Primórdio: Ato 1, Guerra no Continente Azul (D&D 5.0; 5 vagas, 3 disponíveis)
- Drakon_Drakonis
Neófito - Mensagens : 33
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segundo post online. Se estiverem com problemas pra ler na cor da fonte que usei me avisem pra trocar
- Nightingale
Troubleshooter - Mensagens : 858
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Galera, perdão a demora, essa semana foi bem corrida. Ainda está sendo.
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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Ta tranquilo, Nightingale! Vamos seguindo aqui!
- gaijin386
Antediluviano - Mensagens : 3800
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Remover doenças (Por imposição de mãos) cura ataque cardiaco?
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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gaijin386 escreveu:Remover doenças (Por imposição de mãos) cura ataque cardiaco?
Então, para efeitos de jogo, vou considerar o ataque cardíaco como um "dano ao coração" ao invés de uma "doença". Neste sentido, curar 20 PV do taverneiro resolverá o problema. Menos que isso vai estabilizar, mas ele vai precisar de repouso e cura até perfazer os 20 PV.
Ah, sim! Gente, fiquem à vontade para interagir uns com os outros o quanto quiserem! Vai ser legal ver o grupo se entrosando no meio de um "plantão médico".
- gaijin386
Antediluviano - Mensagens : 3800
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Bem eu tinha 35 pontos de Imposição de Mãos e usei tanto no Kroc quanto na criança, mas não havia especificado a quantidade presumo que 5 pontos em cada um bastaria para questão do frio?
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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@gaijin386, você usou 10 em cada um. Te restam 15 da cura pelas mãos. Eu deixei instruções mais detalhadas no post que acabei de fazer em on.
- Drakon_Drakonis
Neófito - Mensagens : 33
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Se os dedos não forem o erro da imagem como o John mencionou.
Certamente é o pint de vidro branco moderno ao invés de um caneco de madeira, cerâmica ou outro material medieval.
Não que 100x ajude mt no lvl 7. Mas bora brincar
Certamente é o pint de vidro branco moderno ao invés de um caneco de madeira, cerâmica ou outro material medieval.
Não que 100x ajude mt no lvl 7. Mas bora brincar
- Sandinus
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 12601
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Acho que um tópico de magias preparadas seria bom para melhor controle.
seguem as magias preparadas pela bavalkhia:
Clérigo:
Truques: Chama Sagrada, Resistência e Virtude
Nivel 1: Curar ferimentos, Benção, Palavra da Cura. (Nuvem de Nevoeiro e Thunderwave) Domínio
Nivel 2:Oração da Cura, Arma espiritual, Restauração Menor. (Rajada de Vento e Estilhaçar) Domínio.
Mago:
Truques: Luz, Mensagem, Trovão e Queimadura Por Frio.
Nivel 1: Mísseis Mágicos, Graxa e Pessoa Encantadora
Nivel 2: Borrão, Chicote Mental de Tasha, Detectar Pensamento e Aperto Terrestre de Maximiliano.
seguem as magias preparadas pela bavalkhia:
Clérigo:
Truques: Chama Sagrada, Resistência e Virtude
Nivel 1: Curar ferimentos, Benção, Palavra da Cura. (Nuvem de Nevoeiro e Thunderwave) Domínio
Nivel 2:
Mago:
Truques: Luz, Mensagem, Trovão e Queimadura Por Frio.
Nivel 1: Mísseis Mágicos, Graxa e Pessoa Encantadora
Nivel 2: Borrão, Chicote Mental de Tasha, Detectar Pensamento e Aperto Terrestre de Maximiliano.
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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@Sandinus, achei boa a sua sugestão. Vou criar o tópico!
@Drakon_Drakonis, a intenção era brincar mesmo. E sim, eram os dedos do taverneiro. =D
@Drakon_Drakonis, a intenção era brincar mesmo. E sim, eram os dedos do taverneiro. =D
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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Gente, eu atualizei as descrições dos deuses na parte dos mitos e lendas, inclusive inserindo imagens que representam cada divindade. Espero que gostem!
- Sandinus
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 12601
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As imagens ficaram muito boas! Mercius ficou incrível!
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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Eu fiz todos com capricho, mas os prompts do Mercius e da Crisalis foram, de longe, os mais difíceis de fazer. Fiquei feliz quando vi que a IA conseguiu capturar as ideias que eu queria passar. Na verdade, especialmente em relação ao Mercius, ficou mais bonito do que como eu o imaginava, inclusive.
- Sandinus
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 12601
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- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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@Sandinus, pode criar a cidade. O Continente Azul é uma prancheta quase em branco. Exceto pela localização no norte do planeta, pelo clima temperado ao sul e polar ao norte, e pela guerra sempre presente, e algumas personalidades marcantes e eventos importantes aqui e ali, os outros detalhes são propositalmente abertos. As cidades se reorganizaram depois da Grande Guerra e da expulsão dos Kyrin para o oriente.
Prefiro deixar assim para que todos possam dar suas pinceladas no mundo, possam participar do processo de criação e ver o cenário florescer junto com as personagens.
Pode dar o nome à cidade, e descrevê-la como achar melhor. Eu só sugiro que você leve em conta, sempre, que há milícias fragmentadas, normalmente compostas por uma única raça cada, que se aliam, traem, atacam e defendem de acordo com os interesses atuais de cada uma delas, e que isso impacta o cenário. Em breve, por exemplo, vocês vão ver uma (ou mais, a depender de como reajam) dessas milícias atuando por ai.
Prefiro deixar assim para que todos possam dar suas pinceladas no mundo, possam participar do processo de criação e ver o cenário florescer junto com as personagens.
Pode dar o nome à cidade, e descrevê-la como achar melhor. Eu só sugiro que você leve em conta, sempre, que há milícias fragmentadas, normalmente compostas por uma única raça cada, que se aliam, traem, atacam e defendem de acordo com os interesses atuais de cada uma delas, e que isso impacta o cenário. Em breve, por exemplo, vocês vão ver uma (ou mais, a depender de como reajam) dessas milícias atuando por ai.
- Nightingale
Troubleshooter - Mensagens : 858
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E ai galega, desculpem a demora. Final de ano ta sendo foda, tanto dia de semana quanto final de semana.
- gaijin386
Antediluviano - Mensagens : 3800
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Estou demorando pra postar ... queria te-lo feito ontem, mas o calor que está aqui não deu trégua e depois de escrever na aventura de vampiro e ravenloft não consegui, mas pretendo fazer o post sem mais demora.
- Sandinus
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 12601
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Eu também assim que der postarei.
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
Reputação : 62
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Tranquilo, gente. Fim de ano é meio devagar mesmo.
- Lucas Corey
Tecnocrata - Mensagens : 448
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Salve, @Mandhros
Estou me candidantando para uma vaga na mesa.
Tempos atrás, eu criei aqui um PJ para uma mesa de D&D 3.5, a qual, infelizmente, foi arquivada antes que eu tivesse chance de estrear o PJ lá. Resolvi usá-lo nesta mesa porque a história dele pressupõe um mito que talvez não se encaixasse em alguns mundos oficiais de D&D, mas, como o cenário desta mesa é uma criação sua, acho que fica mais fácil para acrescentar esse mito.
Eu vou ter de refazer a ficha porque o sistema aqui é da 5a edição e também porque eu resolvi mudar a classe do PJ: em vez de ser um bruxo, vai ser um feiticeiro. Abaixo, segue o histórico do PJ. Se você achar que esse feiticeiro se encaixa na campanha, jogarei com ele.
Abs
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TORASGAN, o poder da rocha e do raio
Nas frias terras do norte, existe uma montanha peculiar, chamada Kyrohhuni. Quem a observa de lado, vê que ela parece o perfil de uma criatura humanoide deitada de barriga para cima. E, no platô onde seria o peito, existe uma pequena vila, cujo nome é o mesmo da montanha onde está situada. Por sua posição em terras inóspitas, as principais atividades exercidas pelos moradores são: guerrear como mercenários, caçar e cortar lenha.
Nessa vila nasceu Torasgan, que, por ter perdido o direito de usar um sobrenome, era chamado Torasgan de Kyrohhuni. A ausência de sobrenome era motivo de profunda vergonha para ele: seu pai foi o líder de um grupo de mercenários que, seduzido (ou talvez enfeitiçado) por uma bruxa, abandonou os companheiros e ainda levou consigo o dinheiro do saque que haviam realizado na última batalha. Torasgan era uma criança pequena quando isso aconteceu, mas, em função dos rígidos costumes locais, a vergonha recaiu sobre ele: nunca mais pôde usar um sobrenome de família e foi proibido de aprender as artes da guerra.
