Ato II - Entresaga

Sophia se assusta ao ver os gigantes se aproximando. Nevasca já rosnava e erisava os pelos do dorso preparando-se para o ataque contra os monstros que tremiam a terra.
No entanto o sangue que corria quente nas veias de Nevasca e Sophia logo se acalma e ela pôde ver o hallfling encima do gigante, que os apresenta como alidos.

Sophia não gostava de gigantes, aliás, difícil dizer alguma criatura que ela gostava que não fosse a natureza e os devidos animais das florestas, mas sabia que a presença dos gigantes como aliados faria uma grande diferença no campo de batalha e logo tranquiliza Nevasca e se quieta preparando sua foice para a batalha, assim como os demais ítens para a viagem.

No dia seguinte da chegada dos novos aliados, Sophia e Nevasca marcharam lado a lado rumo a batalha, assim como Drago, que Sophia aprendeu a vê-lo como "menos imprestável", afinal todo aquele tamanho tinha que servir para alguma coisa. Instruiu Nevasca para que ficasse atenta à tudo e à todos durante o percurso.
Durante a marcha, Sophia preferiu ficar próxima de seus semelhantes, não se misturando com outras tribos ou espécies. Não estava ali para fazer amigos.

Finalmente o grande confronto chegou. Nevasca percebeu o cheiro imundo dos inimigos antes de Sophia e logo erissou os pêlos mostrando os dentes. No mesmo instante Sophia preparou-se para a batalha juntando-se ainda mais entre seus semelhantes na segunda linha de batalha, conforme orientações.

Graças à seu vínculo com Nevasca, parecia que conversavam mentalmente e não precisavam trocar nenhuma palavra enquanto lutavam, uma ajudando a outra. A foice de Sophia já havia calado o grito que bradava guerra de vários inimigos quando viu Cerne lutando sozinho com uma critura horrívelment monstruosa.
Ela grita para Drago e parte para ajudar seu líder.
Nevasca ficou aos pés de Cerne de Madeira para que nenhum outro inimigo ali o acertasse enquanto lutava contra o monstro de duas cabeças.

Ela aguarda Drago se aproximar para atacar a criatura, enquanto isso procura curar Cerne de Madeira com sua varinha de Curar Ferimentos Leves.

Tomdrill fica aliviado com o fim da missão da aliança com os gigantes. Sente-se ainda mais aliviado que tenha tido êxito. Seus companheiros se empenharam o máximo e Marak deu sua vida pela causa. Ao menos todos com os quais se importava mais estavam bem.

Ao saber que partiria para ajudar na guerra, Tomdrill se despede de seus amigos e de Artémis. Não gostava de deixá-la no colégio da Senhora sozinha, mas também não podia levá-la. Iria para uma guerra e lá não era seu lugar. Tomdrill pensava nos amigos da comitiva que não via há mais tempo. Katon e Ardanthur deveriam estar enfileirados também para a batalha e Frafur e Baraz não deviam perder por nada o reencontro. Tinha que garantir que ficaria bem, com Belediel e Eunsech até que pudesse revê-los.

O caminho foi curto e antes que percebesse estava no meio do combate. Os inimigos eram muitos e não havia tempo para encontrar ninguém. Era preciso agir. Tomdrill fica próximo a Belediel lançando ácido em quaisquer inimigos próximos o suficiente para isto. Até que a situação seja complicada demais e ele tenha que agir de outra forma.

Belediel fica aliviada que Eunsech tenha sido bem sucedido em negociar com os gigantes. Sua culpa fora diminuida com esse fato, mas não tinha acabado por completo. Sentia-se envergonhada, o grupo tinha precisado dela e ela tinha falhado. Tinha traido a confiança deles.

Quando voltou pra lua argentea antes de partir pra batalha do Salão Mitral como era de se esperar foi ficar com Nasri. A sua companheira em parte do tempo ficou consolando Belediel pela falha que ela tinha tido. Dizia para esqueçer aquilo, haveriam outras oportunidades dela se mostrar util e capaz. Era uma cleriga de Tyr e sabia exatemente o que devia fazer. A elfa não devia ficar se torturando com aquilo, devia seguir em frente.

Nasri ainda disse que desejava que a elfa não fosse para o campo de batalha. Ela queria sua amada do seu lado, mas não podia prender ela. Sabia tambem a humana que segurar a elfa ali só a faria sofrer mais, e Nasri não queria ver ela sofrendo.

Chega o tempo de partir e Belediel se despede de Nasri. A humana fica em Lua Argentea aflita esperando que a elfa retornasse da batalha. Enquanto Belediel parte em busca de fazer o que é certo e tentar a apagar ao menos de sua mente o erro que cometera com os gigantes.
No caminho para o campo de batalha ela segue em silencio. Sentia saudades dos amigos da comitiva das fronteiras, esperava que eles estivessem bem e não mortos lá. Chegando lá ela fica na segunda linha de ataque, e ataca os orcs como pode.

Tomdrill olha para o Orc novo em seu campo de visão. Era um terrível adversário. Sabia que não estava bem a sua altura, mas tinha que ajudar os aliados de alguma forma. Faria maior diferença se não fosse tão vulnerável no campo de batalha. Sabia o que tinha de fazer.
Outro grupo de inimigos se tornam mais urgentes no cenário. Eram minotauros que dizimavam suas fileiras como uma manada de touros. Precisavam ser detidos. Primeiro ele precisava não ser um estorvo para seus amigos. Assim ele grita pela elfa e o Halfling.

