thendara_selune escreveu:
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(d10.) :
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Canção de Luna - Juno
- thendara_selune
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- Mensagem nº41
Re: Canção de Luna - Juno
- Alexyus
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- Mensagem nº42
Re: Canção de Luna - Juno
- Mecânica:
Rodada / Juno / Crias
1 - 2 5 - Vencido
2 - 2 4
3 - 1 4 - Vencido
4 - 0 3
5 - 1 4 - Vencido
Juno pôs-se a fitar ameaçadoramente os olhos das crias de Charyss enquanto elas faziam o mesmo, no desafio primal que os garous chamavam de Defrontação.
Fazer isso atiçava as chamas da Fúria no coração dela, e ela tinha que se esforçar para não ceder a um frenesi e atacar seu oponente.
Mas a Canção-de-Luna tinha uma força de vontade considerável, e as crias de Charyss, embora fossem poderosas, não eram muito mais determinadas que qualquer humano normal seria.
Na primeira defrontação, contra o crinos prateado mais baixo, Juno viu-se a ponto de perder o controle duas vezes, mas resistiu até que o oponente desviou o olhar, pôs a cauda entre as pernas e reconheceu a postura superior da Filha de Gaia.
A segunda defrontação foi mais difícil, e Juno teve que se concentrar duas vezes para não perder o controle. Seu oponente, o crinos prateado mais alto, não cedia com a mesma facilidade. Houve um momento em que ambos fraquejaram, piscando, e tiveram de recomeçar o desafio. A galliard sentiu mais uma vez a necessidade de focar-se para não perder o controle, mas pouco depois disso, o crinos prateado cedeu, baixando as orelhas e desviando o olhar.
A terceira defrontação foi contra o Crinos Negro, maior que os outros e com assustadores olhos vítreos como ébano. Juno já estava começando a ficar experiente naquele jogo, mas também sentia o cansaço depois de dois desafios, e sua convicção começava a ficar menos sólida. No meio do desafio, os dois piscaram, e tiveram de começar de novo. Juno teve que firmar sua força de vontade mais uma vez, e sentia estar próximo de seu limite, mas finalmente o crinos negro desviou o olhar. A vitória era dela!
Os três membros da Ninhada de Charyss então falaram com Juno:
- Canção-de-Luna, galliard dos Filhos de Gaia, você venceu o Trato, e assim cumpriremos nossa parte no acordo. Você pode obter um favor de cada um de nós, mas deve decidir agora. Pode nos tomar como servos durante uma virada da lua. Podemos levá-la a um Sofredor que deseje encontrar neste reino. Podemos ensinar-lhe o Ritual da Forja de Prata, com o qual poderá enviar outros garous para cá para serem purificados. Podemos lhe conceder um fetiche, a Lança da Ninhada, ou três amuletos, cantis com Água do Lago Prateado. Podemos mostrar-lhe a saída deste reino para que volte ao mundo material. E também podemos conceder-lhe uma audiência com Charyss. Escolha sabiamente, mas rápido, agora!
- thendara_selune
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- Mensagem nº43
Re: Canção de Luna - Juno
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- Alexyus
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- Mensagem nº44
Re: Canção de Luna - Juno
Com a escolha de Juno, o crinos de pele negra como ébano estendeu-lhe uma lança inteiramente prateada que queimava com fogo argenteo. Assim que Juno pegou a lança, sentiu o formigar do metal lunar em sua mão e viu o fogo se apagar, mas sabia, com um instinto sobrenatural, que ele se acenderia novamente quando ela ativasse novamente o fetiche que agora era seu, ligado espiritualmente a ela.
Depois disso, ela passou um tempo incalculável, que poderia ter sido alguns minutos, diaas, semanas, ou mesmo anos, aprendendo o Ritual da Forja Prateada. O crinos negro da cria de Charyss foi o tutor dela, explicando-lhe e advertindo-lhe sobre as minúcias do ritual.
Quando finalmente eladominou o ritual, o crinos negro mostrou-lhe um túnel que desembocava num vazio enevoado e prateado, o caminho de volta à Penumbra.
