Ato II - Entresaga

Sophia explodiu.

- Ahhhh Raios!

Durante anos não tinha se rebaixado a ponto de mudar sua postura e tom de voz para amenizar a situação, normalmente sua companheira e sua foice faziam isso por ela.
Mas a bárbara demonstrou ser mais tola que os mais extremos bárbaros julgados burros por Sophia de sua tribo e isso a irritara.

Quando a ouviu chamando-os de Traiçoeiros seu sangue subiu aos olhos e enquanto flechas voavam tentando acertar o kobolt bizarro e boca aberta ela se manteve parada pegando e preparando sua besta para atirar, sem pensar agora em mais nada.
Navasca estava atrás dela, em defesa, esperando o melhor momento para um ataque corpo a corpo.

Quando Sophia tinha na mira a bárbara, sentiu a terra tremer e raxar e, talves por sorte, perdeu a mira e viu uma criatura horrenta surgindo do solo:

- Ah, que bom. Mais um feioso para nós Nevasca.

Disse em tom frio e rosto em chamas de raiva.
Ele havia pego a bárbara e não pode conter o sorriso crescendo em seus lábios.

Voltou a mirar sua besta na criatura e atira contra ela.

Barbalarga não esperava outra reação e já pensava que relembraia seus bons tempos chutando uma bunda peluda dos corvos negros. Quando a bárbara ameaça o grupo, ele rapidamente levanta sua marreta e fica em posição de combate.

Quando a criatura emerge no meio dos dois grupos ele sorri de canto de rosto. "Um troféu digno de ser conquistado." Ele não investe contra a criatura, se aproxima calmamente e a ataca com sua marreta, esquivando de um possível golpe. Seu golpe é lateral.

Darksol vê Vargha sendo engolida, a cena era forte a bárbara gritava enquanto seu corpo descia pela boca da criatura até desaparecer. Além disso, os corvos ja começavam a se preparar para fugir. "Bando de covardes" pensava o kobold, ele se afastas mais uns 4,5m da criatira ficando a unas 17m dela e então pronuncia mais algumas palavras de poder e toca sobre sí, sendo tomado por uma completa escuridão, como o kobold sempre conjura a invocação visão diabólica ele estava enxergando perfeitamente.

Eunsech, que estava só assistindo decide tomar uma ação.

Aquela carapaca parecia forte, ataques de "fora" não causariam, aparentemente, tanto dano.

Decide então aventurar-se em companhia de "Magdha".

Enquanto acontece toda a confusão dos corvos fugitivos, Frafur e sua nova companheira de aventuras, escala a criatura em direção a sua cabeça. No topo saca sua espada, fere o olho remanescente e pula para dentro da boca do bicho.

Usaria a espada para "escorregar" garganta adentro até encontrar "Magdha".

Frafur havia tentado atacar com as benção de Gorm Gulthyn mas o seu nervosismo acabou lhe prejudicando no acerto. Era preciso ter concentração e foco na batalha e a situação ficava cada vez mais crítica quando a Bárbara foi engolida pelo monstro e seu companheiro de batalha entrou pela boca do montro para tentar resgatá-la.

Só restava a ele tentar abrir o maldito monstro pelo lado de fora.
Ele passa uma das mãos no fio de seu machado pronunciando palavras sagradas e diz:

-Eu, Frafur, Barakor de Gorm Gulthyn o mandarei de volta para as profundezas de onde veio, e que meu sangue queime o seu corpo assim como o fogo das profundezas o queimará eternamente.

Inf

Sophia não se abala com a cena que vê.

"Insetos carnívoros... É, essa é a lei da sobrevivência na Natureza: Comer o mais fraco..."

É tudo o que pensa depois que atira mais uma de sua flechas. Em seguida ela se afasta mais da criatura, procurando ficar a 26 metros dela.

- Venha Nevasca, atrás de mim! Sua mordida não será útil agora, querida...

A Leoparda a segue um tanto aborrecida, ela acreditava que seria útil sim, mas obedece sua companheira.

Sophia estava cega pela raiva que sentira a pouco e, com certeza, estava com pensamentos turvos e com sua mira trêmula.

Drago gira sua marreta e atinge o outro lado da criatura, em um ataque lateral. Ele ve a barbara sendo engolida e tenta destruir o inimigo mais rápido.

-UUUUOOOOAAAWWWWWW! MORRA CRIATURA DAS TREVAS!

Belediel sente mais um vez o seu estomago revirar quando ve a Barbara ser engolida viva pelo verme. Sentia-se triste, enojada e perturbada. Não era facil ver aquilo assim ali na sua frente. Quis sair corredor, se esconder num canto e chorar. No entanto, não para por ai. O pequenino Halfling, num ato de loucura, escala o monstro e joga dentro da boca do bicho. A elfa olha aquilo sem acreditar. Porque ele tinha feito isso? Lagrimas sem perceber começam a escorrer por seu rosto. Afinal tinha visto um amigo morrer sem o menor sentido.

Perturbada ela se afasta mais da criatura e atira com o arco novamente.

Tomdrill sai de seu torpor a tempo de ver Eunsech entrar pela boca do Remorhaz.

- NãããããoooOoOooo!

O que houve para Eunsech abandonar a vida assim? Aquele monstro tem o interior protegido por sucos gástricos de um intenso calor.

- Ouçam! Se ainda querem que Eunsech e a bárbara retornem devem abrir a barriga do monstro. Ela fica neste ponto. - Diz apontando para a cavidade estomacal do bicho. - Cuidado porque o interior do estômago é protegido por um suco muito quente e ele pode derreter armas e pele. Não abram com as mãos. Usem alguma arma ou ferramenta. Sua carapaça é forte, mas com um corte bem dado é possível abri-la e tirá-los daí de dentro.
Quem fará isto?

