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Rolagem por Zoe Fúria-Sonora:
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On:
Então era isso. Era chegado o momento de partir em demanda rumo ao Caern vizinho. Lá, em teoria, estaríamos entre amigos, todos Irmãos-em-Gaia. Na prática, eu sabia que as coisas podiam ser
mais complicadas. Não sabíamos ao certo o que estava acontecendo por lá, e os sonhos com Urso... Decididamente havia algo errado a ser investigado.
Além disso, éramos dois impuros - eu e Sam - e um dos dois com um forte odor da Wyrm...
Se a integração social já era algo difícil sob as asas do Pássaro de Fogo e sob a tutela de Testemunha-das-Estrelas, não havia como saber o que poderia acontecer no covil do Urso.
Reunidos no Ninho, saltamos e corremos pela ponte da lua, nossos corpos físicos tragados para o interior da Umbra. Morde-a-Wyrm ia na frente. Como era de se esperar, ele estava muito mais familiarizado com o mundo espiritual do que o resto de nós, e era natural que tomasse a dianteira onde podia ser mais útil.
Na Umbra, o tempo e o espaço se torciam de formas que um humano ou lobo dificilmente seria capaz de compreender. Ali, mais valiam pensamentos, sensações, sonhos e pesadelos do que montanhas, rios e muros. Em outro momento, ouvi Megumi dizer que havia outros na Umbra além dos Espíritos com os quais estávamos mais acostumados a lidar. A anciã falou do Povo-Fada, de magos de olhos brilhantes e até dos espíritos dos mortos...
Aquilo era muita informação para um Cliath, mas mesmo que eu não tivesse a mesma afinidade que um Theurge com o espiritual, ainda me sentia fascinado. E foi com esse fascínio que segui Morde-a-Wyrm, por horas ou dias, não saberia dizer.
Por fim, chegamos à outra ponta da Ponte-da-Lua, diante de uma gruta.
Ali, uma mulher de pela negra nos aguardava, e se apresentou, solene:
- Sejam bem-vindos, enviados do Caern do Pássaro de Fogo. Eu sou Olho de Coruja, hominídea theurge uktena adren, Vigia do Portão da seita do Grande Urso. Qual o propósito de sua vinda?
Fúria Sonora, como combinado, respondeu de pronto:
- Viemos nos colocar à disposição da seita para ajudá-los no que pudermos. Somos uma matilha recém-formada em busca de demandas para ajudar Gaia.
E, por fim, Olho-de-Coruja questionou:
- Convocarei os anciãos para avaliarem sua chegada. Sentem-se aqui e esperem. Sua matilha já tem um nome?
Pondero por um instante. Não tinha me dado conta, até aquele momento, de que matilhas precisavam de um nome... Famílias precisariam? Aquilo me corroeu por dentro, como ferrugem em um prego velho, por alguns segundos. A resposta ao questionamento da Uktena, contudo,
aflorou em minha mente.
A fúria sem direcionamento é destruição sem propósito. A beleza, sem significado, não passava de um sonho vazio. Éramos uma família, sim, uma matilha. Mas éramos mais do que isso... Mais do que a soma de todos. Nosso nome precisava refletir o paradoxo que era ser um lobisomem: homem e fera, físico e espiritual, guardião e protegido de Gaia. Não... Precisava ser mais do que isso... Precisava demonstrar, de uma só vez, que éramos o equilíbrio em nós mesmos, e o equilíbrio um do outro. Um duplo sentido... Uma homenagem ao nosso Totem...
E assim, com esse
tornado de ideias, pensamentos e inspiração, me coloco ao lado de Zoe, falando pausadamente:
Dentes-de-Leão. Somos os Dentes-de-Leão, e aguardaremos pelo juízo e aprovação de seus anciões.