Partindo de volta ao plano material, Canção de Luna logo voltou novamente ao monte do Caern do Pássaro de Fogo, numa noite estrelada de primavera.
- Spoiler:
Depois disso, ela passou um tempo incalculável, que poderia ter sido alguns minutos, diaas, semanas, ou mesmo anos, aprendendo o Ritual da Forja Prateada. O crinos negro da cria de Charyss foi o tutor dela, explicando-lhe e advertindo-lhe sobre as minúcias do ritual.
Quando finalmente eladominou o ritual, o crinos negro mostrou-lhe um túnel que desembocava num vazio enevoado e prateado, o caminho de volta à Penumbra.
Partindo de volta ao plano material, Canção de Luna logo voltou novamente ao monte do Caern do Pássaro de Fogo, numa noite estrelada de primavera.
- Ganhos:
Fetiche: Lança da Ninhada
Nível 5, Gnose 6
Essas armas horripilantes são de propriedade exclusiva da ninhada de Charyss e não podem ser feitas por metamorfos mortais. Elas posssuem a ponta de prata (Força +3 de dano, +1 dado para os testes de Armas Brancas) e, quando empunhadas, queimam com fogo prateado (inflingindo +1 nível de vitalidade de dano agravado em adição ao dano normal da arma). Caso o usuário tenha cinco ou mais sucessos, ele empala seu oponente (fazendo com que o adversário perca a ação no próximo turno).
Ritual da Forja de Prata
Nível 4
Esse raro ritual de punição é reservado para os criminosos que provaram ser maculados, porém ainda possuem um pouco de esperança em sua redenção. Se executado de forma correta, esse ritual cria uma ligaçãao direta entre o alvo e o Reino do Érebo; a próxima vez que o alvo percorrer atalhos aparecerá no Érebo ao invés da Penumbra e não poderá deixar o local até que Charyss o tenha classificado como "purificado". Esse ritual funciona apenas contra alvos Garou; os outros não possuem a conexão necessária com o Érebo.
Sistema: O ritual usa o teste usual para qualquer ritual de punição (Carisma+Rituais, dificuldade 7).Os participantes devem conhecer o alvo e devem acreditar piamente que ele é culpado por seus crimes contra Gaia, mas que ainda é capaz de se arrepender. Os participaantes do ritual não precisam estar na presença do alvo - tudo que é requerido é qque eles saibam o nome Garou do alvo e que estejam dentro de um raio de 160 quilômetros do criminoso. Caso essas exigências sejam atendidas, o mestre do ritual deve fazer um teste de Gnose (dificuldade igual a Gnose do alvo).
Se esse ritual for utilizado de maneira injusta, o mestre do ritual sofre o efeito e deve contar com sua falta de julgamento no Érebo a próxima vez que ele tentar entrar na Umbra.
Ganho de XP: 25 pontos de experiência
- thendara_selune
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- Mensagem nº45
Re: Canção de Luna - Juno
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- Alexyus
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- Mensagem nº46
Re: Canção de Luna - Juno
O retorno de Juno foi saudado por todos do caern com muita alegria e admiração, principalmente a ancião portadora da luz, Megumi Testemunha-das-Estrelas.
A theurge levou-a para uma conversa em particular perante a Pedra do Ninho, dizendo-lhe:
- Estamos muito felizes por sua volta, Canção de Luna! Faz alguns meses que você e os outros garous que formariam a matilha desapareceram durante aquele tornado. Edgar e Valentine têm perguntado por você. Conte o que se passou e onde esteve, e o que pretende fazer agora que voltou!
- thendara_selune
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- Mensagem nº47
Re: Canção de Luna - Juno
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- Alexyus
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- Mensagem nº48
Re: Canção de Luna - Juno
Megumi se impressionou com o relato de Juno e quis saber detalhes.
Por fim, ela disse a Juno:
- Descanse essa noite, Canção de Luna. Amanhã eu a deixarei ir para Vancouver via Ponte da Lua para encontrar Edgar e Valentine. Daqui a três noites a Lua será crescente e haverá uma assembleia no Caern do Urso Pardo. Você poderá ir comigo, e contar sua história perante toda a seita, a fim de ser renomada como merece. Não sou uma galliard, mas sugiro que prepare bem sua forma de contar o que ocorreu, pois isso pode aumentar as chances de crescimento para você.
