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    O Jogo dos Tronos - Yronwood

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por thendara_selune Sáb Mar 23, 2024 12:18 am

    Gwyneth Yronwood


    Tenha piedade daqueles que não sentem absolutamente nada.



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    Antes da viagem, com o irmão   @Xafic Zahi

    Olhei para Khalid, assentindo com suas palavras. "Brida é minha melhor amiga, então tenha cuidado, meu irmão." Retribuí o abraço e depois me desprendi delicadamente dele. "Acredito em suas palavras e espero que a viagem nos traga algo de bom." Então, despediu-se dele, dando-lhe um beijo na bochecha e precisou ficar na ponta dos pés. "Se cuide, meu adorável Lorde de Paloferro... Pelo menos até o nosso pai voltar." Deu uma risadinha fofa e foi embora.

    OFF:  @Xafic Zahi Desculpa, acabei esquecendo de finalizar a conversa.


    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜⚜⚜⚜



    Lord Agon era uma muralha impenetrável, uma rocha esculpida em azedume. "Obrigada, Milorde", murmurei, fazendo uma mesura graciosa, a cortesia envernizando a amargura que crescia em meu peito.


    Enquanto a Senhora Drinkwater examinava minha pintura com um olhar crítico, meus lábios se curvaram em um sorriso contido. As perguntas esporádicas de Aron durante o jantar eram como farpas disfarçadas de cortesia, traçando uma linha tênue entre a cordialidade e a indiferença. Compreendia que ele buscava apenas manter a conversa superficial, evitando qualquer mergulho em águas mais profundas. E quem poderia culpá-lo? A presença de uma forasteira como eu, ao lado de meu pai, certamente despertava uma miríade de especulações em suas mentes.

    "Minha gratidão, Lady Laryssa, e que todos desfrutem de uma noite reparadora", proferi com a doçura e a cortesia que me eram tão naturais quanto o ar que respirava.

    Conduzida ao meu aposento, uma câmara modesta adornada com uma sacada que se abria para a visão de um lago e uma cachoeira, deixei meu olhar se perder no horizonte por breves instantes. A saudade do lar já apertava meu coração, mesmo após apenas dois dias de ausência.

    HAHA Amando I love you  usar IA pra ilustrar  I love you  os momentos  cheers


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    Do pequeno baú que me acompanhava, retirei um óleo de ervas silvestres para minha higiene noturna. Apesar de ansiar por um banho revigorante, optei por não impor tal incômodo aos Drinkwaters. Que seus pensamentos e deliberações fluíssem livremente, sem a interferência da minha presença.
    Após meus preparativos noturnos, dediquei-me ao meu bloco de desenho, um refúgio seguro em meio às intrigas e mistérios que pairavam sobre a fortaleza Drinkwater. A cada linha traçada, a cada sombra capturada, a paz me envolvia como um manto suave. A luz da lua banhava a cachoeira, transformando-a em um véu de prata cintilante, e o som da água caindo era um doce calmante que acalmava meus nervos.


    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig1_710



    Em algum momento da noite, sucumbi ao cansaço da viagem, envolta no lençol macio da cama. A melodia da cachoeira me embalou em um sono profundo, e sonhei com campos floridos e céus de um azul infinito, onde a amargura não tinha vez.









    Brida sobrinha do Meistre:

    Era Emir, mas postaram"Amir" HAHA então mudei e não tem problema.

    Sor Amir é introvertido, racional e meticuloso.:





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    Falas
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Alexyus Seg Mar 25, 2024 11:18 pm

    - Meu pai sempre se orgulhou da vastidão de nossas terras, que são maiores do que as terras dos Martell e comparáveis às dos Stark, no norte. Por isso, presumi que as regiões de fazendas ao longo do rio e nas encostas das montanhas seriam apenas uma pequena parte do todo que nos pertence. Paloferro depende de algum recurso externo essencial, que não podemos obter em nossas terras?

    Thiana respondeu essa:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Cb71ef10
    - Nossas terras têm grandes áreas arborizadas, são bem protegidas e bastante férteis. Também temos bastante minérios, principalmente ferro, estanho e prata. Nossos campos lenheiros produzem bastante pau-ferro, que só se encontra aqui. Temos todos os recursos essenciais que precisaríamos em condições normais.

    - Se é esse seu conselho, então vou seguir. Por enquanto, não iniciaremos o recrutamento. Mas lembro bem do que meu pai disse. Yronwood crescerá, e Dorne é um lugar onde duas potências dificilmente podem coexistir pacificamente. Confio plenamente no sucesso de minha irmã e de meu pai, e sei que esse sucesso inevitavelmente incomodará os Martell. Eles responderão com força, e é minha responsabilidade proteger Paloferro antes que essa ameaça bata em nossas portas. Como farei isso sem um exército suficientemente forte?

    Kayran fez um sinal negativo com a cabeça e disse:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 17e38010
    - Eu o aconselho a ser discreto ao comentar esses planos, mestre Khalid. A Casa Martell é suserana da Casa Yronwood há mil anos, e tramar contra um suserano pode dar-lhe motivo para aniquilar o vassalo rebelde. Diferente dos tempos da Invasão Roinar, quando Mors Martell Tinha menos vassalos do que Yronwood, hoje em dia todos os dorneses reconhecem Doran Martell como Príncipe de Dorne e soberano sobre todos, inclusive de reinos de fora de Dorne. Sem aliados suficientes, mesmo nossa poderosa Casa Yronwood seria sobrepujada no devido tempo.  

    Melantria acrescentou vagarosamente:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 A53e7510
    - Não sei como foi sua instrução junto ao meistre, mas deve conhecer a história de sua casa e aprender dela. O Rei Yorick Yronwood foi o último Sanguerreal a realmente reinar, mas foi forçado a dobrar o joelho diante da Rainha Nymeria e foi exilado na longínqua Muralha no Norte de Westeros. Provocar uma guerra agora seria cortejar o mesmo destino. A cooperação com a Casa Martell, deixando de lado essa rivalidade secular, será mais benéfica para o povo que vive em sua terra, Khalid.


    DRINKWATER

    - Olhe para seu filho, veja suas filhas. O que deixará para eles? Não falo de Terras ou deste Salão; qual legado eles levarão adiante? O de seguirem presos a uma roda que os esmaga e os impede de crescer? Limitados a esse lugar?

    Boros levantou-se mais uma vez

    - Estou disposto a escutá-lo, Lorde Drinkwater, algo não muito comum ou prezado por suseranos. Saí de Paloferro de boa vontade, para que perceba que não o vejo como inferior a mim por ser meu vassalo. Vim para saber, presencialmente, de suas demandas. Não por corvos ou emissários. Saber o que se passa em suas terras e em como ajudá-lo. Quero fortalecer esse vínculo, Lorde Agon.

    O Guardião do Caminho dos Ossos tinha os braços apoiados na mesa, sustentando seu corpanzil enquanto fixava os olhos nos de Drinkwater. Era nítido que não perderia mais tempo ali e dependia apenas de Agon se as primeiras conversas e tratativas começariam ou se o Lorde de Paloferro deveria retirar-se com toda sua comitiva.

    - Se quiser, estou estendendo minha mão. Mas se insistir em agir como um anfitrião frustrado e seguir maltratando a mim ou minha comitiva, estarei partindo imediatamente.

    Agon Drinkwater ouviu (im)pacientemente todas as palavras de Boros. Quando o suserano terminou, o vassalo falou de modo incisivo:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig110 
    - Foi maltratado em minha casa, meu senhor? É assim que tratamos todos os visitantes. Seu pai e o meu eram amigos, e ele sempre ficou contente em ser recebido aqui. A minha lealdade e a da minha casa permanecem inabaláveis, quanto a isso o senhor não precisa temer. Mas não entendo o que está oferecendo. Não tenho demandas ou necessidades, e meus cavaleiros sempre estiveram à sua disposição. Seu protegido, Quentyn Martell, treinou aqui por vários meses ao longo dos anos. Como propõe estreitar os laços de nossas casas, Lorde Boros?
    Xafic Zahi
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    Mensagem por Xafic Zahi Ter Mar 26, 2024 1:59 pm

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    3º dia

    No dia anterior, Khalid havia convidado Brida para um passeio matinal, porém, era com Raja que ele caminhava naquela manhã.

    - O Conselho não compreende a grandeza que nos espera - desabafou - E se meu pai continuar a ouvi-los, nossa Casa jamais prosperará - A frustração era evidente em sua voz - Estamos em uma fase crucial para moldar nosso futuro, e eles me dizem para ler sobre fatos acontecidos há séculos. Afirmam que a paz com os Martell é o melhor para nosso povo, mas duvido que seus interesses sejam os mesmos que os nossos. Estão presos no passado e resistirão qualquer mudança. Se dependesse de mim, o Conselho seria dissolvido.

    Khalid suspirou e desabafou mais uma vez:

    - Embora Quentyn resida no castelo, sua real ocupação permanece um enigma para mim, meu pai e minha irmã. Ontem, durante o jantar, tentei uma aproximação, mas ele se limitou a responder apenas o básico. Ao oferecer-lhe uma posição em nosso exército, ele se manteve em silêncio. Entre permanecer em Paloferro como um fantasta e ir embora, seu retorno à Lançassolar seria mais sensato.

    - Mas essas decisões cabem a meu pai, assim como as estratégias que serão tomadas para nossa ascensão. Meu papel é o de respeitar. Uma das conselheiras me proporcionou uma visão mais clara da vida do nosso povo, algo que diferia muito do que eu presumia. Essa foi a única contribuição positiva que encontrei no conselho deles.

    - Se meu pai seguir as orientações do Conselho, o que acredito ser muito provável, nenhuma medida significativa será tomada nos próximos anos. Por isso, assim que ele retornar, me juntarei temporariamente aos batedores. Pretendo passar tempo suficiente com eles para otimizar meu conhecimento sobre as terras que dominamos e como os plebeus vivem.

    Na parte da tarde, Khalid convocou o (a) oficial responsável pelos batedores, e expôs sua pretensão.

    - Um grupo menor sob meu comando bastará. Considerando minha inexperiência prática, solicito a inclusão de membros experientes nesse grupo. Pretendo iniciar com incursões menores, com duração de alguns dias, progredindo gradativamente para expedições mais longas.

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    Mensagem por El Cabron Seg Abr 01, 2024 9:31 am



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 _64b4d11

    Ao término da longa frase de Agon, Boros apenas o encarou.

    - Muito bem…

    Boros ergueu-se, pesarosamente, da cadeira, usando os braços como principal apoio na mesa para ficar em pé em um primeiro momento.

    - Fico feliz em ouvir que sua Casa está bem servida e que demandas nem necessidades precisam ser supridas.

    Passou a mão na barba delicadamente, ainda encarando Agon.

    - Paloferro, por outro lado, sempre precisa de mãos e braços fortes, seja para trabalhar nas minas, no porto ou mesmo em nossas fazendas. São muitas bocas…

    Se Agon queria jogar com frieza, Boros também o faria.

