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    Ato 1. Um novo começo

    Claude Speedy
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    Mensagem por Claude Speedy Seg Mar 22, 2021 2:01 pm

    Ato 1. Um novo começo 3562234250f8a0de3412529a5c3cbc7d

    Escorpião: —Certo, pessoal. Vocês pensam mesmo que a tecnocracia vai deixar vocês de boas? Me escutem... Eu tive problemas... Mas vocês precisam entender o que aconteceu. Vocês estão em um mundo completamente controlado por eles... Sabe o que aconteceu há cerca de vinte anos? Não? Pois é... Eles limparam da face da Terra os mais poderosos e fortes...Os que estavam nos seus malditos reinos do Horizonte foram arrancados pela maldita explosão. Deveriam ficar felizes por eu enlouquecer... Eu acho que vocês teriam feito o mesmo.

    Ato 1. Um novo começo Cropped-Supernatural-Sam-and-Dean-6
    Tudo começou com os malditos irmãos Winchesters, Sam e Dean... Caçadores que não sabemos se eram os caçados... Vocês bem conhecem um deles hoje como Arctus, aquele maldito Hermético. Ah, sim...O sujeito cercado de fadas, vampiros e lobisomens todos eles dominados mentalmente ou seduzidos pelas palavras dele. Sim, sim... sabem MUITO bem. Arctus diz fazer isso para salvar todos esses dos Tecnocratas... Mas vocês sabem a verdade hoje... Ele fez isso para se vingar de seu irmão: Samuel Haight... O peleiro!

    Aqueles tolos achando que enfrentavam o mal absoluto! HAHAHAHA... fala sério! Mataram Haight achando que ele era o pior dos pesadelos? vocês queriam a minha carne e sangue? Para bebe-la e come-la como se eu fosse o Cristo? Não venham com essa... Eu sou a droga de um maluco. Mas sou parte apenas da Manticora... É disso que eu vim te falar, cara... Eles estão de olho em vocês.

    Actus criou a tal "Aliança Mística"... Sabe o que eles são? Máquinas de guerra. Isso mesmo! Para que Dean iria virar um peleiro viciado em vitae vampírica igual o irmão se ele poderia ter um pequeno exército de algo parecido ou até pior sem custar sua sanidade? Hahahaha, sanidade!? Para que alguém ainda precisa de uma merda dessas?

    Mas é disso que estou falando, cordeirinh... Que ser são ou maluco... você vai ter de lidar com o fato de que vocês não são os únicos a moldar a "realidade" com suas vontades.


    1-O Escorpião era um antigo antagonista da série anterior, ele em algum momento do Prelúdio de vocês irá se apresentar ao criarem os personagens. Ele falará da tal "Aliança Mística" criada por Dean Winchester através da manipulação e controle de vários magos, vampiros e lobisomens com seus conhecimentos como ex-caçador que despertou para Mágika, tudo com o intuito de colocar o irmão em cheque e o matar.

    A questão é que Dean deixou um rastro com sua guerra pessoal contra "o peleiro", como seu irmão o criador da Tribo dos Dançarinos da Pele era chamado, e isso agora levou a Tecnocracia a rastrear mais de perto a cabala dos jogadores.

    Pelo menos é o que alega o Escorpião.

    A aparição do Escorpião pode ser de forma combinada na formação da Cabala de vocês ou individualmente em algum momento da criação da história. A primeira cena será de vocês no local onde se veem normalmente para avaliar as questões sobre uma possível ação da tecnocracia.

    Sim, vocês começam como um grupo, mas as pontes para traições podem estar apertas logo de cara se quiserem.
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    Mensagem por Ankou Ter Abr 20, 2021 6:54 pm









    Viver num país estrangeiro era uma merda, eles eram barulhentos e mal educados, num geral na faculdade era melhor ficar imerso num livro do que tentar conversar de qualquer coisa com eles, era como explicar física ou química pra chimpanzés… Os outros magos eram menos insuportáveis, e ainda assim incautos o bastante pra fazer um monte de mágikas desleixadas cheia de rastros e pontas soltas.

    É na saída da faculdade que o sujeito o aborda, um desperto? É com certeza um, dava pra sentir a essência dele de longe, totalmente insana e caótica, e dá pra ver que o sujeito sabe bem quem ele é, ou melhor o que ele é.

    O grupo de estudantes que camuflava Kinga via na frente, ele fica pra trás de forma sutil, ele não conversava com basicamente nenhum deles, nem sentiriam falta dele. O sujeito começa a falar sem mesmo se apresentar

    - Sério? Ótimo, jé era tempo de eu dar o troco. - ele retruca assim que a pergunta retórica sobre a tecnocracia desponta, mas ele não tá nem aí pro protocolo, era culpa daqueles desgraçados ele ter abandonado o centro do mundo pra vir parar naquele lugar horrível, numa faculdade comunal, coisa da plebe nojenta, ainda assim ele se mantém atento ao sujeito e deixa ele continuar.

    O sujeito prossegue em uma história muito maluca sobre lobisomens e o tal do peleiro, isso faz King sorrir e dar um risinho cheio de desdém - É você é maluco definitivamente, a única coisa que fez sentido é a tecnocracia e o seu botton de “Eu amo sopa de ervilha.” - o comentário é afiado e ácido e ele parece se importar pouco com isso. - Ainda assim obrigado pelo aviso. - Por fim ele parece muito formal, formal até demais, irritante. De qualquer forma ele segue pra casa, era hora de pensar no que fazer.
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    Mensagem por Lucas Corey Qua Abr 21, 2021 9:54 am

    Ronald sempre teve fama de ser "um garoto inteligente", do tipo que consegue tirar nota sem nem estudar. Mas a verdade é que sua inteligência nada tem de excepcional, sendo talvez apenas um pouco acima da média. O segredo do rapaz sempre foi a memória excelente, que lhe permitia tirar uma nota passável apenas com as lembranças do conteúdo visto em sala de aula. E ele usava tal vantagem o máximo que podia, a fim de liberar tempo para ler sobre os assuntos que o interessavam acima de tudo, os quais, depois do Despertar, eram magia e ocultismo.

    Para o seu aborrecimento, porém, não bastava comparecer às aulas e prestar atenção para ser aprovado, pois havia muita exigência de trabalhos extraclasse. Esses trabalhos ele fazia na biblioteca da universidade, nos horários convencionais de funcionamento, como os estudantes Adormecidos. Era uma rotina, mas que teve seu dia de ser quebrada.

    Ronald estava numa mesa situada num canto, ao lado da janela, longe das vistas dos funcionários da biblioteca. Havia três livros abertos sobre a mesa, e também o seu notebook. Ele estava bastante concentrado no que escrevia, então só percebeu a aproximação do sujeito de barba rala e cabelo preso em coque quando este começou a lhe falar.

    O rapaz ficou ouvindo com expressão séria e surpresa. Sua mente tentava processar as informações inusitadas que o estranho lhe passava, informações que só um Desperto poderia saber. Pensou: "Como? Ele disse que enlouqueceu? Foi sentido figurado ou ele é um Desaurido que tem consciência da própria loucura?"; "A Tecnocracia está de olho em 'nós'... ele se refere à nossa Cabala?"; "Só falta mesmo eu ter me juntado a outros em busca de proteção e acabar entrando na mira do perigo justamente por causa disso!"; "Ora, quem mais molda o real com o uso da vontade além dos Despertos…?".

