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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por GodsCorpse Qui Nov 19, 2020 1:54 pm








    Franco está trajando uma blusa branca de linho e um kevlar, calças e botas escuras.

    Ficha


               


    Até Francis não esperava a repercussão do disparo, desde o estrondo ao cheiro. Já conhecia como as coisas funcionava deste lado do universo e ainda assim tudo parece a primeira vez, o impacto, o estouro, a "alienisse" de tudo. Francis puxa a guarda e averigua a situação novamente: foi precoce. Os rapazes fizeram o serviço completo sem estresse e esforço que faria necessário para um tiro de espingarda. Antes de por uma nova bala na arma, o oponente havia virado um resto de bosta preta no chão.


    Ver os lobos correndo sentindo e mudando a direção e o olhar do alfa fazia-o sentir culpa no primeiro momento, praguejando nervoso, mas ao fungar bem o cheiro de sangue, sabia que aquilo era muito mais atraente que qualquer tempestade de disparos. Não que sua mente conseguisse ficar tranquilo. Ainda estava lá, rasgando em seu cérebro. "A pior gozada da vida"? Sim, ele era.. E é melhor que todos saibam disso mesmo.


    - E tudo que cheira tá atrás do cabelinho lambido retalhado! - retrucou, mas não para se defender ou se justificar, aceitava a culpa do barulho, e precisava se preocupar com aquilo que não se ouvia. Ainda assim, o som saía quase que como um rosnado raivoso com aquilo em sua mente.


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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Wordspinner Qui Nov 19, 2020 5:47 pm

    As sombras não duram muito. Elas são fracas e agora a alcateia age com intensidade. Com velocidade e mais do que uma gota de desespero e medo. Dentro de uma casa espíritos são assassinados. Do alto de um prédio uma sombra se joga para morte. Os gritos são familiares demais. Asia tenta levá-los até o centro do problema. O centro da questão.

    As sombras continuam chegando. A cada esquina. A cada curva. Elas se jogam nos urathas. Atrasando. Machucando. Cansando. Deixando as mentes dos urathas expostas a toda tristeza e solidão do lugar. A vontade de saborear a própria dor. Axel vê a si mesmo em uma das janelas. Mastigando um pedaço de carne fresca e crua ainda pulsando com espasmos na sua boca. Sangue escorrendo do canto boca. Ethan aberto na mesa a sua frente. Vivo. Implorando.

    Francis continua vendo os lobos chegando. Em reflexos no ar. Ele vê os corações de prata ainda pulsando. Vê a si mesmo e os amigos derramando sangue neles. Sangue negro e vazio. Sangue feito de uma fome sem fim. Um clarão e ele se vê arrancando os dois das raízes negras. Limpos e perfeitos.

    Connor se vê deitado com Millie em uma das poças pretas. Em volta da cama tranquila o chão está cheio de sangue e dos cadáveres de todos aqueles que matou. Seus amigos de escola. Seus companheiros de alcateia. Seus pais. Seu sangue molha o lençol, mas nenhum dos dois se importa.

    Ethan está sozinho. Abandonado outra vez. Ninguém se importa. Eles riem. Eles nem se importam. Nem quando ele pula do precipício.

    ----

    Shaw nem precisava ser tão bom em ser silencioso. O infectado está ocupado. Ele maior que a anterior. Ele grande. Grande mesmo. Sombra Vermelha está com as quatro patas fora do chão. Ela não consegue a vantagem. Arranha e rasga. Mas ele se cura tão rápido. Quase como um gauru deveria. Pedaços de carne jogados no chão e ele continua apertando. Os dendos fundos na carne dela. Os braços afastando os ombro da uratha menor.

    Shaw desliza até lá. Os dentes fundos na carne corrompida. O uratha se joga para o lado soltando Amy. O rosto traído. A voz... A voz é... "Porque filho? Eu não entendo..." A voz da mãe do jeito que ele se lembra. O choque é físico. Um momento inteiro lançado profundamente em confusão. O instinto do lobo perdido. A certeza. A convicção. Quebradas. Impossível...

    Impossível algo tão grande ser rápido assim. Shaw sente o chão batendo forte no queixo. Sente as garras fundas na nuca. A bocarra aberta na frente do rosto. Sente os dentes afundando no rosto. Ele forte demais. Pesado demais. Sente a pele sendo puxada. Sente a cabeça rachando. As patas não conseguem força para se levantar. O mundo fica apertado no espaço entre as mandíbulas.



    OFF:


    --


    Os urathas correm. Ethan consegue correr mesmo com os ferimentos que nem a regeneração uratha conseguem curar. O rastro de sangue. As pegadas no chão. Os pés escorregando na tinta. Uma porta aberta, uma oferta de santuário. Os urathas ignoram o espirito sorridente com dentes feitos de facas afiadas. As ruas são tão parecidas. Tantos becos. Impossível Asia saber para onde está indo. Uma chuva fraca e deprimente começa a cair. Tinta. Sangue. Água fria. Eles correm. O uivo gela os ossos. O uivo longo e imponente do predador. O uivo que os ithaeur sabem bem como funciona. "Olhos Vermelhos" Asia pragueja. Ninguém precisa ser um gênio para saber que ela está com medo. Mas só Ethan sabe o que aquilo realmente significa.

    Os prédios. O ar. O chão onde andam. Tudo parece estar contra os urathas agora. Os passos grudam e escorregam. A chuva é agora carrega por um vento malicioso e frio sempre contra eles. Os caminhos parecem mudar enquanto eles andam e Asia tem que mudar de direção mais de uma vez. Até mesmo forçando passagem com todos juntos por cima de barreiras de tijolos. Por dentro delas se necessário. É impossível se guiar.

    Mas finalmente um espaço aberto. Um parque. Árvores e lampadas. Bancos de ferro e grama. Sombras sob a luz da lua. Das luas. Ela faz com o focinho que deveriam continuar por ali. Ela parece aliviada por um instante. Saber que está no caminho certo. Ela é a primeira a correr. Rosnando. Os olhos furiosos como se visse um inimigo no lugar vazio. Mas Ethan mais que os outros sabe que tudo que vêem é inimigo. No momento cada espírito está contra eles.

    Os algozes seguem em frente. Os algozes vêem o parte de olhos vermelhos bem a frente. A forma da guerra. As pinturas no pelo. As marcas. O corpo forte curvado pronto para a atacar. Entre as árvores do parque eles estão mais vulneráveis do que nunca. Ali cada folha está contra eles. Raízes reais saindo do chão para pegá-los. A grama dançando afiada, cortando e furando seus pés. Uma onda de espinheiro sai dos pés do uratha corrompido. Famintos por sangue.

    Connor sabe que pode usar Ethan como escudo para atravessar o espinheiro. Axel sabe exatamente o que Connor está pensando.

    OFF:

    ----

    O irraka sente seu corpo ser erguido do chão e batido nele de novo. Tudo que vê é a parte de dentro daquela boca. Nada. Vazio.

    Braços fortes como aço se fecham sobre suas patas. Impossíveis de mover. Os ossos estalando nas patas. Os pensamentos parecem fugir dá cabeça de Shaw. Só dor. Dor e confusão.

    A pressão diminui. O sangue escorre quente pelo rosto. O cheiro do próprio sangue invade as narinas. Finalmente ele consegue pensar o bastante para sentir medo.

    Uma parede bate rápido demais nas suas costas.

    Os olhos só podem ver vermelho. Só um deles pode ver. O outro destruído por um dente afiado. Amy está novamente na forma de guerra. Por trás do outro gauru. Ele está abaixada, as mãos afundadas nas pernas do uratha maior. A boca fechada na sua virilha. Ela se esforça para trazê-lo a baixo, mas ele é forte demais. Além de não sentir dor nenhuma. Ele fala com uma voz doce. Uma língua estranha. Ela redobra a ferocidade do ataque lutando contra a fúria.

    As patas de Shaw estão funcionando, por mais que doam como se tivessem em chamas. Seus companheiros de alcateia se afastam. Mas não estão seguros.

    OFF:
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Ankou Qui Nov 19, 2020 8:27 pm






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    Connor corre na frente, mas sempre com um olho em Asia e constantemente virando a cabeça pra observar Ethan, ele escuta o uivo, mas ele não tem certeza do que significa – Nós declaramos guerra com um tiro e eles com um uivo, isso é tão patético. – Ele para, visivelmente insatisfeito e se volta pra Ethan. – Uivo da Morte, uiva de volta, mostra pra eles que você não se importa da sua carne estar rasgada, faz o coração deles tremer, avisa que a gente tá chegando trazendo a paz eterna. – Uivo da Morte não existia, ninguém nunca tinha dado um nome pra Ethan até agora.

    Ele espera o comando ser obedecido e segue, não se importa ou se aproxima dos espíritos, ele quer terminar aquilo o mais rápido que pode. A cada instante as coisas ficam cada vez mais claras, a parede de espinhos Ethan virando uma “escada” era o que os poderes do luno o avisavam, mas ele contraria tudo aquilo, ele tromba em Ethan numa tentativa de tirar ele do caminho e contraria todos os instintos de usar o corpo do Ithaeur pra passar pela coisa, a cena que se segue é grotesca pela quantidade de sangue, pedaços de músculos e pelo que ficam presos as vinhas, ele avança entregue a dor sem se importar com o próprio corpo, normalmente a expressão seria de pura dor, mas a coisa toda cheia de espetos e navalhas pareciam mais irritar do que doer.