    - Farei, juntamente com meu conselho, uma revisão nos impostos das Terras Drinkwater. Já que as coisas vão muito bem aqui, e não há nada que eu possa oferecer, creio que um pequeno aumento em algumas taxas possam “estreitar” nossas relações…

    Boros não deixaria ser atrapalhado por qualquer fala do Drinkwater naquele momento e seguiu falando:

    - Ah, não se preocupe, Lorde Agon, o aumento nessas taxas são para manutenção da segurança de suas terras. Sei que elas estão bem cuidadas mas, como eu disse, tenho certeza que isso irá “estreitar” nossas relações, não é mesmo? Vou ordenar que meu comandante, Khalid Yronwood, dirija-se para cá com suas tropas para fins de treinamento com seus soldados. Um bom reconhecimento do lugar e, é claro, a movimentação militar na região, deixarão ainda mais seguras suas terras.

    Sua voz não havia alterado, por nenhum momento, o tom. O lorde estava calmo e excessivamente relaxado, apoiando suas mãos em um cinturão que prendia suas largas calças.

    - Agora, preciso descansar, amanhã cedo retornaremos para Paloferro. Se puder pedir que me levem aos meus aposentos, ficarei grato.

    Boros ficou em silêncio. Tudo que precisava ser dito, havia sido dito, e o tom finalizador em sua fala era o sinal claro de que não haveria qualquer espaço para discussão.

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Alexyus Seg Abr 08, 2024 7:43 pm

    KHALID

    Raja escutava com atenção e empatia as queixas de Khalid contra o conselho.

    - O Conselho não compreende a grandeza que nos espera - desabafou - E se meu pai continuar a ouvi-los, nossa Casa jamais prosperará - A frustração era evidente em sua voz - Estamos em uma fase crucial para moldar nosso futuro, e eles me dizem para ler sobre fatos acontecidos há séculos. Afirmam que a paz com os Martell é o melhor para nosso povo, mas duvido que seus interesses sejam os mesmos que os nossos. Estão presos no passado e resistirão qualquer mudança. Se dependesse de mim, o Conselho seria dissolvido.

    Ela concordava com a cabeça e comentou quando teve a chance:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ed91cf10
    - Eles são administradores, não conquistadores. Não são as melhores pessoas para você procurar quando precisa planejar uma guerra. Eles nem mesmo são soldados, nem um deles.

    - Embora Quentyn resida no castelo, sua real ocupação permanece um enigma para mim, meu pai e minha irmã. Ontem, durante o jantar, tentei uma aproximação, mas ele se limitou a responder apenas o básico. Ao oferecer-lhe uma posição em nosso exército, ele se manteve em silêncio. Entre permanecer em Paloferro como um fantasta e ir embora, seu retorno à Lançassolar seria mais sensato.

    Dessa vez, Raja discordou de Khalid, negando com a cabeça.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ed91cf10
    - Os nobres podem falar muito sobre tradições de amizade em permitir que seus herdeiros cresçam criados pelos seus vizinhos, mas pensando em termos militares dá pra ver melhor o porquê da presença de Quentyn em Paloferro. Ele é um refém. Foi cedido à Casa Yronwood para garantir a amizade da Casa Martell. Lançassolar não atacaria Paloferro com seu herdeiro aqui. Ele é uma garantia.

    - Se meu pai seguir as orientações do Conselho, o que acredito ser muito provável, nenhuma medida significativa será tomada nos próximos anos. Por isso, assim que ele retornar, me juntarei temporariamente aos batedores. Pretendo passar tempo suficiente com eles para otimizar meu conhecimento sobre as terras que dominamos e como os plebeus vivem.

    Raja voltou a assentir afirmativamente com a cabeça, concordando.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ed91cf10
    - Isso seria sábio. Se me permitir, posso acompanhá-lo nessas viagens.

    O modo como ela falou aquilo tinha um tom levemente mais ansioso que sua rígida postura costumeira.

    Na parte da tarde, Khalid convocou o (a) oficial responsável pelos batedores, e expôs sua pretensão.

    - Um grupo menor sob meu comando bastará. Considerando minha inexperiência prática, solicito a inclusão de membros experientes nesse grupo. Pretendo iniciar com incursões menores, com duração de alguns dias, progredindo gradativamente para expedições mais longas.

    O capitão dos batedores era um homem alto de pele bastante escura, um dornês de areia chamado Bennar Bathim.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69

    Bennar aceitou o pedido de Khalid com alegria.

    - É claro, Filho do Sanguerreal! Normalmente, os batedores agem sozinho ou em duplas, mas com sua presença eu acho que seria melhor mandar quatro homens com o senhor. Eles estarão preparados, senhor, eu mesmo os selecionarei.


    BOROS

    - Farei, juntamente com meu conselho, uma revisão nos impostos das Terras Drinkwater. Já que as coisas vão muito bem aqui, e não há nada que eu possa oferecer, creio que um pequeno aumento em algumas taxas possam “estreitar” nossas relações…

    Boros não deixaria ser atrapalhado por qualquer fala do Drinkwater naquele momento e seguiu falando:

    - Ah, não se preocupe, Lorde Agon, o aumento nessas taxas são para manutenção da segurança de suas terras. Sei que elas estão bem cuidadas mas, como eu disse, tenho certeza que isso irá “estreitar” nossas relações, não é mesmo? Vou ordenar que meu comandante, Khalid Yronwood, dirija-se para cá com suas tropas para fins de treinamento com seus soldados. Um bom reconhecimento do lugar e, é claro, a movimentação militar na região, deixarão ainda mais seguras suas terras.

    À medida que falava, Boros observava os olhos de Agon se estreitando cada vez mais, quebrando a impassividade do rosto inexpressivo do Lorde Drinkwater.

    Agon respondeu lentamente, mas com um tom severo:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig110 
    - Eu reconheço uma ameaça quando escuto uma, lorde Boros. Os impostos de suserania estão fixados no tratado de fundação da Casa Drinkwater em um terço da produção, o qual temos pago sempre honestamente e pontualmente. Se romper esse tratado, eu recorrerei ao seu suserano, Lorde Doran Martell, em Lançassolar! Acho que não gostaria disso, não é mesmo? E a segurança em minhas terras são minha responsabilidade. Khalid ou qualquer soldado de Paloferro é bem-vindo aqui para treinamento, mas não admitirei nenhuma movimentação militar em terras Drinkwater sem o comando dos Drinkwater!

    O tom de Agon era decidido e, pela primeira vez desde sua chegada a Drinkwater, abertamente hostil a Boros.


    GWYNETH


    Fazia menos de uma hora que Gwyneth fôra deixada só em seus aposentos quando ouviu uma batida na porta.

    Ao abrir-se, a porta deu passagem à Lady Laryssa Drinkwater, a esposa de Agon.

    Ela parecia aflita.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Laryss10
    - Desculpe-me por perturbá-la, lady Gwyneth! Seu pai e meu marido estão discutindo no salão, e seu pai fez ameaças, inclusive de partir ao amanhecer! Lorde Agon é fiel à casa Yronwood, mas não vai se submeter a autoritarismos. Se eles se separarem em maus termos, temo que poderá haver guerra. Há algo que milady possa fazer?
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Xafic Zahi Ter Abr 09, 2024 9:39 pm

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    Raja escreveu:- Eles são administradores, não conquistadores. Não são as melhores pessoas para você procurar quando precisa planejar uma guerra. Eles nem mesmo são soldados, nem um deles.

    - Você tem razão. Um conselho heterogêneo, formado por pessoas com diferentes experiências, certamente seria mais proveitoso.

    Raja escreveu:- Os nobres podem falar muito sobre tradições de amizade em permitir que seus herdeiros cresçam criados pelos seus vizinhos, mas pensando em termos militares dá pra ver melhor o porquê da presença de Quentyn em Paloferro. Ele é um refém. Foi cedido à Casa Yronwood para garantir a amizade da Casa Martell. Lançassolar não atacaria Paloferro com seu herdeiro aqui. Ele é uma garantia.

    - Os Martell não nos intimidam. Se ousarem nos atacar, enfrentaremos sua fúria com o dobro da força. Ainda assim, nossa honra deve estar na nossa capacidade de defender e conquistar o que nos é de direito, e não na covardia de usar um refém como escudo.

    Raja escreveu:- Isso seria sábio. Se me permitir, posso acompanhá-lo nessas viagens.

    - Compreendo seu desejo de participar. Assim como para mim, ela também oferecem a você uma oportunidade para aprimorar suas habilidades como guerreira e oficial. Sua companhia é bem vinda, Raja.

    Durante a reunião com Bannar, Khalid se sentiu à vontade na presença do capitão, e o entusiasmo era mútuo.

    Bennar escreveu:- É claro, Filho do Sanguerreal! Normalmente, os batedores agem sozinho ou em duplas, mas com sua presença eu acho que seria melhor mandar quatro homens com o senhor. Eles estarão preparados, senhor, eu mesmo os selecionarei.

    - Agradeço sua presteza. Uma das oficiais do nosso exército, Raja, também se juntará. Acredito que essa informação deva ser considerada na escolha dos membros do grupo. Partiremos assim que meu pai retornar, o que deve acontecer a não mais de cinco dias.

    Khalid passou algumas horas conversando com o homem, questionando sobre aspectos práticos do trabalho dos batedores e pedindo orientações concretas de como devia se preparar para sua primeira viagem.

    Ao terminar a reunião, o que considerou frutifera e agradável, um desgosto amargo invadiu a sua mente ao lembrar que teria que se reunir com o Conselho no dia seguinte. Khalid estava decidido que ele próprio não tomaria nenhuma medida que afetasse a governabilidade de Paloferro, e se assim fizesse, certamente não seria com base nas orientações do trio. Por isso, pediu à um serviçal que comunicasse a eles que as sessões estavam suspensas e retornariam somente em caso de necessidade ou com o retorno de seu pai.

    Mais leve com essa decisão e sem o peso da obrigação de permanecer o dia seguinte preso no salão, uma vontade de liberdade despertou dentro de si. Animado, buscou Brida e Quentyn Martell:

    - Ainda dá tempo de irmos à Vila de Pedra para o jantar. Se aceitarem, mandarei prepararem os cavalos - O tom era descontraído, contrastando com a seriedade dos dias anteriores.

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por El Cabron Qua Abr 10, 2024 2:49 pm



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 _64b4d11

    Finalmente havia tirado alguma reação genuína do Senhor das Terras Drinkwater.

    - Está me acusando de ameaçá-lo, Lorde Agon?

    A voz de Boros era tão firme quanto a do próprio Drinkwater.

    - Se quer ir se queixar ao Príncipe, que o faça, mas é bom ter provas dessa suposta ameaça que diz sofrer.

    Assim que terminou sua frase, encarou Agon sem exaltar-se ou demonstrar qualquer sinal de contrariedade às afirmações do Drinkwater.

    - Vá, pegue sua carruagem e marche com o sol sobre a cabeça; talvez entre algum juízo nas semanas que terá até chegar em Lançassolar. Vá berrar ao Príncipe que seu suserano está ajustando seus impostos. Certamente estenderão o tapete tão bem quanto você para recebê-lo.

    Não se alongaria mais no assunto, tão pouco em relação aos comentários feitos sobre a segurança de suas terras. Se aquilo tudo era um blefe ou de fato um desejo do Lorde de Paloferro, só o tempo diria.

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por thendara_selune Sáb Abr 13, 2024 9:17 pm

    Gwyneth Yronwood


    Tenha piedade daqueles que não sentem absolutamente nada.



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 5630a6b8c5e8a6f1fab58b1ef0bb42565da625f8


    Um leve cochilo, quase indistinguível de um sonho fugaz, foi bruscamente interrompido por batidas insistentes na porta. Ao abri-la, encontrei Lady Laryssa. Seu rosto, usualmente belo, estava agora marcado por uma aflição que me apertava o coração. As palavras que ela proferiu ressoaram em minha mente como sussurros sinistros, lançando sombras sobre a tranquilidade até então presente. Conhecendo meu pai profundamente, eu sabia que suas palavras, uma vez lançadas ao vento, jamais se extinguiriam facilmente; elas sempre tomavam vida própria, transformando-se em incêndios que só cessavam quando seu desejo era plenamente consumado.

    Levantei-me às pressas, ainda trajando minha camisola bordada, agora perfumada com o óleo herbal que havia aplicado no corpo. Abracei Laryssa suavemente, tentando amenizar sua angústia com o calor de meu abraço. "Minha querida Lady," murmurei com uma voz tranquilizadora, "sua preocupação é compreensível, mas palavras ao vento podem se dissipar sem deixar vestígios. Embora meu coração se aperte neste momento, meu pai e seu esposo são homens sábios e de temperamentos distintos. Se eu me intrometesse agora, poderia parecer um desafio ao meu pai, o que apenas agravaria a situação. E se a senhora se apresentasse, enfrentaria a desaprovação de seu marido, pois se desejassem nossa presença, certamente nos teriam chamado. Por ora, devemos aguardar. A guerra nunca é uma solução desejável, e estou confiante de que encontrarão um meio pacífico de resolver isso."


    No fundo, eu sabia que meu pai não cedia facilmente. Se Lorde Agon não encontrasse uma saída, a situação também não seria fácil para ele. No entanto, eu não queria permanecer ali, alimentando conjecturas sobre quem detinha mais poder ou quem era mais ou menos submisso. Era um jogo infantil de teimosia que apenas aumentaria a tensão.

    O essencial, naquele momento, era que Lady Laryssa se tranquilizasse e aguardasse o desenrolar dos eventos. Na viagem de volta, teria a oportunidade de conversar com meu pai longe de ouvidos alheios e tentar mediar a situação de maneira mais eficaz.


    Falas
    Pensamentos ou falas de PJ/NPCs






    Brida sobrinha do Meistre:

    Era Emir, mas postaram"Amir" HAHA então mudei e não tem problema. Quando der muda a imagem dele @Alexyus cheers Cool

    Sor Amir é introvertido, racional e meticuloso.:





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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Abr 20, 2024 8:45 pm

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    Raja escreveu:- Eles são administradores, não conquistadores. Não são as melhores pessoas para você procurar quando precisa planejar uma guerra. Eles nem mesmo são soldados, nem um deles.

    - Você tem razão. Um conselho heterogêneo, formado por pessoas com diferentes experiências, certamente seria mais proveitoso.

    Raja escreveu:- Os nobres podem falar muito sobre tradições de amizade em permitir que seus herdeiros cresçam criados pelos seus vizinhos, mas pensando em termos militares dá pra ver melhor o porquê da presença de Quentyn em Paloferro. Ele é um refém. Foi cedido à Casa Yronwood para garantir a amizade da Casa Martell. Lançassolar não atacaria Paloferro com seu herdeiro aqui. Ele é uma garantia.

    - Os Martell não nos intimidam. Se ousarem nos atacar, enfrentaremos sua fúria com o dobro da força. Ainda assim, nossa honra deve estar na nossa capacidade de defender e conquistar o que nos é de direito, e não na covardia de usar um refém como escudo.

    Raja escreveu:- Isso seria sábio. Se me permitir, posso acompanhá-lo nessas viagens.

    - Compreendo seu desejo de participar. Assim como para mim, ela também oferecem a você uma oportunidade para aprimorar suas habilidades como guerreira e oficial. Sua companhia é bem vinda, Raja.

    Durante a reunião com Bannar, Khalid se sentiu à vontade na presença do capitão, e o entusiasmo era mútuo.

    Bennar escreveu:- É claro, Filho do Sanguerreal! Normalmente, os batedores agem sozinho ou em duplas, mas com sua presença eu acho que seria melhor mandar quatro homens com o senhor. Eles estarão preparados, senhor, eu mesmo os selecionarei.

    - Agradeço sua presteza. Uma das oficiais do nosso exército, Raja, também se juntará. Acredito que essa informação deva ser considerada na escolha dos membros do grupo. Partiremos assim que meu pai retornar, o que deve acontecer a não mais de cinco dias.

    Khalid passou algumas horas conversando com o homem, questionando sobre aspectos práticos do trabalho dos batedores e pedindo orientações concretas de como devia se preparar para sua primeira viagem.

    Ao terminar a reunião, que considerou frutifera e agradável, um desgosto invadiu a sua mente ao lembrar que teria que se reunir com o Conselho no dia seguinte. Khalid estava decidido que ele próprio não tomaria nenhuma medida que afetasse a governabilidade de Paloferro, e se assim fizesse, certamente não seria com base nas orientações do trio. Por isso, pediu que comunicassem a eles que as sessões estavam suspensas até que alguma necessidade surgiesse ou com o retorno de seu pai.

    Mais leve com a decisão e sem o peso da obrigação de permanecer o dia seguinte preso no salão, sentiu-se à vontade para tratar dos assuntos que realmente lhe competiam. Determinou uma reunião com os oficiais do exército, incluindo as presenças de meistre Thomas e Capitão Alan Wood.

    Diferentemente de seu comportamento durante as sessões do conselho, Khalid estava bastante comunicativo. Reconhecia nas pessoas ali reunidas semelhanças consigo mesmo, o que o deixava à vontade. Conversou com os oficiais, chamando-os pelo nome e perguntando sobre suas famílias, elogiou o conhecimento de Brida sobre ervas para o meistre Thomas e falou com Alan Wood detalhes sobre o Mar de Dorne.

    - Muito bem, agora vamos nos sentar. Preciso comunicar o motivo dessa reunião. Dentro dos próximos dias, daremos início à uma incursão que reforçará nossa presença e garantirá a segurança de nossas terras. Nossas forças marcharão para leste e serão composta por 30 batedores, 70 soldados de infantaria e 50 trabalhadores de nossa unidade de apoio.

    Sobre a mesa, desdobrou um mapa da região, o qual havia obtido horas antes com Bennar Bathim.

    - Eu seguirei com um grupo de batedores à frente para realizar um reconhecimento avançado e identificar possíveis ameaças. Os trabalhadores seguirão a uma distância segura atrás de nós. Enquanto isso, a infantaria, sob o comando de Raja, permanecerá na retaguarda para proteger os trabalhadores e assegurar a segurança de todo o grupo.

    - Ao alcançarmos o Flagelo, é necessário que as três unidades se reúnam e estabeleçam um acampamento provisório. Esse acampamento fornecerá aos trabalhadores os recursos necessários para a construção de um Posto Avançado - Olhou para Alan Wood - Capitão, os suprimentos e materiais mais pesados serão transportados pelo mar, para não sobrecarregar nossa marcha em terra. E, só para deixar claro, nenhum soldado brincalhão está autorizado a pegar carona no navio - disse em tom descontraído - Futuramente, esse posto servirá aos nossos batedores para troca de cavalos cansados por montarias frescas.

    Voltou a indicar o mapa sobre a mesa:

    - Enquanto o Posto Avançado estiver sendo erguido, nossas unidades serão novamente subdivididas. Os batedores serão divididos em três pelotões. O primeiro irá assegurar nossa posição ao norte, em direção ao Mar de Dorne; o segundo ficará responsável pela segurança do sudoeste, até a divisa com as terras dos Uller; e o terceiro será encarregado de proteger nosso flanco leste, em direção à fronteira com os Allyrion. A infantaria, por sua vez, será dividida em dois regimentos, com 35 soldados cada. Raja liderará o primeiro regimento, que terá como missão proteger o acampamento provisório, auxiliar na construção do Posto Avançado e transportar o suprimento e materiais deixados pelo navio até o acampamento. Enquanto isso, eu liderarei o segundo regimento em direção nordeste, até Lorde Trebor. Uma torre de sinalização será erguida na fronteira com suas terras, portanto é sensato comunicarmos nossa intenção antes de procedermos com a construção.

    - Depois de comunicar Lorde Trebor, farei o retorno ao Flagelo, onde aguardaremos a conclusão da construção do Posto Avançado. Após sua finalização, seguiremos na formação original até a fronteira com as terras dos Jordayne, onde ergueremos a torre de sinalização, conforme planejado. Uma vez que a torre esteja construída, nossa missão estará concluída e retornaremos para Paloferro, desta vez utilizando o navio, que estará nos aguardando na costa.

    Khalid estava interessado em Sinistres Gris e aquela era uma excelente oportunidade de visualizar o rochedo de perto.

    - Como podem perceber, estamos prestes a iniciar uma campanha de duração razoável, que implica nossa ausência de Paloferro por um período significativo. A lei está presente em nossas terras, porém, infelizmente, não garantirá nossa proteção total contra criminosos e invasores. Por esse motivo, preparem-se bem para essa jornada. Além disso, aproveitem os próximos dias para desfrutar da companhia de seus entes queridos e recomendem seus soldados e trabalhadores a fazerem o mesmo. O tempo em família e amigos é precioso, e devemos valorizá-lo antes de partirmos para os desafios que nos aguardam.

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Alexyus Qui maio 09, 2024 12:19 pm

    GWYNETH

    "Minha querida Lady," murmurei com uma voz tranquilizadora, "sua preocupação é compreensível, mas palavras ao vento podem se dissipar sem deixar vestígios. Embora meu coração se aperte neste momento, meu pai e seu esposo são homens sábios e de temperamentos distintos. Se eu me intrometesse agora, poderia parecer um desafio ao meu pai, o que apenas agravaria a situação. E se a senhora se apresentasse, enfrentaria a desaprovação de seu marido, pois se desejassem nossa presença, certamente nos teriam chamado. Por ora, devemos aguardar. A guerra nunca é uma solução desejável, e estou confiante de que encontrarão um meio pacífico de resolver isso."

    Lady Laryssa Drinkwater ouviu as palavras de Gwyneth com humildade e submissão, mas Gwyneth podia perceber a decepção por trás da atitude servil da esposa de Agon.

    Provavelmente a senhora Drinkwater tinha nutrido a esperança de que Gwyneth pudesse interferir, mas as considerações da filha de Boros tinham destruído essa vã expectativa.

    Apesar disso, a postura da anfitriã continuou perfeitamente humilde, e assentiu, levantou-se e disse antes de se retirar:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Laryss10
    - Certamente, milady. Desculpe incomodá-la. Tenha uma boa noite.



    BOROS

    - Está me acusando de ameaçá-lo, Lorde Agon?

    Sor Agon Drinkwater não disse nada, apenas encarou impassivelmente o lorde Boros Yronwood.

    - Se quer ir se queixar ao Príncipe, que o faça, mas é bom ter provas dessa suposta ameaça que diz sofrer.

    Agon continuou imóvel e impassível.

    - Vá, pegue sua carruagem e marche com o sol sobre a cabeça; talvez entre algum juízo nas semanas que terá até chegar em Lançassolar. Vá berrar ao Príncipe que seu suserano está ajustando seus impostos. Certamente estenderão o tapete tão bem quanto você para recebê-lo.