    Quando o estranho terminou, Ronald finalmente tirou as mãos do teclado e o olhou por um segundo antes de falar. Procurou se mostrar agradecido, mas sem dar qualquer sinal de aproximação, e encerrar logo a conversa.

    - Hã… OK, obrigado por avisar. Vamos ficar atentos.

    Ele encerrou aquelas palavras com um sorriso amigável, mas imediatamente voltou a olhar para a tela. Como se estivesse novamente concentrado no que fazia, e como se fosse possível voltar a pensar em T. S. Eliot logo depois de ouvir coisas ameaçadoras sobre caçadores caçados e conspirações sobrenaturais...
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    Mensagem por Simon Black Qua Abr 21, 2021 5:36 pm

    As pernas se agitavam num balançar que logo foi respondido com um Srta. Hawkins, por favor!.
     
    Era a Professora Sutherland, chamando atenção de Morgan uma vez mais. A jovem costumava ser bem agitada e quando estava nervosa ou muito alegre isso tendia a piorar ainda mais.
     
    No caso, tratava-se de nervosismo pela lembrança da conversa do dia anterior com a mãe, quando na verdade deveria estar se concentrando na prova a sua frente. Balançou a cabeça para espantar os pensamentos e se fixar na prova, mordiscou a ponta da caneta enquanto lia a questão a sua frente.
     
    Quando ergueu os olhos por um momento, notou que Jason a encarava de longe. Deu um sorrisinho de canto de boca, embora nada tenha dito, apenas retirado a caneta e voltado a escrever.
     
    Concluída a prova, a garota seguiu seu caminho. Tinha uma bolsa passada sobre os ombros. O caminhar era lento, o salto fazia um toc toc] no chão de concreto. Até que, ao entrar em um corredor, um sussurro no pé do seu ouvido a fez se virar assustada.
     
    Ela olhou para aquele que falava consigo, as sobrancelhas erguidas diante do aviso. Ele simplesmente largou a respeito da Queda de Horizonte e ela imediatamente agarrou-lhe o braço e o puxou para dentro de um armário de vassouras vazio.
     
    – Ficou louco? Falar disso ali! – exclamou irritada, nem sabia quem era o dito cujo com o qual se enfiou em um cubículo.
     
    Só que ele tratou de dar a cara a tapa, a deixa, falando bastante. Os olhos dela foram se arregalando pouco a pouco. Até porque, ela já ouvira sim falar de Arctus e seu levante numa das inúmeras conversas com sua mãe, Igraine, que acreditava que o homem sabia do paradeiro de um dos 13 Tesouros da Bretanha.
     
    – Mas seu sangue tem gosto bom? – perguntou rindo, não teve como não rir diante do poético rapaz, mas quem sabe a vitae dele não fosse interessante para certos feitiços?
     
    Quando ele falou sobre estarem de olho nela e nos seus, a garota engoliu em seco. Mordeu o lábio inferior. Murmurou apenas:
     
    – Quem são eles? A Aliança? A Tecnocracia? – as palavras saíram quase sussurradas, por muito pouco ele não teria que ler seus lábios – Onde os encontro? E o que você ganha com isso?
     
    Perguntas, perguntas e mais perguntas. Dúvidas. Teria respostas?
     
    O que importava era que ela saíra de lá com as pernas ligeiramente trêmulas. Tinha muito a falar. Muito a pensar. Muito a definir.
     
    E agora?
     
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    Mensagem por Alexyus Qui Abr 22, 2021 4:13 pm

    Akon não sabia como aquele maluco tinha entrado em seu dojô, e nem porque falava todas aquelas coisas desconexas.

    O jovem akáshico teve que usar toda a sua concentração e capacidade decifrar enigmas para tentar compreender algo das informações desconexas que o Escorpião lhe dava.

    Inspirando fundo e limpando sua mente, ele analisou a situação friamente:

    - Então, o seu nome é Escorpião, e você é associado a uma organização chamada Mantícora. O que é a Mantícora?


    - Havia dois irmãos que eram caçadores mas também eram caçados pela Tecnocracia. Um deles é o Peleiro, e o outro é Arctur, que agora se opõe ao seu irmão. De que lado você está? E por que?


    - Eu não sou o único que molda a realidade, e já sabia disso. Quem faz isso pode se opôr aos modos como eu faço isso. Quem vai se opôr a mim? E por que?

    Akon fez as perguntas de maneira precisa e ordenada, seguindo uma lógica de fluxo estabelecida em percepções sólidas da realidade para se contraporem à insanidade exalada pelo Escorpião.

    -Se responder às minhas perguntas satisfatoriamente, eu posso aceitar ajudá-lo e acompanhá-lo para onde você precisar de mim. Consegue fazer isso?
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    Mensagem por Wesley Snipes Sáb maio 01, 2021 11:22 am

    Encarar aquele sujeito de aspecto esquisito se mostrou um dos momentos mais agradáveis do meu dia. Suas palavras traziam uma caoticidade e perigo que satisfaziam a minha necessidade diária de sentimentos. Não consegui esconder um sorriso a medida que o desaurido falava. - Nunca existiu inteligência sem uma veia de loucura... - Repeti Aristóteles em resposta ao homem que não parava de falar a minha frente. Apontei para a cafeteira a uns 5 metros de distância, olhei para os arredores para confirmar o pouco fluxo de pessoas naquela biblioteca e prossegui. - Pegue um pouco de café e sente-se aqui... - A condição do Escorpião lhe chamava a atenção. - Se o seu nome for indicativo de sua natureza, devo me preocupar? - Mantive um sorriso amigável, um semblante interessado e fechei o exemplar de "O Homem e seus Símbolos" que estava a ler.

    - A Tecnocracia sempre esteve atrás de nós... - Proferi em resposta a aquelas palavras que me pareciam mais um alerta. - Mas confesso que fiquei interessado nesses dois irmãos e nesse relacionamento conflituoso entre eles... Com qual deles você mais se identifica? - Meu diálogo com ele era praticamente um exercício terapêutico. - Eu estou realmente interessado nessa história... -

    Eu buscava alimentar aquela possível loucura do Escorpião e fazê-lo falar mais sobre a "ameaça" que se desenhava à minha frente. Era o que tinha à disposição.
    Claude Speedy
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    Mensagem por Claude Speedy Ter maio 04, 2021 12:57 pm

    A fumaça do cigarro preenchia por entre os anéis enquanto King comentava com certa motivação quase comemorativa o fato da Tecnocracia estar atrás dele e de sua cabala, naquele instante o Escorpião se questionou porque chamavam ele de maluco.

    —Você é ousado, garoto. Eu respeito isso... Já fui assim... Aí enlouqueci.

    Enquanto o "Rei" se afastava, o Escorpião também estava em outro lugar, conversando com Akon em seu dojo.  
    Akon escreveu:- Então, o seu nome é Escorpião, e você é associado a uma organização chamada Mantícora. O que é a Mantícora?