Apesar disso, Torasgan acreditou que, se mostrasse talento, força e muita garra, seria aceito como guerreiro pelo restante da vila, redimindo sua ascendência vergonhosa. Ele se dedicou muito aos esportes e meteu-se em várias brigas de rua para tentar convencer os guerreiros da vila de que ele tinha coragem e habilidade suficientes para ir à guerra, mas foi em vão: ninguém jamais aceitou treiná-lo. Por falta de opção, ele trabalhou como caçador e lenhador para ajudar sua mãe com as despesas.
Tudo isso fez com que ele crescesse nutrindo um rancor cada vez maior pelos habitantes de Kyrohhuni, um rancor que se transformou em ódio. Por isso, ele tentava convencer sua mãe a vender a casa onde viviam para migrarem dali, mas ela dizia ter medo de não se adaptar em outro lugar. E, quando ele insistia nisso, sua mãe respondia, de forma vaga e evasiva: “sabe, tenho um sentimento de que o seu destino está ligado a este lugar, a esta montanha”.
O garoto acreditava que tais palavras eram uma desculpa boba inventada para convencê-lo a ficar, mas o tal destino obscuro acabou sendo revelado anos depois, numa noite em que Torasgan já contava 18 anos. Ele evitava ir à taverna da vila porque, naquele lugar, o vinho deixava as pessoas mais propensas do que nunca a humilhá-lo e a escarnecer de suas tentativas de mostrar que tinha valor. Mas, naquela noite gelada, ele se sentia particularmente solitário e revoltado com tudo, então decidiu ir à taverna. Aconteceu o óbvio: um guerreiro um tanto embriagado resolveu tripudiar sobre o rapaz. Mas Torasgan o desafiou para uma briga sem armas e lutou com fúria surpreendente. Toda a revolta e rancor acumulados por anos foram liberados naquela contenda, e Torasgan acabou matando seu oponente ao bater com a cabeça dele na parede de pedra, três vezes.
Por alguns momentos, o rapaz chegou a acreditar que aquela demonstração de força e fúria levaria os habitantes da vila a reconhecer finalmente o seu valor. Ao invés disso, acusaram-no de covardia, pois disseram que ele jamais teria vencido se aquele guerreiro experiente não estivesse alcoolizado. Após um julgamento sumário de 15 minutos, ocorrido na praça central da vila, Torasgan foi condenado ao “Poço dos Esquecidos”: uma caverna profunda, também conhecida como “a Boca do Gigante”, onde os criminosos eram jogados para morrerem de fome e de frio.
Ao invés de morrer, porém, Torasgan teve uma espécie de epifania. Quando o cansaço o fez adormecer, ele sonhou, e, em seus sonhos, foi contactado pelo espírito de Kyroh, um gigante colossal que havia habitado aquele mundo muitas eras atrás.
Desde criança, Torasgan conhecia as lendas sobre essa criatura: o gigante passou uns dois séculos vagando pelo mundo atrás de duelos, guerras e desafios para testar sua própria força, e foi se tornando cada vez maior e mais poderoso. Em algumas versões da lenda, quando ele viu que já não havia inimigo capaz de lhe oferecer um verdadeiro desafio, deitou-se, e seu corpo foi transformado em pedra. Mas Kyroh não estaria morto: seu espírito continuava existindo, semi-consciente, em outro Plano de Existência. Quando surgissem no mundo adversários dignos dele, então seu corpo voltaria à vida. Noutras versões da lenda, o colosso foi derrotado, e o autor da proeza muda de uma versão para outra. Mas o restante da história é quase o mesmo: após a derrota, seu corpo caído tornou-se uma montanha, e algum dia ele voltaria para vingar-se.
E a mais impressionante descoberta que Torasgan fez ao contactar o espírito do gigante foi que a vila onde ele nasceu está situada exatamente sobre a montanha que um dia foi o corpo de Kyroh! De fato, “Kyrohhuni” significa, num idioma arcaico, “corpo de Kyroh”, mas todos na vila sempre acreditaram que esse nome vinha de uma semelhança fortuita entre a forma da montanha e um corpo deitado.
Enfim, Kyroh prometeu salvar Torasgan se este jurasse que iria encontrar meios para devolver o gigante à forma carnal, e assim foi feito. O poder do gigante infundiu magia no corpo e sangue de Torasgan, que a partir de então começaria a aprender como liberar e controlar a magia selvagem da rocha e do raio. Em seguida, uma fenda se abriu na rocha maciça, e o rapaz deixou o “Poço dos Esquecidos”. Por alguns anos, vagou solitário pelas montanhas do norte e, quando já havia dominado sua magia caótica em certo grau, no confronto com os elementos, decidiu buscar a civilização, agora para aprender a usar essa magia em combate.
Seus objetivos de médio prazo são: encontrar o paradeiro do pai para matá-lo e tirar sua mãe “daquela vila maldita”. No longo prazo, seu objetivo é ser capaz de realizar uma poderosa magia elemental que, conjurando todo o poder da rocha e do raio, traga Kyroh de volta à vida. Torasgan sorri consigo mesmo ao pensar que, nesse dia, a comunidade de Kyrohunni será destruída, e todos os seus habitantes vão morrer!
Estou me candidantando para uma vaga na mesa.
Tempos atrás, eu criei aqui um PJ para uma mesa de D&D 3.5, a qual, infelizmente, foi arquivada antes que eu tivesse chance de estrear o PJ lá. Resolvi usá-lo nesta mesa porque a história dele pressupõe um mito que talvez não se encaixasse em alguns mundos oficiais de D&D, mas, como o cenário desta mesa é uma criação sua, acho que fica mais fácil para acrescentar esse mito.
Eu vou ter de refazer a ficha porque o sistema aqui é da 5a edição e também porque eu resolvi mudar a classe do PJ: em vez de ser um bruxo, vai ser um feiticeiro. Abaixo, segue o histórico do PJ. Se você achar que esse feiticeiro se encaixa na campanha, jogarei com ele.
Abs
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TORASGAN, o poder da rocha e do raio
Nas frias terras do norte, existe uma montanha peculiar, chamada Kyrohhuni. Quem a observa de lado, vê que ela parece o perfil de uma criatura humanoide deitada de barriga para cima. E, no platô onde seria o peito, existe uma pequena vila, cujo nome é o mesmo da montanha onde está situada. Por sua posição em terras inóspitas, as principais atividades exercidas pelos moradores são: guerrear como mercenários, caçar e cortar lenha.
Nessa vila nasceu Torasgan, que, por ter perdido o direito de usar um sobrenome, era chamado Torasgan de Kyrohhuni. A ausência de sobrenome era motivo de profunda vergonha para ele: seu pai foi o líder de um grupo de mercenários que, seduzido (ou talvez enfeitiçado) por uma bruxa, abandonou os companheiros e ainda levou consigo o dinheiro do saque que haviam realizado na última batalha. Torasgan era uma criança pequena quando isso aconteceu, mas, em função dos rígidos costumes locais, a vergonha recaiu sobre ele: nunca mais pôde usar um sobrenome de família e foi proibido de aprender as artes da guerra.
Apesar disso, Torasgan acreditou que, se mostrasse talento, força e muita garra, seria aceito como guerreiro pelo restante da vila, redimindo sua ascendência vergonhosa. Ele se dedicou muito aos esportes e meteu-se em várias brigas de rua para tentar convencer os guerreiros da vila de que ele tinha coragem e habilidade suficientes para ir à guerra, mas foi em vão: ninguém jamais aceitou treiná-lo. Por falta de opção, ele trabalhou como caçador e lenhador para ajudar sua mãe com as despesas.
Tudo isso fez com que ele crescesse nutrindo um rancor cada vez maior pelos habitantes de Kyrohhuni, um rancor que se transformou em ódio. Por isso, ele tentava convencer sua mãe a vender a casa onde viviam para migrarem dali, mas ela dizia ter medo de não se adaptar em outro lugar. E, quando ele insistia nisso, sua mãe respondia, de forma vaga e evasiva: “sabe, tenho um sentimento de que o seu destino está ligado a este lugar, a esta montanha”.