Megumi deixou que Juno dormisse na área de convivência do caern do Pássaro de Fogo. Havia apenas um ou outro garou por ali, bem mais deserto do que quando Testemunha-das-Estrelas reunira os indicados pelo totem.
Naquela noite, Juno Yadav, a Canção de Luna, galliard hominídea dos Filhos de Gaia, sonhou.
Ela sonhou consigo mesma, andando pelos túneis cavernosos cortados pelos rios de prata de que ainda se lembrava bem. Estava no Érebo, mas sentia sob seu ombro, logo atrás de si, o Pássaro de Fogo. Ela não precisava virar-se para vê-lo, sabia que ele estava lá com ela. Ela não o sentira durante sua jornada umbral, mas sentia-o agora.
Logo ela chegou ao fim do túnel, um imenso lago de prata líquida, sob um céu claro e sem nuvens, com uma ilha no meio do lago. Em sua aventura na Umbra, ela não chegara àquele ponto, embora já conhecesse histórias sobre aquele lugar.
Uma labareda do Pássaro de Fogo às costas de Juno escapou em direção ao lago e mergulhou na prata líquida, criando pequenas ondas.
Após alguns segundos, uma ave emergiu do lago, levantando vôo numa postura majestosa.
A voz espiritual falou com ela, num tom suave e feminino, bem diferente do troar forte e flamejante do Pássaro de Fogo:
- Eu sou o Pássaro de Prata. Eu estarei com você em sua jornada daqui por diante, Canção de Luna.
O calor do fogo às costas de Juno cessou, e ela entendeu que o Pássaro de Fogo a deixara. Mas não se sentia vazia sem ele; ao contrário, sentia que sua ligação com o Pássaro de Prata era ainda mais forte e profunda do que fôra com o totem anterior.
E então Juno despertou.
OFF: Juno ganhou 3 pontos no antecedente Totem (o totem não dá nenhum poder especial, mas pode ser fortalecido com mais pontos de antecedente). Juno pode descrever o que fará pelo resto da noite e do dia seguinte. No início da noite seguinte, Megumi a levará à Ponte da Lua.
Por fim, ela disse a Juno:
- Descanse essa noite, Canção de Luna. Amanhã eu a deixarei ir para Vancouver via Ponte da Lua para encontrar Edgar e Valentine. Daqui a três noites a Lua será crescente e haverá uma assembleia no Caern do Urso Pardo. Você poderá ir comigo, e contar sua história perante toda a seita, a fim de ser renomada como merece. Não sou uma galliard, mas sugiro que prepare bem sua forma de contar o que ocorreu, pois isso pode aumentar as chances de crescimento para você.
Megumi deixou que Juno dormisse na área de convivência do caern do Pássaro de Fogo. Havia apenas um ou outro garou por ali, bem mais deserto do que quando Testemunha-das-Estrelas reunira os indicados pelo totem.
Naquela noite, Juno Yadav, a Canção de Luna, galliard hominídea dos Filhos de Gaia, sonhou.
Ela sonhou consigo mesma, andando pelos túneis cavernosos cortados pelos rios de prata de que ainda se lembrava bem. Estava no Érebo, mas sentia sob seu ombro, logo atrás de si, o Pássaro de Fogo. Ela não precisava virar-se para vê-lo, sabia que ele estava lá com ela. Ela não o sentira durante sua jornada umbral, mas sentia-o agora.
Logo ela chegou ao fim do túnel, um imenso lago de prata líquida, sob um céu claro e sem nuvens, com uma ilha no meio do lago. Em sua aventura na Umbra, ela não chegara àquele ponto, embora já conhecesse histórias sobre aquele lugar.
Uma labareda do Pássaro de Fogo às costas de Juno escapou em direção ao lago e mergulhou na prata líquida, criando pequenas ondas.
Após alguns segundos, uma ave emergiu do lago, levantando vôo numa postura majestosa.
- Spoiler:
A voz espiritual falou com ela, num tom suave e feminino, bem diferente do troar forte e flamejante do Pássaro de Fogo:
- Eu sou o Pássaro de Prata. Eu estarei com você em sua jornada daqui por diante, Canção de Luna.
O calor do fogo às costas de Juno cessou, e ela entendeu que o Pássaro de Fogo a deixara. Mas não se sentia vazia sem ele; ao contrário, sentia que sua ligação com o Pássaro de Prata era ainda mais forte e profunda do que fôra com o totem anterior.
E então Juno despertou.
OFF: Juno ganhou 3 pontos no antecedente Totem (o totem não dá nenhum poder especial, mas pode ser fortalecido com mais pontos de antecedente). Juno pode descrever o que fará pelo resto da noite e do dia seguinte. No início da noite seguinte, Megumi a levará à Ponte da Lua.
- thendara_selune
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- Mensagem nº49
Re: Canção de Luna - Juno
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- Alexyus
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- Mensagem nº50
Re: Canção de Luna - Juno
O Caern do Pássaro de Fogo era isolado e suas condições eram bastante rústicas, quase selvagens.
Alguns garous tinham trazido redes de dormir para pendurar entre duas árvores e assim poder dormir de um modo mais "civilizado", mas muitos tinham se adaptado às condições preferidas por Megumi Testemunha-das-Estrelas, que não se importava de dormir na forma lupina. Com a ausência prolongada, Juno não tinha sequer o luxo de uma rede.
Não faltava alimento por ali, tanto de frutas em bagas quanto de ervas, e era permitido caçar fora dos limites da divisa do caern, onde as presas pequenas como coelhos e esquilos eram tão frequentes quanto as grandes como veados e alces.
Como prometido, Megumi acompanhou Juno no caminho da Ponte da Lua entre o caern do Pássaro de Fogo até o caern do Grande Urso Pardo, sendo recepcionada pela guardiã do portão da seita de destino, a theurge Christine Foster "Paz Invernal". Ela era afável e perguntou sobre Madeleine, ficando desanimada quando Megumi informou que ela não retornara ainda.
Megumi perguntou por Edgar e Valentine, e Christine deu outro suspiro, antes de explicar:
- Eles estão na cidade de Vancouver. Houve um racha entre as seitas da região e eles ficaram na cidade.
Testemunha-das-Estrelas se surpreendeu com isso. Aparentemente, ela não voltava àquele caern havia pelo menos algumas semanas. Ela pediu a Juno para esperar ali enquanto ela procurava os anciãos da seita.
Canção-de-Luna tinha liberdade para vagar pela área do caern, uma divisa composta de floresta tropical temperada, consistindo em coníferas, com algumas ocorrências de bordos e amieiros e algumas áreas de pântano, mesmo ali na área montanhosa. Havia árvores impressionantemente altas, e o cuidado com a divisa mostrava que era possível comportar aproximadamente meia centena de garous sem degradar o ambiente. Uma chuva fraca caía, mal molhando os cabelos e pêlos de Juno.
Finalmente, Megumi retornou, com uma expressão preocupada. Ela acenou para Juno acompanhá-la e as duas puseram-se a caminhar, descendo o monte onde ficava o caern, indo em direção às regiôes mais baixas que levavam aos arredores da cidade Vancouver.
