aquilo. Detergente seu grupo começa a correr na direção do outro lado da Ponte onde momento anterior havia um grupo furioso, agora esse grupo se encontra em plena irá.

    - Por Favor, parem eu não quero ir!

    Seus gritos são quase em vão, sendo escutado apenas pelo soldado que o carregava no semëk.

    - Se você não vai querer nos ajudar, não venha atrapalhar, fica aqui e se proteja.

    O soldado deixa Ĝeko no chão antes de deixa-lo sozinhos ele aponta para a espada que do garoto falando pra se proteger com aquilo.

    Ĝeko nunca havia manuseado uma espada antes e nunca aprendeu magia, mesmo defensiva, era um menino completamente normal como qualquer outro, com uma diferença que nunca foi contada a ele.

    Ele não sabia mais o que fazer quando anciã chega perto dele pedindo que ficasse perto dela, não prometendo que o salvaria, mais que o ajudaria ele a levá-la ao local do evento de dias atrás.
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    Mensagem por Leomar Qua maio 23, 2018 6:53 am

    O grupo de Velora, agora em igual número, avança sobre os inimigos, um deles gritando:

    - Deixem um pra mim! Deixem um pra mim!

    Velora não parece preocupada, ela deve mesmo estar deixando seus soldados se "divertir" um pouco, pois é provável que poderia mandar todos para o fundo das águas apenas com sua magia.

    Não chega nem ser um combate, os homens dela acabam com os inimigos em um ou dois golpes, o único que estava demorando um pouco mais com o oponente parecia fazer isto por prazer.

    - Har'as, acabe logo com isto, não estou nos meus melhores dias.

    Quando passam pela ponte, Ĝeko sente uma leve tontura, Velora percebe.

    - O que foi, garoto?

    - Nada, Anciã...

    - Eles colocaram sistemas de obliteração na ponte, para amedrontar magos fracos.

    - Quem precisa de magia quando temos marretas, haha! - Diz um dos demônios dela, que tinha uma cara que parecia um javali e coloca uma marreta de talvez uns cinquenta quilos nos ombros, enquanto ri desdenhoso.

    Aquele grupo era assustador, mas pelo menos era melhor estar do lado deles do que do outro lado.

    Ĝeko vai ao lado de Velora, guiando o caminho.

    - Já posso sentir as energias caóticas deste lugar. O evento foi muito mais forte que eu pensei. Creio que aconteceu uma disruptura de mana. Se for, você é mesmo um milagre, garoto!

    Mais alguns encontros irritantes acontecem no meio do caminho, alguns acabam fugindo só de ver Velora e seus homens, outros resolvem encarar. Com sua magia, Velora invoca um "chicote" d'água em cada mão, e com golpes certeiros é capaz de decepar inimigos com estes "chicotes". Era mais comum demônios dobrarem magia negra ou fogo, mas a anciã era claramente uma poderosa dobradora de água.

    Vocês chegam perto do portão oeste, corpos insepultos ainda estavam por lá.

    - Foi aqui...

    Velora parece entrar em transe por um tempo, seus soldados vigiam em volta, enquanto ela fica andando em volta de onde caíram os raios, como se estivesse com o pensamento longe. Depois de alguns minutos, não muitos mas que a ansiedade de Ĝeko fez parecer uma eternidade, a anciã "volta" do transe.

    - Nunca vi ondas mágicas assim em toda minha vida, e não vivi pouco... Isto... precisamos tomar a frente disto. Você foi atingido pela força mais devastadora de Akaŝa, não era para estar vivo, não sozinho. Tem certeza que não é um mago?

    - Não, senhora! Nunca senti nenhum dom.

    Velora te olha com um certo sorriso e um desafio não olhar.

    - Tem CERTEZA?

    Ela olha bem séria, não parecia acreditar que você estava mentindo para ela, mas seu olhar parecia dizer que ela sabia de algo que você ignorava. Havia certo desafio, e também certo orgulho, talvez até um pouco de sadismo.

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    Mensagem por susanoojr Qui maio 24, 2018 11:00 am

    Em meio a duvida e o desespero, Ĝeko olha para a anciã com um rosto confuso pedindo ajuda, ele queria explicações tanto quanto ela, havia muita coisas que ele ainda não sabia, nem mesmo o fato de se transformar em um Sireno ele sabia fazer.

    - Acho que eu preciso de sua ajuda anciã, se eu realmente for um milagre ou não, gostaria que me levasse pra fora da cidade, eu precisarei cuidar da minha vida para que no futuro eu possa ser um guerreiro forte. Se possível me leve para Akvlando.

    Havia muitas perguntas mais a primeira que Velora escolheu foi "Por que Akvlando?", essa cidade não era reconhecida como a mais forte ou a que detinha de bons guerreiros, além de possuir várias magas azuis que poderiam ensinar as suas magias por um preço razoável, mesmo Ĝeko não tendo dom, levaria um tempo considerado que humanos comuns não tinham.

    - Garoto, por acaso você é um Sireno?

    - ... sim.

    Receoso das palavras ditas, Ĝeko achava que se fosse o mais sincero possível ele poderia ganhar a confiança da Anciã Velora.

    Velora confiava apenas nela mesma, poucas eram as pessoas com quem ele poderia se dar bem, pessoas que poderiam não confiar mas também não desconfiava, como seus guerreiros, todos altamente leais e altamente treinados, todos tinham uma enorme responsabilidade por seus serviços.

    Todos os soldados ficam mais atentos aos arredores, eram raros os Sirenos fora de Akvlando e muito mais raro um Macho, por tanto, essa informação deveria ser guardada pelo grupo, muito mais agora que ha uma suspeita de que o garoto fosse um mago.

    - Se você realmente tem ou não um dom, essa será a hora que descobriremos isso.

    Um teste para as habilidades de Ĝeko será feito ali mesmo, todos os guardas de Velora se espalham um pouco mais para dar o espaço suficiente a anciã.
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    Mensagem por Leomar Sáb maio 26, 2018 1:04 am

    Os homens de Velora se afastam num círculo, depois ao ver a anciã ela parecia num pedido mudo falar para darem mais espaço, e eles dão mais três passos para trás, olham novamente para ela, mais três passos, fazem um gesto com a cabeça e recuam ainda mais cinco, por fim parece que o círculo finalmente ficou de tamanho agradável para Velora, apenas ela e Ĝeko no centro.