    Lorde Drinkwater disse numa voz dura como pedra:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig110 
    - O senhor receberá um terço da produção de minhas terras, como está escrito em nosso contrato, Lorde Boros. Seus cavaleiros e soldados são bem-vindos para treinar no castelo Drinkwater, mas qualquer exército que vagueie pelos meus domínios será tratado como invasor. E agirei de acordo. Desejo-lhe uma boa noite de sono e uma boa viagem de retorno a Paloferro pela manhã.


    BOROS & GWYNETH

    Na alvorada do dia seguinte, a comitiva de Lorde Boros Yronwood estava preparada para partir. Havia um pouco de desordem entre eles, pois o aviso de partida do lorde fôra repentino e de última hora.

    Xaros estava sonolento, as vestes do Naja D'Areia estavam levemente desalinhadas, e Sor Raheen bronqueava com os dois soldados-batedores que ainda lutavam para acabar de carregar os corcéis-de-Dorne que os levariam de volta a Paloferro. Meistre Thomas estava solenemente silencioso.

    A partida do castelo Drinkwater não foi festiva. Lady Laryssa e seu filho Sor Aron estavam ali apenas para cumprir as formalidades, mas Lorde Agon e as duas filhas não tinham se dignado a apresentar quaisquer despedidas. A guarnição de soldados do castelo vigiou cada movimento da comitiva Yronwood até que eles tivessem cruzado os portões do castelo, que foi fechado imediatamente após sua passagem.

    A viagem de volta começou pelo cruzamento da grande planície na direção noroeste, com colinas e montanhas distantes moldando os horizontes de ambas as laterais do caminho. Por conselho dos batedores, Sor Raheem decidiu evitar o caminho que subiria e desceria colinas e preferiu virar a oeste e atravessar um rio não-nomeado, e felizmente o rio não estava com grande profundidade, como a maior parte dos rios de Dorne na maior parte do tempo. 

    Após o rio, a comitiva trilhou um acidentado caminho que beirava o rio enquanto mantinha as montanhas à sua esquerda. A noite os pegou no meio dessa parte do caminho, e foi ali que eles tiveram que montar acampamento.

    No dia seguinte, eles reiniciaram a viagem continuando o trecho acidentado sob os sopés das montanhas, completando a lenta curva do rio até o ponto onde seu rio afluente se dividia entre ele e seu outro ramo, aquele que circundava Paloferro. O cruzamento desse trecho do rio foi bem mais complexo, pois o terreno era inclinado em sua maior parte e foi difícil achar um ponto de travessia. Finalmente conseguiram um trecho para desmontar e atravessar a pé, puxando os cavalos, mas Xaros e o meistre escorregaram e tiveram de ser segurados pelos soldados para chegar a outra margem.

    O último trecho foi o mais difícil, uma trilha montanhosa e irregular que levaria ao castelo de Paloferro, tão estreita e íngreme que reduzia o ritmo de viagem à metade. Paloferro não dispunha de boas estradas, o que limitava a prosperidade da região. O caminho que seguiam, pouco mais que uma trilha de cabras, não chegava a ser muito elevado, e a visão do rio à direita os mantinha com uma sensação enganosa de pouca atitude, embora o horizonte além do cursso de água estivesse numa altitude bem abaixo de onde estavam.

    Na noite do segundo dia, eles finalmente chegaram ao castelo de Paloferro.   

    Caminho da comitiva:

    OFF: @El Cabron e @thendara_selune , podem criar cenas com os PNs durante a viagem se quiserem.


    KHALID

    Conversa com Raja

    - Os Martell não nos intimidam. Se ousarem nos atacar, enfrentaremos sua fúria com o dobro da força. Ainda assim, nossa honra deve estar na nossa capacidade de defender e conquistar o que nos é de direito, e não na covardia de usar um refém como escudo.

    Naja raciocinou com Khalid:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ed91cf10
    - Os Martell são a força mais poderosa de Dorne, e não há vergonha em reconhecer isso. Uma luta direta contra eles teria de ser ganha com estratégia, pois em pura força bruta eles seriam os vencedores. E a tradição dos protegidos é realmente a tomada de um refém, afinal de contas, mas é uma garantia diplomática da paz, ainda mais depois do que o Víbora Vermelha dos Martell fez a seu bisavô. É uma vantagem a ser usada, não desprezada.

    - Compreendo seu desejo de participar. Assim como para mim, ela também oferecem a você uma oportunidade para aprimorar suas habilidades como guerreira e oficial. Sua companhia é bem vinda, Raja.

    Raja assentiu prontamente, com uma gratidão quase palpável.

    Conversa com Bennar Bathim

    Bennar teve prazer em explicar a Khalid sobre a função de batedor.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69
    - Ser um batedor, milorde Khalid, é mais do que apenas cavalgar pelas terras desconhecidas. É sobre ser os olhos e ouvidos de vossa casa. Nós somos os primeiros a ver o inimigo se aproximar, os primeiros a relatar mudanças no terreno e os primeiros a encontrar oportunidades para vossa casa prosperar.

    Ele faz uma pausa, deixando as palavras afundarem no jovem herdeiro. 
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69
    - Mas ser um batedor também requer coragem e astúcia. Você precisa confiar em seus instintos e aprender a ler os sinais da natureza. Às vezes, a diferença entre a vida e a morte está em uma pegada ou em uma folha quebrada.

    Com um aceno de cabeça, Bennar concluiu: 
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69
    - Ser um batedor é uma honra, filho do Sanguerreal. Mas também é uma responsabilidade pesada. Você verá o peso desse fardo quando vier conosco.

    Noite com Brida e Quentyn

    Animado, buscou Brida e Quentyn Martell:

    - Ainda dá tempo de irmos à Vila de Pedra para o jantar. Se aceitarem, mandarei prepararem os cavalos - O tom era descontraído, contrastando com a seriedade dos dias anteriores.

    Brida sorriu lisonjeada, e Quentyn assentiu, concordando muito solenemente, com seu jeito formal de sempre.

    À cavalo, Vila de Pedra ficava a menos de uma hora de distância, e uma rápida cavalgada levaria o trio com facilidade à comunidade dos Yronwood.

    Cruzar o grande rio ao redor de Paloferro era fácil usando uma velha ponte de madeira. Pouco depois, eles cruzaram uma segunda ponte de madeira, bem mais cuidada que a primeira, e cruzaram o rio que circundava toda a Vila de Pedra.

    Ali, havia várias fazendas ao longo das margens do rio, proporcionando acesso fácil à água potável e aos recursos naturais. Onde não havia plantações, havia pastagens para os animais dos aldeões. A vila propriamente dita não tinha muros, apenas uma cerca de madeira baixa delimitando o círculo de casas e prédios de madeira. No centro da vila, havia uma praça principal, onde um pequeno altar aos Sete servia como o ponto focal espiritual e social da comunidade. Ao redor da praça, as casas dos habitantes eram agrupadas em ruas estreitas e sinuosas, construídas com materiais locais, como madeira e barro. 

    As casas eram modestas, muitas vezes feitas de adobe ou pedra, com telhados de palha ou madeira. Cada casa tinha apenas um ou dois cômodos, com uma lareira no centro para cozinhar e aquecer. Janelas pequenas cobertas com cortinas pesadas de tecido ou couro permitiam a entrada de luz e ar fresco quando abertas. As casas estavam dispostas de forma irregular ao longo das ruas estreitas, refletindo o crescimento orgânico da vila ao longo do tempo.

    A economia da vila era baseada principalmente na agricultura de subsistência, com os habitantes cultivando campos próximos para produzir grãos, vegetais e frutas. Além disso, criavam gado, ovelhas e cabras para carne, leite e lã. Algumas famílias se envolviam também na produção artesanal, como tecelagem, cerâmica e carpintaria, para complementar sua renda agrícola, mas a qualidade dos produtos era apenas passável. Havia um ancião na vila que servia como líder comunitário, embora não tivesse sido oficialmente nomeado pelo lorde Yronwood, sendo muito mais uma liderança orgânica.

    Além do altar, a vila tinha uma forja, essencial para reparos de ferramentas agrícolas e equipamentos. Também havia um moinho movido a água nas proximidades para moer grãos. E claro, uma taverna modesta, onde os moradores se reuniam para socializar e relaxar depois de um dia de trabalho nos campos. Era para esse último lugar que Khalid e seus amigos poderiam ir à procura de diversão.

    Vila de Pedra:

    Conselho de guerra de Khalid

    Determinou uma reunião com os oficiais do exército, incluindo as presenças de meistre Thomas e Capitão Alan Wood.

    Meistre Thomas tinha acompanhado o pai, Lorde Boros, por isso essa convocação de Khalid foi inócua.

    O capitão do Bravata, Alan Wood, foi o primeiro a chegar. O porto de Yronwood era bem distante do castelo de Paloferro, mas o capitão da pequena esquadra da casa estava convenientemente no castelo quando Khalid o chamou. Ele parecia incomodado longe do mar, mas era um respeitador da hierarquia.

    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Fab0ce10

    Ele já conhecera Bennar Bathim, o líder dos batedores, que se fez também presente com prontidão e um sorriso acolhedor.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69

    O oficial das tropas de Apoio era Abraham Alicer, que se sentiu lisonjeado com o interesse de Khalid por sua família.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Abraha10

    O capítão da infantaria, Ibrahim Intifah, era um homem mais duro, um guerreiro experiente, de poucas palavras e impiedosamente objetivo. Ele respondeu monosssilabicamente às cordialidades de Khalid.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ibrahi10

    - Muito bem, agora vamos nos sentar. Preciso comunicar o motivo dessa reunião. Dentro dos próximos dias, daremos início à uma incursão que reforçará nossa presença e garantirá a segurança de nossas terras. Nossas forças marcharão para leste e serão composta por 30 batedores, 70 soldados de infantaria e 50 trabalhadores de nossa unidade de apoio.

    Os quatro homens se sentaram para ouvir. Khalid sabia que cada batalhão contava com 100 homens, portanto estava dispondo de um terço dos batedores, de três quartos da infantaria e metade das unidades de apoio.

    Eles ouviram todos os planos de Khalid com atenção, acenando sua concordância com a cabeça.

    Ao final, Bennar foi o primeiro a comentar:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 361258aac5af83caf9a5171147a7ea69
    - Parece que está querendo reforçar a demarcação das fronteiras de vossa casa, filho do Sanguerreal. Mas a nascente do Flagelo fica fora de vossas terras. Seria sábio falar com seus vizinhos para evitar que outras casas nos ataquem.

    Ibrahim aproveitou o ensejo:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Ibrahi10
    - E não leve a infantaria quando for visitar outros lordes! Vai parecer um ataque, além de forçar os soldados à uma marcha longa, dura e desnecessária. Leve batedores, eles são mais rápidos, já que viajam montados!

    O capitão Wood observou:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Fab0ce10
    - Teremos que procurar um porto natural onde possamos descarregar materiais, já que não teremos cais para isso. Alguns pontos ficarão distantes dos locais que o senhor planejou para os postos avançados. Teremos que pensar nessa logística com cuidado. 

    Por fim, o pacato Abraham acrescentou:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Abraha10
    - Nossos homens podem construir o que for de seu desejo, milorde, desde que tenhamos os materiais necessários. Mas depois de prontos, esses edifícios precisarão ser ocupados por alguém. Além de uma guarnição de soldados, precisarão de provisões constantes para lá ficarem. Diga o que devemos fazer sobre isso, e assim será feito!