    Tragando o cigarro enquanto ouvia a pergunta, a resposta do Escorpião veio mesclada de um sorriso sinistro que surgiu com uma expressão intrigada e curiosa sobre as razões pelas quais Akon o questionava.

    —Você é realmente tão curioso quando me informaram... Seu amigo , o "tigre" não ficou impressionado comigo. Não é por acaso, jovens como ele se sentem o cento do Universo. Não é a toa que passou pelos testes para se tornar um Akasha saído de tão longe.

    O desaurido ameaçou jogar o cigarro no chão, mas ao notar a proximidade com o espaço de treino ele fora do espaço de tatame, e pisou para apagar enquanto começava a responder.

    — A Manticora era nosso símbolo, ela é aquela criatura devoradora de homens, com rabo de escorpião, asas de morcego e corpo de leão. Nós somos uma Cabala de dicada a devorar magos que começamos a chamar de "Ceifadores". Eles tomam os avatares dos magos e os... Bebem... como sangue ou suco de frutas. Nós nos alimentamos desses... O "morcego" era um vampiro de um clã chamado Tremere, ele nos explicou como a alma pode fluir através do sangue por uma coisa que chama de Diablerie... O "leão" cuida de proteger territórios que conquistamos, ele diz que fez parte da família de seu amigo chinês... Bom, tigres brancos são maiores que leões sem juba, não é? Ah, aquelas são as fêmeas... hahaha  

    Ele termina de ri enquanto escuta.

    Akon escreveu:— Havia dois irmãos que eram caçadores mas também eram caçados pela Tecnocracia. Um deles é o Peleiro, e o outro é Arctur, que agora se opõe ao seu irmão. De que lado você está? E por que?

    —Lado? Ora... que tolice. Que eu tenho haver com essa briga? A questão é você e seu grupo de amigos ficarem atentos. Antes que os Tecnocratas recolham vocês todos.


    Akon escreveu:—Eu não sou o único que molda a realidade, e já sabia disso. Quem faz isso pode se opôr aos modos como eu faço isso. Quem vai se opôr a mim? E por que?

    —Quem será dos Herméticos que inventou essa ideia que nós somos capazes de "Moldar a Realidade?" Afinal, se você molda a realidade, você não é "parte da realidade moldada"? E se a realidade é parte do molde... O molde realmente é real ou mera ilusão de molde? Ah, esqueça... Eu não estou aqui pra fazer enigmas para te convocar pra minha tradição, Akon. Isso você já fez isso lá atrás e esta indo muito bem pelo "caminho" que escolheu... Eu só vim alerta-los e preciso da ajuda de vocês. E quem vai se opor a vocês são os engravatados... Eles vão atrás de você e da sua trupe de novos amigos.

    E com isso o Escorpião dava as costas acendendo outro cigarro enquanto caminhava em direção à janela, seus passos pareciam percorrer o ar, como se subisse uma escada inexistente e então abriu o vidro e a madeira como se estivesse diante da maçaneta de uma porta.

    Os pedaços de tudo ao redor da parede dessa mesma janela borbulharam em um tom esverdado como se fossem feitos de uma sopa quente de ervilha... Deixando para atrás o lutador que manteve sua mente sóbria sabendo na espiral decrescente que as meras palavras daquele homem poderiam lhe fazer.


    O Escorpião foi arrastado para a sala do zelador, reagindo enquanto empurrado com um sorriso de deboche diante da bronca que recebia da Verbena.

    Morgan Hawkins escreveu: – Ficou louco? Falar disso ali!
    – Ele quis rir, se conteve para não gargalhar diante de tal pergunta, mas continuou a comentar as razões de sua presença, como se soubesse que isso evitaria maiores castigos. Assim que comentou sobre a eucaristia que seria feita sobre seu corpo, Morgan lhe perguntou sobre o sabor de seu sangue rindo e ele ficou extremamente sério nessa hora, quase como se aquilo soasse como ofensa e então continuou.

    – Quem são eles? A Aliança? A Tecnocracia? – a proximidade era para o rapaz incomoda, apesar de estar diante de uma bela jovem, tinha receio do comentário jocoso sobre o sangue. – Onde os encontro? E o que você ganha com isso?

    Morgan se aproximava de novo segurando desesperada o sujeito esse parecia começar a se desfazer ficando meio borrado, enquanto ficava com um casaco vazio em suas mãos, o Escorpião parecia evaporar em uma névoa verde e esbranquiçada e esse casaco evaporava em seguida, deixando unicamente o boton "Eu amo Sopa de Ervilha" nas mãos dela...

    Conforme saia do armário assustada, ouvia a voz dele ecoar por ali.

    —A Tecnocracia esta vindo, eles já derrubaram a Aliança. Quanto ao que eu ganho? Eu ganho novos amigos. Aristóteles dizia que são melhores que a riqueza.

     - Nunca existiu inteligência sem uma veia de loucura... -
    -Aristóteles é? Hum... prefiro Platão. Ele sabia que existia um mundo ideal, um mundo invisível... Para os quais os demais não estão conscientes mais do em sombras em uma caverna. Sabia que ele foi o primeiro a escrever sobre "mania" ... Sobre Mania e Epifania... é disso que se trata pra você não é? Epifanias.

    Escorpião se sentou exatamente como Tyler lhe pediu.

    - Se o seu nome for indicativo de sua natureza, devo me preocupar? - Enquanto pegava o café, dando um gole olhou para o estudante com seriedade e respondeu um monossilábico "sim" e depois de outro gole apenas continuou seu relato.

    - A Tecnocracia sempre esteve atrás de nós... - O desaurido fez um gesto dando de ombros para o que lhe soou quase como uma ameaça velada. - Mas confesso que fiquei interessado nesses dois irmãos e nesse relacionamento conflituoso entre eles... Com qual deles você mais se identifica? -Durden pensava que aquela conversa poderia ser uma fonte de treinamento e talvez aqueles "Caçadores Caçados" fossem alguns dos arquétipos dos quais ele estava acabando de decorar. - Eu estou realmente interessado nessa história... -

    Não era difícil usar sua mágika sutilmente sobre o Escorpião, mais do que isso ele parecia bastante suscetível a alguém que quisesse realmente ouvi-lo e isso facilitou o efeito de tal maneira que tudo fluiu.. E era como se um rio fluísse em toda a conversa que começou a explicar detalhes mais íntimos sobre o assunto. Caminhando para infância do homem diante dele.

    Ele fala sobre trinta anos atrás, quando sua família se prepara para passar o Natal em Paris, reunindo-se na casa de seus pais em Chicago, na noite anterior à sua partida. Ele era o filho caçula, tinha de oito anos... está sendo ridicularizado por seus irmãos e pelos diversos primos.

    Uma briga com seu irmão mais velho, resulta nele sendo mandado para o terceiro andar da casa de castigo, onde ele deseja que sua família desapareça. Durante a noite, Naquela noite a luva de beisebol que ele tinha foi atingida por uma estrela cadente em miniatura, um evento que inexplicavelmente permitiu que ela concedesse desejos magicamente, se socada três vezes. No entanto, era limitado para uso apenas uma vez por semana, e cada desejo expirava relativamente pouco depois de ser lançado, geralmente no momento mais inoportuno possível. Os ventos fortes daquela queda causam danos às linhas de eletricidade, o que provocou uma queda de energia temporária e reiniciou os despertadores, fazendo com que a família inteira se atrase para viagem. Na confusão e corrida para chegarem ao aeroporto, ele foi acidentalmente esquecido em casa.