    A forma dele muda dentro das vinhas e o Gauru era assustador, não era apenas gigantesco mas havia algo muito pior e indiscernível, olhar pra ele instilava medo até mesmo pra alcateia, eles sabiam que ele nunca apelava pra forma de guerra, quase como se ele mesmo tivesse medo dela, havia algo de muito errado ou perigoso demais naquela situação.

    Ele caminha em direção a Olhos Vermelhos deixando um rastro de sangue e pedaços pequenos do corpo que o Gauru teimavam em regenerar, ele ruge e enfia o pé no peito dela fazendo força pra ela ir ao chão se aproveitando de seu tamanho, a garra esquerda desce em direção a garganda e parte da cabeça dela a direita em direção ao tórax e ele bate ao mesmo tempo em que tira o pé de cima, fazendo ela rolar metro e mais metros ao chão.

    Ele parece não se importar, dá pra ver a expressão da loucura e ódio na face dele, mas essa não era a expressão padrão do gauru? – Uivo... Fora... Das...Vinhas... – A voz difícil de sair como se fosse uma pitada cansada de humanidade dentro daquele monstro dizendo pra Ethan que aquela luta não era dele.

    Ele continua caminhando como um rolo compressor em direção a uratha enlouquecida, tão assustadoramente sereno ao mesmo tempo que parecia pronto pra explodir em uma espiral de ódio, loucura e carnificina.

    Off:

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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Bravos Sáb Nov 21, 2020 10:40 am




    Axel Brown

    Avançavam lutando contra tudo e contra todos. Lobo Partido via imagens terríveis em janelas. Ao mesmo tempo repulsivas e chamativas. Ele não queria aquilo. Talvez ele quisesse. Balançava a cabeça veementemente tentando desfazer aquelas imagens. O que Connor teria a ver com aquilo? Sabia a resposta, preferia ignorar.

    Asia os guiava em caminhos ilógicos e parecia tão perdida quanto qualquer um deles. Mas eles tinham que confiar nela. E em Ethan. Finalmente chegaram a um parque, que usualmente seria um local mais agradável para todos, mas aquele estava, como tudo ali, contra eles. Mesmo as vinhas os agarravam e Lobo Partido esforçou-se para não se deixar prender. Olhos Vermelhos estava ali. Uma dos uratha perdidos. O elodoth sentia um ímpeto de sacrificar seu amigo, mas o soterrou profundo na alma. Eles deveriam lutar juntos. Quando Connor avançou contra o outro gauru, Lobo Partido sentiu um outro ímpeto, que lhe parecia mais natural: complementar.

    Por isso, correu pela direita, passando por trás e ainda à distância de Connor. Ele só se aproximaria quando o rahu já estivesse golpeando Olhos Vermelhos e, aproveitando que ela estaria ocupada, Lobo Partido avançaria com sua bocarra, mordendo seu braço, pronto a parti-lo.

    Rolei os dados para largar as vinhas e se for preciso para atacar, se tiver sucesso, quero dar Arm Wrack na lobisoma Rolling Eyes a gente vai morrê






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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Faor Seg Nov 23, 2020 9:55 am






    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 268_2610



    Infectado escreveu:"Porque filho? Eu não entendo..."

    - Não pode ... - Não tem o que pensar, não tem tempo. Ele sabe que está sendo mastigado, a coisa não para. Shaw não reconhece posição, referência, nada. Mas o nada não deveria doer tanto!

    - Porque filho? Eu não entendo... - Shaw tenta responder protestando, mas a respiração só reforça o óbvio: ele é um saco de sangue, incapaz de se  mover. Ossos e músculos destroçados. Mas é erguido novamente, tudo outra vez. As patas ardem quando a pressão diminui. O cheiro do próprio sangue ajuda a recuperar a consciência. E isso não ajuda em nada.

    A visão só traz terror. O corpo mal se sustenta. - Algozes. - Ele sente os irmãos mas agora só gostaria de poder pedir socorro. Não pode ajudar em nada. - Amy.

    O corpo em chamas se alonga e se move na direção daquela coisa. Amy está tentando prender e arrancar as pernas. Shaw se sente incapaz de correr e o desespero faz o sangue ferver. Mas o lobo avança com alguma firmeza e sente a pele rasgando ainda mais enquanto se projeta para o alto. Alcançar a forma de guerra intensifica todas as dores ao mesmo tempo que liberta. O salto não foi longo mas Shaw quer derrubar o desgraçado, enquanto Amy está agarrada e atacando a base dele.

    OFF:



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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por GodsCorpse Qua Nov 25, 2020 8:21 pm


        
           
           
        

               

               
    Franco está trajando uma blusa branca de linho e um kevlar, calças e botas escuras.
                   

    Ficha


                   
    • Essência Atual: 10/10.

               

           

               

    Olhos do quê?! - Franco respondia em quase um grito enquanto corria pelo chão maleável. Água fria, chuva fraca. Prédios, então parque - Não se preocupa chefe, eu tenho um em resposta também.


               

    Se tudo que havia visto e compreendido da situação, esses lobos estão sob controle, estão consumidos pelo vácuo, pelo vazio, pelo nada... Lobos são apenas os instintos que os guiam. Eles uivaram, porque o instinto dita na caça, mas eles estão longe de serem os lobos que deveriam ser. Ele mostraria um uivo de verdade, e uivou de volta. Foi só um momento, um grito de resposta. Para afugentar. Para enlouquecer. Para afugentar. Para intimidar.


               

    E ali estava em frente, em forma de guerra, pintado, pronto para o ataque. Maldito seja - Oh esses olh... MERDA PUTO! - gritou enquanto se desfazia das vinhas que rasgavam-lhe a pele. E a frente, Connor se transformava para equilibrar o campo.... Merda, como o desgraçado fazia uma sombra gigante...


               

    Franco lembrava dos tentáculos aos corações de prata... Havia resistência... Deixem-nos lutar - Asia! Lutar ou Correr?! Temos que cortar a raiz! - Franco insistia, contra todos instintos, se manter em hishu. Lutar era muito fácil, e os pesadelos insistiam que havia uma solução, uma que todo mundo iria para casa ainda.


           
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Wordspinner Ter Dez 01, 2020 4:28 pm

    "Correr!" Ela grita. Uma resposta na qual ela nem precisava pensar. Uma resposta que ficava cada vez mais clara. Quando Connor e Axel passam pelas vinhas, a grama fazendo-os sangrar a cada passo. O gauru corrompido se move rápido, quase tão rápido quanto Connor ou Shaw. Mas sua pele é dura, sua pelagem grossa e resistente. A gargalhada quando o alfa dos Algozes o acerta é algo cruel e faminto, algo que gela a alma. Os planos do meia lua e lua cheia se desfazem como açúcar na chuva. A onda de vinhas continua a lutar e aumentar, cada vez uma muralha mais espessa entre eles. Asia olha irritada corre passando por Ethan com um empurrão. "Vamos!" a voz dela é quase um latido. Insatisfação em cada movimento.

    Connor sente suas garras furarem a carne, mas pode ver a carne se fechando mais rápido que deveria, mais rápido do que disseram que iria. Ele vê o elodoth e tenta mudar a estratégia. Mas eles só viram um inimigo onde tinham dezenas. Os dois dentro do cercado de vinhas sentem o vento como pancadas fortes. Por algum motivo Olhos Vermelhos não é tocado pela fúria do vento. Mas séria pouco para atrapalhá-los. Uma mera distração...

    As árvores se movem em seguida. As maiores. Raízes fortes tentando empalar os urathas. Os reflexos dos urathas os salvam do primeiro movimento, mas força os dois a se afastar de Olhos Vermelhos. Por um instante. Então Axel sente a ponta como uma lança em sua barriga. Sente a sede do espírito tentando roubar sua essência. O elodoth morde e a rasga sem pensar. Dessa vez está salvo. Connor nem sente quando a árvore fura sua perna e nem se dá conta de que a arrancou. O Gauru vê a dor como um desafio. Então de novo. Dessa vez pior. Ele sente o osso da perna espatifar e ela ceder enquanto a regeneração já começa a fazer o seu trabalho assustador.

    Essa seria a hora da reação ou a hora para Olhos Vermelho se aproveitar. Do pescoço sob o pelo farto ele tira duas facas pequenas demais. Uma é imediatamente descartada. Prata. A outra é feita de osso e brilha com um fedor de loucura. Mas ele ainda não se move. Ou se move, mas é ultrapassado pela própria terra em que pisam. Ela explode em movimento lançando torões para todo lado.

    Axel vê o arco vermelho no ar com incredulidade. Ele conhece bem o medo para reconhecer a sensação. A grama afiada e faminta bebe o sangue. Antes mesmo de a visão ficar clara ele sabe que o alfa está revidando. Mesmo assim ninguém poderia sobreviver ileso a algo assim. Poderia. A gargalhada do Ithaeur corrompido enche o ar.

    OFF:


    ----

    Shaw sente a força da forma da guerra. Uma quantidade de energia em cada movimento que é absolutamente inebriante. Seu corpo se conserta com a mudança ou talvez no movimento até a presa, pouco importa. Seu mundo é feito de dor e raiva em cada célula do seu corpo. No curto momento que levou para ele cruzar todos os metros que tinha sido arremessado Sombra Vermelha o levanta do chão e cai levando o gauru maior. Shaw vê sangue e a ponta branca de um osso. Nem importa. Ele tem um alvo. Não saberia dizer como estavam suas pernas ou a posição da suas mãos. Mas ele viu claramente o rosto sem vida do outro. Nem a regeneração o salvaria de algo assim. Shaw assiste o pata de ferro morto voltar a forma humana. Ou quase isso.

    Amy muda de forma rápido como ele também pode se quiser. Mas ela parece um bom alvo agora. Na forma de dalu. Ele sabe que a forma da guerra é um risco grande demais para ela agora. O coração de Shaw bate rápido como uma locomotiva. Correndo.

    Dessa vez ela ignora o morto e começa a correr, o irraka sabe para onde ela está indo. na direção do tiro. Na beirada ela pula para prédio seguinte como se fossem feitos para isso. Uma olhada para trás. "Corre, seus amigos chamaram mais atenção que a gente. Vão acabar matando a Asia." Antes de mudar Shae não teria ouvido, mas agora seus sentidos eram muito melhores e ele muda de forma antes de ir atrás da sua alcateia. O corpo aos seus pés tinha uma história e marcas. Ele tinha matado aquela história. Aquela pessoa. Aquele uratha. Mesmo assim. tinha que correr.

    ----

    A faca de prata jogada no chão. Ela foi arremessada pela terra. Por acaso ou crueldade do destino ela para aos pés do elodoth. Ele sabe bem o que fazer. Ele vê suas mãos fechadas sobre ela. Vê Olhos Vermelhos aberto pela prata.

    Connor não sente a dor. Mas o mundo é mais escuro. Sem esperança. Os inimigos são muitos. No fundo, por trás da fúria ele não quer mais lutar, ele sabe que é melhor morrer ali como um guerreiro do que se tornar uma vergonha assassina e traidora. Ele sente o ferimento fechar, mas algo mais além da carne foi ferido e o elodoth ao seu lado, seu irmão de tribo, não fez nada para proteger ele. Nada para ajudar. Estava assistindo ele morrer.

    Francis sente o desespero de ver caminhos se afastando diante dele. Os irmãos de alcateia que nunca entenderiam. Mas o chamado de Asia parece ainda mais urgente quando ele os vê sangrar. Ethan estava fraco demais. Quanto tempo ainda viveria se continuasse ali?

    ----

    Shaw corre com Amy pelos prédios. Ela nem sempre faz um caminho que ele pode seguir, tentando chamar atenção indo pelo alto. Antes de chegarem ao lugar eles ouvem o uivo. Nessa hora ela pragueja e muda de curso. Ela grita sem palavras. Só raiva. Repete o grito cada vez que tem que pular, correndo novamente com velocidade sobrenatural e saltando ainda mais alto e mais longe. É impossível mantê-la em vista ou segui-la. Mas Shaw não precisava dela. Ele sabia exatamente onde ir. Sentia onde eles estavam. Sentia a dos dos algozes um por um.
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Ankou Qua Dez 02, 2020 4:55 am






    PThwhox.png

    Regozijo, era a palavra que definia Connor naquele momento, momento esse em que ele podia ser quem ele era quase que completamente, quem ele achava que deveria ser, mesmo com tantos inimigos ele não para, não para nem pra pensar, tudo é violência e destruição, ele nem nota a perna sendo arrancada, aquilo devia ser medonho ter uma perna caída no chão e logo outra no lugar de novo e mais uma vez, era essa a diferença que o Rahu fazia.

    Por um instante ele lembrou de Franco e a primeira pergunta que ele fez pra ele quando Amy tinha quebrar Atiçador na porrada, ele sorriria pro cahalith naquela hora se pudesse, se a bocarra não fosse toda feita de dentes pontiagudos.

    O Ithaeur gargalha enquanto o corpo de Connor é castigado, ele bate o pé – FRRRRRACOS! – Ele urra em quase um rosnado enquanto rasga o próprio peito em provocação, não adianta muito logo a coisa está totalmente inteira de novo, é quando a faca do Ithaeur lhe corta a carne que a bravata termina.

    Traidor assassino, era tudo que ele iria se tornar dali pra frente, os Uivadores provavelmente já o olhavam como um, Asa Negra com certeza, a mãe tinha avisado, a família toda colocou ele em cheque, até o vô. E agora o Luno das profecias o tinha imbuído de sua essência e todas aquelas imagens e pensamentos recorrentes continuavam vindo na cabeça, o assassinato da família, de pessoas queridas de Emillie...

    - Segue... Asia... – A ordem é cuspida pela dificuldade de fala do Gauru, mas expressa, nada impedia que eles passassem pelo Ithaeur carregando um pedaço dele, mas dava pra perceber que ele os estava mandando embora dali, pra morrer? Sozinho?

    Não importava ele tinha prometido proteger aquela alcateia, proteger as crianças, proteger Asia enquanto ela corresse com ele, o território e os loci, ele espera enquanto os companheiros passam por ele com o corpo sendo açoitado, mas imóvel, e era exatamente por isso que valia lutar, era exatamente isso que o realizava e era esse o sentimento que jogava ele de volta pra realidade e ainda assim mesmo em toda aquela desvantagem ele não se importava, ele cerca Olhos Vermelhos até que Axel e Franco estivesse pelo menos no meio do caminho.

    Quando o gigante “acorda” é tudo muito rápido, ele não grita, não urra, não faz estardalhaço, a bocarra vai no braço com a adaga de Olhos Vermelhos, dá pra ver o corpo dele subindo com a mão de Connor na garganta do alfa dos Pata de Ferro, o corpo do sujeito sobe e desce e isso é tudo que dava pra ver em seguida as vinhas espessas se abrem e ele sai da coisa que já era praticamente um matagal alto, dava pra ver a mão do outro uratha ainda entre os dentes de Connor, os espasmos ainda seguravam a adaga, os osso estalam lembrava torresmo enquanto Connor mastigava , dava pra ter certeza de que ele ia engolir o que sobrou do antebraço mastigado, mas por fim ele cospe a carne triturada enquanto toma a adaga em mãos e a coloca presa na corrente da fúria na cintura.

    Ele parecia manter controle ainda, controle bastante pra não foder com o juramento, não tinha certeza de quando se tornaria um traidor assassino, mas ainda não.

    Não dava pra saber se Olhos Vermelhos iria sair do matagal ou não e se colocar agora em desvantagem lutando contra pelo menos três urathas ou sequer ia segui-los, mas perder tempo o enfrentando não era exatamente como o planejado, mas isso não faz com que o Rahu fique menos alerta.

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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Faor Qua Dez 02, 2020 2:50 pm






    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 268_2610




    O irraka avança e mal considera a vantagem que Sombra Vermelha está conquistando. Sob a forma da guerra, Shaw usa toda dor, raiva e confusão contra sua presa, violentamente golpeando e mordendo em torno do pescoço do contaminado. Sem se importar como e onde estava caindo ou atacando, ele só quando vê a forma humana sem vida surgindo diante dele.

    Logo após a luta, Shaw sente a mesma perturbação de antes, com a lembrança da mãe. Ele hesita, ainda estático encarando o adversário caído. - Muitas Vozes - O som escapa da garganta sem definição. O peso de tirar a vida do Uratha recai sobre os membros o agredindo tanto quanto o adversário o agrediu antes.


    Sombra Vermelha escreveu:"Corre, seus amigos chamaram mais atenção que a gente. Vão acabar matando a Asia."

    A voz de Amy e a praticidade dela fazem o Garra Sangrenta se mover, disparando em Gauru e se transformando em Dalu, apenas por imitar a Rahu. Mesmo com o salto, ele a persegue enquanto avalia o terreno, buscando por outras ameaças e mantendo os algozes como norte magnético para sua bússola interna. É inevitável, ele não consegue acompanhar Amy. Tão logo ele percebe tudo isso, ele abandona o rastro dela e se volta para os algozes, cada vez mais nervoso em sentir a urgência deles.

    Ainda em Dalu, avançando pelo alto sempre que possível, Shaw só para quando pode ver seus companheiros e, de onde está, tenta reconhecer onde está o Pata de Ferro que ainda não se revelou.

    OFF:



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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por GodsCorpse Qui Dez 03, 2020 1:50 pm








    Franco está trajando uma blusa branca de linho e um kevlar, calças e botas escuras.

    Ficha


    • Vitalidade: / / / ☒ ☐ ☐ ☐ ☐
    • Essência Atual: 8/10.

    OFF:


    De ver tudo de novo na sua frente como um deja-vu nojento de um pesadelo assombroso. Cada passo era mais uma cena sendo passada à limpo com caneta em cima do rascunho desenhado na mente de Francis. Não havia tempo a perder e correu quando Asia correu - Correm seus putos! Eles só vão nos segurar, são os peixes pequenos! Corre porra Corre!! - sentia a laringe ficar irritada de tanto que forçava a voz, a voz humana - Vamos morrer se ficar!


    Ainda que corra, a loucura estava ali... Os ensinamentos da Lua Gritante e sua ressonância com próprio augúrio jamais poderiam ser esquecidos... O luno ri, e Franco ri junto. Dói, além dos cortes das raízes e do chão. Franco pragueja, ainda com uma risada que parece ser dolorida. A verdade era que estava se desesperando... No fundo, acreditava que independente do que fizesse, todos morreriam. E conforme piorava, mais queria por um fim àquilo: de uma forma ou de outra.


    Ainda assim, o coração de prata resiste., passou por sua mente em meio segundo que fosse. Não dá para largar.


    Connor estava em gauru, o que deixava Franco quase tranquilo de deixá-lo enquanto corria, mas gritou ainda assim - Corre inferno! Ele é só um! Corta a cabeça!! - falou rápido, sem pensar, podendo Connor entender que era para os Olhos Vermelhos a instrução, não o espírito inimigo que tinham que dar o fim. Connor daria seu jeito. A alcanteia precisava golpear rápido e forte. E para isso, tem que correr ainda ao seu alvo.


