[!ON!] Meados de Abril

A maga tentava se concentrar e agora finalmente o ritual parecia ter início. Lythain olhava apreensiva. O líquido que já era levemente dourado passava a emitir uma luz tênue. Até agora o semblante de Nympha era o que se mostrava refletido ali. Porém, era chegada a hora de libertar a phooka de sua maldição.

Nympha acenou para que a fada se aproximasse, agora ela segurava a taça com os braços esticados. Como a phooka era bem mais baixa, ela teve que se encurvar. A fada então olhava para a taça com o líquido refletor e o brilho leve iluminava seu rosto. Do lado de fora, não se ouviu mais nada.

Era a hora da verdade.

Status do Ritual
Rodadas: 3
Ritual: 3
Penalidades: 0

Hylian, rola os dados mais duas vezes, nem precisa nem desenvolver um post não, depois de ver o resultado eu postarei novamente para todos, inclusive você.
Quebrar Maldição

Spoiler:

Arkell flertou com as energias obscuras que haviam em seu peito e invocou a Força da Natureza para golpear as Sílfides. Viu de imediato suas unhas crescerem até se tornarem garras como de um animal. Quando, porém, avançou contra as fadas aéreas, viu seu ataque, que rugiu como um trovão, ser inefetivo. Eram fadas elementais e por isso, quase imunes a golpes como aqueles.

Uma das sílfides passou por suas pernas, derrubando-o de costas no chão. Sentiu o ar saindo de seus pulmões e já uma segunda fada voava numa queda livre em direção a ele. Foi quando ouviu os tiros da caçadora. Paaie tinha visto tudo aquilo e com seus olhos treinados sabia como reagir. Aproveitava que as sílfides pareciam focar sobre o Fae e deixá-la livre para atirar no momento certo. Seus tiros desfizeram a fada que avançava sobre Arkell, como se fosse a fumaça de uma vela. Com isso, as demais e já feridas sílfides se afastaram alguns metros e desapareceram no ar com um sopro de vento.

Estavam fora de perigo.


Lá dentro, Nympha tentava condensar sua energia mágica dentro da taça. Sua primeira tentativa, porém, fora inútil. Quase perde sua concentração e o líquido tremeu, fazendo, por um instante, a imagem da phooka sumir na bebida agitada. Mas o ritual continuava e ela tentava ignorar os sons de trovões e tiros que vinham do lado de fora. Ela então lembrou-se das primeiras aulas de magia que recebera com seu pai, sobre como concentrar-se apesar de toda interferência, e então sentiu de dentro de si transbordar uma força que se concentrava naquela taça.

O liquido brilhou com força jamais vista, agora toda a sala estava banhada daquele brilho dourado. Uma fumaça negra começou a exalar da phooka e ser sugada para dentro do líquido, primeiro lentamente e, de súbito, com a violência de mil furacões. A fumaça entrava na taça e ela ia começando a transbordar, até que num lampejo cinza pálido, todos foram lançados longe.

Nympha, a phooka e Lythain voaram até se chocarem contra as paredes do local.


Arkell sacudia os ombros de Nympha, que recobrava a consciência lentamente. Quando ela abria os olhos, o Fae imediatamente notou algo estranho. Porém, antes que pudesse responder, uma voz desconhecida se fez ouvir dentro do ambiente: - Eu... Eu posso falar! - Era uma voz jovial. Todos viraram para o local de onde vinha e deram de cara com a phooka, agora, visivelmente mais jovem, como se um fardo de trezentos anos houvessem sido revogados. - Fellia, você está como a conheci. - Era Lythain que falava enquanto se levantava, mantendo o porte de rainha. - Maldições são como pesos terríveis, capazes de fazer mesmo os Faes sentirem o passar dos anos.

Arkell sentiu uma pontada de esperança dentro de si. Paaie sentiu-se confiante por ver seu trabalho executado com fina precisão. Nympha... deu-se conta que não enxergava mais de um dos olhos.

Arkell sorria tentando aguentar a dor de mais uma batalha perdida e de seus machucados expostos diante de tal inusitada pergunta da fiel caçadora. - Ahaha! Isso foi uma cantada mademoiselle Paaie? - Ele então se levantava com a ajuda de Paaie, porém com certa dificuldade, e logo tratava de limpar a sujeira da roupa com batidas de suas mãos.

