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    No rastro da Host - Beshilu

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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Wordspinner Seg Dez 07, 2020 11:55 pm

    O elodoth muda de posição. Tenta ser o centro das atenções por um instante. Coloca sua presa onde quer com força e brutalidade. Fazer planos está no sangue de Axel, no seu augúrio. Mesmo com a loucura de ratos em todos os cantos. Com os pequenos subindo em suas patas e se enterrando em seu pelo. Mesmo com a coisa que Connor está enfrentando parecendo cada vez maior e nem um pouco impressionada. Os gritos dos ratos. Dor, alegria, raiva. excitação. No meio de todo o caos um deles para em pé nas patas de trás devorando um pedaço de carne arrancada do elodoth.

    O sinal não surpreende Shaw, nada que seus companheiros de alcateia fazem o surpreende. Ele já sabia que viria antes mesmo de ouvir. Seu movimento foi perfeitamente sincronizado. Mas a hostinha olhos e ouvidos em todos os lugares. As duas coisas presas entre os urathas logo se tornam uma. Sua forma tão fluida quanto os pequenos ratos podem ser. A coisa agora uma só, sangra. Grita de dor. Ri da armadilha em que acredita que prendeu os urathas.

    OFF:

    As criaturas são difíceis de enfrentar. Elas afundam com os ataques, moles. Mas as patinhas por todo corpo logo cravam as garras onde podem. As bocas com dentes afiados roem onde alcançam. Tiram sangue e pedaços e por mais que sangrem e tenham ossos quebrados parecem haver muitos chegando a todo instante. Gritos agudos enchendo o ar.

    Connor ataca e sente o monstro afundar. Dentes aparecendo sob a pele revolta com o movimento abaixo da superfície. Ele a joga para longe. Mas seria mais eficiente ter a abraçado. Os braços dela são fortes como ferro. Mais fortes que ele. As garras a travam no chão e quando ela empurra o rahu ele sente o motivo do odio de sua tribo, algo tão fraco se tornando tão forte. Arrancando sua carne dos ossos. Dobrando suas pernas com uma força que não existia ali antes em nenhuma forma. O rosto completamente deformado da mulher se move com os ratos sob a pele alargando e aparecendo no buraco dos olhos e da boca. Uma possessão nada convencional.

    Connor sente o chão sumir e um instante depois sente o chão nas costas. A bocarra aberta na frente dele cheia de ratos sobre a língua que se move sem parar. "Vou limpar os seus ossos. Vou entrar em cada buraco e te devorar vivo seu bastardinho nojento." A voz da criatura tremia. As vozes. Ela parecia mais forte e determinada que antes. Ratos entrando debaixo das saias e debaixo da pele para mudar ainda mais a criatura. A essência envolvida parecia queimar no ar. Connor tinha provocado um inimigo que tinha contas a acertar com a Loba Negra e via nele um ótimo receptáculo para sua fúria. O lua cheia logo se sente pequeno frente ao monstro que só aumenta a olhos vistos.

    OFF:

    Shaw sente quando Connor é sobrepujado. Sente quando ele percebe que encontrou alguém mais forte que ele. Mas ele tem problemas dele mesmo. Os ratos se deixam destruir e devoram a carne dos urathas cheia de poder. Eles ficam mais fortes a cada mordida. É muito difícil saber para que lado a balança realmente está pendendo. Estariam eles vencendo? Derrotando um inimigo que não conseguia rebater a altura? Ou lentamente cavando suas próprias covas em carne de rato?

    Axel sente frustração como Shaw, mas alimentado pelo ódio. Alimentado por lutar com a presa que deveria derrotar. Ele lembra de todo caminho até ali. seguindo rastros. implacável. Caçando como deveria. Do jeito certo. Uma presa que definitivamente valia a pena vencer. Lutando junto com sua aclateia. De uma forma morbida estava exatamente onde queria. Onde deveria estar. Um ano atrás nunca imaginaria se sentir assim com sangue de rato na boca vendo um dos desgraçados comendo da carne dele.

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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Wordspinner Sáb Jan 02, 2021 11:01 am

    Os ratos continuam a morder e arranhar, alguns partidos ao meio ou em condições piores. Sua vida não respeita a anatomia de seus corpos. Axel se afasta e puxa a massa disforme de ratos o que dá uma abertura fácil para Shaw. Dura só um segundo. Quase o suficiente, As garras do Irraka cortam e rasgam e puxam a carne irreal dos ratos. O ferimento muda e estica e dentes enormes e afiados como agulhas surgem nas bordas do rasgo.

    A parte da hoste dentro da mulher urra de dor com a mordida de Connor. Um pedaço fica para trás quando ela corre na direção de onde os urathas vieram. O rahu sente o gosto da hoste. Ouve Abram sendo mordido uma dezena de vezes enquanto grita de dor pavor. O grito dura só o bastante para um dos ratos se enfiar na sua boca. Depois mais um e outro. Dá para ver eles se mexendo sob a pele.

    O irraka se lança no caminho. O corpo inchando e o coração acelerando feito um carro de corrida. As dores somem. A carne se fecha. A fúria arde nas veias e inflama os pensamentos. O choque é inevitável. A coisa parecia enfraquecida mas empurra o irraka mesmo com suas garras fundo em sua carne. O elodoth força sua vontade sobre significado dos caminhos. Não há saídas do lugar na sua mente ele força isso sobre a realidade. A proximidade com a cidade, com o fluxo de pessoas e informações força a realidade de volta. O lugar e seus caminhos resistem a magia selvagem. Mas a coisa percebe seu esforço.

    "Vocês acham que eu quero fugir? Nós não estamos fugindo! Nós..." A voz histérica carregada de ódio é cortada. Dá escuridão como onda as garras do caminhante a jogam na parede. A boca enorme e com fileiras sobre fileiras de dentes se abre bem mais do que deveria. A bocarra se abrindo bem mais que os ossos deveriam permitir. O som grotesco de sucção vindo do escuro atrás dos dentes. Ela se fecha com um estalo alto. Ossos quebrados. O som deles sendo mastigados enquanto o gigante encurvado aprecia a presa.

    A coisa não para de se mover mesmo sem cabeça. O irraka é o primeiro a sentir. Não é bem só ouvir, mas ele sabe. Sabe que tem ratos descendo por onde eles vieram. Uma avalanche deles. Mesmo com o Caminhante entre eles o irraka consegue ouvir. Passos pesados entre as milhares de patas. Os sons da luta que continua afoga essa verdade para todos os outros. O gauru exige violência imediata e se negado vai lutar por controle total. Os números pareceram melhorar para eles com a chegada do Caminhante Noturno, mas em poucos segundos os reforços inimigos vão chegar.

    A massa com a boca enorme aproveita que o elodoth está sozinho e ataca em coordenação sobrenatural com os ratos menores. Connor se sente esquecido por um instante, mas dezenas de ratos pequenos se jogam sobre ele gritando seus guinchos agudos.

    Uma cabeça nova de rato cresce do peito dilacerado da mulher.

    Ela ri. No seu corpo roubado, quebrado e grotesco ela ri.
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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Wordspinner Ter Jan 12, 2021 7:41 pm

    Os três se juntam em um ataque desesperado. A presença do totem os deixa mais ousados. Juntos os quatro partem o que já foi uma mulher um dia. Garras e presas fundas na carne profana da hoste. Axel e Connor sabem que é isso que deviam fazer. Sentem a aprovação de seu patrono. Shaw sente novamente a emoção de ter alguém com quem contar para o pior que poderia acontecer. Ser comido por ratos sem fim parece bem perto disso. Mas até o medo mais oculto dos urathas fortalecia o seu totem. O Caminhante Noturno com suas mãos enormes e dentes afiados aumentando ainda mais o estrago que os urathas fizeram.

    Porém nada tinha preparado eles para oque veio em seguida. Os ratos fluíam pela porta como uma represa arrebentada. Um monte de pelos e guinchos. Eles passam por cima deles. Feitos de carne. Feitos de espírito. Feitos dos dois. A mulher de Abram já não existia mais. Só seus pedaços, agora nada mais que humanos, na boca dos lobos. Abram por sua vez gargalhava com a voz sinistra já tão conhecida. A voz de incontáveis ratos. "Não é a ultima vez. Vamos devorar todos vocês de uma vez. Vamos fazer vocês assistirem com as mãos sujas de sangue." Eles afudam nas sombras. A risada não tem nada de assustada. Nem uma gota de medo. Só um convite. Como se dissesse: Vem pegar...
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    Mensagem por Bravos Dom Jan 17, 2021 11:35 pm




    Axel Brown

    A luta contra hostes era algo frustrante pois nunca havia ossos para quebrar, nem nacos para serem arrancados. A coisa parecia evoluir devagar até que o próprio Caminhante passou a lutar com eles. Aquilo pareceu fazer a balança pender a favor deles. Ainda assim a hoste parecia não ceder. E não cedeu. A mulher de Abram agora era apenas restos e mesmo quando eles avançaram em conjunto, a hoste terminou de clamar Abram e agora fugia.

