O Salão de Audiências

Diante da pergunta do anão, Rast responde:
- Não senhor anão, se bem que donde eu vim algumas mulheres se parecem com um dragão de tão feias. Então vocês estão numa missão de guerra?

- Mestre Anão, "Bravo" é um sentimento que nunca possuí... - diz rindo consigo mesmo.

- Mas por que me achas menos capaz que o senhor para matar Orcs?
- Não cometa o erro de me subestimar Mestre Anão, é como o ditado popular diz: "Os melhores perfumes veem nos menores frascos" - diz mantendo contato visual com o anão.

- E quanto ao garoto - olha para Rast - ele nunca esteve cara a cara com um dragão, e acredito que nem o senhor - volta a olhar para o anão.
- Além do mais, fazer tal coisa é de uma estupidez tremenda...

Tomdrill fica espantado com a passividade do Forjado. Apostava sua vida que se o Pequeno chegasse perto do Anão ele iria sofrer, no mínimo, um empurrão violento. Isto não mudava o fato que uma pessoa que não conhecíamos estava nos seguindo e agora pretendia nos seguir. Não era assim que devia acontecer. Esta comitiva representava A aliança de Lua Argêntea e todos que estavam ali foram indicados por cada um dos Reis e senhores de sua área. Isto não só enchia o peito de Tomdrill de orgulho por ter sido ele o escolhido da Senhora, como preocupava o fato da dupla ainda os estar acompanhando.
- Ei, desça daí. Em poucos instantes os guardas os encontrarão e sua situação será feia. Recomendo que saia enquanto lhe resta um pouco de dignidade.
Ele diz olhando para eles e avaliando sua possível utilidade para o grupo.

- Por que devemos temer os guardas meu jovem, não fizemos nada errado "ainda" - ri novamente olhando para o guarda.

- Seja lá para onde estão indo, acredito que sejamos uma "valiosa" aquisição, não é mesmo Rast? - olha sorridente para o garoto.

- Claro, mestre Eun - responde o garoto com uma piscadela. - Afinal não vejo ninguém aqui que possa ter as habilidades que nós temos.

Frafur permanece sério como se a piada do jovem o deixou apenas um pouco mais irritado, principalmente pelo fato de os estarem atrasando então diz:

Bundu Shathûr! Esbraveja o anão. (que quer dizer, cabeças de vento)

Então continua:

-Já ouviu falar na batalha do Salão de Mitral? Pergunte ao Rei Bruenor quem estava com ele na retomada da fortaleza, que estava de posse do dragão da sombras, além de duergars. Eu não lhe conheço e você também não me conhece.

Como já disse, acho melhor vocês voltarem para casa. Já estamos atrasados, vamos seguir viagem.

Belediel ri ao ver a confusão que os dois pequenos fizeram no grupo.
- Talvez você possa me dizer pequenino, até onde seu coração está disposto a levar? ou você quer entrar nessa aventura para encher seus bolsos? - Agora a elfa para de rir e fala serio - Pois eu digo a você grande perigos enfrentaremos, terriveis inimigos iremos lutar, labutaremos tristes e solitirias noites em lugares frios e escuros. É esse tipo de aventura que quer embarcar?

- Não esqueça de dizer que não haverá recompensa.- Adiciona ele.

Ardanthur vê o desfecho da conversa dos 2 pequenos com os resto do grupo

- Nossa, quanta irritação, cuidado para não sofrer um enfarte Mestre Anão. - diz gargalhando.

- Brincadeiras de lado, perdoe-me se o ofendi, mas ainda acho que sejamos de ajuda.
- Possuímos habilidades "exemplares" que não encontrarão em todo o Norte, e se o assunto for orcs, criaturas asquerosas - diz fazendo careta - meu aprendiz é um exímio atirador de funda - com uma piscadela para Rast - não seria problema para ele dar cabo de alguns quando esses bravos senhores precisarem - diz apontando para todos.

- Meus amigos, não nos entendam mal, dinheiro é fluido, vem e vai, já temos o suficiente para nos manter, se houver ou não recompensas iremos por amor à aventura e em busca de desafios para testar nossos limites. - diz triunfante, olhar perdido no horizonte.

- O que achas senhor guarda? Haveria problema se fossemos junto? - olhando para o guarda.

BARAZ

Baraz nota a aproximação dos pequenos estranhos e se vira, já com a mão sobre o punho do machado. Não gostava de surpresas, e a fama dos halflings era bem conhecida. Criaturas sorrateiras e de mãos rápidas. Após escutar parte da conversa, Baraz não se contém:

- Não temo líder aqui, e num é o guarda que resolve. È a senhora Aluriel. Cês não são escolhidos. E tá na cara que esses mão-leve querem forrar os bolsos, com o nosso dinheiro! Se andarem com nós, vão roubar até teus parafuso! Nosso grupo tá fechado.