    Velora levava consigo um cetro, provavelmente mágico, agora Ĝeko observa a joia/arma de perto e a anciã a oferece:

    Novos Mares (Ĝeko) F63106bccefb47aaada7fe456b901bd8

    - Esta é Taĉinassi. Há um forte poder nela. Só deve ser empunhada por magos da água, mas tenho uma "boa intuição" sobre isto.

    A arma é bela, mas isto é o de menos. Basta pô-la nas mãos e Ĝeko, mesmo sem nunca ter manipulado um artefato místico percebe que Velora não estava de brincadeira. O poder de Taĉinassi é sentido na hora, como uma corrente de baixa intensidade correndo no corpo. Ĝeko sente músculos que ele não sabia que tinha ficarem tesos.

    Ela era relativamente leve, e Ĝeko ainda se sente um pouco mais forte ao segurá-la. Suas mãos estavam suando, ele a troca de mão algumas vezes, mas parecia não ser apenas suor: ele observa que a arma ficava o tempo todo cheia de gotículas da água. Instintivamente ele faz alguns movimentos leves de alavanca com a mão.

    Velora gesticula, parecendo incentiva-lo a fazer movimentos mais largos. Meio tímido ele a imita. Velora faz movimentos ainda mais amplos, e Ĝeko balança o cetro desajeitadamente como se fosse uma espada. Alguns demônios dão risadinhas da falta de destreza dele.

    Velora o segura pela nuca. Não era um gesto bruto, embora as unhas dela no pescoço não fossem nada agradável. Ĝeko sente a energia de Velora também em seu corpo, não havia dúvida que aquela demônio era poderosa.

    - Lembra dos ataques que fiz com água, em forma de chicotes?

    - Sim. - Ĝeko pensa que "seria difícil esquecer".

    Velora, com a outra mão, toca vários pontos ao lado da coluna dele e na cabeça.

    - Preste bastante atenção. Você é um wanamko! Sabe o que é isto?

    - Na-não, anciã...

    - Ma'bah! Bom, o lance é o seguinte, você tem poder, e provavelmente tem bastante poder. Só que ele estava latente e foi despertado pelo que quer que tenha acontecido aqui ontem. A questão é que os wanamki não controlam o poder que têm, e que normalmente é desperto de forma abrupta. Isto pode ser um perigo tanto para você quanto para quem estiver do seu lado, seja amigo ou inimigo. Se eu estiver certa, e eu nunca estou errada, você deve ter poderes ligadas à água, como eu. Tentei desbloquear um pouco seus canais de energia, e estou lhe forçando um controle através de sua traqueia. - Ela faz uma pequena pausa, Ĝeko nem sabia se tinha entendido tudo que ela disse. - Quando eu lhe soltar, você deve perder o controle, ainda mais segurando a Taĉinassi, ela deve lhe induzir alguma potencialidade que não dá bem para saber como vai ser, mas quero que se concentre na mão direita e a use como se fosse um chicote. Você deve me atacar, está entendendo?

    - Atacar a senhora?

    - Sim, dê o que tiver. Pode me imaginar como sendo alguém que odeie neste mundo, só cuidado para não acertar mais ninguém.

    Os homens de Velora seguram seus escudos, Taĉinassi escorre água e Ĝeko a sente pulsar, como querendo mostrar seu poder. Velora tira os dedos do pescoço de Ĝeko, e ele sente como se outro raio estivesse surgindo de sua coluna em direção à sua cabeça e à mão direita que empunhava o cetro. O sireno grita ao sentir o novo poder. Ele agita Taĉinassi várias vezes e ela se torna como o cabo de um chicote. Os filetes d'água chegam a estalar no ar.

    Ĝeko procura acertar a anciã, ela bloqueia e "quebra" os ataques com certa facilidade, mas Ĝeko procura atacar com mais força a cada vez. Ficam nisto por um tempo, até a mestra aproximar-se e por a mão na cabeça dele.

    O poder é interrompido na hora e Ĝeko praticamente "desmonta", com uma forte dor no braço.

    - Definitivamente você é capaz de canalizar magia azul. Precisa treinar a canalização ou irá se tornar perigoso. Eu lhe treinarei, depois poderá ir para Akvlando.

    Eles dão um semëk descansado para Ĝeko e voltam para o QG onde estavam.

    - Pode descansar por hoje, mas começaremos os treinos em breve. Alguma dúvida?

    Por fim Velora pergunta se ele precisaria de algo, chegando a sugerir que eles tem uma banheira em algum lugar do QG, se quisesse ficar emerso por um tempo.
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    Mensagem por susanoojr Ter maio 29, 2018 3:29 pm

    Velora fica esperando para responder às possíveis perguntas que Ĝeko tenha.

    - Senhora anciã eu queria perguntar se eu irei receber um treinamento apenas de magia.

    - Quanto a isso, será feito um treinamento físico e mental, para preparar você na hora da canalização da magia, e sim, será apenas magia comigo, magia ofensiva porém posso te ensinar do básico e você decidirá se qual caminho escolher.

    - Então não receberei um treinamento de espada?

    - Se você quiser, pode treinar com algum dos meus guardas, mas deverá dar prioridade para canalização de magia. Você tem muito poder latente e eu quero lhe ensinar a usá-lo.
    Aliás você quer ajuda com sua forma sirena? Acho que você nunca se transformou antes e na primeira vez será dolorido, caso aceite te ajudarei a passar nesse processo.


    - Sério? Séria muito ótimo, muito obrigado mesmo Anciã.

    Os dois vão para uma parte do quartel onde tinha uma banheira de ofurô, uma parte mais reservada do QG.
    Chegando lá, Ĝeko tem que usar uma espécie de taba de algodão (vestido curto) pois precisa ficar nu da cintura para baixo, ele entra na banheira que ainda estava sendo enchida, mas já na metade. Velora então pede que ele inicie sua transformação apenas quando ela mandar e com um sinal de cabeça ele concorda.
    Agora ela começa um cântico para o iniciar o feitiço, palavras em uma língua que o próprio sireno não entendia, apesar de sutil, ele sente uma leve alteração na densidade da água ao seu redor, algo que só um sireno perceberia. Depois de um curto período a anciã segura a cabeça do garoto enquanto termina o ritual e o empurra para dentro d'água.
    Sem muito tempo para pensar, mas já atento, ele puxa uma pequena porção do ar e é imediatamente afogado, já submerso ele sente uma energia fluindo da mão da anciã percorrer todo o seu corpo, logo ele começa a sentir muita adrenalina deixando seu corpo muito agitado.

