On Game: Dias Indesejáveis de um Futuro Ferido

Marreta parecia compreender um pouco mais. Porém, muita coisa estava ainda escondida em névoas. Tudo parecia um plano grande demais. Um plano que ele não conseguia muito bem acompanhar ainda.

... E tudo que ele queria era ser um membro do Panteão. Deveria ser mais do que eles. Conseguiria ser mais do que eles.

- Entendi.

Marreta deu um meio sorriso.

- Nabu, agradeço sua ajuda. Não contarei à Dora. Não se preocupe.

Marreta sente a energia emanar para sua cabeça. Parecia que agora teria maior controle sobre a troca com Oliver, ou a garota teria. pelo menos, sua comunicação poderia ser mais simples.

-Nabu, conseguiremos nos falar de novo, caso eu precise de você?

Marreta esperou a resposta. Viu, aos poucos, Tiamat sumir. Sentia que sua consciência estava voltando.

Antes de acordar, sorriu de Adam, o tal Minder, achar que sua realidade era uma "quebra". mal sabia ele o que o aguardava... Aquilo era muito real e...

Marreta abriu os olhos lentamente. ele ouviu Dora falar:

- Panquecas? Adoro. - não adiantava ficar bravo atrás de sentido. Ele logo chegaria. E estava com fome.

Disse um pouco sonolento. Permaneceu deitado:

- Por quanto tempo eu dormi?

Olhou Dora de relance. Aquele corpo de elfa seria o corpo da ladra que invadiu a mansão de Dora? Queria saber, mas... Como iria perguntar?

- Dora, você comentou que Oliver é sua neta e sobre os Yith e a raça descendente de Nyrlathotep... Qual deles é você? Você conhece Nyarlathotep?

Marreta bocejou:

- Você disse, disse, mas não me disse por que precisa de mim para chegar a Oliver. Você não... Pode falar diretamente com ela?

Marreta pegou um grande pedaço de panquecas e mastigou com gosto. Deixou um leve sorriso escapar e ergueu as sobrancelhas:

-Eshtão delishioshas! - disse enquanto terminava de mastigar.

Ela parou de comer e prestou atenção em Dora. Ela desviou os olhos da jovem elfa e olhou para seu prato de comida:

-.... Você fala como se gostasse muito dela. Por que você mesmo não a salva? Está também no tempo dela, não?

Marreta suspirou e encostou-se no travesseiro, apoiando suas costas na cabeceira da cama.

- Ele me disse que só minha "família" conseguiria usar este poder. Eu imaginei que eu seria até mesmo um Yith, ou algo parecido, mas então é só engenharia genética. Que palhaçada.

Deu um sorriso cansado enquanto mordia outro pedaço.

- Ele disse que está atrás de um tal Lionel. Sabe quem é? Eu sei que ele só quer me usar, mas... A proposta foi tentadora. E parece que houve uma máscara.... - jogava as informações para ver o que Dora dizia.

Calou-se ao ouvir sobre a barreira. Lembrou-se de Nabu.

- Dora, como você está aqui e ao mesmo tempo, com Oliver? Você também fez essa engenharia genética ou é de outra maneira?

E fez uma careta triste ao ouvir sobre a morte de Oliver:

- Como ela morreu?

Marreta mexeu apenas seus olhos, parado na cama com o garfo em uma mão. Pensava no que Dora dizia.

- Então de fato, há Yith em mim. Em Oliver também. Ela é minha descendente. Foi aquele doido do Randall ou sei lá o nome dele que disse isso.


Ela olhou Dora.

-Isso nos faz parentes. Não faz?

Marreta estreitou os olhos:

- Mas, você não é a avó dela? Eu vi algo assim. Nas memórias dela.

E tentava acompanhar a história:

-Humanos viraram elfos? Eu achei que... - ele riu e deu um meio sorriso bobo. - Que você tivesse roubado esse corpo.

Depois, olhou para os olhos de Dora:

- Você roubo? Viajando através de mentes e tempos?

Marreta suspirou e comeu seu último pedaço de panqueca enquanto digeria a comida e tudo que Dora contava. Sentiu pena da mulher.

-Hmmm... Posso falar com ela?

Marreta pensou na possibilidade. Enquanto pensava, ouvia Dora contar sobre Oliver. Ele olhava com empatia pra a jovem elfa. Tinha o olhar sobre o rosto triste de Dora. Não era fácil perder alguém. Não deveria ser fácil viver em tantas épocas e não poder fazer nada.

- Dora... - lembrou-se que encontrou Oliver em um cemitério. Estava enterrando quem?

Ele pousou o garfo no prato e o colocou na pequena cômoda ao lado. Pegou a mão da elfa com uma mão e a cobriu com a outra.

- Prometo que vou tentar salvar Oliver. Não sei bem como vou fazer isso, mas se eu estou ligado a ela, eu vou fazer o possível para tirá-la de situações perigosas. Se ela quiser, vou ajudá-la nessa vingança tola, como você diz.

Marreta sorriu.

- Quem sou pra dizer que vinganças são tolas. Eu queria dar o troco em muita gente!

Marreta limpou a garganta.

-O que eu quero dizer é: vou me concentrar e tentar falar com ela. Ela me ajuda e eu ajudo ela e a você.

Soltou a mão de Dora e encostou-se de novo na cama.

- Se puder me ajudar a controlar esses poderes, eu ajudo Oliver. Conseguimos o que queremos e eu ainda negocio com nosso amigo Randall. Que acha?

Dito isso, Marreta suspirou e colocou as mãos atrás da nuca.

- Vamos ver se consigo alcançar a Pirralhinha.

Mareta fechou os olhos e concentrou-se em Oliver. Tentou chamar por ela em seus pensamentos, concentrando-se no que lembrava do rosto de Oliver.

"Oliver?"

Marreta ouvia atentamente Dora:

- Eu vou defender a Oliver e não vou deixar ela se ferir. Não se preocupe.

Não sabia se poderia fazer Oliver desistir da vingança. Nãos e meteria nisso. Porém, a promessa de proteger a menina era verdadeira. Apesar de não conhecer Oliver de fato, agora que estava ligado a ela tinha um carinho fraternal por ela. Talvez fosse por terem agora essa profunda ligação que Marreta não sabia explicar ainda o que era.

Ele ouvia Dora avisar sobre os limites dos poderes e sobre seus perigos, mas aos poucos, sua voz foi sumindo. marreta via um jovem pelos olhos de Oliver. Sentiu que ela se incomodou quando ouviu a voz de Dylan. Ele ficou calmo tentando passar a calmaria à menina.

"Eu também te conheço. E você sabe o que nos liga. Desculpa aparecer no meio do seu... Encontro?"

Dylan riu, debochado. continuou:

"Sim, Nyar está nos usando. Ele quer informação e muito mais coisa. Vou começar pela informação: Quer saber sobre um tal de Lionel Schreck. Já ouviu esse nome?"

E ele olhou Dora quando ela comentou da elfa:

"Você nem imagina, mas isso é papo pra outra hora."

Marreta suspirou:

" E sim, você sabe o que podemos fazer. Eu e você sabemos. Me chame quando precisar. Você vai precisar, se for seguir com o que pretende."

Marreta olhou para Dora, agora falando com ela:

- Consegui falar com Oliver. Estamos... Conectados!

Dora ao ouvir que Marreta estava conectado comentou.
—Isso é bom, Dylan... Isso significa que vão trocar de lugar e com isso ela poderá ...

Mas antes que pudesse falar tudo começava a ficar embaçado, Marreta estava diante do jovem com quem Oliver se chamava Lex , um apelido de Alexander.

Quando foi para Oliver o nome perguntado de Lionel Schreck, ele lê na mente dela que agora pouco enquanto ela pesquisava sobre dois professores de arqueologia e o Cálice de Cristo havia aparecido nas primeiras páginas do X, antigo twitter, uma machete dizendo que ele teria sido morto recentemente por herói conhecido como "Cabeça de Lata"... Schreck estava negociando com grevistas em sua fábrica e foi atacado pelo andróide Adam, acusado da greve ser uma farsa para auxiliar no caos que gerou a paralização da cidade de National City.

Ele vê que Oliver se lembra diante do túmulo de um menino apelidado do Pirralho que um ladrão de carros e lutador chamado Claude disse que não matou Harman e sim um robô dos Sete que inclusive criou imagens holográficas de como Claude o matou.

Isso pouco depois da elfa Dora desaparecer e ele ficar diante do rapaz e de uma mesa que não tem espaço para ele...

Lex dá um salto da mesa assustado, derrubando café no chão.

—Quem é você?! Onde esta Oliver?

Marreta percebe que Dora estava sumindo e os pensamentos de Oliver chegavam como água escapando de uma represa em sua mente.

- Ops... Dora, acho que já vamos...

Vê sobre os professores, Lionel e até mesmo sobre o estranho ladrão que ele encontrou no cemitério. Lembrava-se dele. Ele havia apontado uma arma para ele. marreta fez uma careta, mas prestou atenção sobre o robô.

Os professores queriam o Graal. Um robô que assassinou Lionel pode ter assassinado o tal Harman. A vida da pequena Oliver não parecia muito monótona.

-... Trocar.

Quando Marreta termina sua fala para Dora e abre seus olhos, estava sentado diante do rapaz que havia visto antes com Oliver.

Enquanto Lex levantava assustado, Marreta olhou para um lado e depois para o outro. Ele deu um grande sorriso por perceber que estava no tempo de Oliver! Estava em Nova York!

Ele olhou para fora e viu o tempo aberto e lindo. Sem juízes e sem -muito- lixo e telões.

- Alexander..

Ele disse dando um meio sorriso. Olhou a mesa e viu que havia um pedaço da torta de maçã. Ele pegou e comeu sem cerimônias.

- Oliver está bem. Ela foi... Enviada para um lugar seguro. Agora sou eu e você.

Falava de boca meio cheio, ainda com um meio sorriso que algumas pessoas considerariam ameaçador:

- E eu queria saber sobre Lionel Scherk. E máscaras.

Deu os ombros e apontou para a cadeira.

- Sei que é difícil confiar em alguém que apareceu na sua frente, mas pode sentar. Só quero conversar. E logo a pirralhinha deve voltar.

"Eu acho"

Sorriu.

Dylan deu uma leve gargalhada e assim que parou de rir, olhou Lex de cima abaixo, curioso. Ele encostou-se na cadeira e disse:

- O nome é Marreta.

Depois de dizer, ele teve uma estranha sensação de uma coceira no cérebro. Ela viu relapsos de Oliver dizendo a mesma coisa à Claude, em um quarto em algum lugar. Marreta fechou os olhos e os abriu de novo.

- Ufa! Que coisa!! Acho que Nabu não fez um bom trabalho.

Marreta então olhou Lex. Olhou o jovem e depois, olhou o garfo na mão dele. Depois olhou de novo para o rapaz.

- Eita, por que todo mundo adora apontar armas pra mim?

Dylan riu.

- Garfos podem ser, se souber usar.

Ele deu os ombros. Viu as pessoas correndo para fora e aquilo o deixou chateado. Era só uma mesinha quebrada.

- Cacete.

Dylan ergueu-se. Era um homem grande. Ele olhou Alexander e ergueu as mãos em sinal de paz.

- Eu já disse, sou Marreta. Eu sou uma... Viajante, por assim dizer. Estou aqui porque...

"Porque trocamos" ele pensou. Mas não queria revelar isso ao rapaz. Não sabia quem ele era.

- Porque preciso de informações sobre o que eu te disse! Lionel e máscaras!

Marreta saiu de onde estava e deu alguns passos na direção de Lex, mas parou em uma distância segura:

- Calma, garoto. Vamos sair daqui porque está uma confusão danada. Você é repórter, não é? Estagiário... Mas pode me ajudar.

Marreta não sabia até onde Lex conhecia Oliver, mas decidiu usar a cartada:

- Se quiser ajudar a própria Oliver, virá comigo.

Marreta fez uma careta para Lex. Como se estivesse pensando no que ele disse:

- Meta-humanos?

Marreta parou para pensar um pouco enquanto o caos se instaurava na cafeteria. Ele levou uma das mãos até o queixo.

- Sei lá, acho que... Não? De onde eu venho, eu sou humano normal. Eu acho.

Marreta ergueu as sobrancelhas e fechou os olhos em uma longa piscadela, dando um meio sorriso como se tivesse considerado o assunto encerrado.

Marreta conduzia Lex para fora da cafeteria. Tentava se misturar aos demais e saía do local olhando ao redor.

- Morto? Mas que merda! Morto pela porra do robô, não é? - fez uma careta irritada.

Marreta deu um meio sorriso cheio de si ao ouvir sobre o tal Lobo do Mar:

- Ele teria muita sorte de ser meu parente. - passou a mão pelo rosto, metido. - mas não, não sei quem é esse cara.

Marreta ergueu seus olhos para o céu e esticou os braços, feliz:

- Beeem melhor do que em casa!!!

Depois, ele continuou falando:

- E sobre máscaras? Sabe alguma coisa sobre isso? Havia uma máscara na posse de Lionel.

E depois, Marreta arqueou uma sobrancelha e deu um leve sorriso sacana. Cutucou o braço de Lex com o cotovelo:

- Posso afirmar que se está aqui, quer ajudar a pirralhinha, né?

A cotovelada doeu em Lex aparentemente que acariciou o local pouco depois

—Eu sei lá quem é a pirralha... Eu a vi hoje pela primeira vez... Se fala da garota que estava aqui agora pouco. E sei menos ainda sobre máscaras, mas Lionel era um homem bem misterioso e tinha interesses em ocultismo.

Lex olhou ao redor tentando entender a condição naquele lugar.
—Me explique, do que esta fugindo ? Eu tenho de ir pra casa... se não se importar escrever o texto do que aconteceu aqui para redação e a minha chefe repórter levar a fama. Se tem alguma coisa a dizer sobre a tal garota e o que você tem haver com ela, fale logo...não posso perder tempo...

Falava completamente confuso sobre o que estava havendo.[/justify]

Marreta revirou os olhos e abriu a boca em sinal de tédio. Encarou Lex do alto, devido à diferença de altura. Marreta era, realmente, muito grande.

- Você é sem graça, hein. Sim, é a Oliver.

Marreta olhava Lex com uma sobrancelha levantada.

- Achei que fosse repórter. - disse diante da decepção do rapaz não saber nada.

- A Máscara era um objeto ocultista de Lionel. Algo muito poderoso, que ele ganhou de... Alguém mais poderoso. - Marreta falou aquilo para ver se mantinha o interesse de Lex.

Marreta lembrava-se do que Regina falou sobre Lionel: Seria mesmo, na verdade, Max?

Enquanto pensava, olhava o céu azul e tentava descobrir quando que aquele mundo que parecia tão belo virou o mundo em que ele vivia.

- Diz aí, Alexander. Tem alguma coisa na Lua?

Suspirou e ouvia Lex reclamar:

- Fugindo? Só não gosto de ficar dentro de uma cafeteria com gente correndo pra lá e pra cá só porque apareci. Eu nem sou feio! Pra que tudo isso?

E Marreta bufou. Porém, havia algo engraçado na maneira como ele fazia isso:

- Afe, que mané escrever pra sua chefe ganhar a fama, xará. Que tal fazer uma investigação a fundo? De verdade? Me escuta, garoto. Lionel. Máscara. Vamos descobrir algo sobre ele. Gente que só obedece não faz história.

Marreta parou de andar e encarou Lex:

- O que eu e ela estamos procurando é algo bem maior. Algo que envolve o roubo que você viu, Lionel e os Sete.

Marreta riu do nome do grupo. Sete? Tinha que parar nesse número?

- Para de ficar só nessa superfície e mergulha de vez no mistério.

Disse, erguendo e baixando os ombros.

Alexander sorriu.

—Parece uma boa, grandão... Mas isso é estranho... Você fala de uma máscara? Acho que podemos descobrir justamente com o pessoal da redação do jornal para mergulhar nesse tal mistério... Eu não tenho outra fonte de informação ainda, sou estagiário! Agora me diga o maior mistério que eu não entendo! Quanto à Oliver, o que houve com a garota? Quem é aquela gata?

Marreta sorriu quando Alexander concordou com ele:

- Agora estamos falando a mesma língua!

Achou engraçado dizer aquilo. Há pouco tempo, não conseguia entender o inglês. Desde que lera aquela carta que Nyar lhe deu, entendia como se fosse sua língua pátria. Ser descendente ou qualquer coisa dos Yith era mesmo bem legal!