    Os ambiciosos planos de Khalid ainda careciam de detalhes para serem viabilizados.

    E dentro em pouco seu pai e sua irmã retornariam.
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    Mensagem por El Cabron Qui maio 09, 2024 1:33 pm



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 _64b4d11


    RETORNO À PALOFERRO


    Boros estava em um silêncio sepulcral desde que saíram das terras Drinkwater. No balançar da carruagem que o trazia juntamente com sua filha, sua expressão era séria e permaneceu assim durante um bom tempo, até que

    - Eu…

    A voz do Lorde era fraca e baixa

    - Devo desculpas a você, minha filha.

    Fez uma pausa e olhou pela pequena janela da carruagem.

    - Eu a trouxe para que me ajudasse nas conversas com Lorde Agon e acabei a deixando de lado…

    Boros voltou a olhar a filha e estendeu a mão, esperando que ela pousasse a sua sobre a dele.

    - Fui impulsivo e nenhum pouco inteligente. Se você estivesse lá, certamente o rumo das coisas teriam sido diferentes.

    As palavras do Lorde eram arrastadas e pesadas. Os anos fora de Paloferro, nas Ilhas do Verão, o faziam ser um Lorde muito diferente da maioria dos de Westeros e isso eventualmente era demonstrado às pessoas mais próximas a ele: seus filhos.

    - Ao chegarmos em Paloferro quero reunir todo o Conselho. Definir com mais precisão nossos próximos passos…

    Boros viu seu plano escapar por entre as próprias mãos. Esperava que fosse bem recebido pelo Lorde Drinkwater e queria poder retribuir isso. Seu desejo, de fato, era que suas relações se estreitassem, comercialmente ou politicamente, mas a resistência de Agon fizera com que o Yronwood tomasse tal ação como uma ‘’ofensa velada’’. Talvez estivesse ficando velho para aquele jogo. Ou talvez tivesse começado a jogá-lo tardiamente. Não importava mais. Era hora de retornar para casa.

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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Xafic Zahi Sex maio 10, 2024 10:11 am

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    Raja escreveu:- Os Martell são a força mais poderosa de Dorne, e não há vergonha em reconhecer isso. Uma luta direta contra eles teria de ser ganha com estratégia, pois em pura força bruta eles seriam os vencedores. E a tradição dos protegidos é realmente a tomada de um refém, afinal de contas, mas é uma garantia diplomática da paz, ainda mais depois do que o Víbora Vermelha dos Martell fez a seu bisavô. É uma vantagem a ser usada, não desprezada.

    - Tenho uma compreensão da função do protegido como um instrumento diplomático. Uma garantia de paz. Contudo, não acredito que a Casa Yronwood deva ficar submetida a essa prática que, ao meu ver, mancha nosso nome. Quentyn teve sua convivência com a família cerceada e suas escolhas de vida limitadas, a fim de servir como um escudo para nós. Isso não é digno. Se precisamos de uma garantia contra os Martell, que seja a força de um exército superior - Parou de caminhar e olhou para ela - Não tem um dia em minha vida que eu não queira que a Casa Yronwood brilhe e se torne referência de bravura e glória para toda Dorne, mas quero que isso seja conquistado com suor e honra, e não com subterfúgios, mesmo que estes façam parte de nossa cultura.

    Noite com Brida e Quentyn


    Enquanto se dirigiram para Vila da Pedra, Khalid ficou em silêncio durante algum tempo. Lembrava-se das palavras de Bennar e tentava prestar atenção em cada detalhe da estrada, a calcular mentalmente a distância entre as pontes de madeira e notar particularidades em cada uma das fazendas pelas quais passava. Se o sucesso de um exército dependesse de sua percepção e capacidade de relatar tudo o que tinha visto naquele curto caminho, ele seria capaz? Tinha dúvidas, o que o fazia admirar ainda mais o trabalho dos batedores. Depois, voltou sua atenção para seus colegas, especialmente para o Martell e o modo que ele olhava para Brida. Tinha curiosidade de saber se o formalismo dele também se estendia às mulheres.

    - Vila da Pedra é muito diferente das que ficam perto do Torentine, Brida? - Puxou conversa quando finalmente cruzaram a cerca de madeira - Você é de lá, né? Conheceu pessoalmente o Estrela Negra? - Khalid, como combatente, tinha curiosidade sobre Gerold - Dizem que ele é um guerreiro formidável hoje em dia.

    Quando chegaram na praça principal, disse:

    - Vamos cumprimentar o ancião - Khalid reconhecia a raridade de liderança sem o respaldo de um título, por isso admirava profundamente aquele homem.

    Quando ele o atendeu, Khalid tratou-o com a mesma simpatia que dedicava aos seus oficiais. Após os cumprimentos iniciais, perguntou se gostaria de compartilhar as necessidades mais urgentes da vila. Deixou claro que muitas questões dependiam da intervenção de seu pai, mas que estava disposto a oferecer ajuda dentro de suas possibilidades. Por fim, indagou se ele tinha acesso ao Conselho de Paloferro e se suas necessidades eram consideradas por eles.

    Depois, sugeriu que se fossem à taverna.

    - Vinho de Dornish para mim - pediu, enquanto se acomodavam. - Não se sinta pressionada, Brida. Dizem que aqui servem um refrescante suco de romã

    - Quentyn, por favor, sinta-se à vontade para escolher o que vamos comer.

    Enquanto jantavam, perguntou casualmente:

    -  Brida, sempre me intrigou uma coisa... Por que você, com toda sua sabedoria e graça, não é Dama de Companhia de minha irmã? Vocês têm uma relação tão próxima, não têm?

    Ao retornarem para Paloferro, Khalid não foi imeditamente para seus aposentos, e procurou uma oportunidade de falar a sós com Brida.

    - Há um assunto que queria discutir com seu tio, mas como ele acompanhou a comitiva até os Drinkwater, gostaria de saber se você pode me ajudar. Durante nossa ida à Vila da Pedra, não encontrei a oportunidade de falar contigo sem o Quentyn por perto. Teria um momento agora, apesar do horário?

    Caso houvesse resposta afirmativa, prosseguiria:

    - Tem conhecimento sobre ervas que alteram a cor da fumaça? - Percebendo que sua pergunta era um tanto incomum, riu e decidiu se explicar - É para as futuras torres que construiremos em pontos específicos da região. Tenho a intenção de aprimorar a comunicação de Paloferro, e a fumaça será um desses meios. Ocorre que só sei como produzir dois tipos de fumaça, branca e preta, o que limita as possibilidades de sinalização das torres. Se houvessem mais cores disponíveis, nossa capacidade de comunicação seria consideravelmente ampliada.

    Conselho de guerra de Khalid

    Bennar escreveu:- Parece que está querendo reforçar a demarcação das fronteiras de vossa casa, filho do Sanguerreal. Mas a nascente do Flagelo fica fora de vossas terras. Seria sábio falar com seus vizinhos para evitar que outras casas nos ataquem.

    Ibrahim escreveu:- E não leve a infantaria quando for visitar outros lordes! Vai parecer um ataque, além de forçar os soldados à uma marcha longa, dura e desnecessária. Leve batedores, eles são mais rápidos, já que viajam montados!

    - De acordo, senhores. Assim farei.

    Com a observação sobre a nascente do Flagelo, pediu:

    - Tenho a necessidade de um mapa mais detalhado. Não um topográfico, como o que já possuo, mas um mapa político. Preciso entender as fronteiras, os territórios e as influências atuais em nossa região.

    capitão Wood escreveu:- Teremos que procurar um porto natural onde possamos descarregar materiais, já que não teremos cais para isso. Alguns pontos ficarão distantes dos locais que o senhor planejou para os postos avançados. Teremos que pensar nessa logística com cuidado.

    - De imediato, pensei em uma ancoragem próxima à costa, com os materiais sendo transferidos do navio para embarcações menores e, em seguida, para a praia. De toda forma, confio plenamente em sua competência e criatividade para executar essa tarefa, capitão. Apenas peço que, caso surja alguma necessidade atípica, você a comunique nos próximos dias, enquanto ainda estou ocupando o cargo de Lorde. Desta forma, será mais fácil obter a aprovação necessária - Disse, num tom descontraído.

    Abraham escreveu:- Nossos homens podem construir o que for de seu desejo, milorde, desde que tenhamos os materiais necessários. Mas depois de prontos, esses edifícios precisarão ser ocupados por alguém. Além de uma guarnição de soldados, precisarão de provisões constantes para lá ficarem. Diga o que devemos fazer sobre isso, e assim será feito!

    - Você está correto, Abraham. Tenho o desejo de estabelecer em cada posto uma guarnição composta por 3 soldados para defesa, 2 batedores de apoio e 1 especialista encarregado da manutenção. Estabeleceremos também um sistema de revezamento, permitindo que aqueles que solicitarem ou que julgarmos pertinente sejam substituídos. Compreendo que essa alocação poderá criar uma lacuna em nosso efetivo no curto prazo, mas pretendo discutir com meu pai sobre o reforço de nossas forças. Digo a vocês que, até poucas horas atrás, eu ponderava sobre a possibilidade de eu próprio determinar o aumento do contingente de tropas. Contudo, creio que essa é uma decisão que deve ser tomada por ele, pois isso refletirá o valor que ele atribui a nós, soldados. Concordam?

    Noite da chegada da comitiva

    Quando soube que a comitiva de seu pai e irmã estava próxima, Khalid solicitou a preparação de um banquete de recepção e que os quartos de ambos fossem providos com as roupas de cama mais confortáveis disponíveis. Além disso, pediu que água quente fosse preparada para que eles pudessem se banhar após o jantar. Consciente do cansaço da viagem de ida e volta até a sede dos Drinkwater, Khalid desejava que encontrassem no lar o merecido descanso. Em frente ao castelo, acompanhado dos principais membros da Casa, aguardou a chegada.
    Emme


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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por thendara_selune Sex maio 10, 2024 8:38 pm

    Gwyneth Yronwood


    Tenha piedade daqueles que não sentem absolutamente nada.



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 200w.gif?cid=82a1493b06uqv3ugqp6gso9tjg97qhwhxc2dyvwgdnsh4nzr&ep=v1_gifs_related&rid=200w

    Observei a Senhora Drinkwater com atenção. Seus olhos carregavam decepção velada e sua boca se franzia em desaprovação. Era evidente que a disputa entre meu pai e o marido dela era algo sério, mas eu sabia que não cabia a mim intervir. Desde cedo, aprendi a silenciar meus pensamentos e agir com cautela, esperando o momento certo para falar.

    No dia seguinte, preparei-me para a viagem com pressa. Não tive tempo para um banho digno, então utilizei lenços umedecidos e óleo herbal para me refrescar. Uma lady deve estar sempre impecável, mesmo em situações adversas. Antes do sol nascer, já estava vestida com uma roupa leve e lenço preto com bordados e o aroma de ervas doces envolvia meu corpo. Meu semblante era impassível, uma máscara de compostura que escondia minhas preocupações. A agitação e a pressa em partir não me abalaram.