    Ao tentar respirar ele engasga e sente um pouco de medo, mas em segundos guelras surgem em seu pescoço. É estranho mais ele logo se acostuma e tenta manter o controle. Velora faz a energia mágica dela correr pelo corpo do garoto e ela consegue senti-la, ao poucos sente sua pele mais estranha, suas mãos formigam e ele percebe que um tipo de membrana começa envolver seus dedos. Quando a energia de Velora chega na base de sua coluna uma forte dor se mistura ao medo. Seus ossos começam se quebrar e refazer, e a dor seria ainda mais intensa se Velora não o tivesse ajudando, ela o força permanecer dentro da água. A pele e depois a carne de suas pernas começam se fundir, o processo é lento e ele tenta em vão conter o pavor. Quando finalmente Velora deixa-o colocar a cabeça para fora da água, suas pernas tinham dado lugar a uma grande cauda escamosa.

    - A dor da primeira transformação já passou, acho que você conseguirá se transformar sozinho daqui pra frente, descanse um pouco e depois tente voltar à forma humana. Amanhã começará seu árduo treinamento.

    Toda a transformação devia ter demorado uns dez minutos, o que foi uma verdadeira tortura. A água da banheira estava agora cheia de sangue, o que aumentava o clima sombrio do lugar.

    - O que devo fazer agora? - Pergunta o sireno, ainda assustado e admirado com aquele novo corpo.

    - Pense em seu corpo voltando "ao normal", sua cauda dividindo para virar pernas...

    - E se eu não conseguir?

    - Seu corpo terá de se virar.

    A Anciã Velora mantinha um pouco de sua mana azul circulando enquanto segurava sua mão, antes de soltar a mão, a anciã drena a energia que fluía no corpo do Sireno, fazendo ele gritar de dor.
    Com um leve sorriso na boca ela solta a mão e Ĝeko desmaia. Sua cauda vai se partindo em duas, os ossos novamente se desfazendo e refazendo e mesmo inconsciente ele volta a sua forma humana, enchendo a banheira com mais sangue no processo.

    Ela o tira da água e deixa ele estirado no chão, ela sai do banheiro e um guarda entra para levar o garoto para sua cama.
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    Mensagem por Leomar Dom Jun 03, 2018 2:29 pm

    TEMPUS FUGIT...

    Aquela transformação deixou Ĝeko com medo, mas Velora não dá tempo para que ele pense muito (e talvez pense em fugir), no dia seguinte ele é submetido a uma série de exercícios.

    Ele começa tomando algo que dizem ser uma poção para melhorar o fluxo da mana azul em seu corpo. A poção tinha um gosto sem graça, mas isto não fazia diferença, pois como sireno ele não tinha bom paladar mesmo, ele também não sente nenhum efeito imediato. Velora passa para ele vários testes físicos de flexibilidade e equilíbrio, seriam exercícios puxados para um humano e mais ainda para um demônio, mas para Ĝeko era quase brincadeira, o que veio a calhar depois da tortura de ontem.

    Ĝeko conseguia com facilidade fazer aberturas frontais e laterais, tocar os dedos dos pés sem dobrar o joelho, andar e até saltar em traves estreitas. A anciã diz que futuramente toda habilidade física influenciará em como ele usa magia. Nem tudo é tão fácil, ao disputar corridas com alguns soldados demoníacos, Ĝeko consegue ser muito mais rápido que eles, porém depois de algumas voltas na pista ele vai cansando até cair de exaustão, e os demônios ainda correm mais de uma hora depois disto.

    Alguns demônios não gostam dele ter se saído melhor em todos os exercícios de agilidade, então o ridicularizam quando ele tem que fazer exercícios de força e sofre com uma carga de 10kg, enquanto eles levantam 70kg, 80kg facilmente. Dão-lhe o "carinhoso" apelido de "Espetinho".

    Velora começa lhe ensinar sobre os centros de energia (chakras), meridianos, energias masculinas e femininas, de como as emoções ajudam controlar a magia, e que no caso da água as emoções básicas eram entusiasmo e temperança. Ĝeko estava um pouco desidratado e desnutrido, então também providenciam a ele um dieta bem caprichada, e esta parte é bem agradável.

    No fim do dia mais um temido teste de transformação. Velora explica que o que mais vai atrapalha-lo é o medo. Ĝeko se concentra em lembrar que ele não pode morrer afogado. Isto o ajuda, mesmo assim a transformação ainda demora uns cinco minutos e a reversão outros cinco. Metade do tempo anterior, mas ainda assim eram minutos de muita dor.

    No quarto dia ele já consegue não sangrar mais na banheira, seu tempo reduz para dois minutos e a dor já não é mais tão aguda, embora ainda incomode muito, ele também começa se transformar se ajuda da mana extra de Velora.

    - Com o tempo poderá se transformar por vontade própria, sem precisar sequer de uma banheira para ajudar. A dor também sumirá completamente.

    Embora ainda fosse um pouco estranho e até meio nojento sentir aquelas guelras e as membranas nas mãos, esta parte da transformação já nem dava trabalho, só a fusão das pernas ainda eram difíceis de aguentar.

    Aos poucos vai se acostumando com as pessoas do QG. Ali ele era praticamente o único não-demônio, vez ou outra aparecia um humano, mas normalmente era um mensageiro, ou espião, ou alguém para fazer um trabalho menor.

    Velora instrui Ĝeko a não falar para qualquer um, mesmo membros da Corte dos Milagres, que ele era um sireno. A relação da anciã com a corte também era curiosa: apesar de usar um dos quarteis deles e de praticamente mandar em todos ali, ela não era uma membra oficial da Corte. Era apenas devota do deus Piro.

    Ele também aprende rápido que ali quase todos eram muito religiosos e até meio fanáticos (coisa não muito comum para adeptos de Piro). Tinham liberdade até de questionar dogmas e doutrinas do deus, mas criticar Piro diretamente era um erro que poderia lhe causar dores bem piores das que sentiu na primeira noite.

    No quinto dia, durante treinamento de percepção mágica, Velora percebe que ele têm também a capacidade de canalizar a magia branca.

    - Mm, parece que alguém foi agraciado pelas deusas. Isto pode ser um problema, nós demônios não nos damos muito bem com magia branca, não tem como lhe treinar, e quem poderia lhe treinar provavelmente não irá querer fazê-lo se souber que você treina com a gente...

    As magias azuis e brancas eram as que tinham maior poder de cura, e magos que dominavam ambas eram bem solicitados em templos da Igreja Cisne Branco. Porém embora não fossem inimigos declarados da Cour des Miracles, a maioria das pessoas da Cisne Branco evitava pessoas da Corte e vice-versa. Demônios então não eram nada bem vistos pela Igreja.

    Apesar do grande poder que tinha, Velora não era das melhores magas de cura, preferindo as partes agressivas da magia da água. Ainda assim tenta ensinar o pouco que sabe a Ĝeko sobre cura mágica, o rapaz tenta se dedicar, mas a teoria é mais fácil de aprender que a prática.

    Ele fica sabendo que é um wanamko. Os wanamki eram pessoas cujo dom mágico não despertava aos poucos, e sim de forma abrupta, o que podia ser bem perigoso. Além da falta de controle pelo despertar repentino, os wanamki tinham um poder mágico muito forte, frequentemente muito acima da média. Como não tinham controle, frequentemente os wanamki matavam outras pessoas ou até acabavam se matando ao tentar usar alguma magia que não controlavam. Amigos ou inimigos, qualquer pessoa corria risco perto de um wanamko, por isto eles tinham que se dedicar muito para conseguir controle.

    Enquanto treinava, Ĝeko também fazia alguns trabalhos menores no QG, como limpar o chão, polir as armas, ajudar na cozinha. Muitos demônios zombavam dele e até o provocavam, mas enquanto ele não fizesse alguma besteira, ninguém punha a mão nele. Todos os demônios eram frios e não gostavam de conversa, mas alguns até não eram tão desagradáveis, tratando Ĝeko como um colega de trabalho.

    Ele até pediu para um dos demônios, que tinha uma cara que parecia de um javali, se poderia treinar com espadas. O demônio o observa em exercícios e diz:

    - Você pode ter agilidade, mas é uma negação com a espada, além de ser magro e fraco. Talvez um dia você venha a aprender a lutar, mas não agora. É melhor aprender uma arte marcial primeiro, pois isto não vai te atrapalhar na magia, depois você tenta a espada de novo.

    Como estava treinando magia, Ĝeko também não recebe treinamento com armaduras, o que faz os outros continuarem chamando-o de Espetinho. Embora as armaduras não impedissem totalmente alguém de usar magia, ela atrapalhava, principalmente novatos. Poucos eram os magos suficientemente poderosos que usavam armadura pesada.

    A percepção mágica de Ĝeko aflora que mais rápido que sua canalização (controle), aquilo não seria ruim se fosse um estudante comum, mas o fato de ser wanamko pesava.

    Quando ia fazer exercícios mais perigosos de magia, Velora tinha que controlar a energia dele através da sua, isto tornava ainda mais difícil pois além de ter que controlar uma habilidade nova no seu corpo, ainda tinha que romper os bloqueios dela.

    Velora deixou-o treinar com a Taĉinassi mais duas vezes. O poder extra da arma ajudava sem o inconveniente dos bloqueios, mas suas magias saiam sempre mais fortes do que ele esperava. Velora tentava ensinar a controlar pequenas bolas de água por vez, mas ele só conseguia fazer grandes ondas quando estava com a Taĉinassi.

    Apesar de tudo, Velora pelo menos parecia paciente. Exigente, mas paciente.

    - Dominar pequenas porções de água podem ser às vezes mais difícil do que grandes dobras. Isto é algo que diferencia bons magos de ótimos magos.

    Ninguém poderia ficar no Quartel se não tivesse treinando ou trabalhando, e é dado muito de ambos para o Espetinho. Mas ainda assim Ĝeko era livre para andar na cidade das raras horas livres. No começo ele procurava não se afastar muito do Quartel, ainda não tinha aprendido ser um homem-livre, e mesmo para um homem-livre Dafodil era uma cidade violenta.

    Ele já conseguia se transformar sem dor e sem sangramento. Seu tempo para cada transformação agora se estabilizou em um minuto. Era bom, embora Velora dissesse que ele poderia ser ainda mais rápido; além disto ele ainda não conseguia se transformar se não tivesse mergulhado na banheira.

    As vezes, andando por Dafodil ele se perguntava se haveriam outros sirenos na cidade. Nem mesmo um sireno saberia diferenciar outro que estivesse em sua forma humana.

    A magia de Ĝeko começava a protege-lo quando Velora usava magia de ataque contra ele.

    - Mm, é um bom começo. Você não consegue ainda por seu poder para fora, mas pelo menos seu corpo reage instintivamente, absorvendo ataques. É típico de um mago de defesa. Com o tempo poderá canalizar isto como um escudo mágico.
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    Mensagem por susanoojr Qua Jun 06, 2018 11:30 pm

    A rotina de treino de Ĝeko havia começado, alguns bem puxados e outros fáceis, para ele, e ainda tendo seu treinamento extra em transformação e aulas de magia. A maioria dos treinos eram focados em fortalecimento para ajudar-lo ao menos para entrar em forma, pois, o garoto era baixinho e magro ganhando até o apelido de "espetinho". Suas aulas de ensino a magia serviam para introduzir os ensinamentos mágicos, uma vez que ele não sabia de nada sobre magias. Por fim, havia seu sofrido treinamento de transformação, doloroso no começo, mas logo se acostumou e foi melhorando com o tempo, o que lhe rendeu mais treinamento em outras áreas.

    Para continuar com seus treinamento "grátis", Ĝeko começou uma rotina de faxina no quartel, começando limpando o chão e chegando a limpa pratos da cozinha, com os serviços ele se familhariza com boa parte de QG, a parte liberada para todos, também não demorou a descobrir que era o único não demônio de lá, o que deixou um pouco incomodado, pois eram poucos aqueles que queriam conversar, isso era bom para ele ficar focado no treinamento.

    Aos poucos ele começou a andar pela cidade, no começo era só em volta do quartel, depois eram as divisas da Corte e por fim metade da cidade, mas não conhecendo as vielas ou suas margens ainda, ele com certeza não se atreveria entrar nas partes mais obscuras ainda, até ter um controle de magia melhor.

    Conforme seu treinamento evoluia, suas habilidades também aumentavam, descobriu que também também podia canalizar magia branca e que ele também era um Uanamko, um tipo especial de mago, e mesmo com essa evolução, sua força não servia nem para protejelo e também mal conseguia lenvatar uma espada ou vestir as roupas especiais de treino, armaduras, ou outras coisas do tipo.