Enquanto caminhavam, Megumi explicou a Juno:
- Houve uma divergência entre as diversas seitas menores existentes em Vancouver, e por isso os garous estão atualmente divididos em lados opostos. Vou lhe contar algumas histórias antigas, Canção-de-Luna, tais como me foram transmitidas. O Grande Caern fica onde atualmente é o Parque Stanley, fundado por Wendigos e Uktenas que recepcionaram amistosamente os garous de outras tribos. Entretanto, o crescimento da cidade e a presença de vampiros que controlavam a indústria madeireira levou os Presas de Prata a fazerem um Convênio com o Príncipe dos vampiros. Esse convênio estabelecia que os garous não agiriam contra os vampiros e em contrapartida o caern do Parque Stanley seria mantido com exclusividade e sem perturbações pelos garous. Ao mesmo tempo, o ancião dos Presas de Prata estabeleceu um Pacto com todas as tribos para que a organização das seitas de Vancouver fossse comandada por um conselho com representantes de todas as 13 tribos, que garantiria a manutenção do convênio e o acesso de todas as tribos ao Grande Caern. Outros pequenos caerns foram abertos ao redor de Vancouver, cuidados por pequenas seitas unitribais, mas todas elas estavam sujeitas à autoridade do conselho. Há mais ou menos 20 anos, o caern do Grande Urso Pardo foi descoberto e reaberto, e ele é tão poderoso quanto o Grande Caern do Parque Stanley. Há mais segredos e mistérios sobre o caern do Grande Urso do que nós sabemos, mas a seita dele sempre foi muito popular, rivalizando em influência com o conselho. Agora parece que houve um rompimento entre os dois lados.
A jornada do Caern do Grande Urso até as imediações de West Vancouver duraria muitas horas, mesmo na forma lupina. Anteriormente, Juno fizera esse trecho através de Ponte da Lua, mas aparentemente essa não era uma opção viável naquele momento. Juno ainda poderia conversar bastante com Megumi durante o trajeto.
Quando chegaram a áreas de ocupações humanas, Megumi e Juno seguiram na forma hominídea pelo acostamento da Cypresss Bowl Road, uma estranha que ziguezagueava enquanto descia a montanha.
Já era noite quando as duas chegaram ao Centro de Operações de West Vancouver. Assemelhava-se a uma parada de caminhões misturada com canteiro de obras. Megumi explicou:
- Esse é um dos pontos que dividem os territórios controlados pelo conselho e os da seita do Grande Urso. Combinei de encontrar Edgar e Valentine aqui. Você pode passar esses dois dias com eles, mas na segunda noite terá que escolher se vai participar da assembleia no Parque Stanley ou no caern do Grande Urso.
Esperando por Juno na entrada do centro estavam Edgar e Valentine, que abriram os braços para recebê-la com olhos marejados de emoção.
- Que saudades de você, Juno! Que bom que você está bem! Entre, vamos comer alguma coisa e conversar diante da lareira!
Megumi recusou o convite:
- Tenho obrigações a fazer, mas deixarei Canção-de-Luna aos seus cuidados. Até nosso próximo encontro, Juno.
E assim a portadora da luz partiu enquanto Edgar e Valentine levavam Juno para o interior do prédio, ansiosos para ouvir sobre as últimas coisas que ela passara.
OFF: Pode conversar o quanto quiser com Megumi, Edgar e Valentine. Os dois filhos de Gaia podem ter informações diferentes das da Megumi, mas depende de você saber o que perguntar.
Alguns garous tinham trazido redes de dormir para pendurar entre duas árvores e assim poder dormir de um modo mais "civilizado", mas muitos tinham se adaptado às condições preferidas por Megumi Testemunha-das-Estrelas, que não se importava de dormir na forma lupina. Com a ausência prolongada, Juno não tinha sequer o luxo de uma rede.
Não faltava alimento por ali, tanto de frutas em bagas quanto de ervas, e era permitido caçar fora dos limites da divisa do caern, onde as presas pequenas como coelhos e esquilos eram tão frequentes quanto as grandes como veados e alces.
Como prometido, Megumi acompanhou Juno no caminho da Ponte da Lua entre o caern do Pássaro de Fogo até o caern do Grande Urso Pardo, sendo recepcionada pela guardiã do portão da seita de destino, a theurge Christine Foster "Paz Invernal". Ela era afável e perguntou sobre Madeleine, ficando desanimada quando Megumi informou que ela não retornara ainda.
Megumi perguntou por Edgar e Valentine, e Christine deu outro suspiro, antes de explicar:
- Eles estão na cidade de Vancouver. Houve um racha entre as seitas da região e eles ficaram na cidade.
Testemunha-das-Estrelas se surpreendeu com isso. Aparentemente, ela não voltava àquele caern havia pelo menos algumas semanas. Ela pediu a Juno para esperar ali enquanto ela procurava os anciãos da seita.