    Na carruagem, enquanto observava a paisagem deslizar pela janela, meu pai iniciou uma conversa. Seus olhos obsidianos se encontraram com os meus lilases. "Pai", respondi com voz suave, "eu o amo e o respeito." Coloquei minha mão sobre a dele e esbocei um sorriso tranquilizador. "Talvez Agon tenha interpretado mal nossas intenções", continuei. "Viemos aqui para confraternizar, para trocar ideias e visões. Mas, pelo que a Senhora Drinkwater me disse, a atmosfera era tensa, como se estivesse prestes a eclodir uma guerra."

    Meus pensamentos se agitaram. Entrar naquela sala seria constrangedor para todos. Seria como desfazer as palavras de meu pai e diminuir sua importância diante de Agon, que ao meu ver parecia desconfortável com nossa presença ou fosse outra coisa que não conseguia entender ainda. "O senhor passou muito tempo fora, pai", continuei. "O mundo aqui mudou enquanto estava ausente. As convenções sociais se tornaram mais rígidas e as pessoas se ofendem com mais facilidade. A guerra que antes assolava nossas terras agora é apenas uma lembrança. No entanto, o que aconteceu ontem me fez pensar que talvez Agon tenha visto algo em nós que eu não vi. Insubordinação velada, provocação sutil ou até mesmo uma antipatia sem motivo concreto. Seja qual for o motivo, ele deveria ter sido mais receptivo, fingido ao menos um pouco de cordialidade. O mundo gira, meu pai, e o que aconteceu não deve ser motivo de lamentação. Mas permita-me dizer que o senhor não deve desistir do seu desejo de se aproximar das outras casas. Laços de amizade e alianças são construídos com o tempo, mas podem ser desfeitos em um piscar de olhos. Os Drinkwater podem pensar o que quiserem de nós, mas um dia saberão que tentamos manter um laço estreito com eles. Lorde Agon, por sua vez, optou pelo caminho da tolice..."
    Segurei a mão do meu pai com força, meus olhos brilhando com determinação. "Temos Quentyn Martell ao nosso lado, uma moeda de grande valor que pode nos ajudar a conquistar novos aliados. Permita-me cuidar dele pessoalmente. Tenhamos paciência e sigamos em frente, um passo de cada vez."
    Eu assentia com a cabeça, concordando com a ideia de ir até o pequeno conselho. O restante da viagem foi dedicado ao descanso. Apesar dos solavancos da carruagem e da demora, era melhor do que permanecer em um lugar onde meu pai não era bem-vindo.

    Noite da Chegada da Comitiva

    Ao avistarmos o castelo à distância, meu coração se aqueceu com a promessa de um lar familiar e aconchegante. A viagem longa e cansativa finalmente chegava ao fim. E, para minha grata surpresa, Khalid havia se antecipado, preparando tudo para nossa recepção.
    Ao descer da carruagem, um sorriso radiante iluminou meu rosto, mesmo que a fadiga da jornada ainda se fizesse presente. Diante das dificuldades, sempre acreditei no poder de um sorriso sincero para amenizar as tensões.

    "Que bom revê-lo, Khalid!", exclamei, abrindo meus braços para um caloroso abraço. Em seguida, peguei suas mãos e depositei um beijo carinhoso nas costas de cada uma, transmitindo meu apreço por sua dedicação e cuidado.
    Observando nosso pai descendo da carruagem, posicionei-me ao seu lado de meu irmão, pronta para enfrentarmos juntos o que quer que estivesse por vir. "Parece que você preparou tudo com muito esmero", comentei, dirigindo-me a Khalid com um tom de admiração. "Estou ansiosa por um banho quente para relaxar, mas prefiro adiar a conversa principal para amanhã. Talvez o pai queira falar com você ainda hoje", sussurrei com um olhar travesso, sugerindo que havia mais do que aparentava naquela recepção aparentemente tranquila.




    Falas
    Pensamentos ou falas de PJ/NPCs






    Brida sobrinha do Meistre:

    Era Emir, mas postaram"Amir" HAHA então mudei e não tem problema. Quando der muda a imagem dele   @Alexyus  cheers  Cool

    Sor Amir é introvertido, racional e meticuloso.:





    Visual:



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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Xafic Zahi Sex maio 17, 2024 9:41 pm

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    Khalid, sorridente, acolheu Gwyn em seus braços e afagou seu cabelo.

    - É bom te ver em casa - a voz transmitia carinho - É bom ver vocês todos em casa - Dessa vez, dirigiu-se especialmente ao pai. Aproximou-se dele e estendeu a mão para ajudá-lo a descer da carruagem. Um sinal de gentileza e cuidado.

    Gwyn escreveu:"Estou ansiosa por um banho quente para relaxar, mas prefiro adiar a conversa principal para amanhã. Talvez o pai queira falar com você ainda hoje", sussurrei com um olhar travesso, sugerindo que havia mais do que aparentava naquela recepção aparentemente tranquila.

    A resposta foi uma troca de olhares que continha um diálogo silencioso. Um entendimento e uma cumplicidade que só irmãos poderiam compartilhar

    - Então, acertei em pedir que preparassem um banho em seus aposentos - sorriu - Mas nem pensem em fugir depois! Um jantar especial os espera, e ficarei extremamente ofendido se não voltarem para me fazer companhia.

    Apesar da cobrança, Khalid esperou pacientemente pelos dois na sala de jantar. Membros importantes da casa foram convidados, mas havia instruído os servos para que o jantar tivesse início somente quando Boros e Gwyn estivessem presentes. Khalid se mostrava genuinamente feliz com o retorno de seu pai e irmã. O motivo principal era saber que a viagem tinha sido concluída com segurança e poder voltar a compartilhar a presença deles em momentos como o que estavam vivendo. Contudo, em seu íntimo, sabia que a alegria também era motivada pelo fato de que o retorno significava que ele estava livre das amarras da governança e que o momento para se juntar aos batedores estava cada vez mais perto. Ainda assim, aproveitou o festejo. Contou para Boros e Gwyn os eventos mais casuais dos últimos dias e sobre sua passagem pela Vila da Pedra, acompanhado por Briana e Quentyn.

    - Ele é um homem respeitável para aquelas pessoas e merece nossa atenção - disse a Boros sobre o ancião da Vila da Pedra - Por ser a voz delas, acredito que é sensato que tenha participação nas decisões que as afetarão.

    Já para Gwyn, informou sobre a promoção de Raja, de como a nova oficial tinha ficado feliz com o novo cargo, embora tivesse tentado se conter.

    - Quanto a Quentyn - disse em voz baixa, apenas para que sua irmã ouvisse - Ele continua fechado. Infelizmente, não tive sucesso. Desejo a você, Gwyn, melhor sorte do que a minha.

    - Meistre - dirigiu-se ao estudioso, em um dos poucos momentos em que não falava com a irmã e o pai - Durante os últimos anos, tenho me empenhado totalmente nas atividades marciais. Tenho colhido os resultados que sempre desejei, porém, não posso deixar de notar que, em outros aspectos, tenho deixado a desejar, como nas habilidades de escrita e leitura. Por isso, gostaria que disponibilizasse alguém para me ajudar com essa deficiência. Alguém que possa me acompanhar em incursões fora do castelo

    Depois, aguardou que cada membro da casa fosse se retirando naturalmente à medida que a noite avançava, até que somente o trio permanecesse.

    - Há um assunto que preciso abordar. Sei que estão cansados da viagem e provavelmente desejam descansar para acordar renovados amanhã. Reconheço que é um tanto descortês da minha parte mantê-los aqui. No entanto, pretendo partir amanhã pela manhã, e talvez esta seja a única oportunidade de conversarmos pessoalmente nos próximos meses.

    Khalid deixava claro a importância de que Gwyn e Boros participassem da conversa que estava prestes a iniciar, contudo, os respeitava, de forma que somente deu continuidade com a aquiescência deles. Detalhou, então, seu plano para a construção do posto avançado e das torres, com o mesmo nível de detalhamento que havia passado para seus oficiais dias atrás.

    - Voltarei pelo mar e, com sorte, pretendo visitar Sinistres Gris. Aquela prisão está próxima demais de nossas terras para ser ignorada militarmente - tomou um gole da taça - Mas espero não fazer isso antes do próximo ano. A construção do posto avançado no Flagelo e da torre de sinalização na fronteira com os Jordayne representam o início de um planejamento militar a longo prazo - começou a expor sua verdadeira intenção - Quero negociar com pequenos lordes e líderes locais para estabelecer torres e postos avançados em suas terras, especialmente aqueles em conflito ou com problemas com o cumprimento da lei. Com essas construções e nossos homens ostentando o estandarte dos Yronwood em suas terras, qualquer invasor pensará duas vezes antes de atacar o local. Eles saberão que enfrentam não apenas uma região isolada, mas uma aliança forte e preparada. Além da segurança que essa rede nos proporcionará, há uma vantagem política significativa. Teremos maior projeção de poder e influência. As fronteiras estarão abertas para nós e nossos soldados posicionados em pontos estratégicos, mesmo fora de nossas terras. Isso fortalecerá nossa posição não apenas militarmente, mas também politicamente. Precisamos mostrar que somos não só poderosos, mas também atuantes e disponíveis.

    Emme


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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por El Cabron Sáb maio 25, 2024 7:19 pm



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 _64b4d11


    RETORNO À PALOFERRO

    As palavras de Gwyneth trouxeram certo conforto para o Lorde, no entanto, aquilo tudo ainda parecia martelar sua mente. A filha trazia razão e sabedoria em suas palavras, algo que Boros precisou ao reunir-se com os Drinkwater, mas abriu mão pelo orgulho. Segurou firme a mão da filha e esboçou um pequeno sorriso. Ela tinha razão. Lordes como ele, nesse momento, seriam vistos como fracos, mas a filha, aos poucos, ia se tornando confidente ao pai, tal qual sua mãe fora em outro momento Elas aproximavam, era fato, e convergiam em Boros o lado mais emotivo e humano, deixando o “Lorde de Paloferro” e fazendo-o dele apenas o Homem Boros Yronwood, onde não era areia que corria por suas veias, mas sim sangue.

    - …

    O silêncio dizia tudo. Era o que precisava ouvir e a filha sabia disse. Era a forma do pai agradecer. Um aceno de cabeça, um esboço de sorriso, uma ruga que surgia em sua testa. Sinais que Gwyneth havia aprendido a ler ao longo dos anos que lhe davam a certeza que o pai estava orgulhoso.

    ***


    EM PALOFERRO

    A recepção oferecida por Khalid, por óbvio, havia sido o completo oposto de sua chegada em terras Drinkwater. Estava cansado, mas animou-se ao ver o filho, comandante e herdeiro ali, impositivamente aguardando-os. Era algo que Boros apreciava. Ao descer da carruagem, segurou firmemente a mão do filho que o ajudava e, assim que seus pés tocaram o arenoso chão, bateu firmemente nos ombros do filho, feliz por vê-lo.

    - É bom vê-lo, meu filho.

    ***


    Após um tempo em seus aposentos, onde pode descansar da viagem, pediu que Xaros fosse se informar sobre a situação geral a respeito de sua ausência. Em seguida, colocou uma grande e larga túnica branca, que tinha detalhes bordados em dourado, num alto relevo que entrelaçavam dos ombros ao fim de suas mangas, com formas que lembravam hexágonos.
    Sua chegada ao jantar, conforme organizado pelo filho, iniciou não apenas o banquete, mas também um breve resumo do que havia acontecido nas terras durante sua ausência, assim como outras conversas também surgiram.

