Ato II - Entresaga

Sophia ve o movimento da criatura grotesca na outra... "coisa" que chamavam de carroça e, antes que pudesse dizer algo, Drago já estava virando rapidamente a carruagem.

Sophia pareceu uma criança tremendo de medo e gritando para que Drago fosse mais cuidadoso.
Não demorou muito e finalmente estava em terra firme.

Nevasca não esperou a carruagem tocar o solo quando saltou para fora dela, deitando-se na neve como quem agradecia por haver terra firme debaixo da densa neve.

Sophia não ficou atrás e, assim que a carruagem parou na montanha ela desceu num salto, firmou bem seus pés no chão respirou fundo, pigarreou a garganta ainda arranhada dos gritos que dera de medo e disse ao grupo, guardando sua besta:

- E então, han.... qual o plano agora?

Ela tentava aparentar que nada havia acontecido e que não teria tido nenhum descontrole enquanto voavam rapidamente cortando os céus, mas sua expressão pálida de espanto e suas pernas ligeiramente curvadas davam a senssação que ainda estava com pernas tremulas.

Tomdrill sente que aquilo não fora uma grande idéia, mas também não poderiam encontrar as tocas dos mercenários e falar com o líder deles tudo num instante. Precisavam fazer algo que os levasse até eles. Precisavam de uma oferta de paz.

- Nós não vamos conseguir muito mais do que isso, amigos. Eles temem as carroças e não se aproximarão sem que nós façamos algo. É preciso cuidar para que não pareçamos hostis. Alguém tem alguma idéia melhor do que apenas esperar?- Tomdrill sabia o que podia fazer, mas esperava uma solução que não o envolvesse diretamente.

Belediel se segura bem quando Drago faz a manobra final. Uma grande quantidade de neve voa na sua cara. A elfa sente o toque gelado no seu rosto. Passa a mão pra tirar o gelo da cara. Ela olha ao redor e vê que tinham aterrizado em segurança. Era um alivio com certeza.

Pula da carruagem e olha pro ceu. Vê o grupo de cinco corvos sobrevoando eles na distancia. Ouve a conversa de Tomdrill e Darksol, decidi se intrometer.

- Com certeza seria um passo inicial, lagarto, mas acredito que não será suficiente. Tem algum jeito desses barbaros verem que é você aqui? Afinal você esteve com eles aqui antes, poderia mostra a eles que não somos ameaças.

Frafur se adianta apenas com seu escudo em mãos e grita para os bárbaros afrente, pausadamente para que eles entendessem:

-Viemos a mando da Senhora Alustriel. Estamos viajando nessas carruagens de fogo porque são mais rápidas, elas não oferecem perigo! Precisamos falar com a sua chefe a Sra. Mão de Garra! Em nome da Senhora Alustriel temos uma proposta de aliança para lhes fazer!

Frafur permanece um pouco atrás quando Darksol se adianta, ele precisava deixar o pequeno Kobold tentar um contato com os bárbaros, afinal fora ele que havia ficado de posse dos mesmos por um bom tempo.

Seu machado permanecia preso a cintura e seu escudo pendurado nas costas, o Barakor precisva mais uma vez que Gorm Gulthyn intercedesse por eles e fizesse com que as melhores palavras saíssem da boca do Kobold e atingisse da melhor forma os ouvidos dos barbaros.

Tomdrill achava um erro deixar que o Kobold falasse, mas para lidar com estes mercenários talvez ele fosse a melhor opção. Ele fica apenas observando tudo.

Belediel ouve a descrição do lagartinho sobre a barbara que acabara de saltar do corvo. Ela sente um embrulho no estomago. A elfa era uma discípula da vida por assim dizer. Não gostava de tirar a vida dos outros assim levianamente, pior ainda quando envolvia tortura no meio. Obviamente quando o Darksol tinha dito brincar com os oponentes derrotados ele se referia a tortura e humilhação. A cleriga tinha aversão a esse tipo de coisa. Talvez ela soubesse, talvez ela não soubesse mas parecia a Belediel que essa aliança estava fadada a dar errado antes mesmo de ter começado.

A elfa no entanto não toma nenhuma atitude fica apenas observando o lagarto negociar com a barbara.

A Tribo dos Leões Negros ensinou Sophia desde pequena a jamais desistir sem tentar. As palavras de seu pai ficaram gravadas em sua alma antes dele padecer: " Um guerreiro jamais teme a terrota, mas sim teme o regresso sem ter tentado vencer. Nunca será fácil, mas pelo futuro faça! Mesmo que sua vida seja o preço ofertado pelo Destino".

Naquele momento, após recuperar-se da senssação de ter voado, ela lembrou-se das palavras de seu pai e lembrou-se dos momentos em que os Leões Negros venceram na diplomacia.
Ela não era a melhor e estava longe de ser a mais disposta a conseguir alianças, mas pelo futuro vivo que acreditava deveria tentar falar algo.

Ela acalma Nevasca, que rosnava instintivamente para os inimigo, ao dar um passo à frente, ficando ao lado do kobolt (mas cerca de uns 2 metros de distancia dele, o acha uma criatura bizarra). Ao caminhar, passa as mãos nas costas de Drago, tranquilizando-o como se sentisse sua tenção e diz à Barbara, em tom amistoso e estranhamente humilde de sua parte:

- Senhora, sou Sophia da Tribo dos Leões Negros. Viemos a mando de Alustriel que nos ofereceu esta carruagem. A temo tanto quanto possa parecer agressivos os animais em fogo, mas asseguro-lhe, pela minha vida a salvo no solo, que eles não são de fazer mal algum. Gostaríamos de falar com Mão de Garra, por favor merecemos o benefício da dúvida... Não estamos com armas em punhos e nem atacamos em defesa seus batedores. Nós viemos em paz, senhora.

Ela dizia gesticulando lentamente. Embora os movimentos fossem pesados e tensos, via-se que eram sutis.

Belediel já sacava a maça pra começar a lutar com os barbaros quando aquele verme imenso abocanha Vagha. A elfa toma um susto e quase cai pra trás. Ela sente pena da mulher. A barbara era cruel e má ao que parecia mas ter uma morte assim era desumano.

A elfa se afasta ao maximo da criatura puxa o arco e atira.

Frafur deixara o pequeno Darksol negociar com os Barbaros e isso foi um grande erro. Naquele momento parecia ser o certo a fazer devido a convivência com eles, mas o anão acabou constatando o grande erro que havia cometido e por pouco o erro não levava a morte do pequeno que conseguiu desviar com maestria dos ataques.

Assim Frafur se preparou para contra-atacar os inimigos mas foi surpreendido por uma criatura horrenda que surgiu logo a sua frente e agarrou a Barbara. Era preciso salvá-la mesmo com todo o ocorrido e deveria ser feito o mais rápido possível.

Então ele saca seu machado segurando-o com as duas mãos enquanto avança para cima da criatura flanqueando-a e rogando ajuda de seu Deus:

-Gorm Gulthyn interceda por nós nesse momento e faça do meu machado sua arma para destruir o mal que nos cerca!