Tornado-de-Sangue

Percepção 4 + Prontidão 4 dos guardiões
Alexyus efetuou 8 lançamento(s) de dados (d10.) :

2 , 1 , 6 , 3 , 1 , 1 , 6 , 10

Off: @Alexyus, aguardo o desfecho da ação para poder postar, ok?

Off: Malz pela demora, tive problemas por aqui, mas não esqueci!

Morde-a-Wyrm poderia conhecer melhor a Umbra e alcançar a forma lupina mais rapidamente, mas Tornado-de-Sangue tinha uma prontidão maior para situações como aquela.

Com um aceno, Tony indicou a Jhon que o seguisse, o que o theurge fez sem questionar. Na iminência de um combate, o uktena não se importou de ceder a liderança ao portador da luz.

Tony desceu a encosta da montanha com agilidade, dando voltas, saindo da trilha e executando todas as manobras possíveis que conseguiu pensar para despistar quem quer que estivesse vindo no encalço deles.

Suas táticas deram tão certo que quando chegaram ao sopé da montanha, cansados e arfando pesadamente, já não percebiam nenhum sinal de seus perseguidores.

Assim que conseguiu recuperar o folego, Jhon disse a Tony:

- Acho que agora podemos percorrer atalhos de volta para o mundo físico. Sim. Mas antes vamos mudar para a forma hominídea. Depois segure no meu ombro que  eu lidero nossa passagem. Sim.

Com aquilo, Tornado-de-Sangue e Morde-a-Wyrm voltaram ao arredores da casa da Parente Taylor.

Ali as coisas estavam tão serenas como antes. Zoe Fúria Sonora e Sam Sangue sobre a Neve estavam passeando pelo bairro, e as duas usavam óculos escuros estilosos que lhes dava um visual tão exótico quanto alternativo. Elas avistaram seus companheiros lupinos e métis e foram ao encontro deles.

- Oi, Tony! Oi, Jhon! Gostaram dos meus óculos? Com eles ninguém fica encarando meus olhos! A Zoe disse que eu também deveria arrumar um boné ou chapéu pra esconder meu cabelo branco, mas não achamos nenhum pra comprar aqui perto. 

Zoe estava acostumada com aqueles detalhes da sociedade humana e não perdeu muito tempo com eles, indagando logo os companheiros de matilha:

-  Matt ainda não voltou. Descobriram alguma coisa na Umbra?

Com saltos, zigue-zagues e outras manobras evasivas, manobramos colina abaixo. Desta vez, Morde-a-Wyrm me seguia para longe dos espíritos no alto da montanha, na divisa.

Em circunstâncias normais, eu não fugiria de um encontro como esse. Minhas garras e presas se cravariam no que quer que cruzasse meu caminho. E ai de quem cruzasse o meu caminho! Mas aquelas não eram circunstâncias normais. Os nossos perseguidores eram sentinelas de um caern amigo, e éramos todos filhos de Gaia, ali. Em que pese a Lua Cheia clamasse por sangue, o Portador da Luz procurava agir com clareza.

Sim, fugir e despistar era o certo a se fazer.

Quando atingimos a base da montanha, já longe de nossos perseguidores, o theurge sugere que voltemos ao mundo físico. Parecia sábio. Por mais que tivéssemos deixado aquela fuga para trás, ainda poderia ter alguém, ou alguma coisa, procurando por nós.

Vejo minha forma inchar e murchar, enquanto faço todo o caminho da transformação de lobo para homem. Aquilo, para mim, era algo fácil, natural como respirar ou piscar. Eu sabia que nem todo mundo conseguia mudar de forma tão fácil, ou tão rápido, mas não entendia bem o porquê.

Já sobre dois pés, pouso a mão no ombro do lupino, e deixo que ele nos puxe de novo para fora da Umbra.

Caminhamos, lentamente e em silêncio, até a casa na qual estávamos hospedados. Nos arredores, encontramos Sangue-na-Neve e Fúria-Sonora. As duas estavam com óculos escuros e pareciam felizes.

- Oi, Tony! Oi, Jhon! Gostaram dos meus óculos? Com eles ninguém fica encarando meus olhos! A Zoe disse que eu também deveria arrumar um boné ou chapéu pra esconder meu cabelo branco, mas não achamos nenhum pra comprar aqui perto.

Sorrio ao vê-las.

Você ficou linda, Sam!

