[!ON!] Meados de Abril

As circunstâncias foram postas e agora a maga e a caçadora conheciam o motivo de estarem ali. Lythain alertou Arkell quanto a questão do tempo: - Sim, o tempo corre diferente aqui e lá, mas ainda assim as coisas lá podem custar mais que o previsto. Não vou impedi-lo de seguir conosco, pois é algo muito importante para você, mas saiba que qualquer atraso lá, pode nos colocar numa situação delicada aqui. - O garçom aproximou-se com os pedidos, servindo cada um dos presentes. Arkell teria que tomar sua decisão: garantir a situação aqui ou arriscar a ida ao Vale?

Nympha escutou a explicação de Arkell sobre a maldição. Vasculhou em sua mente informações sobre aquilo e possivelmente seria capaz de ajudar. A magia Fae era um pouco diferente da feitiçaria dos magos, mas toda magia está, de certa forma, regida por arcanos arquetípicos similares. Talvez ela pudesse realmente quebrar aquela maldição. Porém, teria que passar em seu Santuário a fim de ver se encontrava ali um espelho ritualístico. Rituais de quebra de maldição normalmente exigiam o uso de um.

Ao ouvir o Fae contando da traição que sofrera, Paaie sentiu-se muito tocada. Quando os dois cruzaram os olhares, sabiam que haviam compartilhado um momento íntimo. Arkell, por sua história de vida, Paaie, pelos valores do seu povo. Porém, quem respondeu à pergunta dela, foi Lythain: - Você será nossa guarda-costas. Só porque Vincent está aqui, não quer dizer que seus asseclas não estejam espalhados pelo Vale Feérico. Se formos atacados durante a quebra da maldição, tudo pode ir por água abaixo.

Quando tivessem terminado de comer, estariam prontos para iniciar o plano.

Nympha pode ativar o seu movimento Santuário Sagrado. Arkell e Paaie compartilharam um momento íntimo, então ambos podem fazer seu Movimento de Intimidade. Ele está descrito na ficha de cada um.

- Tenho total ciência disto minha Rainha... - Ele então colocava sua mão delicadamente sobre a dela a concluía, com um olhar determinado. - Farei tudo ao meu alcance para cumprir suas ordens e impedir que nosso povo sofra ainda mais. - Estava decidido. Eles iriam até o mundo Fae e trariam Phooka de volta a tempo de destronar Vincent e de negociar uma trégua com o Drácula Duncan.

Durante a reunião e também depois, Arkell compartilhava de um momento intimo sobre sua própria história, e então decidia pedir para que Paaie prometesse que se ele viesse á falecer ou o plano desse errado, ela caçaria e mataria Vincent.

- Ficarei grato até em minha pós vida, nos belos campos floridos e cheios de vida junto a Deusa. - Ele a dizia. Depois se virava para a maga e então a questionava:

- Nympha, você precisa de algo antes de viajarmos até o mundo Feérico?

Off: Movimento de Intimidade: Quando você compartilha um momento de intimidade (física ou emocional) com outra pessoa, exija uma promessa dela. Se ela recusar ou quebrar a promessa, essa pessoa deve 2 Dívidas a você.

Planos feitos, todos levantaram. Arkell chamou um outro táxi e eles levaram Nymphadora até próximo de seu santuário. A localização precisa dele, a maga escondia, afinal, era seu lugar seguro. Paaie perguntava à maga se ela sabia algo sobre jóias e amuletos. Genericamente assim, Nympha não tinha uma resposta precisa. Amuletos poderiam ser usados como canalizadores para rituais, mas como e para que tipo de rituais dependia muito da simbologia que eles carregavam.

Quando desceu do carro, seguiu para seu Santuário. Demorou cerca de uma hora, lendo, apropriando-se de informações e escolhendo algo que poderia ajudá-la. Ela precisaria de um espelho ritualístico, mas o máximo que achou foi um cálice. Com água, poderia usá-lo como um espelho, mas talvez ele não fosse capaz de absorver a maldição por completo. Porém, era o melhor que tinha.

Enquanto isso, os demais seguiam para a mansão de Arkell. Paaie havia lhe feito uma promessa e sentia-se também no direito de perguntar-lhe. Mas ainda se questionava se deveria fazer. Estar no meio de fadas e magos era uma novidade para ela. A casa do Fae era impressionante. Mais afastada do centro de Paris, dispunha de um espaço incomum para as habitações parisienses.

Na grande sala de estar, eles esperaram que Nympha chegasse. Ela não tardou muito. Foi Lythain quem tomou a dianteira. - Estamos todos, partamos imediatamente. Vamos para o jardim. - Arkell os mostrou o caminho e a rainha Fae foi até próximo de uma sebe. Ela parou diante dela por alguns instantes e então eles puderam ver um fulgor rápido de brilho dourado entre os arbustos. - Atravessem vocês primeiro!

A travessia para o Vale Feérico era como uma forte viagem de ácido de cores e formas distorcidas. Do outro lado estavam também num jardim, onde as folhas eram mais verdes e os espinhos mais agudos. Pequenas distâncias pareciam léguas e vice-versa. Deram-se conta que na verdade estavam na beira de um bosque e diante deles havia uma choupana assobradada. Para Arkell, aquela chegada era de uma nostalgia aguda. Quantas décadas, quiçá séculos que não punha os pés ali?

Shamps, se quiser pode ativar seu movimento de intimidade também. Como o foi com Arkell, a pergunta tem que ir pra ele.

- Deixe que eu pago... - Arkell então comprava uma caixa cheia dos doces preferidos da maga e mais algumas bebidas. - É o minimo que posso fazer... E é claro, nós a levaremos até lá antes de chegar na mansão. - A maga era uma das poucas que o Fae poderia considerar como sua amiga naquele mundo. Ela já o havia ajudado muito, e ele sabia bem que se voltasse vivo daquela missão, deveria ajuda-la com a mesma determinação.

Então Paaie o respondia positivamente sobre a tal promessa, e o Fae sentia que a mulher era uma boa pessoa, presa em um mundo onde não havia escapatória.

- Eu agradeço profundamente mademoiselle... - Ele então passava respondendo os questionamentos da moça sobre os Fae e Vincent. - Ele é uma verdadeira cobra, sempre cuspindo seu veneno e infectando as pessoas ao seu redor com suas mentiras bem elaboradas, tenham cuidado mademoiselles, pois ele pode tentar ludibria-las... - De táxi, eles partiam té o local onde se localizava o santuário da maga, e ele logo imaginava que fazia todo o sentido dada a personalidade da mesma.

- Ah sim, vocês humanos apreciam praticamente todas as coisas, como é sua terra natal mademoiselle Paaie? - Então a maga voltava com seus pertences e eles seguiam até a mansão de Arkell, onde pegavam o portal da Rainha pleo jardim da residência.

Algumas visões e sensações depois, Arkell estava de volta ao seu mundo. Eras após ter sido exilado. Sentia um aperto em seu coração, pois sabia que se tudo ocorresse como planejado, ele poderia estar de volta ao seu lar, e de quebra, talvez ao lado de sua amada Lythain.

- Minha Rainha, é nesta choupana que se encontra Phooka? - Ele perguntava, já olhando para todos os lados, atendo á qualquer movimentação suspeita.

- Sim, ela está aqui. - E a rainha da Corte da Primavera caminhava diante de todos em direção à construção simplória. Chegando à porta, com a pequena comitiva, ela bate. - Nanophares, sou eu, Lythain. Viemos quebrar sua maldição. - Demora um tempo até que haja alguma resposta que vem completamente em na forma de três batidas ritmadas por dentro da porta. Lythain bate de volta, num outro ritmo, como que complementar. Enfim o som de uma tranca se abrindo e surge no portal uma phooka. Ela tinha cerca de 1,30m e já tinha uma aparência envelhecida, de cabelos grisalhos e olhos miúdos.

Todos entraram. A phooka fechou a porta detrás deles e os apontou a escada. Subiram e no andar acima tinha uma espécie de salão. - Não vamos perder tempo. Nymphadora, por favor. - A rainha Fae lhe abria os braços e indicava o espaço: era o que dispunham para fazer quebrar a maldição.

Arkell olha pela janela e sente um calafrio. Algumas nuvens de chuva pesada parecem começar a se formar. Ele sabia o que queria dizer aquilo. Lythain também olhou pela janela, de onde estava: - Tenho um mau pressentimento. Talvez tenham descoberto que estamos aqui. - Como? Pelo Mosteiro das Promessas? Lá guardava coisas antigas que talvez permitissem algo assim. Se um dos monges havia quebrado suas promessas e agora agia politicamente, não seria surpresa.