O garoto acreditava que tais palavras eram uma desculpa boba inventada para convencê-lo a ficar, mas o tal destino obscuro acabou sendo revelado anos depois, numa noite em que Torasgan já contava 18 anos. Ele evitava ir à taverna da vila porque, naquele lugar, o vinho deixava as pessoas mais propensas do que nunca a humilhá-lo e a escarnecer de suas tentativas de mostrar que tinha valor. Mas, naquela noite gelada, ele se sentia particularmente solitário e revoltado com tudo, então decidiu ir à taverna. Aconteceu o óbvio: um guerreiro um tanto embriagado resolveu tripudiar sobre o rapaz. Mas Torasgan o desafiou para uma briga sem armas e lutou com fúria surpreendente. Toda a revolta e rancor acumulados por anos foram liberados naquela contenda, e Torasgan acabou matando seu oponente ao bater com a cabeça dele na parede de pedra, três vezes.
Por alguns momentos, o rapaz chegou a acreditar que aquela demonstração de força e fúria levaria os habitantes da vila a reconhecer finalmente o seu valor. Ao invés disso, acusaram-no de covardia, pois disseram que ele jamais teria vencido se aquele guerreiro experiente não estivesse alcoolizado. Após um julgamento sumário de 15 minutos, ocorrido na praça central da vila, Torasgan foi condenado ao “Poço dos Esquecidos”: uma caverna profunda, também conhecida como “a Boca do Gigante”, onde os criminosos eram jogados para morrerem de fome e de frio.
Ao invés de morrer, porém, Torasgan teve uma espécie de epifania. Quando o cansaço o fez adormecer, ele sonhou, e, em seus sonhos, foi contactado pelo espírito de Kyroh, um gigante colossal que havia habitado aquele mundo muitas eras atrás.
Desde criança, Torasgan conhecia as lendas sobre essa criatura: o gigante passou uns dois séculos vagando pelo mundo atrás de duelos, guerras e desafios para testar sua própria força, e foi se tornando cada vez maior e mais poderoso. Em algumas versões da lenda, quando ele viu que já não havia inimigo capaz de lhe oferecer um verdadeiro desafio, deitou-se, e seu corpo foi transformado em pedra. Mas Kyroh não estaria morto: seu espírito continuava existindo, semi-consciente, em outro Plano de Existência. Quando surgissem no mundo adversários dignos dele, então seu corpo voltaria à vida. Noutras versões da lenda, o colosso foi derrotado, e o autor da proeza muda de uma versão para outra. Mas o restante da história é quase o mesmo: após a derrota, seu corpo caído tornou-se uma montanha, e algum dia ele voltaria para vingar-se.
E a mais impressionante descoberta que Torasgan fez ao contactar o espírito do gigante foi que a vila onde ele nasceu está situada exatamente sobre a montanha que um dia foi o corpo de Kyroh! De fato, “Kyrohhuni” significa, num idioma arcaico, “corpo de Kyroh”, mas todos na vila sempre acreditaram que esse nome vinha de uma semelhança fortuita entre a forma da montanha e um corpo deitado.
Enfim, Kyroh prometeu salvar Torasgan se este jurasse que iria encontrar meios para devolver o gigante à forma carnal, e assim foi feito. O poder do gigante infundiu magia no corpo e sangue de Torasgan, que a partir de então começaria a aprender como liberar e controlar a magia selvagem da rocha e do raio. Em seguida, uma fenda se abriu na rocha maciça, e o rapaz deixou o “Poço dos Esquecidos”. Por alguns anos, vagou solitário pelas montanhas do norte e, quando já havia dominado sua magia caótica em certo grau, no confronto com os elementos, decidiu buscar a civilização, agora para aprender a usar essa magia em combate.
Seus objetivos de médio prazo são: encontrar o paradeiro do pai para matá-lo e tirar sua mãe “daquela vila maldita”. No longo prazo, seu objetivo é ser capaz de realizar uma poderosa magia elemental que, conjurando todo o poder da rocha e do raio, traga Kyroh de volta à vida. Torasgan sorri consigo mesmo ao pensar que, nesse dia, a comunidade de Kyrohunni será destruída, e todos os seus habitantes vão morrer!
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