-  Matt ainda não voltou. Descobriram alguma coisa na Umbra?

Quando Zoe fala, no entanto, desfaço o sorriso, mostrando algum desânimo.

Não muito... Havia movimentação na divisa... Ela é bem vigiada. Pareceu mais sábio fugir do que lutar.

Faço uma pausa, enquanto encaro as meninas, suavemente.

Espero que Matt tenha tido mais sorte que nós. E vocês? Algo interessante por aqui?

Forço um outro sorriso - que, dessa vez, deve ter se parecido mais com a cara torta de um fomori do que com um sorriso de verdade, dado o desânimo de não ter conseguido avançar muito - e aguardo a resposta de Zoe e Sam, bem como o retorno de Matt.

Você ficou linda, Sam!

Sam sorriu em resposta, toda coquete. Ela estava gostando de explorar o mundo humano na companhia dos colegas de matilha.

Não muito... Havia movimentação na divisa... Ela é bem vigiada. Pareceu mais sábio fugir do que lutar.

Morde-a-Wyrm confirmou as palavras de Tony com um aceno de cabeça afirmativo.

Zoe comentou:

- Essa seita é muito mais organizada do que a do Pássaro de Fogo... Precisamos ter muito cuidado para não sermos pegos...

Espero que Matt tenha tido mais sorte que nós. E vocês? Algo interessante por aqui?

Zoe suspirou enquanto dava de ombros:

- Esse bairro é uma vizinhança muito calma e tranquila. Não chegam a ser amigáveis, são pessoas de classe média-alta, mas ninguém é abertamente hostil. As ruas são muito bonitas e arborizadas, bastante limpas, sem mendigos ou moradores de rua. Tem muitos ecoturistas por aqui vindos de outros bairros que vão fazer trilhas ou esportes radicais nas montanhas, precisamos ter cuidado com isso para não erguermos o Véu quando passarmos para a forma Crinos. A entrada principal dos humanos para a Divisa não é por aqui, mas vi um grupo que tenho quase certeza que era uma matilha de garous.

As explicações de Zoe foram bem detalhistas, indicando um grande poder de observação, mas algumas das palavras delas relacionadas à sociedade humana foram quase incompreensíveis para Jhon, Tony e Will. Percebendo a confusão deles, Zoe sentou-se na frente da casa de Taylor com um violão e, enquanto dedilhava melodias, foi explicando os conceitos para o lupino e os dois impuros.

Já estava escurecendo quando Matt reapareceu e os encontrou lá.

O peregrino silencioso Pé no Chão vinha a pé, andando com uma expressão tensa e preocupada. Ele sinalizou para que eles achassem um lugar mais reservado para conversarem, o que acabou sendo a garagem da Taylor. Lá ele fechou todas as portas antes de começar a falar.

- A situação por aqui é pior do que a gente pensava. Realmente, tem uma guerra de garous começando, e a briga vai ser feia. Pelo que eu entendi, as coisas funcionam assim por aqui: tem vários pequenos caerns na região que são protegidos por protetorados geralmente de uma única tribo cada; todos esses caerns da área urbana estão sob a autoridade de um Conselho de Garous, onde cada tribo tem um representante, e esse conselho supervisiona o acesso ao Grande Caern, um caern bem perto do centro de Vancouver, que só continua ali porque os Presas de Prata e os Andarilhos do Asfalto fizeram um pacto de não-agressão com os vampiros da região. Fora da zona urbana, o maior caern da periferia da cidade é o do Grande Urso Pardo, que funciona como as seitas tradicionais dos garous; foi essa seita que nos recebeu e que está atacando a autoridade do Conselho, acusando eles de negligência com a manutenção do meio-ambiente da região; o caern deles é tão poderoso quanto o Grande Caern de Vancouver, eles têm uns pesos pesados dos Presas de Prata ao lado deles, como nós vimos. Eu ainda não descobri porque o totem do Urso estaria em perigo, porque não me parece que os garous do Conselho atacariam diretamente os garous do Urso, mas não descartei totalmente essa ideia ainda. Talvez a turma da seita queira nos alistar como combatentes nessa guerra com o Conselho, mas ainda não somos totalmente confiáveis para eles, então talvez sejamos testados nos próximos dias. Foi só isso que eu descobri.

O que Matt descobrira não era pouca coisa, mas ainda deixava várias perguntas em aberto.

A matilha Dentes-de-Leão estava tão imersa em pensamentos que todos pularam ao ouvirem batidas na porta interna da garagem, e a voz de Taylor chamou:

- Ei, pessoal! Hora do jantar! Vocês vão comer?

Sorrio a Sam e ouço atentamente as explicações de Fúria-Sonora. Embora o Caern do Grande Urso fosse uma seita rural, havia humanos circulando pelo lugar. O véu precisava ser respeitado, isso era algo que Testemunha-das-Estrelas repetia com veemência... Precisaríamos tomar cuidado.

Quando Pé-no-Chão chega e começa a fazer sua explicação, vou ficando cada vez mais boquiaberto. A situação do local era o maior caos que eu do qual eu já tinha ouvido falar na vida!

Na área urbana, pequenos caerns monotribais formavam um conselho e estavam submetidos ao grande caern da Vancouver. Esses garou fizeram um pacto de não agressão com a Wyrm! Não era de admirar que estivessem sendo negligentes com as questões ambientais... Eles podiam não se dar conta disso, ainda, mas estavam se corrompendo.

Ainda assim, eram garou. E já somos tão poucos...

Eles precisavam ser alertados, não combatidos. Estávamos no local certo, afinal.

No momento em que ameaço responder, Taylor nos chama para jantar.

Tomo a frente, falando alto:

Já vamos!

E então, chamo toda a matilha, para que se aproxime, e sussurro:

O conselho parece ter feito um pacto com a Wyrm. Isso é inaceitável! Eles vão se corromper, ainda que não tenham noção disso...

Mas guerrear com eles não é a solução. Eles são garou, e somos muito poucos. Eles precisam ser alertados e corrigidos, não combatidos.

Faço uma pausa, como que pensando que passo dar a seguir. Então continuo a sussurrar:

Vamos jantar com Taylor e tentar descobrir com ela quem são os Garou que estão conduzindo as coisas por aqui. Precisamos ganhar a confiança deles e convencê-los de que a guerra entre nós apenas vai fortalecer a Wyrm. Tem que haver outro jeito de abordar essa questão...

Abro espaço para que qualquer outro membro da matilha se manifeste, se quiser, mas deixo claro que precisávamos encontrar Taylor sem demora, também. Havia muito trabalho a fazer.

O cheiro de comida caseira pairava no ar enquanto a matilha dos Dentes-de-Leão se reuniu na casa da Parente fúria negra Taylor. Uma mesa posta com cuidado e carinho, velas acesas para criar uma atmosfera agradável. Taylor, uma mulher de cerca de 30 anos com longos cabelos brancos, cumprimentou os membros da matilha com sorrisos calorosos.

Zoe serviu-se de comida, comentando:

- Taylor, isso está divino. Como sempre.

Taylor sorriu:

- Ah, obrigada, Zoe. Fico feliz que tenha gostado. Sintam-se em casa.

Zoe levantou sua taça:

- Um brinde à hospitalidade de Taylor e à nossa missão. Que possamos encontrar as respostas que procuramos.

Todos brindaram.

Enquanto saboreavam a refeição, a matilha começou a discutir discretamente a estratégia para obter informações, sem levantar suspeitas de Taylor.

Mas Sam fez uma pergunta direta: 

- Taylor, como têm sido os últimos tempos em Vancouver? Alguma novidade?

Taylor respondeu enquanto corta um pedaço de carne de soja:

-  Ah, você sabe como é. As coisas estão agitadas, como sempre. Mas não sei exatamente do que se trata.

Will, entre uma garfada e outra, comentou:

- E você ouviu falar de alguma atividade estranha? Alguma coisa relacionada à Wyrm?

Taylor franziu a testa:


- Não, não ouvi nada. Por quê? Deveria estar preocupada?

Matt deu um sorriso leve:

- Não se preocupe, Taylor. Às vezes, a gente se preocupa demais com essas coisas. Queremos apenas garantir que todos estejam seguros.

Zoe tentou mudar o tom da conversa:

- Falando nisso, Taylor, você sabe algo sobre o Grande Urso Pardo? Estamos na seita deles agora, mas não sabemos muito sobre ela.

Taylor ficou pensativa:

- Bem, não sei muito sobre eles. Parece ser uma seita meio reservada. Dizem que têm alguns interesses... menos ortodoxos.

Zoe, com um olhar significativo para os outros membros da matilha:

- Interessante. Estamos tentando entender melhor essa seita e suas atividades. Para proteger a todos, é claro.

Will adotou um tom mais sério:

- A Wyrm é uma ameaça constante, e qualquer informação que possa nos ajudar a combatê-la é valiosa.

A conversa continuava ao longo do jantar, com a matilha dos Dentes-de-Leão navegando habilmente entre tópicos casuais e a busca por informações cruciais. Todos estavam atentos aos detalhes, aos gestos e às entrelinhas da conversa, buscando pistas que pudessem levar à verdade por trás da seita do Grande Urso Pardo.


OFF: @Mandhros , se quiser fazer rolagens de Percepção+Empatia para perceber o que Taylor diz, pode rolar. Também pode fazer outras perguntas se quiser.

Off: Vamos ao teste:

Percepção 3 + Empatia 0 (esse não é o forte da casa, rs):
Mandhros efetuou 3 lançamento(s) de dados (d10.) :

5 , 7 , 9

On:

Janto lentamente, mais em silêncio do que conversando, mas tentando me manter atento. Eu sabia que não era o melhor em interagir com os outros, e sabia que, naquele momento, uma palavra errada podia colocar toda a nossa demanda em risco.

Assim, apenas agradeço, brevemente, pela comida, mas evito falar com Taylor, ou mesmo olhar de forma muito direta para quem quer que seja.

Não consigo me conter, apenas, quando a parente menciona "interesses menos ortodoxos", ao que questiono:

Taylor, desculpe, mas o que você quer dizer com interesses menos ortodoxos?

Fico em silêncio, aguardando a resposta.

Tornado-de-Sangue escreveu:Taylor, desculpe, mas o que você quer dizer com interesses menos ortodoxos?

Taylor deu de ombros e pensou um pouco antes de explicar:

- Bom, eu não sei de tudo que se passa com os garous, mas normalmente se imagina que as seitas dos lobisomens repeliriam a presença de humanos nos arredores da divisa. Todas as tribos têm essa tendência avessa a ambientes urbanos, com exceção dos Andarilhos do Asfalto, é claro. Mas o pessoal do Grande Urso Pardo parece encorajar o ecoturismo ao redor da divisa, e os membros da seita se integram bem na vida urbana, talvez só um pouco menos do que os lobisomens de Vancouver. Já ouvi dizer que eles também têm muitos aliados espirituais, algo bem raro para uma seita tão perto das cidades. Mas sou só uma Parente, então não posso dizer nada com certeza...

Tornado de Sangue não tinha convivido o suficiente com humanos para distinguir bem quando eles mentiam ou diziam a verdade.  Ele não conseguia achar nenhuma falha no que Taylor dizia.

O jantar encerrou-se com um clima harmonioso, mesmo que não tão descontraído quanto antes.

Os Dentes-de-Leão se reuniram no quarto dos homens antes de irem dormir para falarem sobre a conversa com Taylor sem que a anfitriã ouvisse.

O primeiro a falar foi Will Morde-a-Wyrm, rápido e com decisão:

- Ela tem muito cheiro de cidade! Sim! Não é tão ruim quanto a sujeira, mas não tem muita coisa natural nela. Não.

Matt ponderou:

- O que ela disse combina com as informações que temos. A seita é bem próxima do mundo humano, mas seu lado espiritual é quase desconhecido para os de fora dela e também para os garous menos graduados, como nós.

Zoe comentou com um arrepio de irritação:

- Odeio esses mistérios espirituais! Ficava até feliz quando as Fúrias Negras me poupavam dessas conversas sobre o Pégasus e as Górgonas!

Sam Sangue-na-Neve disse:

- Eu não acho que a Taylor seja uma pessoa ruim. Ela cuidou da gente mesmo não gostando de que a moça verde tenha obrigado ela a isso. E ela faz uma salada bem gostosa!

Nenhum dos garous parecia ter alguma ideia sobre o que fazer a seguir. Ficaram bastante tempo em silêncio até que Zoe disse:

- Tá bom, amanhã a gente pensa nisso! Podemos tentar falar com os anciãos mesmo sem eles nos chamarem ou continuar investiganddo igual fizemos hoje. Mas agora vamos dormir! Vem, Sam!

Sam seguiu Zoe, olhando para trás para dizer:

- Boa noite, irmãos!  