    Na cabeça de Lobo Partido aquilo acionava um alerta. Porém ele tinha que ver além. - Não vamos cair nessa. Melhor seria voltarmos agora, tivemos uma vitória sólida. - Passou para a forma dalu. - Vamos acordar com os espíritos do vento para ficarem de olho. - Dizia para Shaw e Connor. Não poderiam arriscar aquilo. Tinham que voltar mais preparados e 'completos'. - Vamos sair desse ninho de rato.






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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Ankou Seg Jan 18, 2021 1:06 am






    PThwhox.png

    Dá pra ver Connor ofegante mas muito pouco machucado, um corte superficial no torso que em uma meia hora não estaria mais lá, o atebraço mastigado cheio de mordidas minúsculas – Qualquer resquício deles é seu pra devorar. - ele fala pro Caminhante ainda em urshul e volta logo pra forma humana.

    Ele sabe tanto quanto os outros que aquela briga não terminaria ali, ele não persegue, mas diferente de Axel ele parece distraído e pensativo, os olhos brilhando como se tivesse mil ideias.

    - É, é uma boa ideia, mas o trampo aqui tá longe de acabar. - Ele aponta pra porta. - Se qualquer humano passar dessa merda é morte. - ele aponta pros buracos no dromo expostos como alguém que tivesse apontando uma cagada.

    - Shaw, fecha por quatro luas com a corte do ar, usa a essência que precisar, mas economiza o loci da pracinha, Axel segura essa porta aí, e quantas mais precisar no caminho, a gente não quer cortar pescoço sem precisar, vou procurar algum cara pra tapar essa porta aí. - ele olha em volta, espíritos da cidade, pedra, concreto, qualquer um daqueles caras certamente conseguiriam chumbar aquela porta...

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    Mensagem por Faor Seg Jan 18, 2021 10:19 am






    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 268_2610



    Depois da chegada do Caminhante, Shaw mergulhou ainda mais na violência e mal escutou as primeiras palavras de Axel. Só conseguiu porque o enxame de ratos corria mais que mordia pela primeira vez ali e o irraka precisou tentar avaliar como seguiria no combate. Ainda com sangue fervendo e escorrendo em várias partes que já se regeneravam, ele presta atenção nos outros dois e planta os pés em Dalu ainda rosnando para as criaturas que provocavam os urathas. Demorou ainda alguns instantes para ele aliviar os punhos cerrados e desfazer a careta de fúria. Na primeira língua ele se diz satisfeito por lutar ao lado do Totem e logo recupera a forma dos homens.

    - Eu vou fazer isso. - O Lua Nova responde resignado. O corpo estava um tom acima no apetite pela violência mas logo a mente assume o controle. Não estavam ali para manter a luta até o fim e muito menos a qualquer custo. Eles poderiam sim se preparar para enfrentar aquilo com mais sagacidade, sem dúvidas.



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    Mensagem por Faor Ter Jan 19, 2021 2:39 pm






    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 268_2610



    Acordos e contratos:

    Shaw procura a Corte do Ar e negocia o acesso à informação sobre a situação da hoste. Ele também está interessado em qualquer tipo de movimentação incomum que possa acontecer próximo do local desse enfrentamento.



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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Wordspinner Qua Jan 20, 2021 3:33 pm

    O caminhante não se banqueteia como poderia se esperar. Pega uma pequena parte da essência e retorna para as sombras. Sair dali foi menos simples do que chegar. Todos lá em cima estavam alertas. A maior parte dos ratos tinham sumido. As pessoas estavam ansiosas. Muitos choravam. Os urathas viram o sacerdote que conversou com eles ocupado com fieis e saíram. Axel fez o que pode com a porta na hora. Impossível ter tempo de verdade de repará-la. Mas quebrar era mais fácil. Como ele queria poder colar aquilo tudo com a mente. Qualquer um poderia passar ali se realmente quisesse. Exceto talvez uma criança ou um rato.

    Mas os planos dos algozes não acabavam ali. Não. de forma alguma. A corte do vento cobrou um preço alto. Queriam metade da essência que sobrava pros algozes por cada dia que vigiassem a área e tentassem encontrar a hoste. Não era o território deles. Não era a vocação do vento. Caçar ratos pelos cantos. Mas fariam o combinado com o preço sendo pago.

