Ato II - Entresaga

Sophia responde secamente à pergunta da bárbara:

- Queremos? Nós precisamos de uma aliança com esta tribo tanto quanto vocês precisam. Se seus guerreiros temeram lutar contra esta criatura, imaginem lutar sozinhos contra todo o restante da Guerra?


Suas palavras foram um tanto quanto muito ácidas, mas era a verdade e a única forma que a Sophia tinha para explicar.

Darksol completa:

-A guerra é ruim, sim, sim, muito ruim, Obould e rei orc e feio quer matar todo mundo, sim sim, ele quer sim, e vocês estão no caminho dele assim como nós, temos que unir forças e lutar contra ele, senão não tem vitória, não, não, não tem não e todos nós vamos morrer, precisamos nos ajudar, sim, precisamos sim...

Frafur pondera:

-Eles estão certos, tanto a Sophia quanto o pequeno Darksol. Precisamos da ajuda de vocês e a guerra está para chegar até aqui. E quando isso acontecer não haverá para onde correr. Sei que a tribo de vocês possuem pessoas de idade avançada e crianças, e precisam de toda a ajuda possível para poderem sobreviver. A única forma de fazer isso é nos unindo.

Eunsech acordo logo ao ser pego no colo por Tomdrill - "Obrigado meu jovem."

Assim que colocado na carruagem, verifica seu equipamento averiguando seu estado. Esperava que tudo estivesse em ordem, mas não lembrava de nada a não ser o calor extremo antes de desmaiar.

"- O que houve depois que entrei na boca daquele verme?" - pergunta a Tromdrill.

Ao ouvir a versão resumida do mago, toma uma nota mental para agradecer Frafur e Belediel por terem salvo sua vida.

Tomara uma atitude imprudente e não pensada, colocou seus companheiros em perigo por não ter analisado melhor a situação. Tentaria não cometer esse erro novamente.

Olhou ao redor e viu que "Magdha" estava bem e Frafur, Belediel e sua nova companheira de aventura falavam com ela. Parecia que a estavam lhe oferecendo ajuda. Não via outros corvos negros no local. Pelo menos conseguiram salvar a bárbara. Julgava que ela seria de extrema importância para o firmamento da aliança com o Salão de Mitral.

O halfling permanece na carruagem esperando todos retornarem.

Frafur entro logo após a Barbara entrar em "sua" carruagem e assim que ela se acomoda ele diz:

-Pois bem senhora, gostaria de saber se tem alguma sugestão de como devemos proceder para que possamos entrar na aldeia sem causar tanto pavor aos seus companheiros. A nossa intenção não é assustá-los, essas carruagens estão sendo usadas porque são muito rápidas e só por isso. Será que se formos na velocidade máxima dará tempo de alguém se assustar antes de você sair da carruagem e dizer que está tudo bem? Ou nos aproximamos lentamente para verem que não queremos atacá-los?

A intenção do anão era ir o mais rápido possivel e quando os Barbaros vissem eles já estariam descendo delas e tranquilizando a todos, com a ajuda de Vagha, claro. Frafur ia esperar para saber como seria a abordagem para logo em seguida comunicar o companheiro da outra carroça e em seguida partir.

Darksol olha pra Frafur e fala:

-Darksol acha que deviamos ir rápido no bixo de fogo, ai chegamos e pousamos distante,saimos com a moça carnuda e falamos com eles, sim sim, falamos sim!

Sophia, pela primeira vez, escuta uma ideia sensata: ir a pé.

- Concordo com ela, acho que devíamos ir a pé e em terra firme. Eles não ficarão tão ostis e você viram como nos receberam quando chegamos aqui na montanha...

Na verdade, a Sophia estava com medo de subir novamente na carruagem.

Nevasca senta-se atrás de Sophia, não queria subir de novo na carruagem.

Frafur então diz:

-Humm, está certo. Mas precisamos usar as carruagens para descer daqui desta montanha de qualquer forma. Procuraremos uma clareira não tão distante para pararmos as carruagens e iremos andando até a aldeia.

Assim o anão diz para Barbalarga:

-Companheiros, voaremos até uma clareira próxima a aldeia e seguiremos o restante do caminho a pé. Nâo queremos assustá-los, eles não gostam de magias e devemos respeitar isso. Está tudo pronto aí Barbalarga? Eu estou pronto.

Assim que o grupo estiver pronto ele seguirá se afastando um pouco da aldeia e procurando uma clareira para pousar.

- Pra mim tanto faz como tanto fez o importante é sair de lá com os barbaros ao nosso lado. Por acaso se a atitude de chegar andando vai parecer menos hostil que seja, por mim tá tudo bem. O negocio é sair de lá com a aliança firmada - Diz a elfa antes de se sentar na carruagem de barbalarga.

Barbalarga, de cima da carroagem, fala a Frafur:

- Estou pronto e aposto que chego primeiro que você!

Se todos já estiverem na carruagem ele faz ela voar e busca um local para pousar.

Frafur se adianta um passo do grupo e diz fazendo uma reverência:

-Sou Frafur, Barakor de Gorm Gulthyn vindo do salão de Mitral. Você é Mão de Garra? Pois bem, tivemos uns contratempos no alto da montanha e quase sua capitã foi morta, seus soldados a abandonaram a própria sorte lá. Conseguimos resgatá-la com vida e ajudamos com as feridas.

Ele respira olhando o semblante dos soldados que os encaravam naquele momento e continua:

-Mas o que viemos fazer aqui vai além disso Senhora. Viemos humildemente, a mando da Senhora Alustriel para propor uma aliança com os vocês. A guerra se aproxima e breve chegará aos limites de suas terras. Nós precisamos de vocês assim como cedo ou tarde precisarão de nós, caso pretendam todos sairmos vivos dessa guerra.

Tomdrill não encontraria palavras melhores. Olhou com certa admiração para Frafur, depois para os demais e para os bárbaros. No fim, ele manteve sua boca fechada e os olhos fixos em Mão de Garra.

Drago, que tentara não estar entre os primeiros do grupo devido a um pequeno contratempo com a tribo bárbara a uns anos atras, tenta não chamar muito a atenção (uma coisa difícil devido ao seu tamanho, largura e raça incomum). Ele tenta passar despercebido pelo meio do grupo, mesmo assim.

- Sera que alguem teria um chapéu, manto ou algo parecido? Tem muito sol aqui! diz ele baixinho, coçando a cabeça.

Darksol avança e fica o lado de Frafur e acena para mão de garra.

Sophia repete o episódio anterior de quando desceu da carruagem, desta vez desceu junto de Nevasca num pequeno salto para aterrisarem juntas antes da carruagem tocar o chão.
Recupera sua postura tão rápido quanto os barbaros que se aproximavam do grupo e tumultuaram-se.

Ela ia falar algo também, mas Nevasca sabiamente a interrompe um pequeno rosnado amistoso e uma "patada" nas pernas de sua companheira, fazendo a calar-se e esperar.

Eunsech nada faz, apenas observa com as mãos nos bolsos do colete.