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    Mensagem por Bravos Qui Dez 03, 2020 11:11 pm




    Axel Brown

    Eles foram burros. Efetivamente burros. Estava cheio de espíritos ali que estavam contra eles também. Lutar contra Olhos Vermelhos poderia ser brutal, mas ainda ter que lidar com ataques vindo de todos os lados era pior. Lobo Partido tentou ajudar o alfa, mas foi em vão. Ele chegou a perder uma perna, mas aquilo não seria problema já que estava em gauru.

    Então uma faca de prata tomba. Bem diante dele. Seu corpo doído dos inúmeros ataques. Ele não poderia aguentar outra ronda daquilo. Lobo Partido vê Connor mordendo o braço de Olhos Vermelhos. Vê Ethan fraco demais. Ele sabia que não daria conta de proteger os dois. Aliás, nem mesmo um. Mas ele poderia ajudar. Quando sua pata tocou o chão onde estava a faca de prata, ela já estava com o dobro do tamanho. Ele tinha que contar com a fúria selvagem naquele momento.

    A mãozarra pega não só a faca de prata, mas também a terra ao redor. Não havia movimentos delicados. Lobo Partido vai em direção dos dois que lutavam engalfinhados. - Ethan! - Passos rápidos como um vulto. - CORRE! - Com a bocarra monstruosa tentava morder a perna de Olhos Vermelhos, para que ele não fosse capaz de segui-los de imediato.

    Aquilo provavelmente liberaria Connor, que era mais capaz de proteger Ethan. Mas isso ele não pensou naquele instante, mas no instante antes de passar para gauru. Depois do ataque só tinha uma coisa a fazer: correr para longe. Seguir os outros. Como foi ordenado.

    Passando para gauru, se for preciso, gasto 1 essência pra ser reflexo. Vou atacar a perna de Olhos Vermelhos e dar o fora. Vou rolar o ataque.






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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Wordspinner Ter Dez 08, 2020 2:41 am

    Começamos hoje com um post do Ethan que eu acabei recebendo por mensagem para gente. Quase exatamente como foi mandado.

    O Ithaeur após ser salvo pelos seus irmãos daqueles malditos tentáculos, passando por uma experiencia de quase morte e gasto muita essência para se regenerar a um ponto razoável de saúde física, adquiriu ódio e sanidade suficientes para mudar seu olhar de uma exuberante curiosidade para um olhar inquisidor e consegue correr, apesar dos ferimentos, seguindo Ásia, Connor, Axel e seus instintos, passando por massas prediais disformes e solos fluidos e escorregadios formados de puro ódio e muita dor. Aquilo respirava maldade e era extremamente opressivo.

    Finalmente chegam a uma área aberta, mas seus sentidos estão em alerta e usando seus dons, sente que tudo ali são espíritos inimigos, que desejam destruí-los, a terra, as massas de vento, as arvores, os tufos de grama, cada um, um espirito consumido em ódio, fúria e dor, como em um ciclo.

    Ethan aprofunda o olhar e vê que as árvores são sensíveis a plástico queimado e que não podem sair daquele parque. Os tufos de grama não suportam fogo ou a calor intenso e necessitam estar lado a lado com seus semelhantes, e busca nos seus bolsos, os plásticos que usa para conservar as suas ervas mais sensíveis e pega o seu isqueiro antiquado, porém eficaz, pois precisa manter aqueles espíritos ocupados, para que seus companheiros não sofram dano constante de tantas entidades A urgência de ações não dá tempo de se concentrar tanto na terra e nem no vento e descobre apenas que são sensíveis a água corrente e lanternas modernas respectivamente, mas não dá tempo de se dedicar as suas proibições.

    O lua crescente não tem tempo de envolver as árvores mais próximas com plástico e forrar com mais plástico vários tufos de grama. Mas incendeia suas próprias ervas em seus sacos individuais e toca a grama e as árvores com eles. A grama próxima queima e se afasta. As ávores usam suas raizes para retaliar enquanto suas cascas partem em agonia.  


    - Lanternas modernas ferrem os espíritos de vento e água corrente agride os espíritos de Terra e vocês viram o que plástico queimando e fogo podem fazer com os espíritos de grama e Árvores. E corre para o mais longe que pode daquele parque sinistro e volta a si concentrar no seu principal alvo, a que vieram atacar e disciplinar e do fundo do seu ser, reforçado pelo seu orgulho e fúria, emite seu poderoso uivo espiritual que reverbera com toda força do seu augúrio, mostrando quem ele é e toda a força dos Almas descamadas.

    --

    Franco coloca toda força nas suas patas, Asia não é uma exímia corredora, mas ela não parou desde que tudo começou. Francis tinha que literalmete correr atrás do tempo perdido. Mesmo sem olhar para trás ele vê as possibilidades em cada superficie reflexiva dali. As sombras e a solidão e medo no lugar parecem se enfiar em cada momento. Em cada pensamento. Ethan em seu encalço, mas longe demais. para trás demais. O uivo ecoando tão profundo. As visões ficam ainda mais sangrentas nos olhos do Cahalith.

    Connor se prende ao Ithaeur. A mordida foi boa. Ele não liga. Não se importa. Só luta mais forte. Não forte o bastante. Olhos Vermelhos está preso. A mordida de Axel vem como uma surpresa para todos. A perna do ithaeur corrompido sangra, mas não desaba. O desgraçado permanece firme e difícil.

    OFF:

    --

    Connor e Axel se afastam. Correndo. Cada um com uma das facas de Olhos Vermelhos. As árvores do lado de fora das vinhas e a grama também, entram em pânico. Mas aquelas protegidas pelas vinhas ainda atacam. Na verdade atacam com ainda mais ferocidade. O vento mais atrapalha que fere. Mas continua tenaz. Por um momento, depois se vão, afastados pelo uivo de Ethan.

    As raizes cortantes saem da terra querendo sangue. Espalhando sangue.

    Os dois urathas passam pelas vinhas sentindo elas puxando. Os amigos cada vez mais longe. Mais longe. Assim que eles passam pelas vinhas a terra empurra os dois de volta para elas com uma pancada inesperada. Olhos Vermelhos passa pelos dois ajudado por duas das árvores e e pela própria terra que o empurra para frente. Inesperadamente ele perde interesse nos dois e agora vai atrás de outra presa.

    As gramas param seu ataque constante decidindo que não querem mais parte alguma nessa luta.  

    Do lado de fora Olhos Vermelhos é escondido pela terra escura que sobe para cobrir o caminho dos dois urathas que empurrou para as vinhas.

    OFF:
     



    --

    Shaw sente quando eles se separam. Duas duplas. Uma continua no lugar onde Ethan uivou. Ele ouviu os dois uivos. Dos dois ithaeur. Ninguém mais parece a beira da morte. Mas a luta ainda não acabou. Eles estão sofrendo. Estão ansiosos. A frutração e raiva de Connor e Axel podem ser sentidas na pele. Assim como a fuga de Ethan e Francis. Amy não está em nenhum lugar que possa ser visto. Nem mesmo ouvida sobre o estranho barulho do lugar.

    O irraka, porém se vê nas sombras mais uma vez. Os pés gelados. Molhados. A atmosfera opressiva como umidade no ar. Ele não está sozinho. Ele sabe antes de ver. Antes de ouvir. O par de olhos amarelos atravessando ele. Shaw consegue sentir a fúria transbordando deles. Perto demais. Podia sentir a respiração. Deveria sentir. Mas não tinha nada ali. O lobo que ele via não estava ali. Um instante depois nem podia mais vê-lo.

    Alguém do lado de fora tentando entrar? Parecia alguém fazendo força para passar. Mais uma ilusão? Uma distração? Os Patas de Ferro eram Mestres de Ferro antes, não eram?

    De um jeito ou de outro ele tinha uma escolha pra fazer. Qual das partes da alcateia seguir... Não tinha tempo a perder.

    ----

    Francis continua correndo. Asia não se atrasa. Não para. Não espera. Ela tem uma missão e está correndo para ela. Pelo menos parece isso. Ela pode estar correndo de alguma coisa também. Francis ouviu algo gritado lá atrás. Francis ouviu a rizada estridente do ithaeur corrompido. Ele não ouve os passos de Ethan sobre o som do seu coração. Sobre o som dos seus próprios medos.
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    Mensagem por Bravos Sáb Dez 12, 2020 11:38 am




    Axel Brown

    O ataque em Olhos Vermelhos não foi tão eficaz quanto ele planejava e isso era frustrante. Isso o fazia querer golpear mais e mais. Porém, ele tinha que manter a cabeça no lugar. Redirecionar essa frustração para ir embora em alguma segurança. As vinhas continuavam a açoitá-los e elas então foram o novo alvo. Garras violentas rasgando-as como era possível para tirá-las da frente dele. Ele golpeava e avançava, sentindo a dor da pele e músculos rasgados por aquela violência.

    Olhos Vermelhos ignorou os dois e foi adiante. Aparentemente tudo o que planejavam havia ido por água abaixo. Tinham que seguir em frente. Iam seguir em frente. Proteger Asia até que ela chegasse onde precisava. Logo que não tivesse mais vinhas segurando-o, voltaria a forma do lobo primitivo para afastar-se o máximo que fosse possível. A briga deles não era aquela.

    Atacar as vinhas que tiverem na frente pra elas saírem do caminho Rolling Eyes quando não tiver mais nada na frente, volto pra forma Urshul e sigo correndo. Como possivelmente não vou vencer todas, se ainda for preciso testar algo pra se livrar depois de virar Urshul, só avisar.






