O Jogo dos Tronos - Yessenya Dayne

Uma vez do lado de fora os passos dela acompanham o do meistre o escutando com atenção.






Prima

Troquei a imagem da moça por essa aqui  :

SÉTIMO DIA DO TORNEIO

SÉTIMO DIA DO TORNEIO



Na tenda ao anoitecer



“- O que vai acontecer agora, milady? O acampamento está tão vazio, sem aqueles belos soldados para apreciarmos…”

— Na verdade, ainda não sei Numa…- A voz soava cansada e frustrada. Ouvia então Maryan e a repreenda de Lamya. — Os homens daqui não saberiam chegar a qualquer lugar no corpo de uma mulher sem tropeçar na própria estupidez antes…- Irritação sibilou nas palavras delas. — Nenhum deles está a nossa altura ou faria o nosso sangue ferver…- Uma constatação hostil que ardia nos olhos púrpuras dela. — Encantá-los com toda certeza, usar seus desejos seria melhor ainda, mas não é uma tarefa fácil ou simples.- Suspirou pensando nos problemas. — Eu dei um aviso a vocês e vou repeti-lo por garantia.- O tom dela era sério, apesar da pouca idade entendia que elas eram presas fáceis naquele lugar. Não gostava do que estava acontecendo com Arn, não por ter alguma simpatia em relação a ele, mas sim porque aquilo poderia recair nos demais e afetaria os Dayne. — Aqui devem ser astutas como se fossem felinas, atentas, graciosas, misteriosas, mas jamais estúpidas. Não arrumem um favor que nasça meses depois de algum imprestável daqui e nem muito menos se submetam ou se sintam menores diante das outras mulheres desta terra barbárie.-  Havia orgulho na voz de  Yesssenya.  — O sol vai raiar e com ele novas oportunidades para todas nós- O timbre foi afetuoso com elas agora.  Apesar de ter que desconfiar até da própria sombra, nunca destrataria os outros ou seria fria com quem a servisse. Lealdade se conquista gradualmente e não forçando isso devido a sua posição que pra ela era uma linha frágil, afinal sem ouro sem poder! — Tenham cuidado por favor, voltaremos juntas e sobre o baile tenho vestidos que podem usar.- A mãe deixara com ela algumas peças que tinham valor e beleza exótica. — No baile devem redobrar a atenção, não se metam em situações complicadas...- Antes de terminar,  Callahan entrou, com a naturalidade de quem não temia ver nenhuma parte desnuda do corpo de Yesssenya. Ela no que lhe concerne entregou as damas um vidrinho de óleo perfumado, o cheiro do almíscar parecia ferver no ar daquela tenda.  — Passem antes de dormir e que isso lhe traga um bom sono meninas…- Um sorriso felino surgia nos lábios bem desenhados. — Conversamos mais depois, mas antes que esqueça iremos para uma estalagem pelo que tudo indica, então organizem suas coisas e amanhã saberemos para onde iremos.- Se despedia delas e encarando o "amigo'' o Tecido que a recobria agora era uma espécie de robe fino e macio.

“- Yessenya? - Callahan tinha intimidade suficiente para nunca chamá-la de lady - Posso falar com você? Em particular?”

Callahan:

— Claro.- O sorriso para ele era sempre diferente, mais terno e provocante. Um jogo que mantinha há um bom tempo e fazia a jovem Dayne sentir-se instigada. — Estou cansada desse lugar, quero voltar para casa Callahan…- A voz dela ficou baixa e fez uma cara de insatisfação quase infantil.  Ele a conhecia bem e poderia facilmente achar que Yesssenya parecia uma criatura selvagem, bem diferente das garotas apáticas ou de pouco encanto que transitavam em Porto Real.  Havia uma cama improvisada com mantas coloridas, grossas e o perfume dela impregnava os tecidos. Era um pedaço de Dorne que pulsava ali — O meistre me levou ao banco de ferro para obtermos um empréstimo e agora aguardamos a resposta de meu pai.-  Quando deitou-se, o tecido não escondia as aréolas provocativas dos seios de cor violácea e outros detalhes não eram limitados pelo robe.  Ela sabia que era linda, com cabelo que parecia um véu branco ondulante, a pele beijada pela noite e seios fartos fazendo parte de todo um conjunto de curvas perigosas.  Sob a luz das velas, o carmesim dos lábios parecia quase preto como se fosse veludo brilhante. Era parecida com a mãe nos trejeitos, carisma e provocação visual. — Estávamos falando do baile também e serei obrigada a ir.– disse, com a voz suave, mas entediada que ele já conhecia.  — Estamos sem um tostão, odeio isso com todos os  meus ossos, me submeter a um empréstimo enquanto sabe se lá o que meu adorado irmão está fazendo, ele deveria ter vindo pra essa terra irritante e…- Olhou pra ele com um olhar  lascivo que poderia derreter um homem inexperiente e ingênuo. — Hum… Talvez tenha que arrumar um pretendente que queira uma Dornesa que a essa altura  nem um dote tem a oferecer…O que poderei oferecer a um homem de posição razoável?- A pergunta é um murmúrio cheio de calor e humor dúbio. Ela conseguia ser maldosa com ele quando queria, mas aquilo era divertido pois aprendia algumas coisas úteis com cada expressão que ele deixava escapar e absorvia cada intenção do homem como se fosse uma grata surpresa que muitas moças daquela cidade julgariam inapropriadas enquanto os homens cedem aos prazeres que as prostitutas oferecem por algumas moedas.
— Mas diga-me…O quer conversar comigo?- Endireitou-se na cama, mas sem se preocupar em arrumar  o robe, não havia vergonha em ser quem ela é e ser como ela é. A jovem Dayne conseguiria fazer as velas arderem ainda mais só com aquele olhar banhando em púrpura que se fixou agora  Callahan com curiosidade. A brisa noturna movendo as paredes da tenda como se quisesse revelar um segredo ou observar de perto tudo que podia acontecer.

Visual noturno haha:

Ela estava arrumando as coisas junto com as damas de companhia trocando uma ideia ou outra sobre como ajustar os vestidos quando o Meistre entrou. Havia frutas secas e uma mistura de chá de ervas e maçãs. A insatisfação com a situação deixava Lady Y irritadiça por dentro, mas tentava se manter com humor mesmo que isso lhe custasse muito de sua paciência. — Me parecia uma boa notícia até a parte do valor.- Não era uma crítica, mas era evidente que ela estava chateada e suspirou sentindo um novo golpe de frustração. — Talvez eu possa vender alguma joia quem sabe tenhamos um valor enquanto esperamos a resposta de meu pai. O senhor tem feito muito e agradeço.- O tom educado, mas sem qualquer emoção, talvez o cansaço estivesse drenando dela seu melhor lado.  — Torço que Sor Eyvon tenha sorte na procura de uma estalagem e me diga meistre tivemos alguma notícia sobre a moça que levaria a mensagem pra Arn?- Arqueou uma sobrancelha delicada esperando ele responder e logo depois acrescentou.  — Ontem já estava cansada de lidar com todo aquele assunto, peço desculpas se não me fiz entender em algo. Aceita chá?- Apontava para um copinho de vidro e uma chaleira. Trouxera o pequeno conjunto na viagem, mas não era nada valioso, mas servia ao proposito que tinha e era tudo que importava pra Yesssenya.

conjuntinho de chá: