Os Ventos do Inverno - OFF

@Xafic Zahi  @El Cabron e  @Van Bash



Para mim, o jogo é exatamente isso. Tem essas nuances; o Callahan foi criado pelo casal que jogou aqui, então, pelo que entendi, eles haviam amarrado esse entrosamento dos personagens no jogo. Mas o que ela está dizendo ali é que o cara pertence a ela no sentido de amizade e lealdade, e ela não vai deixá-lo com os Solares. Sobre as informações de hierarquia, sinceramente, para mim, no momento atual, estamos nos afastando no jogo, como em uma mesa presencial que às vezes forma núcleos de ação.

Como disse antes, o Arn está certo, está seguindo aquilo que ele acredita ser o correto e funcional. O personagem poderia ter ido atrás do Meistre, pelo menos, mas ficou mandando recados, e para minha personagem, parece que ele se aliou aos nortenhos. Isso é a personagem dentro do jogo; o Arn usa o estandarte dos Dayne, ali mostra a submissão dos Dayne ao se aliarem com uma casa do norte. Para a Yesse é isso, enquanto o Cornell oferecia um caminho para sair da submissão a Tombastela. Porém, em nenhum momento, a personagem disse que confiava cegamente nele, e na verdade, nenhum dos três personagens disse isso.

Outra coisa, o velho dos gatos está sendo espertíssimo. Gostei do que li na conversa entre Asdulfor e Arn; acho que é bem algo que se espera em GoT. Quanto à questão do empréstimo, é um tanto faz para mim, porque, independentemente da carta, o pai da Yesse já havia respondido à carta do Meistre sobre isso e concordado com a questão, até porque a filha dele não tomará decisões sem consultar o velho.

Sobre o Estrela Negra, esse NPC não é flor que se cheire; se você ler um pouco mais a fundo, verá que mesmo que o Arn tenha sucesso em levar essa "aliança entre Dayne e Felinight" à discussão diante do Lorde da casa, o Gerold vai empacar, porque, assim como a Yesse, ele não suporta os simpatizantes do Usurpador. Porém, na minha concepção, ele é bem mais astuto que a meia-irmã. Claro que tudo isso aqui é um assunto de off, ou seja, não é metagame. Gosto que cada personagem ganhe sua personalidade, faça escolhas e tenha consequências. RPG é isso, e estamos jogando GoT. Quem sabe isso não renda uma guerra diplomática entre "areia e neve"?

A Yesse é geniosa, orgulhosa e não gosta de se submeter a ninguém, mas não é boba a ponto de acreditar em qualquer promessa de aliança ou ajuda sem averiguar quem são as pessoas. Tanto que comentei com os meninos que a gente deveria buscar informações sobre o Cornell. Claro que ele tem esse passado péssimo com a família dele, mas se ele puder oferecer algo vantajoso que torne possível à Casa Dayne ter autonomia de ação, quem sabe seja algo a levar em conta. Por isso, a carta do Arn é um "tanto faz"; ela só confirma que ele pensa que a Yesse é uma criança. Se chegarmos a ter uma conversa sobre isso na volta a AE, a gente descobre em ON o que vai dar.

Aproveitei e fui pescar a conversa que gerou o atrito. A personagem questiona, ou melhor, afirma que o Solares é virgem. Tentei pensar por que isso é um atentado à honra do cara? Aí, como gosto de tudo muito explicadinho, fui atrás do significado: desonrar verbo 1. prejudicar(-se) comprometendo a honra, a reputação; deslustrar(-se), desacreditar(-se), desonestar(-se). "são atos que o desonram" 2. fazer perder ou perder (uma mulher solteira) a honra, a castidade; desvirginar(-se), deflorar(-se). A pergunta da Yesse compromete o Solares? Detona sua reputação? Ofende sua castidade? Desacredita ele diante de alguém? Só se o Meistre e o Torentine ficarem de fofoca, coisa que os personagens não fizeram até agora. Se o Arn soltar isso de desonra, vai render uma cena linda e desdenhosa, porque, se a gente começar a ler o jogo, veremos que a personagem nunca foi língua doce ou delicadinha. Ela quer usar as damas como armadilha do capeta, meu caro? Como diria Cersei, lágrimas não são as únicas armas de uma mulher. A melhor arma está entre as pernas. Aprenda a usá-la. Porém, acabou que as meninas não foram usadas assim, e eu até prefiro, porque estou pegando apego às NPCs.

Então, como a Yesse ia usar umas damas virgens para ficar de papo com os caras? Não tinha como. Apesar de ser Dornesa, ela sabe que, para arrumar um bom casamento, uma dama tem que ser "pura". Quando o narrador assumiu a Yesse após a saída da jogadora, ele teve essa sacada de fazer das meninas uma coisa meio "cortesã espiã". Essa ideia pretendo aproveitar mais adiante. Enfim, o print é mais para a gente marcar como começou o atrito entre os personagens e também entender um tantinho da posição deles em ON. Tenho adorado jogar com vocês; a Briana é meu xodozinho, porque é delicadinha, purinha e um pouco ingênua, mas a Yesse eu vejo potencial para amadurecer, aprender mais coisinhas e ser uma personagem forte com os artifícios que ela pode usar em prol da casa e do povo.


Volto a dizer, não é metagame, e não curto fazer isso. É mais uma conversa que a gente teria se fosse um jogo presencial. Sempre fui de conversar com meus amigos de mesa antes das sessões de jogo, e a gente só articulava aquilo que era coeso. Às vezes, até pela empolgação, exagerávamos, mas depois tínhamos bom senso de separar o que o personagem sabe e o que a gente sabia em OFF. Assim como sempre separávamos coisas como "Fulano vai seduzir Beltrano" ou "Fulano planeja o assassinato de Beltrano" ou até mesmo "Fulano perdeu o personagem porque faz parte do jogo" ou "porque foi abestalhado", e nem sempre o narrador vai aliviar. São questões de ON e não significam que, em OFF, a pessoa desgoste do outro, queira transar com o outro, ou coisas do tipo. É apenas um jogo de RPG onde vivemos uma realidade fictícia que nem sempre vai terminar linda com flores e fadas cantando HAHA. Enfim, é isso.