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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Ankou Sáb Dez 12, 2020 5:21 pm






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    Tinha ganho o tempo que achava que precisava e agora o Ithaeur enlouquecido teimava em se retirar do lugar, por dentro o lobo urrava, fúria e loucura pura, Connor não podia permitir aquilo, ele se força de volta a forma de Urshul enquanto Axel açoita as vinhas de volta, era hora de sair dali, parecia que a contenda já havia cumprido seu papel.

    Tentava passar pelo buraco que Axel teria causado ou por cima, o que parecesse mais fácil, queria era fica longe daquele inferno, a única coisa que lhe deixava mais tranquilo era que Franco estava com eles, não sabia onde Olhos Vermelhos ia a partir dali, mas Asia e Ethan precisavam continuar a salvo, e tinha a intenção de garantir que isso acontecesse.

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    Mensagem por Wordspinner Sáb Dez 19, 2020 10:56 am

    Franco hesita. Os passos ficam mais devagar. Os sons das patas de Asia se afastando enquanto os passos de Ethan cresciam mais lentamente. Franco quase consegue ouvir a dor em cada passada.

    Connor se solta das malditas vinhas mais uma vez. Porcarias de plantas ficando no caminho de um uratha. A fúria de Axel deixou tudo mais fácil. Mesmo assim elas continuam vindo. Se agarrando a pernas e braços. Pescoço e corpo. Famintas. Axel sente a urgência do alfa no ar. Do outro lado das vinhas Gardião Feroz viu algo terrível.

    Franco olha para trás só por um instante. Só por um momento. Ethan deveria aparecer ali. Não devia? Virar aquela esquina. Mas nada. Só um grito distante e o som de um corpo se quebrando no chão. O choro de uma mulher em uma casa. A risada histérica de um espírito no ar. Os passos de Asia quase desaparecendo. Ele precisa correr.

    --

    Shaw esperou por tempo demais. Um segundo era tempo demais. As patas correm de novo enquanto a alcateia se afasta e se separa cada vez mais. Ele corre e corre. O coração batendo tão alto que dá para sentir por todo corpo. O chão escuro e escorregadio passando rápido sob as patas. O ar parecia tentar atrasá-lo e talvez estivesse mesmo. Ele tem que dar a volta em um prédio enorme cheio de janelas espelhadas. Cada uma delas olhando para ele como se fosse um ótimo petisco.

    Shaw salta por um obstáculo sem nem mesmo pensar. Mas assim que sente o chão do outro lado ele percebe o que ficou para trás. O cadáver recente de um espírito. Seu corpo ainda se desfazendo em essência. A clara marca da corrupção. Um rastro mais escuro que o resto. Um rastro vazio que suja tudo a sua volta. Ele volta a correr, mas não está sozinho. Agora o rastro vazio o acompanha pelas ruas mais silenciosas que antes.

    --

    Connor vê as árvores esticando seus galhos e raízes afiados e agitados cobrindo a retirada de Olhos Vermelhos e por um instante ele sente alívio. O ithaeur não queria continuar lutando. Mas mesmo as vinhas e a pancada da terra não tinham o desorientado o suficiente. Foi para lá que seus amigos correram. Olhos Vermelhos estava indo atrás deles e talvez tivesse mais truques na manga. Connor tinha uma decisão difícil pela frente. Deixar Axel para trás sozinho com árvores, a terra traiçoeira e ir atrás do ithaeur, um caminho difícil e obviamente doloroso. Ele encontraria resistência.

    Lobo partido séria uma presa fácil sozinho. Inimigos antes desinteressados poderiam se juntar a luta só pela oportunidade de ver um orgulhoso uratha cair. Ver um dos predadores feito presa. A terra sob os pés dos urathas é macia e se afasta. Agora que as gramas deixaram a batalha o espírito maior não se importa mais em suportá-las.

    Axel sente as vinhas se fechando cada vez mais. Incapazes de machucá-lo ou resistir a sua fúria elas se fecham cada vez mais. Tentando enterrá-lo em suas partes arrancadas. O gauru sente a mudança na terra. Sabe que ela não desistiu. É difícil pensar nela como algo inteligente, mas espíritos sendo o que são ela pode ser mais sagaz que os dois lobos juntos.

    --

    Shaw vê a rua estranha sem entender o que ela faz ali. Não deveria existir. Ele tem certeza disso sem nenhum motivo. Ele vê Ethan correndo por ela na direção errada. Cruzando a distância entre eles de uma forma impossível. Ethan não está sozinho. Passos lentos o seguem. Shaw quase consegue sentir uma música no som das batidas no asfalto. Era isso. A rua não era dali. Era uma rua comum. Sem nada da opressividade local. Sem a estranha tinta escorrendo por todo lado.

    O lobo nas sombras de novo. O irraka o vê novamente por um instante. Esticando sombras dentro da rua estranha como se pudesse rasgá-las. Nenhum dos três parece olhar para ele. Mas assim que o lobo estranho parece conseguir forçar alguma entrada a rua desaparece em uma avalanche de concreto. Nenhuma pedra fora do lugar. Nem uma grama de poeira no ar. Só um Ethan absolutamente desorientado. Ele e mais um dos Patas de Ferro. Esse completamente em posse dos seus sentidos. O rosto deformado do gauru com olhos feito estrelas azuis queimando sem calor algum. Olhos fixos no ithaeur confuso.

    --

    O cahalith não sente ou ouve. Ele vê a mudança. possibilidades se desfazendo como janelas quebradas. Ele continua correndo. Asia agora perto o bastante para ver. Se aproximando rápido demais. Ela está parada. Franco continua correndo. Suor escorrendo quente no olho. Salgado na boca. Ele vê os trilhos assim que ouve o barulho. Cascos e engrenagens. Metal arranhando metal. Ela muda de forma. Dalu. Polegares opositores. Ela estica uma mão para ele quando o estranho vagão passa puxado por patas enormes como as de um cavalo. Ela se agarra no ultimo vagão esperando o máximo possível. A mão grande da ithaeur ao alcance da dele. A certeza absoluta da separação. Nenhum de seus companheiros poderia correr tão rápido quanto aquilo. Francis ignora as novas janelas ao seu lado, a sua frente, no seu futuro. Ele sente os dedos dela nos seus. Ele só precisa fechar a mão... Ou abrir...
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Faor Seg Dez 21, 2020 4:47 pm






      Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 268_2610

    Forma no início do turno: Dalu.
    Vitalidade no início do turno:
    (  ) (  ) (  ) (  ) (  ) (  ) (  ) (  ) (  )
    Essência no final do turno: 06/11.




    Urgência. Shaw estava lá para ganhar tempo, para atrair o mundo enquanto os algozes seguem Asia para um golpe final. Ele e Sombra Vermelha... Onde ela está? A consciência do campo de batalha já está mais distorcida do que a realidade no Hisil.

    Olhos amarelos. O irraka vacila e fica vulnerável por um instante. Nem caça nem caçador, ele se desorienta, se desconecta. Quem é a presa? Em Dalu, ele hesita outra vez antes de avançar, mas depois se entrega e o corpo dispara. Outro vislumbre impossível sobre o mundo que está cedendo e ele sente pavor por Ethan.

    Encarando o Ithaeur que ainda não o notou, Shaw se agacha e sente o corpo estremecer enquanto se concentra no irmão.

    - Ethan, não pare. Não duvide de minha voz. Shaw. Continue em frente, você será atacado. Use Urshul para sobreviver, ou revide em Gauru. Estou com você. - O apelo para que o Uratha se conecte mais com seu instinto de sobrevivência. O Garra Sangrenta tenta usar o cenário, tenta avaliar a posição. Olhos Amarelos é um problema, mas é o Corrompido a ameaça a ser considerada agora. Shaw avança para Ethan, para o Gauru de olhos com chamas azuis, se move e tenta se posicionar para um ataque violento que mantenha Ethan seguro e capaz de revidar.

    Off:



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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por GodsCorpse Seg Jan 04, 2021 2:21 pm


        
           
           
        

               

               
    Franco está trajando uma blusa branca de linho e um kevlar, calças e botas escuras.
                   

    Ficha


                   

                         
    • Forma: Dalu.

    •                    
    • Vitalidade: / / / ☒ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐

    •                    
    • Essência Atual: 8/10.

    •                

               

           

               

    A verdade é que Franco não estava pronto para isso. Cada risada na sua mente pelo luno o fazia se sentir exposto como uma fraude de uratha diante do horror lovecraftiano que o mundo dos espíritos se desenhava ao seu redor. Era para esse ser seu chamado... então por que está tão aterrorizante?


               

    "Não!" - rosnou em sua o própria mente, mas até agora já era um pouco tarde, havia hesitado, criando espaço entre Asia e ele. Ethan andava como um cadáver ambulante, mas ele ainda era para se aproximar, era para aparecer... Sem tempo, a mudança está ocorrendo na sua frente, com tudo que poderia acontecer se desfazendo, possibilidades aparadas, a morte se aproximando e reduzindo os caminhos do futuro. Novamente, as escolhas aparecem na sua frente na forma metálica e distorcida do vagão. Os barulhos não estão nem certos, mas que merda?


               

    E ainda, não é isso o importante. Asia estende a mão. Um caminho para o futuro, mas ele deixaria os companheiros para trás, lutando contra os exércitos desse monstro. Não há tempo para decidir. Ele agarrou a mão de Asia e seguiu junto.


               

    Talvez esse caminho seja o certo. Melhor... Ele seria o herói.