Canção-de-Luna tinha liberdade para vagar pela área do caern, uma divisa composta de floresta tropical temperada, consistindo em coníferas, com algumas ocorrências de bordos e amieiros e algumas áreas de pântano, mesmo ali na área montanhosa. Havia árvores impressionantemente altas, e o cuidado com a divisa mostrava que era possível comportar aproximadamente meia centena de garous sem degradar o ambiente. Uma chuva fraca caía, mal molhando os cabelos e pêlos de Juno.
Finalmente, Megumi retornou, com uma expressão preocupada. Ela acenou para Juno acompanhá-la e as duas puseram-se a caminhar, descendo o monte onde ficava o caern, indo em direção às regiôes mais baixas que levavam aos arredores da cidade Vancouver.
Enquanto caminhavam, Megumi explicou a Juno:
- Houve uma divergência entre as diversas seitas menores existentes em Vancouver, e por isso os garous estão atualmente divididos em lados opostos. Vou lhe contar algumas histórias antigas, Canção-de-Luna, tais como me foram transmitidas. O Grande Caern fica onde atualmente é o Parque Stanley, fundado por Wendigos e Uktenas que recepcionaram amistosamente os garous de outras tribos. Entretanto, o crescimento da cidade e a presença de vampiros que controlavam a indústria madeireira levou os Presas de Prata a fazerem um Convênio com o Príncipe dos vampiros. Esse convênio estabelecia que os garous não agiriam contra os vampiros e em contrapartida o caern do Parque Stanley seria mantido com exclusividade e sem perturbações pelos garous. Ao mesmo tempo, o ancião dos Presas de Prata estabeleceu um Pacto com todas as tribos para que a organização das seitas de Vancouver fossse comandada por um conselho com representantes de todas as 13 tribos, que garantiria a manutenção do convênio e o acesso de todas as tribos ao Grande Caern. Outros pequenos caerns foram abertos ao redor de Vancouver, cuidados por pequenas seitas unitribais, mas todas elas estavam sujeitas à autoridade do conselho. Há mais ou menos 20 anos, o caern do Grande Urso Pardo foi descoberto e reaberto, e ele é tão poderoso quanto o Grande Caern do Parque Stanley. Há mais segredos e mistérios sobre o caern do Grande Urso do que nós sabemos, mas a seita dele sempre foi muito popular, rivalizando em influência com o conselho. Agora parece que houve um rompimento entre os dois lados.
A jornada do Caern do Grande Urso até as imediações de West Vancouver duraria muitas horas, mesmo na forma lupina. Anteriormente, Juno fizera esse trecho através de Ponte da Lua, mas aparentemente essa não era uma opção viável naquele momento. Juno ainda poderia conversar bastante com Megumi durante o trajeto.
Quando chegaram a áreas de ocupações humanas, Megumi e Juno seguiram na forma hominídea pelo acostamento da Cypresss Bowl Road, uma estranha que ziguezagueava enquanto descia a montanha.
Já era noite quando as duas chegaram ao Centro de Operações de West Vancouver. Assemelhava-se a uma parada de caminhões misturada com canteiro de obras. Megumi explicou:
- Esse é um dos pontos que dividem os territórios controlados pelo conselho e os da seita do Grande Urso. Combinei de encontrar Edgar e Valentine aqui. Você pode passar esses dois dias com eles, mas na segunda noite terá que escolher se vai participar da assembleia no Parque Stanley ou no caern do Grande Urso.
Esperando por Juno na entrada do centro estavam Edgar e Valentine, que abriram os braços para recebê-la com olhos marejados de emoção.
- Spoiler:
- Que saudades de você, Juno! Que bom que você está bem! Entre, vamos comer alguma coisa e conversar diante da lareira!
Megumi recusou o convite:
- Tenho obrigações a fazer, mas deixarei Canção-de-Luna aos seus cuidados. Até nosso próximo encontro, Juno.
E assim a portadora da luz partiu enquanto Edgar e Valentine levavam Juno para o interior do prédio, ansiosos para ouvir sobre as últimas coisas que ela passara.