A resposta dada pro Taylor à minha pergunta me sugere, fortemente, que nossa investigação deve mesmo continuar na Umbra. No mundo físico apenas a notícia de acordos dos Garou locais com a Wyrm me causava arrepios, mas não havia muito que uma matilha forasteira, sozinha e mal informada, pudesse fazer a respeito. Primeiro, era necessário entender melhor o que, realmente, acontecia no Caern do Grande Urso, e o motivo pelo qual meu sonho sugeria que o Nobre Espírito precisasse de ajuda.

Uma coisa de cada vez.

Partilhamos um jantar bastante gostoso, mas procurei permanecer em silêncio, ponderando o que fazer a seguir.

Quando finalmente a matilha voltou a se reunir, ouvi, atentamente, a todos os irmãos. Antes de nos recolhermos, pondero:

- Pelo que pude perceber, talvez haja mais respostas, ou respostas mais claras, na Umbra. Eu e Morde-a-Wyrm já exploramos brevemente, mas não foi o suficiente. Não sei o que vocês pensam, mas acho que nossa busca deve começar por lá.

Faço uma pausa, refletindo, e continuo.

Também não podemos irritar os anciões... Certos ou errados, confrontá-los agora nos atrasaria e contrariaria o propósito de Gaia.

Então, silencio. Talvez aquela fosse a primeira vez na qual, de fato, eu me comportava com um Portador da Luz Interior.

Precisamos descansar. Amanhã decidiremos, juntos, por onde continuar.

A matilha concordou com a ponderação de Tornado e decidiu que a investigação na Umbra era o próximo passo lógico. Todos sentiam a urgência de compreender melhor a situação no Caern do Grande Urso e de ajudar o Nobre Espírito, conforme indicado pelos seus sonhos.

Eles se prepararam para entrar na Umbra, reunindo tudo que pudesse auxiliá-los nessa jornada. Morde-a-Wyrm, o jovem Theurge do grupo, ofereceu orientações sobre como atravessar o véu de forma segura e eficiente, no primeiro treino para eles percorrerem atalhos como matilha unida.

Ao alcançarem a Umbra, eles notaram imediatamente uma diferença na atmosfera. As sombras dançavam de maneiras intrigantes, e os sons ecoavam de maneira sutil e misteriosa. Eles se encontraram diante da Divisa do Caern do Grande Urso na Umbra, e a visão era ligeiramente distorcida em comparação com o mundo físico. 

Conduzidos por Morde-a-Wyrm, eles exploraram a espiritualidade do local. Espíritos da natureza e ancestrais observavam a passagem deles, alguns amigáveis, outros mais desconfiados. A Divisa do Caern era fortemente resguardada por espíritos guardiões, e a seita de garous que habitava o local mantinha um rigoroso sigilo. A matilha Dentes-de-Leão antevia uma série de desafios ao iniciar suas investigações. A atmosfera ao redor da entrada do Caern estava impregnada com uma aura de mistério, enquanto os outros garous da seita estavam em algum lugar oculto, observando com desconfiança qualquer movimento fora do comum.

Conscientes das barreiras que enfrentariam, Tornado-de-Sangue e seus companheiros precisariam agir com extrema cautela para evitar atrair a atenção indesejada. As sombras densas que permeavam a área pareciam esconder segredos profundos, e o sigilo cuidadoso era imperativo para preservar a integridade de sua investigação.

A matilha Dentes-de-Leão, Samantha, Zoe, Matt, Will e Tornado, reconhecia a necessidade de ser discreta ao explorar os arredores do Caern. O grupo, determinado a desvendar os mistérios que cercavam a seita, começou a traçar estratégias para superar os desafios. O conhecimento da matilha sobre a Umbra e suas habilidades individuais seria essencial para superar os obstáculos que surgiriam durante essa perigosa empreitada. O respeito pelos protocolos da seita e a consideração pelas tradições locais seriam fundamentais para não levantar suspeitas entre os outros garous. Enquanto planejavam suas próximas ações, a matilha permanecia consciente de que cada passo dado na Umbra poderia revelar mais sobre os pactos sombrios que ameaçavam o Caern do Grande Urso.


OFF: Para se infiltrar no caern serão necessários 3 testes: Percepção+Sobrevivência dif 7,  Raciocíno+Enigmas dif 8, Destreza+Furtividade dif 9. Falha em qualquer teste terá consequências que impedirão chegar ao centro do Caern. 