    Xafic Zahi escreveu:
    - Ele é um homem respeitável para aquelas pessoas e merece nossa atenção - disse a Boros sobre o ancião da Vila da Pedra - Por ser a voz delas, acredito que é sensato que tenha participação nas decisões que as afetarão.

    - Não é uma ideia ruim, mas o Ancião precisa ser e estar acessível ao povo de Vila de Pedra. Colocá-lo no Conselho o faria passar mais tempo aqui do que entre aqueles que o vêem e o escutam. Por mais que não seja uma longa distância, colocar o velho, indo e vindo diariamente para cá, não me parece o ideal.

    Boros bebeu um gole da taça de vinho à sua frente.

    - Sei que as demandas de Vila de Pedra chegam através do Conselho, e confio neles para isso, mas, como eu disse, não é uma ideia ruim. Peça que o Ancião envie suas demandas diretamente para Xaros, pessoalmente, por um emissário ou um corvo, o que for mais prático a ele. Xaros irá repassá-las a mim e as levarei para discutir com o Conselho sempre que for necessário.

    Estava orgulhoso do filho.

    - Esse é o tipo de questionamento que se leva ao Conselho. Por que suspendeu as reuniões?

    Sua voz era calma, mas Khalid sabia que o questionamento do pai não lhe dava brecha para brincadeiras ou gozações; desejava uma resposta.

    Após a breve explicação de Khalid, pedindo que tanto o pai quanto a irmã permanecessem após o jantar, Boros franziu o cenho quando o filho disse que estaria partindo, mas escutou paciente todo o plano e objetivo de seu filho.

    - Gosto da ideia dos Postos Avançados em nossas fronteiras. É o tipo de demarcação que nos garante um controle maior de caravanas, exércitos ou invasores. Mas a ordem me parece incorreta…

    Boros ergueu-se da cadeira

    - Se está indo construir tais postos em outras terras, e falo de terras com Casas importantes de Dorne, precisará, primeiro, da autorização de seus respectivos Lordes. Casas menores podem se interessar, mas lideranças locais respondem territorialmente a alguém.

    Boros coçou a barba.

    - Além disso, se estas Casas menores forem vassalas de uma Casa Maior, pode haver aí algum conflito de interesses.

    Boros sentou-se novamente. O plano de Khalid era ousado e de difícil execução, mas o seu êxito garantiria, de fato, uma vantagem estratégica considerável. A expansão que tanto almejava, talvez, pudesse partir dali.

    - Se for negociar com estes Lordes, e principalmente, se for deslocar-se com unidades por Dorne, deverá enviar corvos com o selo Yronwood, informando que está apenas de passagem, do contrário estará colocando-se em risco, assim como a nossa Casa.

    Colando as costas na cadeira, pousou as mãos sobre a barriga, despretensiosamente.

    - Minha tia é Senhora na Casa Allyrion. Se seu desejo for de construir no Flagelo, talvez possa começar por lá. A depender do lugar, terá que conversar com os Jordayne, também.

    Inquieto, levantou-se mais uma vez.

    - Além disso, a divisão de unidades tem de ser extremamente bem calculada. Não podemos deixar nossas terras desprotegidas. Quem estará à frente destas incursões com você?

    Boros parou. Sua cabeça parecia girar com tantas informações que processava e certamente Khalid teria mais a dizer.

    Alexyus
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Alexyus Sáb maio 25, 2024 7:26 pm

    KHALID

    Noite com Brida e Quentyn

    - Vila da Pedra é muito diferente das que ficam perto do Torentine, Brida? - Puxou conversa quando finalmente cruzaram a cerca de madeira - Você é de lá, né? Conheceu pessoalmente o Estrela Negra? - Khalid, como combatente, tinha curiosidade sobre Gerold - Dizem que ele é um guerreiro formidável hoje em dia.

    Brida sorriu e respondeu faceira:
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    - Nem tanto assim, Khalid! Todas as vilas são um pouco parecidas... Quanto ao Estrela Negra, nunca o conheci pessoalmente, mas meu primo é um cavaleiro juramentado em Alto Ermitério, então provavelmente o conhece...

    - Vamos cumprimentar o ancião - Khalid reconhecia a raridade de liderança sem o respaldo de um título, por isso admirava profundamente aquele homem.

    Khalid entrou na pequena e acolhedora casa do ancião da Vila de Pedra, cujo nome era Aelian. O ambiente era simples, mas carregado de uma dignidade rústica que refletia a história e a resiliência de seus habitantes. O ancião, um homem de olhos cansados, mas cheios de sabedoria, levantou-se para cumprimentar Khalid com um leve aceno de cabeça, um sinal de respeito e reconhecimento. Aelian apertou a mão de Khalid com firmeza surpreendente para sua idade avançada. 

    Após os cumprimentos iniciais, Khalid se acomodou em uma cadeira de madeira bem trabalhada, provavelmente feita pelas mãos habilidosas dos artesãos locais. Ele olhou para o ancião com seriedade e respeito. Aelian sorriu levemente, apreciando a disposição do jovem herdeiro.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Alean10
    - Lorde Khalid, nossa vila enfrenta algumas dificuldades que têm se agravado com o tempo. A escassez de água é uma preocupação constante, especialmente nos meses de seca. As colheitas têm sido escassas e nossos campos precisam de irrigação melhor. Além disso, as estradas que ligam a Vila de Pedra às outras comunidades estão em péssimas condições, dificultando o comércio e o transporte de mercadorias. O Conselho de Paloferro, muitas vezes, se foca em questões mais amplas do reino, e as necessidades das vilas menores, como a Vila de Pedra, acabam negligenciadas.

    Aelian inclinou a cabeça em agradecimento, os olhos revelando um brilho de esperança.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Alean_10
    - Agradeço, lorde Khalid. Sua disposição em nos ajudar já é um grande alívio para todos nós. Saber que temos alguém em nossa defesa perante o conselho nos dá esperança de dias melhores.

    Com essas palavras, a reunião chegou ao fim, mas Khalid sabia que aquela conversa era apenas o começo de um esforço contínuo para melhorar a vida das pessoas sob seu cuidado. Ele se despediu do ancião com um aperto de mão firme.


    Estalagem Escudo do Deserto

    Khalid e seus amigos, Brida e Quentyn Martel, entraram na estalagem Escudo do Deserto, imediatamente sendo envolvidos pela atmosfera vibrante e acolhedora do lugar. A taverna era um refúgio animado onde viajantes e moradores se reuniam para compartilhar histórias, bebidas e companhia.

    Ao entrar, foram recebidos por um calor suave, proporcionado pelo grande lareira de pedra no centro do salão, onde chamas dançavam alegremente. As paredes eram de madeira robusta de pau-ferro, decoradas com tapeçarias coloridas que exibiam cenas de batalhas antigas, paisagens desérticas e animais nativos de Dorne. Tochas de ferro forjado iluminavam o ambiente com uma luz amarela e aconchegante, lançando sombras que dançavam ao ritmo das chamas. O chão era de madeira escura, desgastada pelos anos de passos pesados e danças animadas. Mesas e cadeiras de madeira maciça estavam espalhadas pelo salão, algumas ocupadas por grupos de pessoas que riam e conversavam animadamente. O cheiro de comida saborosa permeava o ar, uma mistura tentadora de carne assada, especiarias exóticas e pão fresco.

    Atrás do balcão de madeira polida, um estalajadeiro corpulento e de rosto amigável servia canecas de cerveja e taças de vinho com eficiência e destreza. Suas mãos calejadas moviam-se rapidamente enquanto atendia os pedidos dos clientes, oferecendo um sorriso caloroso a todos.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Estala12

    No canto da estalagem, um bardo tocava uma melodia alegre em um alaúde, sua música misturando-se com o burburinho das conversas e o tilintar das canecas. A melodia era contagiante, e alguns dos frequentadores mais animados batiam palmas e acompanhavam o ritmo com os pés.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig1_w10

    Brida, com seus olhos curiosos, observava tudo com um sorriso de satisfação. Quentyn Martel, sempre atento aos detalhes, analisava o ambiente com um olhar criterioso, enquanto Khalid procurava uma mesa livre onde pudessem se acomodar.

    A estalagem Escudo do Deserto era mais do que um simples local para comer e beber; era um ponto de encontro da Vila de Pedra, um lugar onde histórias eram compartilhadas e laços eram formados, oferecendo uma pausa acolhedora no árduo caminho através das terras áridas de Dorne.

    - Vinho de Dornish para mim - pediu, enquanto se acomodavam. - Não se sinta pressionada, Brida. Dizem que aqui servem um refrescante suco de romã.

    Brida sorriu ainda olhando em volta:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Brida_10
    - Vou aceitar sua sugestão! Uma jarra de suco de romã!

    - Quentyn, por favor, sinta-se à vontade para escolher o que vamos comer.

    Quentyn Martell, sempre com seu paladar refinado, aproximou-se do balcão da estalagem e analisou as opções disponíveis. Ele conversou brevemente com o estalajadeiro, que sugeriu os pratos mais populares da casa. Após uma breve reflexão, Quentyn fez sua escolha.
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    - Por favor, traga-nos um banquete típico de Dorne! Vamos começar com espetos de carne de cabrito assada, marinados em especiarias locais. Acompanhados de arroz temperado com açafrão e amêndoas, e pães achatados recém-assados. Para complementar, gostaria de um prato de figos frescos e tâmaras recheadas com nozes, além de uma salada de frutas cítricas para refrescar o paladar. E uma jarra do melhor vinho de Dorne, algo que combine bem com os sabores da comida.

    O estalajadeiro sorriu, apreciando a escolha de Quentyn.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Estala12
    - Excelente pedido, senhor. Vou providenciar tudo imediatamente. Tenham certeza de que vão desfrutar de uma verdadeira refeição dornesa.

    Quentyn agradeceu com um aceno de cabeça e voltou para a mesa onde Khalid e Brida o aguardavam, ansiosos para provar as delícias locais.

    -  Brida, sempre me intrigou uma coisa... Por que você, com toda sua sabedoria e graça, não é Dama de Companhia de minha irmã? Vocês têm uma relação tão próxima, não têm?
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Brida_10
    - A mãe de Gwyneth, Lady Morgouse, não gostava muito de mim, e nem de ninguém na verdade, muito próximo da sua irmã. Quando ela... desapareceu... tudo continuou mais ou menos igual. Eu auxiliando o meistre enquanto Gwyneth aprende ser como a senhora de Paloferro...


    Noite em Paloferro

    Ao retornarem para Paloferro, Khalid não foi imeditamente para seus aposentos, e procurou uma oportunidade de falar a sós com Brida.

    - Há um assunto que queria discutir com seu tio, mas como ele acompanhou a comitiva até os Drinkwater, gostaria de saber se você pode me ajudar. Durante nossa ida à Vila da Pedra, não encontrei a oportunidade de falar contigo sem o Quentyn por perto. Teria um momento agora, apesar do horário?

    Caso houvesse resposta afirmativa, prosseguiria:

    - Tem conhecimento sobre ervas que alteram a cor da fumaça? - Percebendo que sua pergunta era um tanto incomum, riu e decidiu se explicar - É para as futuras torres que construiremos em pontos específicos da região. Tenho a intenção de aprimorar a comunicação de Paloferro, e a fumaça será um desses meios. Ocorre que só sei como produzir dois tipos de fumaça, branca e preta, o que limita as possibilidades de sinalização das torres. Se houvessem mais cores disponíveis, nossa capacidade de comunicação seria consideravelmente ampliada.