           
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Wordspinner Qua Jan 06, 2021 6:32 pm

    Ethan procura Shaw. Os olhos confusos ainda mais assustados tentando procurar um lugar para se esconder. O outro lobisomem se lança em salto poderoso. É difícil lembrar da força que a forma da guerra tem. A mente do irraka quase perde o momento do ataque. Mas ele tira o outro utatha do ar antes que ele chegasse ao seu ithaeur. A mordida do irraka no calcanhar gira o inimigo no ar. Uma presa mais frágil teria perdido a luta quando tocasse o chão. Porque antes de levantar o irraka o teria feito em pedaços. Mas não um uratha. Não o Gauru.

    O inimigo cai sem conseguir se proteger, mas está de pé antes do irraka finalizar a luta. Sua carne se fechando na velocidade que deveria. Rápido demais. Ele tenta atacar Ethan de novo. Seu foco ardente. O outro companheiro tenta se afastar. Ferido. Lento. O irraka sai da sua area de conforto para ajudá-lo. Não era o melhor jeito de lutar. Era uma merda de jeito de lutar. Mas ele protege o ithaeur e vê a luta se alongar mais do que deveria. Shaw consegue a duras penas manter o equilíbrio entre a violência exigida pela forma da guerra e manter seu companheiro a salvo. O inimigo era um lutador exemplar e o irraka via os espíritos o ajudando discretamente. Uma luz brilhante demais na hora errada, o chão escorregadio se torna pegajoso na pior hora, o vento o confunde com os cheiros. O tempo de Shaw está acabando. Ethan ainda pode ser visto. Seus passos correndo. Correndo. Deixando sangue para trás.

    Sem nenhuma explicação os pelos duros e cheios do inimigo começam a vazar sangue em duas longas fileiras no peito. A cara de surpresa é indicação o suficiente para o irraka agir. Ele sente a sanidade escorrendo pelos dedos. O coração martelando no peito é a coisa mais alta no seu mundo. A tensão nos próprios músculos é dolorosa. Dor, só mais um incentivo para a forma da guerra. Ele sente a fúria mortal fazendo força dentro dele se empurrando para a superfície. As garras se movendo nem são registradas. Ele sente elas se cravando na garganta do outro. Elas afundam e ele luta, mas Shaw não ouve nenhum som saindo do outro gauru.

    O irraka ataca de novo. Os olhos flamejantes perdendo a cor. A outra garra fundo no ombro direito. Ele sente o inimigo querendo virar. Querendo fugir. Tentando escapar. Mais sangue começa a vazar sem razão. Dessa vez no rosto. As linhas cruéis aparecendo como magica. Marcas de garra cortando fundo. Mais fundo que os ossos. Shaw sente o inimigo fraquejar. Ficar mole. A forma guerra se vai enquanto ele se torna humano, ou quase,  de novo. O próprio irraka abandona a forma da guerra. Seus instintos lutando para não deixar isso acontecer.  

    --

    Connor e Axel lutam por cada passo. Exaustos. Os ferimentos fechando lentamente enquanto passam pelos poucos espíritos que ainda lutam contra sua passagem. Sem aviso a resistência para. O chão sob seus pés para de atrasá-los e prendê-los. O lugar alienígena é absolutamente impossível de decifrar. De onde vieram? Para onde eles tem que ir?

    Axel lê a dúvida nos olhos cansados do alfa. O elodoth sente uma ideia furtivamente nascendo. A fraqueza clara do alfa não devia ser perdoa. Sua decisão os arrastou para aquilo. A lealdade de Axel estava sendo recompensada com sofrimento, sangue e fracasso. Ele se olha coberto de lama, sem ideia de onde está sua presa e de para onde deveria ir. O elodoth lembra das palavras trocadas na reunião. Lembra das palavras trocadas antes de entrarem. Não deviam ter perdido tempo ali. Não deviam ter lutado com um dos urathas. Eles tinham sido encarregados da parte mais importante da caçada. Da essência e razão de estarem ali. Eles deviam ter seguido em frente. Mas acabaram presos em um armadilha e saem dela com nada além de atraso e confusão. O gosto amargo de fracasso quase o faz esquecer que ele tem alguma ideia de como sair dali.

    Connor consegue ver a decepção no seu elodoth. Resultados importam. Intenções importam. Falhas importam. Ele se mediu mal frente ao desafio. Ele ansiava por se provar. Ele ansiava pelas marcas na pele. Ele era responsável por aquilo. Um pensamento escuro faz ele querer correr. Colocar a maior distância possível entre ele e aquilo. Mais que isso. O mesmo pensamento o arrasta para o começo da ruína. O disparo. A cara feliz do cahalith. A cara ensanguentada dele. A cabeça decepada.

    --

    Franco segue com o vento forte no rosto. Os pingos da chuva irritantes na pele. Asia relaxa por um segundo. "Que monte de merda. Monte enorme de merda. Escolha idiota da porra. Era melhor ter trazido o Richard sem braço do que vocês." Ela respira fundo. "Desculpa. To com raiva. Não sei se a gente dá conta, mas a Amy tá vindo. Só que agora eles sabem pra onde a gente tá indo. A partir de agora pode atirar em todos eles." Ela fica em silêncio. Os dois sentindo o vagão correr debaixo deles. As patas de cavalo em algum lugar abaixo.

    A cidade vai mudando a sua volta. A infecção se tornando presente entre os prédios. As cores estranhas. Os espaços vazios demais. Os buracos na paisagem. A fome sem fim no ar. Era estranho sentir cheiro de fome. Cheiro de vazio. Cheiro do frio paralisante entre as estrelas. Essa era a infecção.

    --

    O irraka seguiu o único fio que ele tinha para seguir. Procurar os membros da sua alcateia. Ele não tinha tempo a perder. Se forçou a desgrudar os olhos do homem a sua frente. Alguns meses atrás ele estava dormindo onde o irraka está? Sonhando entre as mesmas paredes? Planejando? Qual era a diferença entre eles? Porque o irraka tinha que viver e ele tinha que morrer? Qual foi o erro? Qual a linha que o outro cruzou? Será que ele era um uratha melhor que Shaw? Um deslize na caçada, nada mais...

    --

    Axel ouve o irraka antes de começar a falar. Um lobo correndo como que saindo de lugar nenhum. Impossível não reconhecer. Connor sente uma pontada de vergonha pelo estado em que está. Mas logo a reprime com força. Eles tinham que agir e não sofrer e remoer. Mas que palavras eram boas para aquele momento? Sua coragem e impeto colocaram eles nessa, mas como essas virtudes poderiam estar erradas?

    Um nó na garganta do alfa. Não de medo. Mas a plena consciência que seus instintos estavam fora do lugar. Seus próprios pensamentos não eram confiáveis. Como um poço de água limpa onde morreu um animal. Os pensamentos dele são invadidos pela voz do irraka. Logo os três ali estão conversando sem palavras. Pequenos gestos. Sensações. Sentimentos. Pensamentos. Algo mais confortável que qualquer linguagem. Em pouco tempo todos estão correndo de novo.

    Parece que nunca correram tanto na sua vida. Tantas vezes. Com tanto afinco. Eles tinham um alvo. Axel indicou o caminho por um tempo. Tinham que chegar perto o bastante para Shaw sentir a posição de Francis.

    Durante todo o caminho tiveram pequenas lutas. Mais perda de tempo, mas dessa vez serviu para recuperar parte da essência que gastaram.

    --

    Francis, vê a coisa. Seus olhos nem sabem por onde começar. Seus pensamentos nem consegue categorizar aquilo. Uma cratera. Algo enorme e escuro quebrado dentro dela. A fome da coisa não tem fim. A essência que ela rouba do mundo ao seu redor a faz mal e mesmo assim ela devora sem parar. Dezenas de espíritos menores corrompidos vão até ela. Com estranhos apêndices a coisa os pega e devora. Os prédios ao redor meros esqueletos e esses cobertos com a corrupção. As ruas são línguas pretas, esponjosas e viscosas. Veias ou vermes, ou os dois se movem sob a superfície.

    Asia segura seu braço. "Não viemos aqui para sermos heróis. A gente tentou martelar isso em vocês, mas não deu certo." Ele percebe que ela está tentando evitar que ele corra direto para o coração do abismo. Ele fica lisonjeado com a coragem que ela acha que ele tem. Fica um tanto ofendido com a burrice que ela acha que ele tem. Um gosto indescritível no ar. O luno e silêncio. Se é se pode chamar aquilo de fala. Agora os pedaços de futuro e passado e visões que o perseguem são escuros. Vazios como a criatura. Um negativo de luz tanto quanto ausência.

    Mas ele vê os dois corações quando um desses cacos passa pela coisa. No meio da cratera. Ainda batendo. Cobertos com escuridão. Debaixo dela, ainda prateados.

    --

    Quando Shaw os força a parar é uma surpresa. Axel sabe que o caminho não pode ser por ele aponta. O elodoth nunca esteve ali antes, mas ele cresceu nessas ruas. Numa outra versão delas. Essas são ruas de Dover. Ruas que ele andou a noite. Placas apagadas e nomes errados. Mas ele as conhece. Ele reconhece as casas de pedra e um velho traço de um muro antigo. Ele reconhece a arquitetura do lugar. Suas linhas. Seu sentido. Era impossível. Mas os três olham para a rua que ele aponta.

    Ela estranha. Como uma farpa de madeira em um bebê. Era longa demais. Mas isso era plenamente possível ali. Não respeitava o espaço entre as construções, mas isso também era possível. Estava seca, sem tinta, sem chuva, sem meleca pegajosa, limpa e seca. Era uma rua normal. Do mundo lá fora. Quase real, não real como tudo a sua volta era. Mas real como material. Era efêmera assim como tudo ali, mas feita para não ser. O irraka certo dos seus sentidos. Certo da urgência. Corre na frente. Nenhum dos dois iria hesitar em segui-lo. Não naquele momento em que seus pensamentos estavam tão próximos. A certeza de um era certeza do outro.