Off: Vou fazer os testes primeiro, em um post isolado. Antes de rolar os dados (e como essa infiltração demanda maior furtividade e atenção) vou mudar para a forma lupina (com sucesso automático, por causa da qualidade Metamorfo. Vou sugerir que todos os demais membros da matilha façam o mesmo). Depois dos resultados e do seu feedback, eu posto a ação, de acordo com o que vier.

Percepção (3) + Sobrevivência (3) - Dif. 5 (7 base, menos 2 em razão da forma lupina):
Mandhros efetuou 6 lançamento(s) de dados (d10.) :

9 , 2 , 3 , 6 , 10 , 9

Raciocínio (3) + Enigmas (3) - Dif. 8:
Mandhros efetuou 6 lançamento(s) de dados (d10.) :

3 , 3 , 7 , 2 , 4 , 7

Destreza (3 + 2 da forma lupina) + Furtividade (3) - Dif. 9:
Mandhros efetuou 8 lançamento(s) de dados (d10.) :

7 , 6 , 8 , 10 , 10 , 9 , 5 , 3

PS.: Se você permitir, vou gastar um ponto de Força de Vontade para obter sucesso no teste de Raciocínio + Enigmas, no qual falhei. Se não for possível, não tem problema: vamos enfrentar os riscos do trabalho! =D

Mecânica:

A matilha Dentes-de-Leão dedicou-se para mais uma exploração da Divisa do Caern do Grande Urso Pardo. 

Dessa vez, unidos como uma verdadeira alcateia, o totem da matilha, Leão, andava ao lado deles quando estavam na Umbra. O theurge Morde-a-Wyrm achou melhor já começarem a jornada pela Penumbra para evitarem olhos humanos sobre eles, no que o restante da matilha concordou.

Por uma sugestão de Pé-no-Chão, eles evitaram as trilhas mais usadas e propositalmente escolheram a face mais difícil da montanha para chegar à Divisa do caern. Aquela área era tão íngreme que várias vezes o grupo se viu empreendendo uma verdadeira escalada, trepando nas pedras para se elevar a maiores alturas. Tornado estava acostumado com rigores físicos, e Matt e Will suportaram bem o esforço, mas Sam e Zoe várias vezes precisaram de ajuda para vencer a subida, mesmo em suas formas mais fortes ou ágeis como hispo, lupina ou crinos. Fazendo pausas em cada patamar seguro, eles progrediram até chegar a um terreno mais plano.

Ali começaram as dificuldades previstas com a vigilância do caern. Os guardiões da seita circulavam com grande prontidão por várias áreas, e mais de uma vez a matilha precisou ser furtiva e silenciosa para escapar e contornar os agentes de segurança da seita. Will era excelente nisso, passando pelas matas como uma sombra veloz, enquanto Matt pisava o terreno tão silencioso quanto o nome de sua tribo, orientando a matilha em táticas de infiltração militar que ele aprendera no exército. A pequena Sangue-na-Neve estava atenta e usava seu tamanho pequeno para se esconder bem nos menores lugares possíveis. Fúria-Sonora também sabia como ficar quieta e foi seguindo Matt a cada pegada. Tony era o maior e menos silencioso da matilha, mas mesmo ele não teve dificuldades em contornar as patrulhas da seita.

A matilha avançava confiante em direção à entrada da Divisa do Caern do Grande Urso Pardo, guiada pelos instintos aguçados de Pé-no-chão e Morde-a-Wyrm, os melhores naquela situação. Matt tinha tanto a sagacidade para enganar quanto o treinamento para comandar o grupo, enquanto Will, com sua conexão espiritual, sentia as energias ao redor, mantendo-se alerta para possíveis desafios místicos.

Ao chegarem à entrada do Caern, depararam-se com um guardião, um espírito antigo que protegia o Caern. Este ser místico, com olhos brilhantes e uma aura de antiguidade, com a aparência de um nativo-americano das Primeiras Nações, olhou para a matilha com avaliação.
Sua voz ecoou, carregada de mistério e desafio.

"Para atravessar esta Divisa, devem provar sua sagacidade e compreensão das tradições que regem este lugar. Resolvam os enigmas que lhes apresento"

O ar ao redor pareceu se carregar de uma energia mística.

Fúria Sonora, confiante em sua capacidade de liderança, foi a primeira a tentar decifrar as charadas, mas as palavras enigmáticas escapavam da compreensão dele. Os demais não entendiam as palavras, mas viam os lábios se mexendo com sons incompreensíveis.