    Naquele Natal, a casa foi assaltada. Mas foi defendida por ele com inúmeras armadilhas para os ladrões. Eles entraram na casa, pulam as armadilhas e sofrem vários diversos ferimentos... Aquela Luva... Ainda é o foco de tudo que é capaz de fazer.

    Depois de uma golada longa de café, o Escorpião se levanta.

    -Também deveria achar uma luva de beisebol para você, Tyler. Computadores e relógios podem pifar se ficarem sem energia...

    Ele jogava o copo no chão, falava enquanto se afastava, pois só o deusarido sabia que estava ali em terapia e também o tempo todo também dentro da biblioteca.


    Lá na biblioteca Fagulhas do Pássaro-Trovão eram ativadas em meio a um reino de sonhos que atingiu algum lugar... Caído sobre um de seus livros, exaurido de sono, o jovem Ronald sonhava com o desaurido Escorpião, e em seus sonhos ele não era o orador e sim o ouvinte.

    O irritante homem com jeito jovial e formal é quem falava sobre a chegada dos tecnocratas.

    O estudante sentia, corretamente, que foi porque se uniu com aqueles colegas para se proteger que a Tecnocracia chegou até eles, também lhe era sussurrado através de várias vozes. Ele também sentia que a energia que usou em um efeito de sua rotina, sem querer, gerou também na vida daquele homem.

    Mas quais seriam esses efeitos, ele desconhece.

    Apenas sentiu-se sortudo por receber esse aviso.

    Ele sabia que todos precisariam se encontrar. Ele acordou por entre seus livros, sem ter certeza se o que viu foi sonho ou ...realidade...

    Mas sonhos não são reais?




    Off: Agora é com vocês. Como e se vão chamar os outros... e se vão reunir a cabala diante do aviso do Escorpião.
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    Ato 1. Um novo começo Empty Re: Ato 1. Um novo começo

    Mensagem por Lucas Corey Qua maio 05, 2021 12:17 pm

    Num momento eu estava olhando para a tela do notebook, fingindo prestar atenção no que fazia; no outro, vi o Pássaro-Trovão no céu noturno, e um raio lampejou por trás dele. Minha mão direita formigava e tremia de leve. Era uma sensação conhecida; a sensação de estar descarregando eletricidade em alguém ou em alguma coisa. Eu soube que alguém ou alguma coisa havia sentido o efeito daquela rotina; mas quem?

    Parei de me perguntar isso quando ouvi a voz do tal Escorpião vinda do nada, do mesmo nada de onde ele parecia ter surgido quando foi me importunar na biblioteca. Ele voltava a me alertar para o perigo… o perigo da Tecnocracia. Eu estava em campo aberto, mas tudo era escuridão. O relâmpago brilhava de vez em quando, e lá estava o grande pássaro no céu.

    Eu me desfiz do estranho, mas ele insistia em me avisar do perigo por meio dos sonhos. E o Pássaro-Trovão a iluminar as trevas. Senti que esses eram bons presságios…

    Mas depois vieram outras vozes, desconhecidas, que formavam um murmúrio meio indistinguível. Os relâmpagos ocasionais não revelavam quem falava, nem de onde falava. As vozes me deram a intuição de que a ameaça caía sobre mim por causa da cabala… da cabala a que eu pertencia!

    Só então veio o trovão, um ribombar fortíssimo, capaz de espatifar vidraças, e foi esse som que me fez acordar assustado!

    O bom de estudar nos cantos pouco frequentados é não ter ninguém em volta para reparar que eu dormi (ou desmaiei) de cara num livro, nem que eu despertei num ridículo sobressalto que quase me fez cair da cadeira.

    Recomposto, refleti um segundo, acionei minha intuição, e isso bastou para eu saber que tinha tido um sonho transcendental. O Escorpião realmente havia me avisado de forma quimérica ou onírica.

    Achei bom ter sido avisado, mas uma mistura de medo e irritação logo se apossou de mim. Me perguntei: "Em que merda de cabala eu fui me meter? Vou sofrer as consequências do que outros fizeram? Acho que eu devia ter continuado só. No final, estou sempre melhor sozinho".

    Suspirei, recolhi minhas coisas, saí da biblioteca. No espaço aberto do campus, acendi um cigarro. "É melhor eu cair fora da cabala… Não, se o tal Escorpião sabe quem sou, onde estudo, os Tecnocratas sobre quem ele me alertou também devem saber ou já estão perto disso. Tarde pra pular fora”.

    Mantendo o cigarro na boca, peguei o celular e mandei uma mensagem de texto para o Grupo da nossa Cabala. Usei uma linguagem cifrada, como sempre fazia ao me comunicar pelo Grupo.

    "Fala, pessoal! Acabou de acontecer uma coisa esquisita. Um desconhecido meio abilolado, Desenxabido, veio avisar que vamos ter problemas com os arrumadinhos. Ele falou com algum de vocês também? Seja como for, acho bom a gente se reunir, e logo. No lugar de costume.".

    Caminhei para o alojamento estudantil olhando para o celular a cada dez segundos, ansioso pela resposta.
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    Mensagem por Ankou Qui maio 06, 2021 1:44 am








    O trepidar da lareira era falso, até a madeira era falsa, mas o calor intenso na sala luxuosa, lareiras a gás eram muito mais práticas.

    Deitado nu sob a toalha fina e branca, as mãos femininas nas costas cheia de óleo cheiroso, não fazia ideia do que era exatamente, mas gostava mesmo assim, um gemido incontrolável de prazer e conforto, o rosto enfiado na cavidade da mesa de massagem, o sono fazendo um convite quase irrecusável, até a porcaria do telefone apitar.

    Tinha certeza que havia deixado aquilo no mudo, mas tinha um sinal que ele nunca desligava os dos membros da cabala.

    Com a face já inchada de sono ele pega o telefone, mas de maneira nenhuma permite que a massagista pare o trabalho dela, ele responde sem muita pressa e na linguagem quase indistinguível.

    Esse sujeito teve a audácia de me parar logo após a faculdade, sem marcar hora nem nada, vestido igual um hipster, deselegante, já adianto que por mim é guerra total, quem esses bastardos pensam que são pra desafiar a ordem natural das coisas?

    Ok, podemos nos encontrar lá depois da sessão de massagem, antes disso não contem comigo.
    -  Ato 1. Um novo começo 1f60f

    Ele joga o celular de qualquer jeito pra cima do sofá próximo e volta o rosto pro mesmo lugar de onde ele tinha certeza que nunca devia ter saído.
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    Mensagem por Alexyus Sex maio 07, 2021 11:06 am

    O Escorpião partiu, distorcendo o espaço ao redor dele, numa demonstração de poder um tanto pretensiosa.

    Akon meditou um pouco mais antes de contactar seus companheiros de cabala. Sabia que eles eram muito díspares em suas formas e pensamentos dentre si, mas por fim considerou importante que todos fossem cientificados do que ocorrera.

    Ele preferia que seus aliados tivessem formas melhores de comunicação do que aquele aplicativo de mensagens eletrônicas, um tanto tecnocrático demais para ele. Mas como todos o usavam, ele teve que aprender a mexer naquilo.

    E para sua surpresa, Ronald Seymore, já tinha tomado a iniciativa de convocá-los. Chen QingHe, ou King como ele preferia se chamar, já tinha adiado sua chegada, mas Akon sabia que inevitavelmente ele viria. Todos viriam.

    Akon digitou em resposta aos outros:

    Ele também esteve aqui. Creio que precisamos mesmo discutir melhor essa questão. O ponto de encontro está pronto para nos reunirmos. Estou aguardando vocês.
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    Mensagem por Wesley Snipes Sex maio 07, 2021 7:53 pm

    Eu caminhava lado a lado com o Escorpião naquelas lembranças enquanto questionava-me por alguns instantes, no meu limbo mental particular, sobre a real natureza daquele comportamento conivente e aberto. Uma infância esquecida, sem afeto. Alguns acontecimentos semelhantes a um filme agradável da infância de nossa geração.

    “O nome dele é Macaulay Culkin?!” – Meu Império Pessoal, meu limbo, questionava. Sua voz era grave, soturna e pausada, como um cantor de Country/Blues sessentão.
    “Não, o nome dele é Escorpião...” – Respondi, meio que sem entender.
    “Essas cenas não te lembram alguma coisa?” – A voz na minha consciência ressoava como numa reflexão. Um tom aparentemente desgastado por anos de bebedeira e cigarro. Curiosa a forma que a minha consciência dialogava comigo mesmo, talvez devesse conversar sobre isso na minha próxima sessão de Terapia.
    “Não... Você é o Psicólogo! Você é o 'puta conhecedor de mentes fodão'... Você não precisa de ninguém te dizendo o que fazer...” – Johnny Cash disse. Acho que vou chama-lo dessa forma de agora em diante.
    “Deixe-me trabalhar, Johnny...”

    Saí daquele instante no tempo da minha mente, retornando para o diálogo com o Escorpião. Quem sabe uma sessão de terapia não paga? Não interessa, as informações que ganhava valiam o tempo gasto. – Cara... Essa luva de Beisebol parece ainda ter muito valor para você... Na próxima vez que nos encontrarmos talvez você me deixe vê-la... – Disse, enquanto observava a postura rebelde do sujeito a minha frente que jogava o copo de café no chão. – Agora você só está sendo pretencioso... – Proferi sorrindo, me divertindo com tudo aquilo. Ele era realmente um sujeito interessante.    

    Depois da saída do Escorpião do local, na verdade alguns minutos depois, o grupo de Whatsapp da Cabala começou a se movimentar. Aparentemente, todos eles passaram pela mesma experiência.

    “Alucinação coletiva?” – Johnny Cash questionou.
    “Será?! Acho que sabemos que isso não existe...” – Respondi ao meu império pessoal.
    “Folie à Deux, meu caro... Folie à Deux...” – Johnny adorava essas teorias psicóticas alimentadas por minhas leituras.

    - Estou indo para lá agora... – Respondi com um áudio, enviando-o para o grupo. Recolhi as minhas coisas e parti em direção ao nosso local de reunião.      
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    Mensagem por Simon Black Sáb maio 08, 2021 9:28 am

    Houvera deboche no início por parte do homem diante de suas primeiras ações, mas na sequência ele pareceu sério, como se a brincadeira com o sangue o tivesse afetado de alguma forma. Ignorou tal momento e aprofundou nas perguntas, ele vinha lhe dar um aviso, mas esse ponto trazia dúvidas, as quais se multiplicavam.
     
    Só que invés de responde-la, seu corpo começou a se desfazer em névoa. Apertou ele com as duas mãos mais fortemente, mas o máximo que conseguiu foi ficar com o casaco que ele usara e um boton junto.
     
    Amar sopa de ervilhas? Era bom, mas não, não amo! – esse fora o pensamento da garota saindo do armário irritada.
     
    Sua irritação, entretanto, reduziu quando, ao menos, ele deixou sua voz ecoar em seus ouvidos com uma resposta. Tinha um aviso presente ali e isso podia ser sinal de mau agouro. Mas, talvez, se ele buscava novos amigos, ela teria encontrado um possível aliado.
     
    Mas logo o celular vibrou. O grupo de whatsapp dos companheiros da cabala começou a pipocar de mensagens. Ao que parecia, todos eles tinham sido procurados pelo tal Escorpião ou por alguém vinculado a este. Ligeiramente nervosa, pressionou a tecla para liberar o áudio:
     
     
    Aconteceu comigo também. Acabei de sair da aula, estou a caminho!
     
     
    E ela simplesmente seguiu o mais rápido que pode até chegar ao ponto de encontro da cabala. Não fora a primeira, mas também não era a última a chegar lá. Nervosa, o coração prestes a sair pela boca, vendo que estavam sozinhos ali, apenas murmurou:
     
    – Foi o Escorpião. Ele me abordou no meio do corredor da faculdade! – estava claramente nervosa – Falou do Arctus, do Peleiro, da tal Aliança Mística... e disse que a Tecnocracia os derrubou e está se aproximando...
     
    Morgan engoliu em seco e olhou para eles, esperando para ver o que tinham a dizer.
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    Mensagem por Lucas Corey Sáb maio 08, 2021 12:11 pm

    Antes de romper com meu Mentor, ele me falou sobre Cabalas. Disse que cada uma delas é única, que podem ser classificadas de mil maneiras diferentes, mas que há uma distinção básica entre as especializadas e as diversificadas. A larga maioria é diversificada, e muitos acham essa configuração melhor porque, com maior variedade de conhecimentos e poderes, há mais flexibilidade para lidar com o inesperado e com as ameaças tecnocráticas ou sobrenaturais, que também são muito diversas. Mas Paul preferia as Cabalas especializadas porque essas é que permitiriam desenvolver todo o potencial de uma Tradição e de uma Esfera, favorecendo a ascensão de seus integrantes. Obviamente, ele já me preparava para um dia integrar uma Cabala exclusiva de Oradores…

    Também nisso, segui caminhos que nada têm a ver com os ensinamentos dele. Difícil imaginar uma Cabala mais diversificada do que esta, em todos os sentidos! O que havia de comum entre um Akasha negro de origem pobre que luta contra discriminações e quer ajudar os outros e um oriental loiro de olhos azuis nascido em berço de ouro, reclamão e pertencente a uma sub-Tradição quase desconhecida? Ou entre uma Verbena de família tradicionalíssima que adora se divertir e um Adepto da Virtualidade meio psicanalista meio hacker que dá a impressão de que fica fazendo todo mundo de cobaia de experimentos mentais?