    Em alguns momentos de seu tempo livre, Ĝeko gostava de ir na feira, havia várias coisas especiais por lá mas tudo com preços elevados, conversa com várias pessoas e descobre que há outros de sua espécie por ali, deixando-o entrigado, jamais imaginava que outros sirenos fariam comércio naquela região, isso faz ele ter uma noção do quão cruel é o mundo.

    Em uma dessas suas voltas pela feira, ele decide ir falar com um feirante que vendia artefatos feitos em Akvlando, afim de descobrir se aquela pessoa eram de fato um Sireno.
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    Mensagem por Leomar Sáb Jun 16, 2018 4:41 pm

    Não se pode dizer que Ĝeko se sinta "confortável" junta de seus nada simpáticos "amigos". Porém com o tempo vai pelo menos ficando menos amedrontado naquele mundo novo.

    Não se dando muito bem na espada (pelo menos "por enquanto" como disseram), ele começa treinar sozinho mesmo com uma faca emprestada e uma árvore no pátio. Acaba com alguns cortes nos dedos ao tentar fazer algumas acrobacias e tiro ao alvo.

    - Acho que você não está sentindo ódio suficiente desta árvore, Espetinho. - coreta um dos guardas do QG - Tente imaginar alguém que você não goste, imagine a cara dele num galho específico e então lance a faca.

    Este era o máximo de "incentivo" que aqueles brutos sabiam demonstrar. Seu público também não era muito agradável quando cantarolava alguma música de sua infância. Ĝeko tinha uma voz sedosa, mas os demônios ali preferiam chamar de música gritos guturais acompanhados de percussão violenta do que as baladas infantis ou românticas que seus pais cantavam. Ĝeko via alguns artistas de rua nas praças, não haviam muitos, pois Dafodil não era uma cidade muito artística, ainda assim pensava que talvez mais tarde poderia tentar se apresentar com algum deles para cantar.

    Quando ia ao mercado, dava uma olhada em produtos de Akvlando, talvez procurando uma conexão com um passado que nunca conheceu. As joias e moedas que tinha pego no dia do "acidente" ainda estavam embaixo no colchão, ninguém tinha lhe pedido contas de nada que possuísse, mas ele queria aprender fazer pequenas compras para ser menos dependente do QG. A estadia e comida por enquanto não estavam sendo cobradas, a não ser pelos pequenos trabalhos que realizava, mas ele sabia que trabalhava bem menos que um escravo. Mesmo não falando, ele sabia que Velora facilitava para que ele se dedicasse aos treinos.

    Um dos responsáveis pelo comércio dentro do QG era Fensio, um diabo que sempre tinha algo a vender para alguém, seu acervo era bem variado (e suspeito).

    Novos Mares (Ĝeko) 9910389647bd2a795f73d043b7e417fa

    Fensio não andava tendo muita sorte, tendo aparecido com parte direita da cara e dos chifres detonados nos últimos dias, sendo assim ele andava mais nos "bastidores". Ĝeko sabia que Fensio cometia alguns deslises até com outros alguns outros membros da Corte, mas estava sempre a procura de qualquer coisa que desse lucro. Ele então resolve trocar algumas figurinhas com o diabo em busca de algumas dicas.

    O demônio o acompanha no mercado:

    - Bom, está interessado em saber um pouco do comércio do seu suposto continente? É, é bom começar por algum lugar. O povo akvlandano não são lá os melhores para se começar, mas também não são dos piores, a questão é você saber o forte e o fraco deles. Isto vale para qualquer pessoa com quem você vá comerciar, eles tem que achar que você é inteligente, mesmo que não seja, senão te arrancam o couro.

    Tipo, o que o pessoal de Akvlando mais vende? Coisas que tiram do mar, sal e peixe, principalmente. Mas embora sejam o que vendem mais, não é bem o forte, pois tem um milhão de akvlandano vendendo sal, e peixe é algo que não dura muito, a não ser que você salgue ou traga no gelo, mesmo assim até chegar aqui um barco pesqueiro tem que vender tudo em dois ou três dias, ou perde tudo.

    Mas o que eles são realmente bons? Eu digo: artesanato de luxo. Coisas com muito detalhe destas que nem todo mundo tem paciência ou competência para fazer. Tipo, assessórios comuns, ferramentas, estas coisas normalmente são mais baratas comprar do pessoal de Fajr-Regno, que produz muita coisa de metal e barato. Mas se você quiser uma adaga especial, por exemplo, com aquelas linhas-guia que são difíceis e demoradas de fazer, além disto elas podem precisar ser disfarçadas dependendo de quem precisa da arma, então aí você tem que comprar de um mercador de Akvlando, pois eles são especialistas nestas linhas-guias, conseguem fazê-las bem finas e detalhadas.

    Veja estas adagas nesta banca:


    Novos Mares (Ĝeko) Linhasguia

    Parecem boas por si mesmas, equilibradas... Mas vê estes diversos detalhes em forma de linha nas lâminas e no cabo? Elas servem para canalizar sua mana, seja aos poucos, seja de vez.

    Veja a primeira: o cabo tem uma linha em espiral que vai em direção à lâmina, isto facilita a mana ir da sua mão até a lâmina. E na lâmina as linhas-guias vão do centro, onde acaba o espiral, até às bordas, o que ajuda distribuir a mana em toda extensão da lâmina. Isto é bom para magos que estão começando com uma arma nova, ou que não querem perder tempo "treinando" a arma mágica.

    Já a segunda: as linhas-guias convergem para a ponta, facilitando uma magia que se use num movimento de ponta, como estocada. Mas veja também o cabo: muitos círculos. O circulo é uma tipo de linha para acumular a energia, portanto estes vários círculos concêntricos servem para acumular a energia do mago na arma, bastando para isso que ele fique a segurando, quanto mais assegura, ou mesmo só a mantém perto do corpo, mas mana a arma armazena. Com isto podemos deduzir que esta é uma arma para sacrifício ou ritualística: sacrifícios são feitos com golpes de ponta, e se a arma tiver já carregada de energia, melhor é o ritual.

    Esta terceira: vê como as linhas-guias são retas? E no cabo você vê linhas horizontais por fora, mas observe como parecem ter linhas verticais na parte de dentro, não é impressionante? Linhas-guias retas assim são para armas de magos verdes. Na lâmina as linhas também são retas, o que facilita magias que usam movimentos retos, mais um detalhe que beneficia magos verdes.