Sangue-na-Neve, com seu olhar curioso, tentou analisar os enigmas de uma perspectiva filosófica, mas as respostas continuavam elusivas.

Morde-a-Wyrm, estudando os espíritos ao redor, buscava orientação, mas as respostas pareciam se esquivar dele. 

Pé-no-chão, normalmente perspicaz e astuto, estava momentaneamente sem palavras diante da complexidade dos enigmas.

A cada tentativa, o guardião observava silenciosamente, aprofundando o mistério do desafio. A frustração crescia entre os membros da matilha, pois as respostas pareciam estar além de seu alcance naquele momento.

Tornado-de-Sangue ouviu as palavras também, e assim como seus irmãos de matilha, não desvendou o segredo por trás delas. Os sons que ouvia pareciam evaporar de sua mente assim que atingiam seus ouvidos.

Após várias tentativas infrutíferas, o guardião, com um olhar de compaixão, interrompeu a matilha. 

"Vocês mostraram coragem e força, mas ainda precisam amadurecer em sabedoria. A entrada nesta Divisa será negada até que compreendam as tradições que guardamos."

Nossa jornada começava pelo mundo espiritural e, assim, a matilha foi revezando a liderança, de acordo com as necessidades de cada passagem.

Vencemos uma escalada difícil e driblamos os olhos dos espíritos e guardas do Caern até que fomos interpelados por um guardião. O espírito honorável e antigo propôs, como último desafio, a solução de enigmas que, todavia, não compreendemos. Estávamos tão perto!!

"Vocês mostraram coragem e força, mas ainda precisam amadurecer em sabedoria. A entrada nesta Divisa será negada até que compreendam as tradições que guardamos."

Sento no chão, diante do Guardião, enquanto medito sobre as questões que não consegui entender.

Depois de pouco mais de um minuto, ergo a cabeça, propondo eu mesmo uma questão:

- Nobre Guardião, não nego a justiça de sua prova, tampouco nossa necessidade de buscar maior iluminação. Acontece que, assim como você, somos todos Guardiões de Gaia e de toda a vida que brota de seu ventre.

Repiro fundo, como que procurando as palavras, e então continuo:

- Estamos aqui por uma razão. Arriscamos nossas vidas vindo até aqui por um motivo. Em sonhos, Gaia me mostrou que Urso está em dificuldades. Precisamos entender porque ele sofre para descobrir como aplacar este sofrimento.

Faço mais uma pausa, olhando, confiante e desafiador, para o Espírito.

- Neste momento, impedir que prossigamos pode ser ferir de morte uma das queridas criaturas de Gaia. Falo com coração e verdade, e falo para um irmão: permita, por favor, que tentemos de novo, ou ao menos nos indique como podemos compreender melhor as tradições e ter a entrada permitida. É tudo o que pedimos, respeitosamente.

Talvez eu não fosse o mais adequado a fazer aquele tipo de apelo, mas eu não tinha a intenção de ser bem sucedido sozinho. Olho para o lado, diretamente para Fúria-Sonora, indicando que a nossa voz também deveria falar por nós, naquele momento.

Off: Vou fazer aquela carinha do Gato de Botas e tentar comover o espírito guardião. Se eu não conseguir, a Fúria consegue!

Zoe percebeu o olhar de Tornado, mas ela estava muito fora do elemento dela para fazer qualquer coisa. Ela já dissera que não gostava de lidar com os espíritos, e aquela situação a tinha levado ao limite.

Will também falou algo em apoio a Tony, em palavras de algum idioma que o métis não conhecia.

Mas o guardião não se comoveu:

- Eu conheço Urso, jovem métis. Todo esse caern e essa seita são dedicados a ele. Se quer entender algo, procure seus anciãos e peça para ser ensinado. Vocês não podem passar agora.

A resposta do guardião fora definitiva. Não passaríamos dali, ao menos não daquela maneira.

Poderíamos engajar em combate com o espírito antigo e, embora, juntos, tivéssemos a chance de vencer, isso não seria o correto aos olhos de Gaia. Ele era um defensor, como nós, e era um honrado cumpridor de seu dever.

Precisávamos pensar em algo... Já estávamos tão longe... Devia haver alguma maneira de contornar a negativa do espírito de forma pacífica.