- Sim, máscara. Lionel tinha um objeto ocultista poderoso: uma máscara. Não sei o que ela faz, mas é importante.

Marreta pensou se Lionel não fora assassinado justamente por causa dela...

Parando para compra rum cachorro quente, Marreta ergueu as sobrancelhas quando ouviu Lex:

- Que fofo. Estagiário. Quantos anos você tem? - reparou no menino. Ele era jovem. E já trabalhava.

E é claro, deu um meio sorriso e deixou uma risadinha escapar quando ele mencionou Oliver:

- Ah, que gracinha!

Marreta ficou calado, fazendo mistério:

- Da próxima vez que a ver, você pode perguntar a ela.

Deu mais uma mordida no lanche:

- Ela voltará, eu prometo. Ela está segura. Em outro lugar. Eu te conto quando descobrirmos algumas coisas da máscara e você ser confiável!

Dizia com um sorriso sacana no rosto enquanto batia a mão amigavelmente no ombro de Lex.

- Vamos pro seu jornal?

Marreta revirou os olhos quando ouviu Lex repetir os adjetivos:

- Calam, chapa. Eu tava só zoando você. Irônico, sabe? - as pessoas no futuro e no passado pareciam ter dificuldade em acompanhar suas piadas. Talvez tivesse um senso de humor péssimo. Sim, deveria ser isso.

Marreta riu um pouco, encrenqueiro, quando Lex se afastou. Achou engraçado em como aquele moleque queria ver Oliver de novo. Adolescentes...

"Parece que alguém quer te ver." Pensou, falando com Oliver.

- Presente de quem? Sabe dizer? - Ele sabia a resposta, mas... Queria saber o que Lex sabia.

E Marreta suspirou ao perceber que Lex não sabia muita coisa. Nesse momento, Marreta ouvia também as respostas de Claude para Oliver. Ele ficou um pouco mais sério. Sem falar para Lex o que ouvia, ele disse:

- Vamos na redação dar uma pesquisada.

Marreta ficou pensando se não seria estranho aparecer do nada com Lex na redação, mas... Isso não era problema dele. Precisava encontrar essa maldita máscara. Antes que entrassem no prédio, ele parou e encarou o rapaz:

- Vamos combinar uma historinha: eu sou um professor universitário. Quero saber da máscara. Qual faculdade existe nessa época? Uma bem longe, de preferência.

Depois de combinar com Lex, eles andam na direção do prédio.


Marreta entrou no prédio e olhou para os lados, discretamente, prestando atenção nas entradas e saídas. Reparou, claro, que as pessoas o olhavam com curiosidade e até mesmo alguma desconfiança. Chamava a atenção por suas roupas e por seu jeito, além do tamanho. Ele deu um leve sorrisinho, contente com a atenção que recebia.

- Bom dia. - cumprimentou uma das funcionárias do prédio com seu melhor sorriso.

Entrou no elevador e, irritado, esperou até chegarem ao 13º andar. Estava irritado porque acabara por ficar ao fundo do elevador, espremido pelas outras pessoas. Bem, pelo menos, ele era mais alto que maioria.

Chegou à redação e enquanto as pessoas o encaravam, ele apenas dava um sorriso simpático e as cumprimentava de forma educada e até mesmo calorosa. Marreta parecia não ligar muito em ser uma peça destoante no local.

- Credo!

Fala quando ouve o homem gritar! E fica mais espantado ainda com o pobre Lex que saiu apressadamente até a sala. Marreta fez discretamente que não com a cabeça e seguiu o menino rapidamente.



Marreta estreita os olhos diante do homem. Ele olhou Lex e depois olhou o homem de novo. Achou ele engraçado. E o que seria Kiss?

Deu mais um meio sorriso e o manteve enquanto respondia:

- A culpa do rapaz chegar atrasado é minha, senhor. Não grite com ele. Eu estou trabalhando para um artigo sobre uma máscara e o jovem comentou algo sobre isso. Eu pedi pra ele me trazer aqui porque preciso de material para a pesquisa.

Marreta ficou pensando se o homem acreditaria nisso:

- Mas é claro, posso ajudar com algumas matérias também. Estou disposto a ajudar Alexander com a matéria sobre o mascarado e... Talvez outras!

Calou-se, esperando o homem responder.