    Foi nessas coisas em que fiquei pensando enquanto me dirigia ao local da reunião. E, enquanto esperava que todos estivessem presentes, comecei a meditar sobre o sonho. Agora que eu estava mais calmo, consegui perscrutar melhor as emoções e intuições que o sonho despertou. E revi minhas primeiras conclusões. Talvez eu tivesse me deixado levar demais pela inclinação a viver sozinho e pela minha tendência a destoar dos grupos aos quais integro...

    Estava tão compenetrado com essa nova ideia desconfortável que até me surpreendi quando começaram a falar. E quem falou primeiro foi Morgan, a garota que me parecia mais fada do que gente, tanto pelas origens quanto pela aparência e pelo jeito um tanto caprichoso de agir.

    Achei péssimo saber que o Escorpião foi procurá-la para falar de um assunto desses em pleno corredor da faculdade! Ele veio nos alertar, mas agia de forma descuidada, até irresponsável. Ainda bem que eu estava isolado num canto da biblioteca...

    Todos fizeram uma pausa ante o relato de Morgan, então eu decidi falar.

    - Bom, gente, ele me falou das mesmas coisas. Mas eu não queria papo, então cortei logo. Só que aí eu viajei num sonho, e ele entrou em contato comigo por ali.

    Baixei os olhos, meio sem jeito, antes de continuar.

    - Hã… Toda aquela conversa de guerra contra o Peleiro me levou à conclusão de que nossa Cabala tá na mira porque alguém daqui participou direta ou indiretamente da treta entre os dois irmãos. Eu tenho certeza de que não participei. Sou muito de ficar na minha. Então, eu deduzi que foi um de vocês. Mas…

    Suspirei durante uma breve pausa.

    - Eu sou um Orador, levo os sonhos muito a sério. Pra mim, o estado de vigília é só outra camada de uma Tellurian feita de infinitas camadas de sonhos. E os sonhos nos revelam coisas principalmente pela emoção, intuição. Devo ser honesto: no sonho, eu soube que nossa Cabala foi rastreada porque eu entrei nela. Não me perguntem como pode ser isso. Não tenho ideia...

    Ao terminar de falar, ergui os olhos e encarei todos em volta.
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    Mensagem por Claude Speedy Ter maio 11, 2021 8:16 am


    Ato 1. Um novo começo 9k=

    O ponto de encontro costumava ser em uma quadra poliesportiva que ainda esta fechada. Aparentemente permaneceu fechada menos para eles, Tyler há algum tempo tinha descoberto isso em uma "conversa" com um administrador da universidade sobre locais onde estariam isolados.

    Akon foi o primeiro a chegar, talvez por sua capacidade atlética ou porque já estava pronto para ir pouco depois do Escorpião partir. Ele esperou pouco até que Morgan, em passos apressados chegou, sabendo por um impulso primitivo vital de que seria aguardada por algum dos outros, mas que não iria ser a última a chegar, especialmente porque King claramente comentou que se atrasaria em um tom de incomodo que lhe era bem peculiar.

    Em seguida o Adepto da Virtualidade chegava junto com o Orador dos Sonhos, estavam na mesma biblioteca com alguma pequena diferença de espaço e o jovem Ronald tentava se acalmar lembrando os elementos com os quais sonhou...

    Todos aguardaram a relutante presença do jovem aristocrata chinês, que ao chegar ouviu o depoimento afobado da Verbena sobre a abordagem bastante intrigante e ousada que contrastava com a fala de Ronald. Que dizia que viu em um sonho e recebeu as mesmas informações e isso atormentou um pouco Durden. Seria o sonho dele uma parte de uma alucinação? Johnny Cash cantarolava palavras em sua mente de novo.

    King ouviu com certo tédio aqueles pretensos magi ocidentais em suas preocupações enfadonhas com um maluco qualquer que parecia apenas os querer assustar, se sentiu um pouco ofendido que eles não tiveram a lisura de aguardar para saber se ele próprio não gostaria de falar.

    Mas por hora Akon, Tyler e ele não haviam dito nada ainda.
         
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    Mensagem por Wesley Snipes Qua maio 12, 2021 10:18 pm

    "O que é isso, um show de horrores?!" - A voz soturna questionava em minha mente com a chegada de meus companheiros.
    "Não me lembro de ter te dado tanta corda alguma outra vez..." - Repeti para mim mesmo, mentalmente.
    "Você é um gênio, cara... Um gênio... Eu já entendi o que é isso aqui... Isso é pesquisa de mercado..." - Johnny estava animado demais... Isso é falta de sono...
    "Não Johnny... VOCÊ é um gênio!" - Retruquei.
    "NÃO! VOCÊ!" - Ele rebateu, naquela disputa que se repetiu incontáveis vezes em minha mente.

    Eu sabia que Johnny não existia. Johnny sequer era o nome dele nos outros dias. Mas é assim que a minha mente funciona, afinal. Eu gosto de diálogos e nada melhor do que dialogar comigo mesmo.  

    Voltando ao que interessa, a reunião. Sim, eu sei que foi uma sacada de gênio descobrir aquela quadra vazia, mas nunca que me vangloriaria de algo tão besta. Era o que precisávamos e aquele grupo, por mais destoante que fosse, ainda era uma grande fonte de estudo, inspiração e porquê não parceria. Cada um de nós tínhamos nossas particularidades e a única coisa que nos unia eram os nossos "talentos", ou "Mágika", se preferir.

    Quando o Orador explicou sobre o sonho que tivera, a primeira coisa que me veio a mente foi o livro de Sigmund Freud. Aquilo não era algo que eu acreditava muito, confesso. Não da forma que ele estava retratando. Talvez tenha sido um lapso emocional temporário. Sei lá... Tô perdendo o foco... inventando termos de novo... "Johnny? Tá aí?" Não, ele não estava. Silêncio mental.

    Puxei o notebook sobre a mesa e comecei a fazer a outra coisa que eu sabia fazer muito bem. Investigar na rede. Adaptei um algoritmo de pesquisa com as palavras chave "Peleiro, Arctus, Tecnocracia". Setei a data para a última semana e antes de apertar enter, dei uma última olhada para o meu bebê. - Vou ver se encontro algo nas redes... Deep Web, quem sabe... - Eu sabia que caso não conseguisse nada, a Digital Web e seu infinito de possibilidades estava sempre a disposição. - Ronald, depois vamos conversar mais um pouco sobre esses seus Sonhos?! - Sorri honestamente, enquanto dava prosseguimento a pesquisa.    


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    Mensagem por Ankou Sex maio 14, 2021 5:20 pm









    King entra na quadra sem nenhuma cerimônia pegando alguns depoimentos, talvez um tanto pela metade, ele não faz questão nenhuma de esconder na expressão facial o quão rude ele acha aquela atitude, tampouco gosta do lugar, mas ele já tinha deixado isso claro outras vezes.

    Enquanto a expressão de tédio lhe toma conta ele parece colocar a bola de basquete que trazia debaixo do braço pra rodar sobre o dedo, a coisa gira e gira, gira muito mais tempo do que deveria, quando finalmente ele se cansa ele arremessa a bola com um braço só, ela cruza a quadra num arco perfeito e acerta a cesta e mal faz barulho, o ato seria impressionante pra alguém profissional, mas impossível pra alguém com a estrutura corporal magra do chinês, ainda mais sem olhar e há quase vinte metros da cesta.