OFF: Pode conversar o quanto quiser com Megumi, Edgar e Valentine. Os dois filhos de Gaia podem ter informações diferentes das da Megumi, mas depende de você saber o que perguntar.
- thendara_selune
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- Mensagem nº51
Re: Canção de Luna - Juno
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- Alexyus
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- Mensagem nº52
Re: Canção de Luna - Juno
Com a partida de Megumi, Edgar e Valentine levaram Juno para dentro do Centro de Operações de West Vancouver, um galpão que fôra convertido em complexo administrativo. Edgar explicou que, graças a uma influência junto às autoridades, os Filhos de Gaia tinham instalado alojamentos e áreas de convivência com luxos e confortos como cozinha gourmet e sala com lareira. Os dois garous mais velhos levaram Juno até a sala, deixando que ela se acomodasse numa poltrona confortável de frente para a lareira. Valenntine serviu uma xícara de chá para Canção de Luna e sentou-se ao lado de Edgar num sofá perpendicular à posição dela para conversarem.
Edgar encolheu os ombros, suspirando, e respondeu:
- Mais uma vez, as tribos da Nação Garou estão brigando entre si! Durante décadas, o Conselho de Representantes das tribos manteve uma organização civilizada nas relações entre os garous e com os vampiros, permitindo que nós cuidássemos de nossos assuntos sem ter que nos preocupar com conflitos externos. Não digo que era perfeito; muitas vezes a política se impunha e a voz da maioria calava o descontentamento da minoria, mas pelo menos alguma coisa funcionava. Agora...
Valentine aproveitou a reticência de Edgar para assumir a palavra:
- Agora os Presas de Prata racharam em duas facções, e com elas as tribos também. O líder dos presas, que também é o representante deles no conselho, é Montgomery Abercorn, um ahroun ancião que tornou-se o Grande Ancião da Seita dos Fantasmas da Floresta ainda no início dos anos 50. Como a maioria dos presas de prata idosos, ele está um pouquinho esclerosado, mas sempre teve um pulso firme na condução da Seita do Grande Caern. Mas nos últimos 20 anos, a seita multitribal do Caern do Grande Urso Pardo ganhou relevância, e dois gêmeos presas de prata ascenderam àa liderança dela, opondo-se ao Conselho, primeiro veladamente, depois mais abertameente, até que agora romperam de vez.
Edgar começou a contar nos dedos:
- Os Andarilhos do Asfalto mantém o apoio total a Abercorn, mas foi praticamente a única tribo a fazer isso. Para o lado do Grande Urso, Wendigos, Garras Vermelhas e Cria de Fenris foram em peso para o outro lado. As outras tribos dividiram-se de acordo com a preferência de cada indivíduo. Os Filhos de Gaia estão parcialmente em Abbotsford advogando neutralidade, e outra parte em North Vancouver tentam uma ruptura pacífica.
Juno sabia que Abbotsford era uma cidade satélite a leste de Vancouver, mas não sabia muito sobre a presença dos garous ali. Valentine acrescentou:
- Edgar e eu estamos cuidando da interlocução das duas seitas, mas nenhuma delas está muito ansiosa para falar com a outra. Os Filhos em Abbotsford estão cuidando dos filhotes que já estão conosco e dos que estão prestes a passar pela Primeira Mudança dentro dos limites de Vancouver, enquanto os que estão com a Grande Urso ficaram responsáveis pelos filhotes de todo o resto da Colúmbia Britânica. Quer mais chá, Juno?
Edgar falou:
- Agora que você está de volta e não tem uma matilha, Juno, podemos pensar em trabalhar juntos. Eu e Valentine ainda somos vistos um pouco como forasteiros por aqui. Até por isso é que estamos tentando fazer o meio-campo entre cada lado dessa bagunça. Se conseguirmos apaziguar os ânimos por aqui, poderemos começar a pensar em projetos a longo prazo.
Valentine fez um cafuné nos cabelos de Juno, dizendo:
- Eu e Edgar já dissemos que vamos à assembleia do Grande Caern depois de amanhã, mas você não tem essa obrigação. Na verdade, pode escolher estrategicamente, e a sua presença numa assembleia não quer dizer automaticamente que você faz parte da seita...