Quando ouve o halfling falar em funda, não segura a gargalhada:

- Funda? RÁRÁRÁRÁ! Isso aqui é que é arma de matá orc! - mostrando o machado.

O halfling continua tentando argumentar. E o anão sabia que, quanto mais ele falasse, mais haveria possibilidade dele ludibriar o grupo.

- Quanto menor o frasco, pior o veneno. Com a gente tu só vai encontrá sangue e morte. E cês já tão fazendo coisa errada: tão nos atrasando! Último aviso, afasta!

E novamente parte segue em frente, esperando que os outros também o façam.

Rast diz para o anão mal-encarado:
- Um pedrada de funda no ponto certo, e o orc cai morto. Qualé, nunca desconfie das habilidades de quem não conhece. Porque não nos dão essa chance? Podemos ser úteis, em algum momento vocês precisarão de alguém ágeis como nós.

O membro da Guarda Superiora, que estivera observando quieto toda a conversa, diz:
- A Senhora Alustriel ainda se encontra no Salão de Audiência e está a disposição de qualquer um que queira reivindicar algo. Se suas pretensões serão atendidas ou não, não sei, mas posso indicar o caminho.

Frafur pensa a respeito do que os dois pequenos insolentes diziam e pondera a respeito indo até Baraz:

(anão)Baraz, meu amigo. Se diz que a fama desses pequenos é grande por suas mãos leves pode ser que sejam de alguma valia. Não acha? Sabemos do grande ditado "mantenha seus amigos próximos e seus inimigos mais próximos ainda".

Penso em ir até a senhora Alustriel juntamente com esses dois petulantes e ver o que ela têm a dizer sobre isso. Além do mais creio ser necessário um pônei em separado para melhor lhe atender na localização dos rastros dos orcs não? Então pretendo pedir a ela que nos forneça um. O que me diz?

- Por favor Senhor Guarda, leve-nos até lá, falarei com Lady Alustriel sobre esses anões nervosos, com certeza ela concordará em nos enviar assim que souber de nós. - diz olhando os anões com ar desconfiado.

- Vamos Rast, reclamaremos nosso direito de participar nesta missão - diz ao descer dos ombros do construto.

Antes que o halfling vá Frafur diz:

-Vou com vocês até lá. Já percebi que gostam de umas mentiras e faço questão de estar presente para garantir que não contarão nenhuma mentira a nosso respeito.

O anão então acompanha os guardas e os dos pequenos até a presença da senhora Alustriel.

- Pode até ser que o halfling venha conosco, mas o garoto? Acredito que o lugar para onde vamos não é pra crianças, brincadeiras e travessuras sim. Não deseja ver coisas que não são ainda pra seus olhos verem - Afirma Belediel se agachando e passando a mão na cabeça de Rast.

O homem da Guarda Superiora começa a levar Frafur e o halfling ao Alto Palácio.

Rast se afasta da mão de Belediel quando ela vai tocá-lo e corre para junto dos três.
O menino fica maravilhado ao entrar no Palácio pelo Portão do Unicórnio e subir até o Salão das Boas Vindas. Há um mordomo e sua equipe que recepciona os recém-chegados, mas como os três estão com o guarda, não é necessário os seus auxílios. Eles então atravessam uma porta imponente que leva até o espaçoso Grande Salão, e de lá para o Salão de Audiências onde se encontra o Trono de Prata e o Sólio da Lua.

Há algumas pessoas na fila e o grupo tem que esperar chegar a sua hora. Por fim, Alustriel chama para que os três se adiantem e cumprimenta o anão Frafur com um singelo sorriso, esperando que ele diga o motivo de sua visita.

BARAZ

O ranger estava nitidamente contrariado com a presença dos dois estranhos ali. Para o anão, eles não sobreviveriam nem cinco segundos quando o combate começasse. Jeito e simpatia nunca forte o forte de Baraz, e a forme rude como falava escondia muito mais preocupação do que algum tipo de preconceito. A carne macia da criança seria um fino banquete para orcs famintos, eles lamberiam até os ossos!

- Isso vai dá merda, irmão. Num é lugar pra criança. Mas tô vendo que num adianta falá, então faz o que quisé. Vô esperá na saída da cidade. Só num quero tê que carregá corpo de volta.

Dito isso o ranger toma seu rumo, deixando a confusão armada pelo halfling para trás.

- Bom dia Lady Alustriel, meu nome é Eunsech, este é Rast, meu aprendiz - diz curvando-se em respeito.

- Estamos aqui para pedir-lhe que me permita acompanhar o Mestre Anão em sua caçada de orcs.
- Aparentemente ele não acredita em minha bravura e capacidade de ajudar o grupo. Por essa razão peço humildimente que aprove minha adição ao grupo. - diz suplicante.

- Peço também que proteja meu aprendiz enquanto eu estiver fora. O menino é muito esperto, dedicado e acredito que a senhora o achará de muita utilidade, talvez ele possa ajudar seus guerreiros e aprender algo no processo. - diz sério.