    OFF:
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    No rastro da Host - Beshilu - Página 4 Empty Re: No rastro da Host - Beshilu

    Mensagem por Ankou Qua Jan 20, 2021 7:05 pm






    PThwhox.png

    Connor retorna com uma bola de fumaça amorfa com vigas de metal, pedaços de reboco e vidro flutuando em volta, o treco parecia ter uma espécie de olho, talvez alguma careta em algum lugar, mas ela mudava de direção conforme a fumaça ondulava, tinha um cheiro forte de óleo, Diesel? Querosene?

    Ele chama Axel pro hisil e o companheiro pode ver a essência escorrer pra fora dele indo pro espírito, a porta some muito rápido, por cima dela uma parede que parecia que sempre esteve ali, idêntica como se fosse uma cópia das outras, a porta engolfada ou consumida não dava pra saber – Eu vou fechar o resto do trato, pode ir eu cuido das coisas aqui. - ele fala pro companheiro enquanto  toma a forma de Dalu e começa a caminhar pelo lugar, as garras hasteadas pro nada, mas ao mesmo tempo parecendo que tocavam o véu que separava o mundo físico do espiritual, o trato muito simples, ele havia feito uma nova “casinha” pro espírito e a corte dele a ressonância vibrava com as cores da cidade, ofuscando o cheiro de hoste, em troca ele ficava de olho no buraco e avisaria se alguma coisa fosse parar do outro lado, ele sabia das regras todos sabiam das regras.



    - Mas é claro que não vai dar merda… Tá pode ser que dê merda, mas eu não sou pago pra isso, e fuder esse lugar á mais importante cara! Me quebra essa! E a responsa é minha eu assumo a porra toda. - Do outro lado Brendan insatisfeito e contrariado, sempre preocupado demais com tudo.



    O cheiro da Van abandonada no estacionamento era merda pura, ele arrasta o cu nos trapos abandonados depois de um cagalhão gigante, logo volta a forma humana, dá pra ver no rosto de Brendan o descontentamento tanto com o que tava pra acontecer, quanto com o cheiro de bosta insuportável. - Eu tenho que parar de comer naquele McDonalds. - Ele alcança a sacola dentro do carro, ossos do que um dia foi uma perna de boi, todos cheios de marcas de dentadas de lobo, nenhuma dele ou de Brendan, uma cortesia pros amiguinhos que estavam agitados dentro da carroceria da picape. A ossada vai parar perto do cagalhão.

    - Ao meu sinal só soltar e falar pras seguirem reto até os ratos, ligar pra defesa civil e deixar arder, eu vou pro meu lugar. - Connor corre e dá um salto gigantesco na calada da noite, quando ele cai está sobre uma sacada com uma vista privilegiada pro pátio do templo, ele funga no ar pra ter certeza que ninguém ia pegar ele ali, quando finalmente se sente seguro ele manda um emoji de bostinha, o sinal perfeito.

    Ele começa a filmar. - Que porqueira mano, olha que loco! – Ele diz como uma pessoa comum . Logo já ouve a bagunça, assim que os lobos surgem no pátio vindo de dentro. - Eita porra! Eita caralho! Puta que pariu! - as risadas vem em seguida como um adolescente sequelado, gritos, correria, pessoas assustadas, os lobos assustados também, era muita informação, outros mais agressivos, ratos despedaçados e engolidos, fugindo em todas as direções, o velho que parecia a única pessoa decente do lugar o defende com uma fé inabalável, dá pra ouvir de longe  o grito quando um dos lobos morde a canela dele – Caralho vão matar o velho! CARALHO! -  ele tem certeza que o velho vai pro saco lutando contra o lobo, O celular filmando treme quando isso acontece, tem certeza que por conta dele ia matar o velho, principalmente quando ele cai atrás do muro e mais alguns lobos vão na direção, a coisa só não é pior por que os bombeiros invadem o lugar logo depois e começam a conter os lobos, o velho sai na maca com a canela e um braço mastigados, cheio de dor, mas definitivamente fora de perigo. - Jesus mano! Mano do céu! Esse povo é maluco! - são as últimas palavras do vídeo.

    Cinco minutos depois o vídeo pipoca no Youtube “RATOS BANDIDOS, BOMBEIROS HERÓIS – COMPLETO” e o link no Facebook no grupo Amigos de Dover, onde um bando de boomer só falava de política e reclamavam de coisas da cidade, a conta era obviamente um fake da Paris Hilton, só por que sim, o título da postagem “Que nojo, que povo porco! Onde tá a Prefeitura?!”. Ele retira amassa o chip de telefone, eles nunca iam achar aquela merda...

    Agora era uma questão de tempo e deixar as engrenagens fazerem o serviço, por fim Connor sorri pra ele mesmo, orgulhoso da cagada que havia feito.

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