Edgar anuiu, completando:
- A sua presença na assembleia é requerida apenas para o reconhecimento de renome pela sua jornada, mas em qualquer uma das duas assembleias deverá haver um bom fluxo de informações potencialmente úteis. Você terá tempo para escolher o que achar melhor. Agora, por que não nos conta sobre a sua aventura até aqui?
- Temos muito para conversar, mas primeiro quero descansar um pouco. Megumi me explicou a situação política, divergências e demais coisas.
Edgar encolheu os ombros, suspirando, e respondeu:
- Mais uma vez, as tribos da Nação Garou estão brigando entre si! Durante décadas, o Conselho de Representantes das tribos manteve uma organização civilizada nas relações entre os garous e com os vampiros, permitindo que nós cuidássemos de nossos assuntos sem ter que nos preocupar com conflitos externos. Não digo que era perfeito; muitas vezes a política se impunha e a voz da maioria calava o descontentamento da minoria, mas pelo menos alguma coisa funcionava. Agora...
Valentine aproveitou a reticência de Edgar para assumir a palavra:
- Agora os Presas de Prata racharam em duas facções, e com elas as tribos também. O líder dos presas, que também é o representante deles no conselho, é Montgomery Abercorn, um ahroun ancião que tornou-se o Grande Ancião da Seita dos Fantasmas da Floresta ainda no início dos anos 50. Como a maioria dos presas de prata idosos, ele está um pouquinho esclerosado, mas sempre teve um pulso firme na condução da Seita do Grande Caern. Mas nos últimos 20 anos, a seita multitribal do Caern do Grande Urso Pardo ganhou relevância, e dois gêmeos presas de prata ascenderam àa liderança dela, opondo-se ao Conselho, primeiro veladamente, depois mais abertameente, até que agora romperam de vez.
Edgar começou a contar nos dedos:
- Os Andarilhos do Asfalto mantém o apoio total a Abercorn, mas foi praticamente a única tribo a fazer isso. Para o lado do Grande Urso, Wendigos, Garras Vermelhas e Cria de Fenris foram em peso para o outro lado. As outras tribos dividiram-se de acordo com a preferência de cada indivíduo. Os Filhos de Gaia estão parcialmente em Abbotsford advogando neutralidade, e outra parte em North Vancouver tentam uma ruptura pacífica.
Juno sabia que Abbotsford era uma cidade satélite a leste de Vancouver, mas não sabia muito sobre a presença dos garous ali. Valentine acrescentou:
- Edgar e eu estamos cuidando da interlocução das duas seitas, mas nenhuma delas está muito ansiosa para falar com a outra. Os Filhos em Abbotsford estão cuidando dos filhotes que já estão conosco e dos que estão prestes a passar pela Primeira Mudança dentro dos limites de Vancouver, enquanto os que estão com a Grande Urso ficaram responsáveis pelos filhotes de todo o resto da Colúmbia Britânica. Quer mais chá, Juno?
Edgar falou:
- Agora que você está de volta e não tem uma matilha, Juno, podemos pensar em trabalhar juntos. Eu e Valentine ainda somos vistos um pouco como forasteiros por aqui. Até por isso é que estamos tentando fazer o meio-campo entre cada lado dessa bagunça. Se conseguirmos apaziguar os ânimos por aqui, poderemos começar a pensar em projetos a longo prazo.
Valentine fez um cafuné nos cabelos de Juno, dizendo:
- Eu e Edgar já dissemos que vamos à assembleia do Grande Caern depois de amanhã, mas você não tem essa obrigação. Na verdade, pode escolher estrategicamente, e a sua presença numa assembleia não quer dizer automaticamente que você faz parte da seita...
Edgar anuiu, completando:
- A sua presença na assembleia é requerida apenas para o reconhecimento de renome pela sua jornada, mas em qualquer uma das duas assembleias deverá haver um bom fluxo de informações potencialmente úteis. Você terá tempo para escolher o que achar melhor. Agora, por que não nos conta sobre a sua aventura até aqui?
- thendara_selune
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- Mensagem nº53
Re: Canção de Luna - Juno
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