    Ele ajeita o terno cinza com um único puxão, nada nele se mexe, nem o cabelo, como se tudo fosse engomado até o último centímetro, o cheiro de óleo de massagem perfumado se alastra quando ele o faz, algo com notas de amêndoas, coisa fina e cara pra dizer no mínimo.

    Ele se senta com uma postura impecável de alguém que havia sido disciplinado uma vida inteira e se põe a falar com uma calma enervante. - Esse sujeito vem sabe-se lá de onde procura cada um de nós pra avisar sobre os homens de preto, o que mais me preocupa não é ele ou a Tecnocracia, mas é o quão de verdade estamos expostos, se um zé ninguém consegue nos achar isso quer dizer que estamos muito… - ele baixa a cabeça por um instante e os olhos apontam pra cima, dá pra ver a coisa brilhar em azul parecendo em chamas quando a luz do refletor da quadra toca neles. - Nós precisamos começar a dominar o nosso entorno, precisamos de uma capela de verdade, um lugar pra operar. - ele se levanta e dá uns passos em direção a quadra, gira devagar em 360 com o braços meio abertos - Isso aqui é uma aberração, é feio, é quase como se fossemos um bando de mendigos escondidos num beco escuro, e não menos importante, nos deixa expostos. - ele coloca a mão nos bolsos e se cala enquanto os olhos azuis intensos corre cada um dos participantes daquela reunião.
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    Mensagem por Alexyus Sex maio 14, 2021 7:27 pm

    Akon aguadou a chegada dos colegas, em silêncio discreto.

    Ele observou enquanto chegavam, esperando que cada um se expressasse.

    Morgan, a verbena, foi a primeira.

    Morgan escreveu:– Foi o Escorpião. Ele me abordou no meio do corredor da faculdade! – estava claramente nervosa – Falou do Arctus, do Peleiro, da tal Aliança Mística... e disse que a Tecnocracia os derrubou e está se aproximando...

    Ela estava bastante aflita, e Akon se colocou ao lado dela numa postura protetora, embora sem tocá-la. Uma demonstração discreta de apoio, mas sem interferir na conversação que continuava.

    Ronald, o orador dos sonhos, falou a seguir.

    Ronald escreveu:- Bom, gente, ele me falou das mesmas coisas. Mas eu não queria papo, então cortei logo. Só que aí eu viajei num sonho, e ele entrou em contato comigo por ali.

    Baixei os olhos, meio sem jeito, antes de continuar.

    - Hã… Toda aquela conversa de guerra contra o Peleiro me levou à conclusão de que nossa Cabala tá na mira porque alguém daqui participou direta ou indiretamente da treta entre os dois irmãos. Eu tenho certeza de que não participei. Sou muito de ficar na minha. Então, eu deduzi que foi um de vocês. Mas…

    Suspirei durante uma breve pausa.

    - Eu sou um Orador, levo os sonhos muito a sério. Pra mim, o estado de vigília é só outra camada de uma Tellurian feita de infinitas camadas de sonhos. E os sonhos nos revelam coisas principalmente pela emoção, intuição. Devo ser honesto: no sonho, eu soube que nossa Cabala foi rastreada porque eu entrei nela. Não me perguntem como pode ser isso. Não tenho ideia...

    Ao terminar de falar, ergui os olhos e encarei todos em volta.

    A atenção de Akon foi atraída pelas palavras finais dele. Aquilo poderia explicar muito.

    Tyler, o adepto da virtualidade, também se atentou a isso.

    Tyler escreveu: - Vou ver se encontro algo nas redes... Deep Web, quem sabe... - Eu sabia que caso não conseguisse nada, a Digital Web e seu infinito de possibilidades estava sempre a disposição. - Ronald, depois vamos conversar mais um pouco sobre esses seus Sonhos?! - Sorri honestamente, enquanto dava prosseguimento a pesquisa.

    Akon não achava provável que houvesse informações na internet, mas os adeptos da virtualidade tinham uma familiaridademelhor com o que chamavam de teia digital, e talvez Tyler conseguisse coisas que ele não imaginava serem possíveis.

    King, o hermético, tratou de expressar sua opinião e suas preocupações.

    King escreveu:Ele se senta com uma postura impecável de alguém que havia sido disciplinado uma vida inteira e se põe a falar com uma calma enervante. - Esse sujeito vem sabe-se lá de onde procura cada um de nós pra avisar sobre os homens de preto, o que mais me preocupa não é ele ou a Tecnocracia, mas é o quão de verdade estamos expostos, se um zé ninguém consegue nos achar isso quer dizer que estamos muito… - ele baixa a cabeça por um instante e os olhos apontam pra cima, dá pra ver a coisa brilhar em azul parecendo em chamas quando a luz do refletor da quadra toca neles. - Nós precisamos começar a dominar o nosso entorno, precisamos de uma capela de verdade, um lugar pra operar. - ele se levanta e dá uns passos em direção a quadra, gira devagar em 360 com o braços meio abertos - Isso aqui é uma aberração, é feio, é quase como se fossemos um bando de mendigos escondidos num beco escuro, e não menos importante, nos deixa expostos. - ele coloca a mão nos bolsos e se cala enquanto os olhos azuis intensos corre cada um dos participantes daquela reunião.

    Com aquilo, um silêncio recaiu sobre o grupo, e finalmente Akon dispô-se a falar:

    - King tem razão, estamos expostos e vulneráveis, e precisamos nos organizar. Precisamos nos organizar como capela. Meu dojô é um local mais mágikamente apropriado para nos reunir, mas ainda não é o ideal; no entanto, se não tiverem outras opções, podemos montar nossa base de operações lá. Com exceção da sala do tatame, King e Morgan podem fazer o que quiserem nos outros recintos.

    Dirigindo-se especificamente a Tyler e Ronald:

    - Vocês também estariam convidados a essa tarefa em circunstâncias normais, porém se o que Ronald disse for verdade, seria bom descobrirmos de que modo exatamente fomos descobertos e contatados. Vocês dois deveriam tratar disso, Tyler por razões óbvias e Ronald por suas habilidades de pesquisa.

    Agora se dirigindo a todos, Akon terminou:

    - Independente desses arranjos, creio que deveríamos nos preparar para encontrar diretamente o Escorpião e seus aliados da Mantícora. Quer façamos uma aliança com eles ou tenhamos que confrontá-los, esse encontro é inevitável. Assim que estiverem preparados, deveríamos ir juntos a esse evento.
    Claude Speedy
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    Ato 1. Um novo começo Empty Re: Ato 1. Um novo começo

    Mensagem por Claude Speedy Seg maio 17, 2021 12:11 pm


    Ato 1. Um novo começo 9k=

    A discussão mais imediata do grupo é que o tal Escorpião chegou até eles por conta da vulnerabilidade em se ocultar, não havia uma verdadeira base e sim um "ponto de encontro" isso por si só enervava King, mas era uma preocupação que todos ali pareciam concordar.

    Especialmente porque não é nenhum santuário um espaço encontrado como abandonado e onde todos poderiam ser descobertos. A primeira coisa que Tyler faz é procurar um pouco mais. Algumas coisas são preocupantes, mas ele consegue chegar à informações que poucos no mundo conseguiriam.