Recuo da minha posição de fala, respeitoso, e me reuno com os demais Dentes. A eles, falo, com voz determinada e olhar brilhante:

- Já viemos até aqui. O espírito-guardião pode não nos conceder a entrada, mas certamente deve haver outros caminhos, outras possibilidades. Alguém tem alguma ideia?

Faço uma pausa, breve, e então continuo.

- Podemos tentar encontrar outra passagem... Ou voltar para fora da Umbra e buscar o favor dos anciãos... A seita precisa de ajuda, mas antes de tudo, precisa entender que precisa de ajuda! Maldição... Se alguém tiver alguma ideia, é uma boa hora para falar.

Certa vez, Testemunha-das-Estrelas dissera que o bom líder não tem uma, mas muitas vozes. Se, naquele momento, os Dentes-de-Leão me seguiam, eu queria a voz de cada um deles antes de determinar o próximo passo. Se aquele fosse mesmo um beco sem saída, necessitávamos encontrar outro rumo. E faríamos isso juntos.

Os Dentes-de-Leão se entreolharam e um longo momento de silêncio se passou incomodamente entre eles.

Foi Zoe quem falou primeiro:

-  Qualquer coisa que envolver sair da Umbra, eu sou a favor. Estou perdida aqui...

Will considerou pensativamente:

 - Os espíritos não estão ao nosso lado aqui. Não. Não será fácil convencer nenhum deles a nos ajudar. Não.

Sam tentou raciocinar sobre o que Tony disse:

- Se a seita precisa saber que precisa de ajuda, não seria melhor nós dizermos isso para eles?

Matt acenou positivamente com a cabeça e se levantou:

- Sam tem razão! Essa incursão pela Umbra não deu certo, então temos que voltar. E se vamos voltar, podemos muito bem falar com os garous da seita. Não necessariamente com os anciãos, mas podemos procurar algum que seja mais confiável... 

Zoe se animou:

- Já sei! E se a genta falar com a Donna? Vocês sabem, a Coração Verde! O papel dela é cuidar da divisa do caern, então ela deve ficar interessada em qualquer coisa que afete o caern, não acham?

Todos pareceram gostar da ideia e se levantaram. 

Se Tornado-de-Sangue quisesse se opor, aquele seria o momento.

As ponderações dos Dentes-de-Leão eram, todas, muito pertinentes.

Apesar de todo o esforço, era verdade que a incursão pela Umbra tinha sido um belíssimo fiasco. Tínhamos chegado tão perto!

Agora, de qualquer maneira, não importava mais. Uma porta fechada continuava sendo uma porta fechada, e simplesmente arrombá-la não contribuiria para nossa missão, para a rotina do caern, para Urso ou para Gaia.

Vocês têm razão. É prudente voltarmos. E certamente Coração-Verde parece ser um bom ponto de partida. Vamos sair da Umbra e procurar por ela. Zoe, de todos nós, você fala melhor. Faria as honras com Donna?

E assim, frustrado, mas ainda confiante, sigo a liderança de Will para fora da Umbra.

Vocês têm razão. É prudente voltarmos. E certamente Coração-Verde parece ser um bom ponto de partida. Vamos sair da Umbra e procurar por ela. Zoe, de todos nós, você fala melhor. Faria as honras com Donna?

Zoe acenou afirmativamente, contente e ansiosa para sair da Umbra.

Will guiou a matilha para percorrer atalhos de volta ao mundo físico, e os Dentes-de-Leão apareceram num trecho de floresta parecido com a paisagem umbral em que estavam, mas sem nenhum traço sobrenatural.

Fúria Sonora então entoou um uivo de saudação, identificando a matilha e pedindo acesso à Divisa.

Outro uivo ecoou, dando boas vindas à matilha mas orientando-os a ficarem onde estavam .

Depois de vários minutos de espera, Donna Coração Verde chegou até eles, correndo na forma lupina, mas rapidamente mudou de volta para a forma hominídea.

- Olá, vocês queriam falar comigo?

Zoe se adiantou e explicou tudo, desde o sonho de Tornado de Sangue até o motivo da vinda deles à seita, excluindo apenas suas tentativas desastradas de penetrar pela Umbra clandestinamente.

Donna ouviu tudo com atenção, ponderando.


OFF: Faça um teste de Carisma 4 + Lábia 3 pela Zoe para verificar se ela conseguiu convencer Donna a ajudá-la ou não.