- Belediel! Eunsech! Concentrem-se nos Minotauros. Eles vão cair logo! Estarei aqui!

Tomdrill pega em sua bolsa de componentes algo envolto numa espécie de goma e então pronuncia as palavras da língua antiga.

- evanescit a conspectu inimicorum!

Spoiler:

Belediel começa a fazer uns gestos de forma agressiva e começa a falar:

- Tyr, peço que venha a me ajudar a derrubar essa vil criatura, causando-lhe dor e sofrimento - Termina ela de falar avançando pra cima de um dos minotauros.

Sophia vê que seu líder ainda estava em um estado crítico e procura, mais uma vez, cuidar de seus ferimentos.
Ela aproxima a varinha e toca com a ponta dela a pele de Cerne de Madeira enquanto Nevasca mantinha-se atenta à batalha que se travava ao redor.

- Tire-a de lá Tomdrill, onde quer que esteja, tire-a de lá. Ela não aguentará outro golpe - diz pensando no pior.

A elfa era a única a vista, todos os ataques seriam focados nela. Eunsech decide chamar a atenção dos monstros e contar com a sorte para despistá-los enquanto dá uma chance para elfa recompor-se.

O halfling atira contra os minotauros, o que estiver mais próximo de Belediel.
- Aqui seus chifrudos! Venham me pegar suas vacas azedas, se esse chifres não afetarem suas cabeçorras! Peguem alguém do seu tamanho seus bezerros castrados! - diz tentando ofender.

Se bem sucedido em chamar a atenção das criatuas, o halfling usará o calor da batalha para ludibriar os minotauros num jogo de esconder, periodicamente aparecendo e atirando em algum, novamente proferindo ofensas e logo em seguida se esconder, partir para uma localização segura e recomeçar, sempre tentando afastar as criaturas da elfa, mas não se afastando muito dos companheiros. Com sorte causará tanta confusão que os próprios minotauros começaram a brigar entre si.

A elfa vê apenas de relance a criatura avançar pra cima dela e acerta um poderoso golpe no seu ombro esquerdo. O machado afundar na carne, causando uma dor imensa. O sangue brota farto da sua ferida, e a elfa tem sua visão nublada pela dor. Ela tenta botar os pensamentos no lugar. Tenta se afastar do grupo de minotauros pra se curar.
(usarei um passo de ajuste, caso precise)

Tomdrill vê a elfa se aproximar dos minotauros e anota mentalmente que as próximas vezes precisava falar claramente o que iria fazer. Vê Eunsech chamar a atenção dos minotauros e vê uma outra oportunidade. Ele pega um pó em sua bolsa de componentes, sopra-os no ar em direção aos minotauros e profere as palavras já conhecidas

- vide inimicos meos non facienda!

Spoiler:

Quando Sophia não sentiu mais a pulsação de Cerne de Madeira seu sangue ferveu de ódio e dor. Ele fora um mentor, um amigo, o único, talvez, que tenha visto seu lado amável. Ela o tinha como um pai, um irmão... E agora ele estava morto e, mesmo com seus esforços, ela não conseguiu salvá-lo.

Ela ouve o baque do corpo da criatura cair detrás dela, o chão treme e ela mantinha os olhos atentos aos inimigos que os cercavam. Sua ira fora tanta que após ouvir as palavras de Drago só pôde dizer:

- Me dê cobertura...

Em seguida ela fecha seus olhos concentrando-se e proferindo algumas palavras baixinho. Nevasca arrepia seus pêlos dorsais até que Sophia se torne um lobo cinzento das neves típica das regiões mais gélidas.
Com um salto ela pula o corpo de Cerne de Madeira e procura atacar o primeiro inimigo que surgir à frente, para imobilizá-lo enquanto Nevasca termina com sua vida.

Os dois animais (Nevasca e Sophia na forma Selvagem) passaram anos treinando para combates dessa forma, e é como Sophia sente-se mais completa.

Sophia apenas parava para matar um inimigo que parasse em sua frente. Corria veloz junto de Nevasca, mas não o suficiente para deixar Drago para trás. Afinal sozinha jamais conseguiria chegar à seu objetivo e já bastava a perda de seu líder para lamentar.
Ignorava as flechas e cortes feitos pelas armas de seus inimigos, mas um feito não conseguiu ignorar: a chegada de um dragão.

O seu escureceu, não havia mais um vestígio de luz naquela batalha. Sophia apenas conseguiu distinguir que o dragão jogava ácido nas criaturas abaixo dele quando viu os corpos deteriorados tombarem a sua frente.
Ela parou assustada de correr e encarou a criatura por poucos mínimos segundos, olhou para nevasca à seu lado e em seguida para Drago tentou falar para ele "Corra! Vamos desviando dos corpos e tentaremos chegar rápido ao Assento de Pedra!" mas tudo o que conseguiu fazer foi latir e dar curtas uivadas e em seguida correr para seu destino desviando dos corpos e tentando ficar longe dos ataques do Dragão. Esperava que Drago entendesse seu recado e não parasse para lutar em vão.

Tomdrill percebe que Belediel se curara e imagina uma magia que pode colocá-la em pé de igualdade com os minotauros. Ele pega outro pó em sua bolsa e sopra em Belediel, tocando em suas costas.

- Qui ante me augere

- Agora você é do tamanho dele. Na primeira oportunidade que eu tiver vou tornar o chão abaixo dos pés deles escorregadio. Isto vai lhe dar vantagem. Resista até lá.