O fada da um sorriso de canto de boca. “Ah sim, esta é a Messina que eu conheço! Tava ate achando estranho, já ia achar que estava enfeitiçada, boazinha demais!”
Dustan comenta sobre a importancia que as pessoas dão para o dinheiro, e que a maga deveria superar isto. A humana de cabelos prateados suspira, olha para o chão por alguns instantes e responde, “o machucado foi bem fundo, difícil não pensar em vingança... Mas quem sabe, pode ser que eu encontre alguém que goste de mim do jeito que sou nestas viagens...” Messina permanece observando o rosto do cavaleiro, e quando se da conta disso, se enrubesce.
Amandia, por sua vez, permanecia sentada no chão, massageando as temporas. Ela responde a Dustan, “é muito ruim mesmo, é um buraco que existe dentro da minha mente... E eu sinto esta necessidade de lembrar, algo que me diz que esqueci algo muito importante. Tento me lembrar, mas tudo é difuso. O que eu estava vivendo meio que se sobrepunha a algo do passado. É tudo muito estranho...” Rubra pergunta sobre esta vida dupla para a darkovana, que diz, “não tenho memória desta primeira vida... mas sonho muito com desertos... e um sol vermelho. Só que nunca estive fora de Darkover, que é uma ilha fria ao norte. E o nosso sol é amarelo.”
A elfa volta-se para Vorpal, que se senta ao lado de Amandia. Ela se assusta um pouco, mas o jeito calmo do clérigo a faz relaxar. Ele põe uma das mãos na testa da ruiva, e entoa um cântico para sua deusa. Sua mão brilha levemente, e Amandia sente sua enxaqueca ir embora.
“Não entendo muito disto de poderes da mente, mas posso dizer que agora isto esta ferindo sua cabeça, Amandia,”diz Vorpal. Ele então se vira para Rubra, “não é natural, talvez seja algo semelhante a uma maldição. Infelizmente não tenho o que fazer para cura-la.”
A capitã Ella se espreguiça e se levanta. “A conversa foi muito boa, mas o “Pomona” não vai navegar sozinho até Darkover”, diz e sai em direção dos outros marujos, que estavam observando a reunião dos “Desbravadores” a distancia, alguns com lagrimas nos olhos. ”Vamos la, seus cães sarnentos! Não estão recebendo para ficar coçando o saco! Vão para seus postos, vamos!”, grita.
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O resto da tarde se passa rapidamente, e ao chegar a noite Rubra resolve agitar uma festa na embarcação, onde todos se divertem muito.
Off: Como descrito nas crônicas de União.
Ao final da dança, Vorpal e Dustan estão bem cansados, apoiados na beirada do navio. “Esta Rubra tem muita energia. Uma energia vital muito forte, bom ver isto. Eu ao contrario estou acostumado a ver muita tristeza...” comenta. Ele olha para Dustan e mostra seu medalhão com o símbolo de Shadowlady. “Minha deusa é mal-vista em muitos reinos, e principalmente em Galia. E é compreensível, quem gosta de ser lembrado que a morte existe? Só que a vida não tem sentido sem a morte, e vice-versa, é uma dualidade necessária, uma existe para definir a outra. A morte não é boa ou má, é apenas a morte.”