    A quarta tem uma série de linha s diferentes, esta arma foi feita para um mago específico, e provavelmente foi roubada, Pois uma arma especial assim não seria vendida. Ve esta linha guia que leva a uma parte específica da lâmina? Chamamos ela de flor de trigo, é uma linha guia que busca levar a mana para essa parte da lâmina, para isso o mago faz um movimento bem específico usando este lado. As demais linhas guias também se referem a movimentos feitos pelo mago.


    Depois de falar das linhas-guias, Fensio ensina barganhar:

    - Algumas pessoas são ruins de se barganhar, como o povinho de Ajros, aquele povinho Não barganha de jeito nenhum. Já os akvlandanos podem até se sentir ofendido se você não barganhar.

    Fensio tenta barganhar o valor de uma adaga, mas o vendedor cobra cada vez mais caro, quando ele diz que é membro da Corte dos Milagres, o vendedor cobra mais caro ainda.

    - Claro que sempre tem os filhos da p*** que vendem mais caro se não forem com a sua cara ou se não forem amigos da corte ou de qualquer outro lugar que você pertença. Mas com essa sua carinha bonitinha você com certeza vai fazer muitos bons negócios. Quer tentar alguma coisa agora?

    Vocês passam por várias barracas do mercado verificando vários produtos. (Caso interesse em algo role 2D10).

    Depois de um tempo no mercado, vocês percebem algumas carroças passando numa rua lateral. Eram carroças marcadas com bandeiras cinzas, que indicavam algum tipo de doença grave. Nada muito em comum por ali, mas Fensio lhe dá uma leve sugestão:

    - Aí, E se fosse tentar ajudar para treinar a sua magia?

    - você acha que eu deveria?

    - Ninguém que não for um Mago do ar e da água chegaria perto deles. Se você errar e eles morrerem ninguém vai se importar, pois eles já estavam doentes mesmo. Então o que tem a perder?

    (É só uma sugestão, não foi um convite ou ordem, talvez nem seja lá das melhores sugestões e se bobear pode até ser uma furada, portanto você não tem obrigação nenhuma de ajudar, mas se quiser você pode tentar usar magia instintiva, neste caso role 1D12 ou tentar com um pouco de controle, como a Anciã tem treinado, neste caso role 2D10. Se pensar em qualquer outra coisa que possa ajudar ou atrapalhar pode declarar e fazer a rolagem junto. Algumas dicas que eu só dou no começo: rolagem de bênção (1D12) e/ou de percepção e/ou percepção mágica (2D10) quase nunca atrapalham e podem até ajudar)
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    Novos Mares (Ĝeko) Empty Re: Novos Mares (Ĝeko)

    Mensagem por susanoojr Sáb Jun 23, 2018 1:23 am

    Entre um treino e outro, Ĝeko praticava um pouco seu manuseio com espada em uma árvore perto da grande área do quartel, ninguém pediu para ele treinar, mas ele gostava de se sentir o mais útil em batalhas. O mais perto dos incentivos que ele recebia, eram dicas para treinar como  se estivesse batendo em um inimigo ou na pessoa que ele sentisse mais raiva, para um garoto como ele que pouco tivera emoção em sua vida, tal sentimento era difícil de ser expressado sem ter tido ao menos uma vez.

    Outro treinamento que não necessariamente era um treinamento que ele fazia, eram seus cantos, com sua voz sedosa cantarolava entre seu tempo livre pelos corredores de todo o quartel. Mesmo não tendo muitos fãs, os Demônios não o incomodavam por respeito a Velora e por não necessariamente se sentirem ofendidos pela voz do garoto, até por que, ele cantava suas músicas muito bem com a voz que tinha.

    Em seu tempo livre, quando não treinava por conta, ele gostava de visitar o mercado ali perto, apenas para dá a caminhada e interagir com outras pessoas, ainda não tinha noção de comércio para tentar se arriscar em quem sabe comprar ou vender alguma coisa, mas ele gostava de apreender sobre tudo que podia para ser o menos dependente do QG.

    Ultimamente Fensio, um dos comerciantes da Corte, andava com problemas em seus negócios, parecendo ter brigado,  Ĝeko então decidiu que o ajudaria com parte de seu negócio em troca de aprender um pouco da noção do comércio. Mesmo sem ser a melhor opção de "professor", Fensio decide apenas dá uma volta com o animado garoto no mercado, ele viu uma certa oportunidade de voltar aos seus negócios usando o garoto, afinal ele tinha uma carinha mais bonita que o pobre demônio.

    No mercado o demônio dá algumas dicas de como funciona o comércio e os tipos de vendedores e seus itens, depois ele ensina os truques de como barganhar o preço dos itens e incentiva a Ĝeko tentar fazer em alguns itens simples antes de tentar com coisas grandes, mas se ele preferisse também ajudaria na barganha destes outra hora.

    Por enquanto, Ĝeko vai de loja em loja vendo itens simples, como foi indicado, ele então depois de verificar a pouca variância dos preços, que estavam bem caros por sinal, ele decide comprar um anel, sem a ajuda de Fensio ele encontra um anel bem vagabundinho de ferro, ele tinha uma pedra mágica que tranquilizava a magia azul do usuário, o objetivo era barganhar para abaixar o preço até que ele tivesse condição de comprar, porém como sua primeira vez, sua barganha não foi tão boa quanto queria, então ele toma uma decisão que surpreende Fensio, trocar sua espada pelo item ou a espada mais algumas trocados. Aquela espada não era mais comum que os demais itens dali, mas iria valer alguma coisa pro começo.

    Antes de saírem do mercado, Fensio incita  Ĝeko a treinar sua magia, vendo que o garoto poderia surpreender-lo ainda  mais.

    - Aí, E se fosse tentar ajudar para treinar a sua magia?


    - você acha que eu deveria?

    - Ninguém que não for um Mago do ar e da água chegaria perto deles. Se você errar e eles morrerem ninguém vai se importar, pois eles já estavam doentes mesmo. Então o que tem a perder?

    - Tudo bem então, mas, o que eu devo fazer? Eu ainda não tenho controle da minha magia e o pouco que eu tenho é para ataque ou proteção.

    - Eu já ouvi histórias de atos usarem magia de cura em cantos, como você tem uma voz... bonita, poderia tentar canalizar sua magia nela.

    - Mas como faço isso?

    - Só vá e cante uma música, ande logo.