Frafur vê que a criatura havia morrido e nada do companheiro aparecer. Ele precisaria retirar o pequeno lá de dentro o mais rápido possivel.

Ouve as orientações de Tomdril e diz já largando seu escudo:

-Não há tempo para isso Tomdril, o Eunsech nesse momento deve estar perto da morte. Vocês vão tentando abrí-la por fora. Vou precisar entrar lá e curá-lo e logo em seguida vocês me puxem pela corda, vou precisar de uma adaga rápido! Depois que eu entrar contem até 7 e me puxem! Que Gorm Gulthyn esteja conosco.

Assim que recebe a adaga ele já sobe na criatura enrolando sua corda no braço, e entrando na criatura o mais rápido que puder assim que chegar ao Eunsech ele o segurará firme e usará cura pelas mãos (cura 10 Pvs imediatamente)

Vendo a indecisão de todos num momento crítico ele suspira dizendo:

- Afastem-se! Não é a melhor forma. Reze ao seu Deus, Anão.

Depois que todos se afastam da criatura, mesmo Tomdrill não sendo lá religioso, em seu íntimo, ele pediu. Pediu a Mystra que é a Deusa que ele sente maior proximidade.

Senhora, eu sei que não sou um dos seus preferidos. Sei que não tenho rezado sempre. Me desculpe. Por favor, eu suplico. Não deixe o meu amigo morrer. A senhora sabe que eu não tenho muitos amigos. Este é especial. Já vimos a morte juntos algumas vezes. Ajuda-me neste momento. Não permita que, por sua insensatez, um amigo meu se vá assim. Eu imploro. Sopra por mim a sua magia. Eu lhe serei grato eternamente.

Tomdrill pega em sua bolsa de componentes um punhado de pequenas criaturinhas (formigas) solenemente. Professa as palavras da língua antiga e mesmo para quem não compreendia a língua pode-se compreender a palavra Mystra claramente. Ele respira bem fundo e sopra as formigas na área do estômago da criatura.

- Mystra venit mihi in eruere. Salvus meus amicus et de manu mortis et aperit stomachum huius creatura cum hic ictus acid.

Tradução: Mystra vem em meu socorro. Salva meu amigo das garras da morte e abre o estômago desta criatura com este sopro ácido.

Magia Acid Breath

Belediel ouve o paladino gritar que precisaria de uma adaga. Ela tinha uma presa ao cinto. Pega rapidamente e arremessa pra Frafur. Faria de tudo possivel a pra salvar o halfling.

Drago pensa como agir, quando mencionam onde fazer o corte no bixo, ele logo pensa "Deve ser perto de onde ele esta". Imediatamente ele larga sua marreta, pega seu machado grande, gira seu corpo em um ataque vertical e o desce com força para abrir o estomago da criatura, com um rugido que ecoa pela montanha.

Darksol arregala os olhos incrédulo no que viu então desfaz sua escuridão e corre a toda velocidade em direção a criatura,ele nada podia Fazer, sua arma era uma maça que não seria útil aquele momento e seus poderes nõ causvam ferimento como perfuração ou corte, talvez fosse até arriscado ele fazer algo. Ele não sabia que bixo era aquele ou sobre seu poderosos suco gástrico estomacal, mas sabia que ser devorado por uma criatura daquela não seria nada bom, ele corria de um lado para outro nervoso e gritando:

-Façam alguma coisa! Façam alguma coisa!, sim sim, façam sim, eles vão morrer, eles vão morrer!Eles não podem morrer, não não podem não!

O kobold estava bastante preocupado, mesmo não conhecendo nem a bárbara nem o pequenino ele não gostava de ver vidas sendo tiradas assim, logo le vem a mente o Bárbaro Rolg, a Paladina Lorelei que pereceram lutando contra o Dragão Negro Escamas da Noite naquela inesquecivel missão de resgatar as armas do clã UR e eram seus amigos, ele imagina o sofrimento daqueles próximos aos dois, mas seu olhar, fulminava os bárbaros que preferiram fugir ao tentar salvar sua líder.

Sophia se aproximava calmamente, junto com Nevasca.

Nevasca estava nitidamente aborrecida, rosnava como quem reclamava baixinho sobre as ordens que Sophia lhe dera. Ela poderia sim ajudar, ela queria morder o monstro até sangrar... talvés o faria ainda morto, mas não. Mesmo uma leoparda tem honra e não atacaria um animal abatido.

Sophia, por sua vez, caminhava fazendo cara de asco para os "companheiros". Ela pega guarda sua besta enquanto caminha e pega a sua foice, para auxiliá-la a caminhar em tanta neve no chão.
Diz aos companheiros quando está mais próxima deles:


- Vocês só podem ser doentes... Não sei o que é pior, ser comido vivo pelo animal, entrar na boca do animal por boa vontade ainda vivo ou entrar dentro dele depois de morto para tirar o que tem no estômago... Agora que todos estão, vivos talvés... podemos prosseguir?

Sophia não sentia nada perante eles, nem poderia chamá-los de companheiros. Em poucas horas que os conhecia os viu suicidarem-se e a fizeram voar em uma carroagem mágica. Se morressem ou se vivessem não interferiria em nada em sua missão, apenas seria menos um a cometer loucuras "heróicas". No entanto tinha que admitir: Salvar a bárbara será bem visto perante os olhos da Mão de Garra.

Ao ver O hafling e Bárbara viva Darksol se joga de costas na neve aliviado, então levanta-se e dirige-se até Frafur:

-Frafur, não podemos perder mais tempo, não, não podemos não, Darksol acha que alguém deve pegar a barbara corpuda e levar na carroça de fogo até Mão de Garra, e tem medo de outro bixo desse aparecer, sim sim, tem medo sim!