    --

    O barulho do disparo o pega de surpresa. A arma fumegando na sua mão um pouco menos. Ele tinha atirado de novo. O que tinha de errado com ele? Mas dessa vez ele precisava, não é? Sombra Vermelha tinha um instante depois da Loba de Ferro, ou o que ela virou. Um monstro enorme de músculos rasgando a pele e pelos para todo lado. Dentes afiados como navalhas e garras que ele viu levantar concreto como uma criança selvagem levanta lama na chuva. Nessa hora o relógio deu a última badalada. Ele corria pela vida desesperadamente ou... Era um herói?

    Ele vê carne corrompida derretendo. Não estava atacando a uratha corrompida. Não. Isso era um caminho rápido para o martírio. Não só rápido como inútil. Aquela porra devia até ser a prova de balas. Sombra Vermelha passa ao lado dele como uma boneca de pano. Uma grande boneca de pano na forma de guerra. Asia grita para continuarem e ele não para. A deixa para trás também. Voz da guerra, a ithaeur dos Seis Uivadores deixa escapar um som profundo e cortante da garganta. Um uivo que faz tremer o espírito dele.

    Os espíritos hesitam. Uns correm. Outros para seus ataques e assistem. Poucos se juntam a eles. Franco nunca imaginou lutar ao lado de um fio desencapado ou de um automóvel da década de oitenta. Mas ele estava grato por qualquer ajuda que conseguisse. A criatura os vê. Sua bocarra enorme se vira para eles. O grito de raiva é feito de um silêncio ensurdecedor. Ele não consegue ouvir o próprio coração. Atira. Nem um pio. Os apêndices pegam ele e Asia corta com a faca estranha feita de alguma lataria que esteve na lua. As balas dele são tão boas quanto a faca. Sorte. Nada além de sorte e preparação. Outra das armas foi descartada lá atrás na primeira vez que ela tentou. Inútil. A coisa era grande. Enorme. Gargantua. Eles andavam nela. Mesmo assim a coisa estava partida ao meio. Rasgada e mastigada. Irreparável.

    Ele atira de novo e logo está no chão. A bocarra vai na direção dele como a morte. Uma morte fria e faminta e feita de ausência. O carro se bate contra ela. Só uma distração, ele é devorado em um instante. Nem fumaça escapa da criatura. Nem som. Lutar nesse silêncio séria assustador o bastante, mas até o calor dos seus braços ela devora. A arma é fria em seus dedos. Sua pele gelada como dormir na rua numa noite chuvosa no inverno congelante de Dover. Nada tem cheiro também. Quando mais perto da boca até a luz falha. As sombras aumentam a capa passo. Seus olhos lutam para ver assim como cada fibra do seu corpo. Cada nervo. Cada sinapse. Ele se sente mergulhado no vazio escuro além das estrelas. Ele não sabe se arma disparou. Nem sabe se seu dedo respondeu ao comando. Com lágrimas congelando nos olhos arregalados e palavras natimortas nos lábios sem ar a forma da guerra é uma medida desesperada. Porque ele não tinha nada mais.

    --

    Eles não conseguem ver Francis, mas ouvem o uivo. Um uivo que faz Connor e Axel se enxerem de raiva e talvez medo também, mesmo que nunca fossem admitir. Espíritos indo de uma lado para o outro. A uratha corrompida os encontra antes que eles percebam o quão perto dela estão. Por algum motivo impossível de decifrar o irraka é o seu alvo. Ele não sente o golpe como nada reconhecível. É como ser acertado por um carro a toda. Ele para longe dali tão quebrado que seus osso não completam nem um movimento.

    O monstro que já foi a Loba de Ferro se vira para eles. Rápida como um arrepio de medo. Rápida demais para algo tão grande e forte. Os dois sentiram a simples certeza que uma criança surrada tem depois apanhar de adulto. Aquela era uma luta perdida. Sem a menor esperança. A forma da guerra é um testemunho de coragem.

    Uma coragem recompensada com um inimigo que parece saber exatamente o que eles vão fazer e como vencê-los. Como se tivesse lutado com eles dezenas, centenas, de vezes antes. Ela bloqueia os fazendo sangrar e quando acerta Axel ele termina com a cara no chão olhando para os próprios intestinos. Um peso enorme torcendo suas costas. A imagem gravada fundo na sua cabeça. É assim que ele era por dentro. Connor se sente uma criança. Seus esforços pouco mais que uma distração. A faca de prata no chão. Um pensamento corre pelos dois ao mesmo tempo.

    --

    De onde está Shaw só consegue olhar em uma direção. Seu corpo se cura o mais rápido que pode. Ele está preso em algum tipo de ferragem que fura sua carne. Ele muda de forma para diminuir a dor. Não muda quase nada. Ele vê Asia e Francis lutando na penumbra da cratera. Uma coisa do tamanho de uma baleia está cercada de violência, mas nenhum som escapa de lá. Ele sente o puxão sem ver. Alguém em dalu o tira das ferragens sem nenhuma palavra. Amy. Ela aponta um dedo ensanguentado para Asia e Francis e então corre na outra direção.

    Parecia o fim. Mas Shaw tinha um alvo e a forma da guerra ia roubar sua dor de novo.

    --

    A escuridão pega os dois algozes de surpresa. A fúria dá Loba de Ferro não séria detida por um truque tão simples. Nenhum deles séria. Mas no momento seguinte Lobo Partido sente-se livre. Seu corpo quebrado continua lutando. Ele sente o cheiro dela forte no ar. Seus dentes se fecham e de alguma forma, dessa vez, eles encontram o alvo. Dura como carne congelada. Mas ali. Guardião Feroz demora um instante para acreditar quando um dos seus golpes encontram a carne da oponente. O escuro devia ser pior para eles de alguma forma, ou isso é só uma parte de sua mente humana falando? Mas o importante é que ele sente suas garras na carne dela. O golpe fez todo lado direito do corpo doer. Ele tem certeza que quebrou a mão junto com as garras. Não isso seja importante no momento seguinte. Seu próximo golpe é feito com um braço perfeitamente novo.

    A escuridão se desfaz assim como veio. Sombra Vermelha está montada nos ombros dela. Os ataques são tão efetivos quanto o dos outros urathas. Nada esperançoso. A única diferença talvez seja a quantidade de essência que a rahu investe no combate. Lobo de Ferro ofendida foca sua atenção no menor alvo que tenta rasgar sua garganta inutilmente. Os dois algozes não precisam pensar. Só rasgar e cortar. Axel lembra da faca de prata e ela não está em lugar algum.

    Sem aviso Sombra Vermelha é jogada no chão. A parte debaixo de uma mandíbula enorme nas suas mãos. Mãos penduradas em braços meio mastigados. Connor sente antes de ver. Axel vê o grandalhão chegando, mas é rápido demais para fazer alguma coisa. As garras do inimigo brotam nas costas de Connor como se ela o quisesse de pulseira. Somente a enorme força do rahu que segura ela com dois braços impediu que fosse partido ao meio. Quando ela acerta Axel ele sente as garras se afundarem em seu peito. Penetrando pele, músculos e ossos. Ele vê o olhar louco. Ela quer arrancar a cabeça dele com uma mordida, mas não pode. Não mais. Ela crava a dentição superior em seu ombro e através da dor o Elodoth vê mais alguém. Um homem atrás dela. Um uratha. Um idiota em dalu enfiando uma lasca de osso no chão como se apunhalá-se alguém.

    Ele ia morrer logo depois deles três.

    --

    Shaw sente a boca cheia da gosma pegajosa que é o sangue da criatura. Ou o que quer que isso tenha ao invés de sangue. Ele sente alguma coisa dar espaço. Ele pressiona o ataque. O impacto é como um tiro. Ele já não vê mais nada. Não ouve mais nada. Só sente o instinto e gosto. A textura da presa. Nem ar ele tem.

    Francis sente os dentes na sua carne como lanças frias. Ele continua avançando. Mordendo e rasgando. Ele não ouve quando a pressão faz suas pernas racharem. Mas ele ouve a risada do luno.

    --

    Quando ela joga os dois de volta para o chão só a resiliência sem par da forma de guerra os faz se mover. Só o instinto irracional ainda não tinha sido derrotado. Sombra Vermelha enfiava os dentes roubados em um buraco na barriga da oponente com um braço. O outro estava sendo arrancado. Sangue brota do peito da uratha corrompida. Um, dois ... dez lugares. Ela cai de joelhos, ainda incapaz de se deixar derrotar. O único olho ainda brilhando como uma estrela malévola. Ninguém precisa dizer para eles atacarem. Até o ultimo segundo ela luta com uma força e letalidade impressionantes. É certo que as marcas dessa luta vão durar semanas.

    Ver o corpo diminuir. Ver a mulher aparecer de dentro do monstro. O rosto arruinado. A pele destruída. Sangue demais em todo lugar. Sangue de todos eles nela. No chão. Neles mesmos. É impossível evitar a comemoração. É impossível não estar feliz de estar vivo. Impossível conter o orgulho de ter vencido aquilo. Sobrevivido e definitivamente vencido.

    Também é impossível evitar o sentimento de revolta quando Amy a abraça no chão e começa a soluçar.

    --

    Francis já acordou com todas as ressacas. Mas nada se comparava aquilo. Ele se arrasta para fora do monte sufocante de merda preta oleosa. Do lado de fora vê luz. Sente algo além de frio incapacitante. Shaw de pé. Quase. O irraka limpando o rosto coberto de flocos pretos congelados. Ele cospe. Depois vomita. Se dobra e vomita de novo. Claramente o companheiro parecia estar vomitando facas pela cara que fazia. Franco teria rido se não tivesse com a cara congelada em gosma alien.