- Arkell, Paaie, fiquem lá fora. Não permitam que atrapalhem o ritual. - A phooka parecia estar assustada e alarmada diante daquilo tudo. Lythain virou-se para Nympha cobrando-a com o olhar que começasse.

Do lado de fora estava nublado e ventando bastante. Um vento frio e lúgubre. Arkell entendeu de súbito: eram sílfides, fadas elementais do ar. Quatro delas surgiram como que flanqueando a casa e lançando seus sopros sobre a construção frágil.

Hylian pode descrever como quiser o ritual de quebra de maldição. Segue o movimento que usaremos:

Quebrar Maldição
Quando quebrar uma maldição através de ritual, role +Espírito durante 5 rodadas. Num 10+, receba Ritual 2. Num 7-9, receba Ritual 1. Numa falha, seu próximo teste recebe -1. Se no próximo teste falhar novamente, a penalidade se acumula.

Se ao final de 5 rodadas tiver Ritual 7 ou mais, a maldição é quebrada perfeitamente, sem ônus. Se tiver Ritual entre 6 e 5, a maildição é quebrada, mas algo de inesperado acontece. Se tiver Ritual 4 ou menos, algo dá terrivelmente errado.

Arkell tivera de se controlar para não arrancar aquela porta, tamanha era sua ansiedade de conhecer aquele ser que poderia salvar e iluminar eras e mais eras de escuridão em sua vida, em sua existência regada e movida a um ódio e vendetta eternos.

Porém, para sua surpresa, a tal phooka não parecia nada demais, inclusive Arkell pensava que a pobre coitada logo logo encontraria seu caminho até o paraíso junto á Deusa. "Teria aquela maldição tal horrendo efeito?" - Questionava-se.

Então tudo acontecia muito rápido e o Fae nem conseguira se apresentar a sua suposta salvadora, pois dá janela alguns movimentos chamavam sua atenção e sua rainha já passava as instruções para a maga começar o ritual. Ele se virava para a caçadora, e tentando manter a calma para ambos, a respondia:

- Porque nossa função será devidamente testada caçadora, e se obtivermos sucesso, seu nome será entoado por gerações nos dois mundos. - Então Lythain os despachava para fora da choupana, onde os fortes sopros de seus algozes tentavam varrer dali aquela nada confiável construção. - São fadas do vento, não se deixe enganar por suas aparências, são feridas do mesmo jeito que nós, então sugiro mirar na cabeça! - Ele a dizia e já desembainhava sua espada sagrada e fiel companheira de inúmeras batalhas, tanto as vitoriosas quanto as amargas e humilhantes derrotas.

O Fae então invocava sua magia "Glamour" para invocar ilusões que pudessem confundir as sílfides a ponto de gerar alguma vantagem, mesmo que momentânea, para a caçadora. Com as ilusões bem sucedidas, ele também atacava em fúria com a sagrada e lendária Springbreaker.

Off: "Glamour: Você cria ilusões para enganar os sentidos. Os efeitos não duram muito." Marcarei mais um ponto de corrupção para realizar esta magia.

A expectativa era tamanha que Nymphadora quase arrombara a porta segundos antes de que ela mesma fosse aberta para revelar a vítima da tal maldição, cuja responsabilidade de quebrar estava toda nas mãos da jovem maga. Nympha poderia exalar confiança, mas em realidade não estava muito certa de que era capaz de cumprir com seu papel naquele momento e da forma como tudo se deu. Ela não teve muito tempo para pesquisar por algo melhor e não teria meios de fazê-lo – agora que chegara tão longe, teria que usar a única arma que tinha somados a sua sabedoria mágica para dar o seu melhor.

Nympha apressou os passos principalmente quando a rainha lhe guiara para o local onde ela poderia começar o ritual satã-mágico que salvaria o dia, Nypha já poderia ouvir os bons parabéns por ter sido a bruxa que salvara o mundo encantado do amigo, afinal, fados são amigos, ela repetia em sua mente.

– Certo, primeiro eu preciso me concentrar, então necessito de SILÊNCIO! – exigiu Nymphadora trazendo o cálice nas mãos – E também vou precisar de água, ou qualquer bebida transparente, vocês possuem vodka?