    Com um pouco de coragem, ele entra na barraca e vê muitos feridos, pessoas já sem esperança em um novo dia, comovido com aquilo, ele senta em um canto e canta baixinho.

    Um dos feridos que estava na cama ao lado dele toca em seu joelho e fala: "sua voz é boa, cante mais alto".

    Quando ele percebe, muito do tumulto que tinha estava diminuindo para escuta-lo, então ele se levanta e lamenta sua voz cantando uma das música de ninar ensinadas por seu pai.

    "Tili-tili-bom
    Zakroy glaza skoreye,
    Kto-to khodit za oknom,
    I stuchitsya v dveri.

    Tili-tili-bom.
    Krichit nochnaya ptitsa.
    On uzhe probralsya v dom.
    K tem, komu ne spitsya.

    Tili-tili-bom.
    Ty slyshish', kto-to ryadom?
    Pritailsya za uglom,
    I pronzayet vzglyadom.

    Tili-tili-bom.
    Vse skroyet noch' nemaya.
    Za toboy kradetsya on,
    I vot-vot poymayet.

    Tili-tili-bom......"
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    Mensagem por Leomar Seg Jun 25, 2018 8:18 pm

    Ĝeko ainda era um pouco sugestionável, e sem pensar muito se Fensio queria mesmo ajudar ou jogá-lo numa furada, ele aceita a sugestão do demônio. Acabava sendo uma oportunidade de ajudar, e ele ainda era um bom moço.

    De fato ninguém "inteligente" chegava muito perto das carroças. Seria Ĝeko o único mago dos elementos curadores ali ou simplesmente ninguém mais se importava? Os doentes tinham que ficar em carroças fechadas e cobertos seriam levados para fora da cidade ou sabem os deuses para onde, qualquer pessoa que chegasse perto corria o risco de se contaminar.

    Ao todo eram cinco humanos contaminados, dois homens, duas mulheres e um garoto. As pessoas olham Ĝeko se aproximar das carroças com desconfiança. Será que ele não sabia que as bandeiras cinzas marcavam doenças graves? Seria ele muito ousado ou simplesmente muito burro?

    O demônio tinha perguntado: "O que tem a perder?" Talvez a saúde e até a vida, mas ele não pensa nisto na hora. Como se soubesse o que estava fazendo, ele entra na primeira carroça, onde estavam os homens e o garoto. Estavam embaixo de cobertores surrados e parece que não tomavam banho a alguns dias. Este era um dos momentos que ter um olfato ruim não era tão ruim. Nem todos os humanos faziam questão de tomar banho toda semana, os demônios menos ainda. Mas Ĝeko gostava de ter a oportunidade de ter sua banheira toda noite, mesmo que não fosse uma questão de treinar, os sirenos gostavam de um bom banho, era instintivo para eles.

    Os doentes mal olham para ele, estavam já com aquele olhar perdido de quem está à beira da morte, gemiam quando as rodas meio frouxas da carroça passavam no terreno irregular ao passo lento dos bois que as puxavam.

    Fazia apenas um mês que estava treinando com a Anciã, mas aquilo seria o suficiente? A primeira coisa que Ĝeko faz é lembrar dos exercícios básicos, como o de tentar despertar a percepção mágica.

    - Lembre-se sempre do básico, mesmo quando já o tiver dominado. Não cometa erros bobos. Não sou o tipo de mulher que treina pessoas para cometerem erros bobos. - Falava frequentemente Velora em seus treinos.

    Assim que faz o exercício com percepção mágica, ele sente uma forte presença de mana negra no local. Já era de se esperar, afinal, onde há doença, há mana negra. Mas ele também percebe um padrão de mana azul perto dos doentes. Como ele e a anciã partilhavam do mesmo dom, perceber padrões de mana da água era algo que treinaram mais.

    O padrão era forte, e quanto mais forte a magia, mais fácil de se perceber, e também era denso. Se sua intuição estivesse certa aquela não era só uma doença grave, mas era uma doença de origem não natural, um tipo de envenenamento mágico criado através de manas azuis e negras, por coincidência as mesmas que Velora dominava.

    A água era um elemento fluído, que pode ser tanto trabalhado para bênção como para maldição. Unindo-se com elementos negros ficava fácil criar venenos, seja em forma de feitiços (poções) ou magia, e potencializar doenças. Ĝeko não conseguia saber mais que isto, pois um dos paradoxos da magia é que, quanto mais forte, mais fácil de ser percebida, mas mais difícil de ser "lida" ou trabalhada.

    Um dos doentes sai um pouco de sua apatia ao vê-lo ali dentro:

    - O que está fazendo, garoto? Não devia entrar aqui. Aaaahhh! Ninguém deveria... - Sua voz era triste e sem esperança.

    Talvez nem o jovem soubesse o que realmente estava fazendo ali, mas ele começa cantar suavemente, concentrado na mana azul, como tinha aprendido. Outro paradoxo da magia, e ela tinha muitos deles, é que magos curadores precisavam manter suas defesas mágicas baixas para agir nas defesas mágicas naturais dos outros.

    Aos poucos os doentes se acalmam, um deles toca seu joelho e pede: - Sua voz é boa, cante mais alto.

    As proteções mágicas daqueles homens estavam baixíssimas, o que facilita que parte da energia de Ĝeko flua para o corpo deles. Em pouco tempo eles parecem mais dispostos, gemem menos de dor.

    - Eu... eu acho que nossa febre está diminuindo. Você é um sacerdote? Por favor, não deixe de nos ajudar! Estamos muito mal!

    Ĝeko percebe que os padrões de mana no ambiente tinham mudado, estavam mais harmônicos, mas ainda muito fortes. Usando mais o instinto, ele tinha conseguido ajudar aqueles homens, mas o veneno mágico ainda estava em seus corpos.
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    Mensagem por susanoojr Sáb Jul 07, 2018 9:40 am

    Na carroça os doentes reclamavam menos, suas dores aos poucos era diminuído, não o suficiente para estarem livres da doença, mas já garantiam melhorias em seu status vitais. Um deles elogiava os poderes curativos do garoto, chegando a acha-lo que o mesmo era um sacerdote, porém Ĝeko jamais fora um.

    A medida que o tempo passava, os padrões da mana se harmonizavam, ficando mais fáceis para ele trabalhar na carroça, mas não em todas, o que leva Ĝeko a questionar se conseguiria ao menos, na pior das hipóteses, diminuir o sofrimento da espera por uma morte daquelas pessoas.