    Era exatamente assim que Shaw se sentia. Vomitando facas de gelo cobertas de ácido. Isso e todas as costelas quebradas. Até respirar era difícil. Porém valia a pena. A luta perto da criatura tinha sido sufocante. Ela tinha tirado todo ar dali. Toda luz. Todo calor. Todo som. Quando ele vê Francis, o irraka não sabe o que pensar. Mas quando percebe Asia perto dele... é exatamente assim que a morte se parece. Branca demais. O corpo aberto demais para a regeneração resolver. Pelo menos para resolver rápido o bastante. Ela ia sangrar até a morte.

    --

    Connor e Axel chegam antes de Amy. Demoram muito mais do que gostariam pelos ferimentos. Um apoiando o outro. Sangue ainda escorrendo das ferias abertas dando trabalho para a regeneração. Iam precisar de tratamento real para sair dessa. Os dois vêem Francis e Shaw sobre o dalu de Asia. Um homem estranho está com eles. Falando. Convencendo Shaw e Francis a deixar ele se aproximar. Axel vê a faca de prata na cintura dele. "Eu sei. Vocês nunca me viram. Mas ela vai morrer se ninguém fizer nada." A voz calma contrastando com as mãos que se movem bastante na frente do corpo. Então a voz soa diferente carregada de um poder que Connor já sentiu. "Asia, tá me ouvindo? Você tá dentro." No momento seguinte ela para de sangrar. Ele por sua vez parece ter levado uma facada.

    Ela respira fundo "Deixa ele ajudar." A voz dela quebrada e fraca. As palavras difíceis de entender. Os dois abrem caminho. Os cinco assistem enquanto ele ajuda o corpo dela a fechar as artérias abertas. O tempo todo ele parece sofrer bastante dor. É estranho ver que assim que ele termina de costurar ela com uma agulha que não parece precisar de linha, o homem transfere uma pequena quantidade de essência para ela. Imediatamente ele se oferece para fazer o mesmo por eles. Isso gera uma desconfiança natural que só é dissipada quando Amy estende o braço para ele e diz. "Eu primeiro, pai."

    O tratamento serviu para evitar a morte e pelo menos deixar a regeneração trabalhar sozinha. Mas a dor é uma companheiro constante e revoltante de todos eles. Quando Francis insiste para irem para o fundo da cratera ninguém quer ir com ele. Mas todos vão quando o estranho, pai de Amy, toma a dianteira. Ninguém quer ficar para trás. Lá embaixo eles encontram casulos negros e vítreos quebrados. Quatro deles. Mas não só. Mais dois. Inteiros. Francis corre com uma expressão louca nos olhos. Ele ri. Ele gargalha enquanto os quebra com as mãos nuas se cortando de novo. De dentro deles o cahalith puxa duas pessoas. Um jovem com um toque asiático nos traços e uma jovem com traços delicados e branca como a neve. Os dois intocados pela corrupção a sua volta.
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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Ankou Qui Jan 07, 2021 12:55 am






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    O corpo de pé, por pouco, a musculatura tensa, o respirar chiado e pesado, quando ele tosse dá pra ver um fio de sangue descendo pelo nariz, um olho nem se abria mais, inchado demais, além da conta que a regeneração conseguia recuperar, sangue pingando perna abaixo.

    O corpo que parecia uma fortaleza ainda que avariada desaba no momento que Amy apresenta seu pai, ele se arrasta e recosta na primeira superfície vertical que encontra, a cabeça se apoia logo em seguida, ele fecha os olhos e a cabeça se vira e direção ao luno, ou pelo menos onde ele deveria estar, as palavras soam baixo na primeira língua – Eu devia tá morto, mas você não deixou, mais de uma vez… - ele tosse e agora o sangue escorre pelo canto da boca, misturado com saliva, a voz tinha uma pitada de frustração – Sorte a minha que eu tenho dois pulmões… Cê sabe que eu não vou machucar aqueles que eu quero proteger né? Não importa o que tu tenha me mostrado… Eu não sou um Cahalith cê nem devia… Caralho Franco sua vida é uma merda. - Ele respira fundo fazendo um som agonizante – Porra mãe… - a ultima frase saía sem querer quase como um reflexo, mal dava pra saber se ele tava delirando ou só pensando alto, mas quando finalmente ele parece reunir forças pra se levantar ele o faz se escorando na parede.

    Ele caminha em direção a Asia a passos lentos, seja lá o estrago que tivesse no pulmão parecia melhorar, ainda que não completamente – Foi mau Pequena, é difícil ter medo das coisas quando se corre com o Caminhante, mas a gente bota o Franco de castigo pelo tiro se vocês quiserem. - ele abre um sorriso ensanguentado e faltando dente, olha pra Amy em seguida como se esperasse alguma reação.

    Finalmente ele se volta ao homem e estende a mão pra ele em cumprimento – Uma pena Amy não ter nos apresentado nas melhores das ocasiões, ou talvez seja a ocasião perfeita, afinal é o senhor que tá costurando todo mundo. - Ele desvia o olhar só um instante pra Franco enquanto ele resgata as duas pessoas dos casulos estranhamente envidraçados – Connor… Connor Mcleary. - Por fim a respiração parece melhor compassada mas ainda pesada, dava pra ver nele como um todo que ainda sentia dor.

    Ele olha pro pulso como se procurasse alguma coisa lá, mas devia ter se perdido em algum lugar no meio daquele banho de sangue, o olhar se volta pra Axel com a expressão tomada por urgência – Merda cara, Ethan! - ele se vira como se fosse correr pra algum lugar, mas algo dentro dele estala e logo ele cai de joelhos a expressão é de dor completa, o chiado na respiração pior que antes, a tosse solta uma nuvem fina de sangue no ar, é, era definitivamente o limite.

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    Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 Empty Re: Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado

    Mensagem por Faor Sex Jan 08, 2021 11:48 am






      Siskur Dah - A Infecção do Vazio Estrelado - Página 3 666_4310





    A forma de guerra alimenta a selvageria em Shaw mas cobra um preço alto. Proteger Ethan foi possível, mas instantes depois de ver a forma humana de seu adversário, desfigurada e sem vida, Shaw cai de joelhos pela primeira vez ali, pelo menos, pela primeira vez sem ter o corpo sobrepujado por um inimigo cruel. Já caiu em Dalu, mesmo que os instintos tentassem impedir a fúria de deixar o corpo. A violência não sai sozinha. Parte da sanidade e da própria humanidade parece fluir para fora do Uratha. O preço é alto demais.

    A resolução de se por em movimento interrompe a crise, mas não a silencia. Para ser capaz de reagir, dor. Ossos se torcem e estalam, rasgam a pele, pelos crescem e o Uhran se projeta em um salto movido pela esperança de deixar a morte para trás. Não consegue. Mas há rastros de sangue de Ethan e mesmo isso não orienta o suficiente os próximos passos. Andando de pressa, quase descuidado, ele sente Axel e o chama.

    Encontrar Lobo Partido e Guardião Feroz não trás o alívio esperado, talvez, alívio nenhum. Mas eles são capazes de avançar e Shaw se apega a isso. O Lua Nova tenta guiá-los e deixa o lobo, o instinto, tomar conta. Um rosnado quando Axel afirma que ele está errado logo se desfaz e, juntos, os três seguem até que o caminho fica claro demais. Shaw dispara e o uivo de Asia inflama medo e raiva. O suficiente para embaralhar os sentidos e fazer do irraka um alvo tão fácil, tão frágil.

    Loba de Ferro.

    Acabado, preso, quase entregue a uma fúria descomunal, ele se contorce quando outro Uratha se aproxima sentindo que é o fim. Corpo e mente fora de fase demoram a reconhecer Amy e o comando dela. Francys. A distância entre eles diminui sem a consciência dos passos longos e violentos. O horror cada vez mais perto. Tudo era horror, Shaw era um com a presa não natural. Ele mergulhava e se projetava para dentro da coisa com cada vez mais apetite, mais loucura.

    Difícil dizer quando acabou, se acabou, se era verdade. A série de vômitos trazia alguma consciência e a sensação era medonha. Perceber Francys não ajuda de verdade. O cahalith encarava Shaw como se fizesse esforço para reconhecer o irmão. Mas Asia estava ali também e estava morrendo. Os outros logo chegam e um estranho tenta se aproximar de Voz da Guerra. Se fosse capaz, Shaw o atacaria imediatamente. O corpo estremeceu e quase conseguiu avançar, mas era inútil. Gratidão foi tudo o que ele sentiu quando Asia permitiu a ajuda do estranho.

    Pai de Amy? A surpresa não traz nenhum significado. Eles ainda precisam avançar. Francys e ele seguem adiante e todos os acompanham, mas Shaw apenas se arrasta com dificuldades. Ele vê mais as expressões de terror dos rostos humanos de que ele arrancou a vida do que o que está diante dos olhos. Ele mal encara os dois libertos e se aproxima do Alfa, talvez buscando apoio, proteção, aprovação, difícil dizer. Lembra do lobo com olhos amarelos brilhantes e se pergunta se era o pai de Amy mas Connor provoca outra onda de agonia em Shaw.


    Connor escreveu:- Merda cara, Ethan!


    - Caralho. - A voz baixa, trêmula. - Eu perdi o rastro dele e achei vocês no caminho. Ele escapou dos Patas, tenho certeza, mas estava muito ferido. - Ele se apoia e se senta devagar, sentindo um peso enorme sobre os ombros. O preço é alto demais.



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