Uma vez que ela tinha nas mãos água e vodka, bebericou o líquido alcoólico sentindo seu gosto ácido e quente descer por sua garganta, ela necessitava massagear seus sentidos com o cheiro anestésico do álcool para sentir o clima da situação. Trouxe consigo também algumas poucas anotações que havia pego de seus livros. Com o cálice cheio de água ela transformaria aquele líquido em algo tão poderoso e surreal que poderia se dizer que seria capaz de quebrar a tal maldição. A jovem maga colocou as duas mãos há alguns centímetros acima do cálice, tentando se concentrar e ignorar os ruídos que vinham de fora. “Malditos fados que não sabem brigar em silêncio...” rosnou ela para si mesma.

Num instante Nymphadora começou a mover-se num rítimo eufórico e de sua boca transmitia uma melodia capaz de salvar não apenas a pobre pooocka, mas a todos ali:



Quebrar Maldição: + 2 Espírito

Hylian efetuou 2 lançamento(s) de dados (d6.) :

3 , 1

As sílfides cercavam o Fae e a Caçadora. Com seu poder ilusório, Arkell fez como que uma lente em torno da caçadora, que funcionava apenas por um lado, Paaie via perfeitamente por ela, mas as sílfides viam sua imagem refratada. O primeiro golpe de espada que o guerreiro fae deu foi habilmente desviado por uma das fadas do ar, que estava prestes a golpeá-lo sem dó em conjunto com uma segunda.

Mas então veio a rajada de tiros. Fazendo a ilusão de Arkell quebrar, mas, protegendo-o do ataque combinado das sílfides. O barulho ensurdecedor da metralhadora de Paaie fez o vento parecer silencioso e as fadas aéreas emitiram gritos que se confundiam com o som de pequenos tornados. As armas da caçadora eram abençoadas e feriram as sílfides tal como feririam um mortal. Apesar de duas delas estarem seriamente feriadas, elas não pareceram se dar por vencidas e mais uma vez tentavam cercar os dois. No que deveria ser suas mãos haviam garras translúcidas capaz de rasgar carne como se fosse tecido.

Lá dentro, Nympha tentava se concentrar, repetia as palavras mágicas curvada sobre a taça com um líquido levemente dourado que Lythain havia providenciado. Não era vodka, mas ao provar, a maga sentiu que nunca havia bebido algo como aquilo. Porém, o barulho do vento atrapalhava sua concentração. Ela segurava a taça e o líquido tremia junto com suas mãos.

Quando os tiros rasgaram o ar, Nympha quase derrubou a taça e o líquido balançou, fazendo que um pouco dele caísse no chão. Logo que as gotas caíram, elas evaporaram exalando uma fumaça delicada. O ritual havia começado, mas não havia avançado como ela imaginou. Precisava se concentrar!

Status do Ritual
Rodadas: 1
Ritual: 0
Penalidades: -1

Hylian, pode rolar 2x no próximo post se depender da shamps ela vai esburacar as sílfides bem rapidim hahahaha
Quebrar Maldição

Spoiler:

Arkell falhava miseravelmente mais uma vez em seu ataque. Ainda sentia os efeitos de suas lesões, mesmo que aquilo não fosse uma justificativa tão válida assim para sua pífia, patética e pragmática performance no campo de batalha. Felizmente se falhara nos atributos físicos, em questões mentais ele ainda mandava bem, e seu grande acerto era a "contratação" da implacável caçadora, que metralhava suas inimigas sem dó nem piedade.

"Ah se eu fosse humano..." - Pensava, enquanto ela se postava juto a ele e o questionava se estava bem. Torcia para que sua amiga maga não levasse muito mais tempo para desfazer a maldição, pois acreditava com todas as suas forças no sucesso daquela missão. Mesmo que precisasse dar sua vida para isso.

- Com você do meu lado me sinto perfeitamente bem caçadora! - Ele a respondia com um sorriso forçado e algumas risadas falsas. Então se recompusera como conseguia e invocava mais uma mágica Feérica contra as sílfides. Ele conjurava alguns pilares de terra capazes de feri-las ou pelo menos atrapalha-las, para que assim sua companheira de batalha conseguisse finaliza-las.    

Off: "Fúria Selvagem: Você conjura um elemento da natureza capaz de atingir seus inimigos (2-ferimento perto área ou 3-ferimento perto/longe)." Vou marcar mais um ponto de corrupção.