    Com sua percepção magica, ele identificou que aquela doença se tratava de algum tipo de feitiço ou algum veneno com magia negra bem forte, com alguns traços de magia azul, os mesmos elementos de Velora, a sua mestra magica.

    A partir de seu treinamento, o Sireno sabia o básico até agora, seu canto foi um golpe de sorte que ele havia pensado que poderia ajudar, eles precisariam de tratamento magico de verdade, contudo, com a falta de experiência e pratica o garoto fazia o possível para ajudar.

    - Eu não sei se posso estar fazendo isso, mas eu gostaria de estar ajudando-os mais com a minha magia.

    Ĝeko já havia ajudado mesmo sem saber ou ser requisitado por eles, tudo até agora seria muito mais que qualquer um que não fosse um sacerdote de oficio faria.

    - Tentarei usar um método de cura contra essa doença, mas eu não sei praticamente nada sobre ela, vocês poderiam-me falar sobre ela? Como e quando ficaram doentes?
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    Mensagem por Leomar Dom Jul 08, 2018 9:46 pm

    Ĝeko conversa com os doentes:

    - Eu não sei se posso estar fazendo isso, mas eu gostaria de estar ajudando-os mais com a minha magia.

    - Não temos posses, senhor, mas se puder salvar a vida de meu filho, iremos lhe servir!

    - Tentarei usar um método de cura contra essa doença, mas eu não sei praticamente nada sobre ela, vocês poderiam-me falar sobre ela? Como e quando ficaram doentes?

    - Estávamos tentando consertar o solo, é muito difícil plantar aqui, mas precisamos tentar arrumar o solo para esta cidade melhorar. Eu e meu filho começamos ter dores de cabeça e no corpo. Pensamos que podia ser o sol ou um resfriado, comum por aqui, mas as dores nas juntas nos derrubaram em apenas um dia, e não conseguimos mais ficar de pé. A praga tem se espalhado rápido e muitos já foram enterrados, estávamos prestes a ser os próximos, se não nos ajudasse. Há apenas três dias começamos a passar mau, e hoje nossas juntas já doíam todas, não temos forças sequer para ficar em pé.

    A carroça ia andando para fora da cidade. Não demora muito para aparecerem problemas:

    - O que estão fazendo aqui? Porque estas carroças estão lentas?

    Ĝeko dá uma olhada na parte de fora, alguns soldados do Yüksek Kan estavam tirando satisfações, Fensio tentava contornar a situação.

    - Um amigo meu está tentando usar magia de cura naquelas pessoas.

    - Demônio nojento e maldito, sua raça sempre atrapalhando. Que tem vocês com estes camponeses? Ponham-os para fora e de preferência vão com eles. Morram no deserto.

    Ĝeko não sabia de muita coisa dos clãs que dominavam esta parte da cidade, mas nos poucos dias que estava sendo treinado, sabia de uma coisa: a Corte dos Milagres e o Yüksek Kan se odiavam, ambos sempre querendo controlar mais partes da cidade que o outro. Sempre que podiam brigar por algo, os dois grupos brigavam, não raro até a morte.

    - O jovem mago está ajudando civis neutros de graça, e ele responde a Anciã Velora, se quiserem podem chamar sacerdotes para testemunharem a melhora...

    - Ninguém da maldita Corte representa nada para mim ou para o Kan, estas carroças estão contaminadas com praga e vocês devem estar também, deveríamos simplesmente por fogo em todos e tudo.

    As pessoas saíam do caminho das carroças ao ver as bandeiras cinzas, mas se aglomeravam a pouca distância, para observar as discussões. Gritos de "saiam!" podiam ser ouvidos e não demoraria para as pessoas começarem a pensar em pegar pedras na rua para apedrejar as carroças. Não havia muita solidariedade em Dafodil.

    Só não há um linchamento na hora pois tinham muita gente de muitos grupos ali, Fensio chama Ĝeko:

    - Melhor vir embora, não sei se pode ajuda-los mais. Ou você quer que chame Velora ou outra pessoa? Ela talvez ache interessante ver o que fez aqui!
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    Novos Mares (Ĝeko) Empty Re: Novos Mares (Ĝeko)

    Mensagem por susanoojr Sáb Jul 14, 2018 4:33 am

    Ĝeko não queria abandonar eles agora, não iria receber mais que experiência em seu treinamento fazendo aquilo, tudo até agora já passava das obrigações de qualquer um e ainda, haviam guardas ameaçando ataca-lo por qualquer motivo.

    Pelo pouco que sabia, ele tinha certeza em seus pensamentos que aqueles guardas não o deixaria em paz, mesmo se sair da tenda sem discutir, o que aqueles guardas queriam eram apenas um motivo qualquer para sacarem suas armas e atacar o garoto e demônio.

    - Fensio, vá e chame alguém da Corte que possa me ajudar, dê preferência a Anciã. Tentarei segurar eles ao máximo.

    Fala Ĝeko com um tom normal de voz, porém baixo para dá a impressão aos soldados que a conversa com o demônio não era verdade.

    Os doentes não desejavam brigas, ainda mais sabendo que eles eram o motivo.

    O garoto não detinha de obrigações com a corte, menos ainda com aquelas pessoas que ele ajudava, mas seus ensinamento de garoto por sua mãe o-impedia de deixar pessoas serem oprimidas por pura vaidade de homens como aqueles.

    Ele encarava os soldados enquanto descia da carroça, 3 soldados ao todo, não pareciam ser muita coisa, mas ele era menos que isso. Ele percebe também a pequena multidão crescente que surgia em torno daquele grupo, mesmo sem saber dos motivos.

    As experiências de Ĝeko não lhe dava vantagem para um combate naquele instante, um contra três era injusto para qual quer um, mais ainda pra um neófito em magia azul com quase nada de treino com facas e menos ainda de espada, suas chances de vencer ali eram quase nulas, mas ele ainda arrisca.

    Antes que a luta se consuma, Ĝeko tenta ganhar tempo para que Fensio vá e volte com qualquer ajuda que encontra-se, afinal, brigas sem sentido como aquelas ocorriam o tempo todo.

    - Digam-me, mesmo que eu vá e deixe está carroça, quem garante que eu consiga sair daqui ileso ou que os cuidados dessas pessoas sejam continuadas? Quais são suas crenças ou códigos para essas ocasiões? Teriam mesmo coragem de vir três atacarem um garoto?
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