- Estou bem sim, queria tê-la conhecido antes, assim teria vencido muito mais que perdido! -  Então um barulho chamava atenção do Fae de dentro do casebre e ele corria como nunca para ver do que se tratava. Chegando lá seguido da caçadora, avistava sua amiga maga caída ao chão desmaiada, e em sua frente Phooka de modo bem diferente de antes. Lythain tratava de despertar a maga e Arkell dava pulos de alegria por terem conseguido desfazer a maldição.

- Excelente! Nymphadora você é a melhor maga de todos os tempos! - Se aproximando de sua rainha Lythain, ele a tacava um beijo demorado e vigoroso, a tomando pelos braços como um marido toma sua amada após a cerimônia de união. - Nós venceremos meu amor...

Então se virava para a Phooka e segurando os ombros da mesma, a dizia a encarando. - Agora é sua vez de nos ajudar a acabar com aquele desgraçado!

- Agora nós vamos a guerra. - Respondia a Paaie sobre os próximos passos. Então se dava conta da situação de sua amiga maga, e rapidamente colocava sua mão em sua testa, lançando sua magia feérica de cura.

Off: Vou tentar curar a cegueira da Nympha com a magia "Carícias da Natureza" e marcarei corrupção.

O beijo de Arkell pegou a rainha desprevenida, que primeiro resistiu, mas depois se entregou. Quando a largou, ela olhou-o com uma certa censura cúmplice. Quando o Fae disse à phooka que era o momento de ajudá-los, ela não se fez de rogada: - Vocês se esforçaram muito para me livrar das grades invisíveis que me prendiam, com certeza os ajudarei.

Foi então que Paaie falou sobre Nympha parecer precisar de ajuda e então os berros desesperados da maga se fizeram escutar. Arkell se aproximou, apesar de já tê-la agradecido. Viu seu olho opaco e sem vida. Era repetia sem cessar as palavras 'meu olho'. Seu amigo, o qual ela ajudara, tocou-lhe e se concentrou para derramar sobre ela sua magia feérica. Sentiu o poder emanando de sua mão, a maga também. O efeito, porém, foi nulo. Lythain se aproximou, tocando o ombro de Nympha, quase como um afago. - Esse é o resultado da quebra da maldição. Um efeito mágico persistente... Nymphadora, eu reconheço sua bravura e generosidade de ajudar mesmo sabendo dos riscos. - Ela estendeu a mão, para ajudar a maga a se levantar. - Também me comprometerei em buscar meios para livrá-la dessa situação.

Por algum tempo, Lythain confortou a maga, mas com a pergunta de Paaie e a resposta de Arkell, ela foi mais incisiva: - Precisamos voltar imediatamente. O conflito com os vampiros já deve ter iniciado. Precisamos nos organizar como agiremos. Fellia irá conosco, mas precisa estar em segurança. Enquanto isso, o Drácula avança sobre nossos irmãos. Precisamos decidir como faremos.


Depois de conversarem, eles estavam de volta em Paris. Logo que puseram os pés na cidade, estava evidente que as coisas iam mau. Cheio de fumaça, barulhos de explosões e tiros. Sons de sirenes. Fogo. Tudo parecendo uma grande agitação social. Porém, a realidade era outra por debaixo daquela aparente 'guerra civil'. Os civis envolvidos eram multi-seculares.

Amigos iremos rushar! Podem discutir entre si como farão para proteger Fellia e seguir contra o Drácula. Se irão se dividir, se não, etc. Ao mesmo tempo, vocês já estão de volta em Paris e a cidade parece estar no meio da própria queda da Bastilha ou numa onda como os Gilet Jaunes, como preferirem. Se vocês forem se mover, façam o movimento abaixo. Todos que se moverem devem rolar e fazer a escolha, se for necessário.

Quando tentar passar pela guerra civil incólume, rola com +Sangue. Com 10+, consegues evitar as turbas violentas e estás atento a tudo que está acontecendo, recebe +1 adiante. Com 7-9, sofre escolhe uma das opções abaixo. Com 6-, um grupo de vampiros arruaceiros o encurralou.

• Sofrer 2-Dano.
  
• Entrar numa situação difícil.
  
• Mostrar o pior de si para sair incólume, marque corrupção.
  

- Não esperava menos. - Respondia a Phooka sobre sua ajuda naquele momento crítico. Ouvia atentamente as palavras de sua rainha sobre a situação da maga, e acenou positivamente com a cabeça em um gesto de solidariedade com a amiga.

- Nós faremos até o impossível para reaver esta dívida minha amiga Nymphadora.

Ao voltarem ao mundo terráqueo, a situação aparentava estar sem controle. Arkell ouvia as palavras e sugestões da caçadora e concordava em silêncio com a mesma. Então passava a sua ideia ao grupo:

- Chamamos muito atenção como um grupo, então acredito que devêssemos nos separar por hora. Minha rainha deveria ir tratar coim o conflito contra os vampiros enquanto eu me dirijo até Vincent, e ao mesmo tempo Nymphadora e Paaie levam Phooka até lá para passar desapercebida e então o enfrentaremos com o seu testemunho. Resolvida a situação com Vincent, partimos para tratar de um possível sessar fogo com Duncan. Todos de acordo?

Todos assentiram ao plano de Arkell de se dispersarem. Lythain seguiu em direção da Igreja de Notre Dame. Arkell iria para o Mosteiro das Promessas. Se Vincent havia se aliado aos monges corruptos, deveria estar fazendo de lá sua base de operações. Ele então explicou para as colegas como chegar lá por um outro caminho e onde ele as esperaria para permitir que entrassem.

O fae seguiu pelas avenidas maiores, consequentemente, as mais perigosas. Viu outros faes e vampiros se digladiando pelo caminho. Alguns trocando tiros, outros lutando corpo-a-corpo. Segurou os instintos de entrar numa luta frenética. Seu objetivo era Vincent. Quase na rua do Mosteiro, ele deu de cara com um grupelho de três vampiros. - Ei, olha ali aquele palhaço! - Arkell arregala os olhos de fúria, avança sem pensar contra os três. Defende um golpe, toca-o com um toque de morte, fazendo enegrecer sua face. É acertado por outro, mas lança-o longe com uma violenta rajada de vento. Ao terceiro encara-o e então há agora 3 faes iguais a ele. O vampiro escolhe o alvo errado. Arkell está diante de uma das entradas secundárias do Mosteiro.


Paaie foi à frente. A phooka ia entre ela e a maga. Por mais que a cigana tentasse, seus apetrechos místicos não pareciam funcionar. Ela não conseguiu fazer com que sua medalha lhe ajudasse no caminho. Por sorte, ela era treinada ao extremo e conseguiu avançar naquela situação de guerra, mantendo todas em segurança. Ela avançava com suas armas em mão e fazia gestos para as outras duas, indicando que elas deveriam passar ou parar. A phooka se tremia e Nympha virava a cabeça de um lado para outro mais vezes que o habitual, dada sua situação.

A cigana já havia avistado o Mosteiro e mandava todas passarem quando um vampiro aproximou-se, velozmente, no milésimo de segundo que a caçadora olhava para suas colegas. A phooka abriu a boca para gritar. A maga reagiu por instinto e, tocando a caçadora e a fae, desmaterializou-se no ar. Elas ressurgiram, na outra ponta do quarteirão e, de longe, viram o vampiro olhar ao redor procurando-as.

Seguiram para o local combinado e lá estava Arkell, sob uma arcada, no escuro.


Eles entraram numa porta estreitíssima e seguiram por um corredor meio curvo até chegarem no pátio já tão conhecido por Arkell. Alguns faes se aglomeravam ali, a maioria cobertos de sangue. A porta principal do Mosteiro estava guarnecida com estacadas e dois grupos de fae, como que preparados para que a qualquer momento a porta ser posta abaixo.

Vincent surgiu do pátio interior. Ele vestia uma roupa de guerra típica dos faes e da corte do Inverno. Fazia séculos que Arkell não usava uma roupa como aquela. - Homens! Vamos agora investir contra o Drácula. Vamos reerguer a honra dos Fae que foram abandonados por suas lideranças à sua própria sorte. Vamos reescrever essa história e esquecer essa deserção vergonhosa!

Arkell ficava feliz e aliviado por perceber que suas colegas haviam tido sucesso na missão. Agora era hora de enfrentar Vincet, que já mobilizava os idiotas úteis a fins de marchar contra os vampiros de Duncan. Arkell então se colocava a frente de todos sacando suas espada e o desafiando:

- Parado aí seu traidor! Tenho provas reais oficiais de que você assassinou minha irmã, que na época era sua noiva e líder da corte do inverno! Você desonrou toda nossa espécie e merece a morte! - Ele então apontava a espada próxima ao peito de Vincent. - Eu invoco o direito de desafio, onde minha testemunha revelará a cobra que é este farsante e assassino Fae!

Off: Vou usar o movimento "Convencer um personagem não-jogador" para tentar estimular os bocós seguidores dele a me apoiarem.