    A primeira informação é alguma coisa que falava sobre um mago hermético de codinome "Arctos" que conseguiu unir pessoas irlandesas e gaulesas descendentes de uma deusa chamada "Danu" ao redor de uma missão simples: escravizar vampiros. Sim, o site da Deep Web fala sobre vampiros, seres sugadores de sangue e isso se confunde com algumas cenas bem criminosas de rituais macabros de pessoas matando e bebendo sangue. O mais curioso é que há um endereço da morada de cursos esotéricos de Arctos, ela fica localizado na Rua Bleecker, nº 177A, em Greenwich Village, um bairro de Nova York.

    Os outros dados mesclam Tecnocracia e o irmão de Arctos. Pelo que esta descrito há cerca de cinco ou seis anos exército dos Estados Unidos em parceria com a CIA e a Interpol estavam atrás do "Peleiro". O que diz um contato na internet é que todas agências procuravam por armas e alguns mais adeptos das "teorias da conspiração" falam sobre drenagem de "vampirismo espiritual".

    E ao que parece a faculdade foi o local de receptação dessas armas de fogo, justamente naquele mesmo local foi onde um caminhão foi interceptado por agentes da Interpol. A faculdade teve de fechar a quadra durante as investigações e por um corte de orçamento e muita burocracia o local nunca mais foi usado. Apesar das armas terem sido recuperadas, as razões e o modo como o conflito aconteceram isolaram essa parte da faculdade para sempre.

    Naquele momento "Johnny" parece sussurrar em uma coceira atrás da orelha de Durden. Parece que ele conseguiu um ponto de encontro que muitos dos agentes da lei, justamente dos governos do mundo em que a Tecnocracia estende os seus tentáculos, estava ainda de olho no espaço que ele acreditou que tão diligentemente era um abrigo. Ele ficava até em dúvida sobre contar isso para seus colegas, enquanto em sua mente o seu Avatar parecia querer rir do azar.

    Akon sugeriu seu dojo como uma forma de estabelecer a cabala, King sentiu certo desdém, mas não esboçou reação dessa vez. Morgan e Ronald eram os mais preocupados, a tensão de ambos era quase palpável. em passos apressados chegou, sabendo por um impulso primitivo vital de que seria aguardada por algum dos outros, mas que não iria ser a última a chegar, especialmente porque King claramente comentou que se atrasaria em um tom de incomodo que lhe era bem peculiar.

    Mas era nítido que o que Akon comentou sobre que posição teriam de tomar sobre o tal grupo da Manticora, era inevitável. Precisavam se preparar para o que quer estava para vir.


         
    Alexyus
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    Mensagem por Alexyus Qua maio 19, 2021 4:32 pm

    Após terem chegado a um suposto entendimento, Akon anunciou as medidas práticas:

    - Vamos até eles esta noite. Até lá, vamos nos preparar da melhor forma que pudermos para o puder aparecer. Apesar de não poder descartar confronto, deveríamos manter uma postura diplomática até termos certeza de que eles são uma ameaça para nós. Vamos nos encontrar no dojô às 20 horas em ponto.

    Com essa decisão, Akon despediu-se dos companheiros com um aceno de cabeça e foi tratar de seus preparativos.

    Através de mensagens, ele contactou Anaya e Akemi. Para sua irmã, ele deixou claro que iria fazer uma coisa arriscada, e que se ela não recebesse notícias dele após 48 horas, poderia presumir o pior. Para Akemi, uma mensagem carinhosa, mas sem deixar transparecer nenhum ar de despedida; ele mesmo não queria que fosse uma despedida.

    Após isso, ele foi ao dojô, colocar as coisas em ordem, meditar e aguardar seus companheiros.
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    Mensagem por Lucas Corey Sex maio 21, 2021 8:24 pm

    A reação de Tyler, King e Akon ao que eu contei foi muito boa. Não me recriminaram por eu ter desconfiado dos outros e nem pareceram ter se incomodado ao saber que eu devo ter sido a causa da situação em que estávamos. Procuraram agir de forma objetiva e pragmática para resolver o problema.

    Eu bem que preferiria investigar com Morgan ou Akon, mas tinha de reconhecer que o Akasha foi sensato - como de costume, aliás - ao dizer que o ideal era investigar em parceria com Tyler, que é especialista em cavar informações de difícil acesso.

    Não que eu sentisse qualquer antipatia pelo Tyler. A questão é que tenho muita dificuldade para entender e aceitar as crenças e métodos dos Adeptos. Os Despertos mudam a realidade conforme suas vontades, é a explicação metafísica que quase todos nós aceitamos. Mas “força de vontade”, para mim, é sinônimo de determinação, uma faculdade que pertence ao reino das emoções, especialmente das emoções mais poderosas e inexplicáveis, as paixões. Cadê a emoção em pegar um notebook ou um celular e fazer um tipo de “mágika” que me parece mais uma variação dos métodos da Tecnocracia que ainda não foi oficializada e protocolada por esta? Pensar nos Adeptos como magos é quase tão difícil para mim quanto aceitar que a ciência tecnocrática seja um tipo de magia.

    Então, antes mesmo de Akon sugerir uma parceria entre eu e Tyler, eu já estava instintivamente preparado para ter de encarar o desafio de trabalhar com o Adepto. O inesperado foi quando Tyler me perguntou, no momento em que pegava o note: “Ronald, depois vamos conversar mais um pouco sobre esses seus Sonhos”?

    Apesar do sorriso amigável que ele deu ao dizer isso, franzi o cenho com incredulidade ao olhar para ele, e respondi de forma hesitante:

    - Pode ser, quem sabe...

    Se já é difícil para mim encarar que há Despertos que fazem mágica com tecnologia, imagine então discutir meus sonhos com um estudante de psicologia… Tenho algumas leituras sobre o assunto porque a teoria literária chegou a ser bastante influenciada pela psicanálise, mas... francamente! Dizer que o autor de uma obra sublime como Os irmãos Karamazov estava exprimindo veladamente o seu “complexo de Édipo” é o segundo pior tipo de análise literária que eu conheço. Pior do que isso, só mesmo aquelas patacoadas marxistas sobre haver “luta de classes” em tudo quanto é livro, incluindo esse.

    Apesar disso, enquanto King falava da necessidade de termos uma Capela de verdade, ponderei comigo mesmo que Tyler merecia o benefício da dúvida. Afinal, assim como um Adepto da Virtualidade me parece um Tecnocrata, mas não é, então é bem capaz que um Desperto que faz faculdade de psicologia possa fazer uma leitura dos meus sonhos bem diferente da que eu suponho.

    Quando King terminou de falar, eu comentei:

    - Estou com você nessa, King! Esta quadra abandonada é boa para nos escondermos de estudantes, professores e funcionários, mas precisamos de um lugar transcendente, mais seguro.

    Enquanto isso, Tyler continuava entretido com seu brinquedo tecnológico, vasculhando a tal da “Deep Web”. “O que é isso”?, foi o que pensei. E o que será que ele estava lendo de tão interessante para ficar com uma expressão compenetrada feito aquela…?
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