    Não foi difícil para Khalid conseguir falar com Brida sem o sisudo Quentyn por perto. O herdeiro Martell se retirou educadamente para os seus aposentos enquanto Brida e Khalid conversavam. Brida ouviu com atenção a ideia de Khalid antes de responder com cuidado:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Brida_10
    - Basicamente, a cor da fumaça depende do que você queima. Eu sei fazer fumaça vermelha com pó de celestita, laranja com pó de conchas, amarela com pó de salitre, verde com pó de rochas de fontes termais, azul com pó de cobre, roxo com pó de potássio, rosa com pó de lítio, branca com pó de zinco ou cálcio... e claro, preta e cinza com carvão, dependendo da concentração! Você já sabe o significado de cada cor?


    Dia da Partida

    No dia seguinte ao retorno de seu pai e de sua meia-irmã, Khalid estava pronto para partir.

    Ainda era bem cedo e o sol mal tinha despontado no leste para aquecer as montanhas de Paloferro. O dia prometia ser quente, como a maioria dos dias em Dorne.

    Ao lado dele, os líderes dos batedores, Bennar Bathim, dos construtores, Abraham Alicer, e da infantaria, Ibrahim Intifah, estavam de olho em seus respectivos destacamentos. 

    Conforme os pedidos de Khalid, todos os preparativos estavam feitos. Os batedores montavam rápidos e leves corcéis-de Dorne, carregados apenas com o indispensável. A infantaria marcharia, com apenas duas carroças de suprimentos, enquanto faziam a escolta das unidades de Apoio. Essas, sim, estavam todas em duas dúzias de carroças bem carregadas com todo tipo de material para o trabalho a ser feito.

    Alguns dos materiais de construção ainda chegariam do porto, numa posição ainda a ser definida. A ausência de estradas nas terras dos Yronwood tornavam esses grandes deslocamentos lentos e difíceis, e Khalid estava dando apenas o primeiro passo para mudar isso.

    Raja estava com Khalid, também montada para acompanhar os batedores, quando Bennar acercou-se deles e disse:
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    - Filho do Sanguerreal, estamos prontos para partir! Conforme planejado, nós batedores partiremos na dianteira do comboio, indo e voltando para informar os demais. Estás preparado para cavalgar?

    OFF: @Xafic Zahi , faça um teste de Sobrevivência para determinar o desempenho durante a viagem. Se quiser, pode assinalar no mapa onde você quer construir.


    GWYNETH

    Gwyneth ainda estava cansada da viagem encerrada no dia anterior, mas levantou-se cedo para assistir a partida de Khalid e sua imensa expedição.

    Ela observava da muralha do castelo enquanto o exército de seu meio-irmão partia. Os soldados marchavam em formação ordenada, suas armaduras brilhando sob o sol intenso de Dorne. As bandeiras de Paloferro tremulavam ao vento, os símbolos da casa Yronwood visíveis em toda a extensão do exército. Gwyneth estava acompanhada de Brida, a ajudante do meistre, e de Sor Amyr, seu escudo juramentado.

    Enquanto seus olhos seguiam a figura de Khalid, que cavalgava à frente de suas tropas, Brida quebrou o silêncio.
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    - Milorde Khalid lidera bem - disse Brida suavemente, seu tom de voz refletindo tanto admiração quanto ansiedade. - Mas o campo de batalha é sempre imprevisível.

    Sor Amyr, um homem de presença imponente e expressão séria, estava ao lado de Gwyneth, com uma mão repousando sobre o punho de sua espada.
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    - Lady Gwyneth, seu irmão é um líder nato. Eu servi em muitas campanhas e sei reconhecer um comandante competente quando vejo um. Khalid não apenas inspira seus homens, mas também os protege. Ele voltará para casa em glória - disse Sor Amyr, tentando infundir confiança nas palavras para aliviar a preocupação de sua senhora.

    Brida deu um passo à frente, colocando uma mão gentil no braço de Gwyneth.
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    - Devemos ter esperança e fé. E enquanto ele estiver longe, faremos o que pudermos para manter Paloferro seguro e próspero. A força de nossa casa não está apenas no campo de batalha, mas também na resiliência de quem permanece.

    OFF: @thendara_selune , fique à vontade para continuar a cena ou começar outra com o que você quiser fazer.


    BOROS

    Lorde Boros Yronwood reuniu-se com o Conselho de Paloferro no dia seguinte ao de sua volta. 

    Estavam lá Melantria, Kayran e Thiana, o pequeno conselho. Além deles, também estavam lá Sor Raheen, Xaros e o Naja d'Areia.

    O ambiente na sala era sério e solene, refletindo a importância dos assuntos a serem discutidos. Melantria foi a primeira a relatar:
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    - Meu senhor, as colheitas deste ano estão abaixo da média devido à seca prolongada. Muitos dos agricultores estão preocupados com a escassez de água. Precisamos considerar alternativas para irrigação e talvez importação de grãos para garantir que não haja escassez de alimentos durante o inverno.

    Kayran foi o próximo a falar.
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    - Lorde Yronwood, o comércio com as cidades costeiras está prosperando, especialmente com Pentos e Lys. No entanto, os preços de certas especiarias e sedas aumentaram devido a problemas de transporte. Recomendo que revisemos nossas rotas de comércio e talvez consideremos novas parcerias para garantir que nossos mercadores continuem lucrativos.

    Thiana colocou outra preocupação na mesa.
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    - Meu senhor, os rumores vindos de Dorne falam de movimentações estranhas entre as casas menores. Há intrigas e alianças sendo formadas que podem afetar nossa segurança. Precisamos estar atentos às nossas fronteiras e fortalecer nossos laços com as casas aliadas.

    Sor Raheen fez seu próprio relatório:
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    - Lorde Yronwood, a guarda está em alerta máximo. Khalid levou muitos dos soldados, mas temos homens suficientes para defender o castelo. Não temos relatos de ameaças iminentes, mas é prudente aumentar a vigilância com os últimos desenvolvimentos nas casas vizinhas.

    Xaros comentou:
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    - Meu senhor, a lua está em uma fase auspiciosa. Aconselho que adiemos decisões importantes até o momento mais propício. Além disso, os astros indicam uma viagem benéfica para breve, onde poderemos receber bênçãos para o futuro de Paloferro.

    O Naja d'Areia permaneceu em silêncio durante toda a reunião, observando com atenção cada palavra dita e cada movimento feito na sala.
    Xafic Zahi
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Xafic Zahi Dom maio 26, 2024 11:43 am

    Khalid

    Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem


    COM BRIDA

    Brida escreveu:"- Nem tanto assim, Khalid! Todas as vilas são um pouco parecidas... Quanto ao Estrela Negra, nunca o conheci pessoalmente, mas meu primo é um cavaleiro juramentado em Alto Ermitério, então provavelmente o conhece..."

    - Fiquei curioso sobre seu primo. Qual é o nome dele? Vocês mantêm contato com frequência? É uma pena que ele não esteja em Paloferro, pois poderia fortalecer nosso exército ou ajudar na proteção do castelo e a treinar nossos soldados.

    Para Khalid, a festividade e o bom ânimo na estalagem não era significavam apenas entretenimento. Era um símbolo da força, da resiliência e do bem estar do povo que ele tinha responsabilidade de cuidar e proteger. Depois de apreciar a prazerosa combinação de comidas escolhidas por Quentyn, juntou-se às canções, às canecas de cerveja e à felicidade daquelas pessoas. Ao retornar para o castelo, seu coração estava alegre.

    Brida escreveu:- Basicamente, a cor da fumaça depende do que você queima. Eu sei fazer fumaça vermelha com pó de celestita, laranja com pó de conchas, amarela com pó de salitre, verde com pó de rochas de fontes termais, azul com pó de cobre, roxo com pó de potássio, rosa com pó de lítio, branca com pó de zinco ou cálcio... e claro, preta e cinza com carvão, dependendo da concentração! Você já sabe o significado de cada cor?

    - Você tem um conhecimento impressionante sobre o assunto - Sorriu e pensou por alguns instantes - Sim, eu tenho algumas ideias - Prevendo que a conversa renderia, sentou-se -  Fumaça vermelha indicará um alertar sobre situações de perigo imediato ou exército inimigo próximo. A fumaça laranja, aviso de condições climáticas adversas, como uma tempestade de areia ou outro fenômeno climático. Fumaça amarela, a necessidade de suprimento. Fumaça verde, para transmitir a necessidade da presença de um representante de Paloferro. Fumaça azul indicará que a necessidade anterior foi atendida ou neutralizada e a área está estável novamente. Ainda sobram cores. Certamente pensarei em algo para elas.

    COM BOROS E GWYN

    Boros escreveu:"- Não é uma ideia ruim, mas o Ancião precisa ser e estar acessível ao povo de Vila de Pedra. Colocá-lo no Conselho o faria passar mais tempo aqui do que entre aqueles que o vêem e o escutam. Por mais que não seja uma longa distância, colocar o velho, indo e vindo diariamente para cá, não me parece o ideal."

    "- Sei que as demandas de Vila de Pedra chegam através do Conselho, e confio neles para isso, mas, como eu disse, não é uma ideia ruim. Peça que o Ancião envie suas demandas diretamente para Xaros, pessoalmente, por um emissário ou um corvo, o que for mais prático a ele. Xaros irá repassá-las a mim e as levarei para discutir com o Conselho sempre que for necessário."

    - Não peço que ele seja inserido no Conselho, meu pai. Tenho ciência que muitos assuntos discutidos nas reuniões não dizem respeito à Vila. O que sugiro, se for de sua vontade, é que ele participe das decisões que afetem os moradores. Que ele seja ouvido quando for conveniente. Ele me relatou diversas necessidades, inclusive as mais básicas, como a escassez das colheitas, problemas com irrigação e dificuldades no comércio. Esses problemas não foram trazidos à minha atenção pelo Conselho e não parecem ser recentes, o que torna injustificável a demora em chegarem ao seu conhecimento.

    - Se me permite a sugestão, considere a viabilidade de estabelecer um mercado na Vila. Atrair mais pessoas para perto do castelo fortaleceria nossa comunidade e nossa defesa.

    Boros escreveu:"- Esse é o tipo de questionamento que se leva ao Conselho. Por que suspendeu as reuniões?"

    - Acredito na necessidade de um lorde contar com auxiliares de confiança. Melantria, Kayran e Thiana têm a sua confiança, não a minha. Pelo menos, não ainda. Seria prematuro da minha parte seguir os conselhos de indivíduos com quem ainda não estabeleci uma conexão sólida. Sei que todo Sanguerreal deseja a prosperidade da Casa e a proteção do povo. No entanto, também tenho ciência que cada um tem sua própria maneira de tentar alcançar esses objetivos. Governar com um conselho, como o senhor faz, é uma abordagem legítima e eficiente. Mas, no futuro, quando eu me tornar Lorde Yronwood, e espero que esse dia esteja distante, talvez eu adote outros métodos, igualmente eficazes.

    Boros escreveu:"- Além disso, se estas Casas menores forem vassalas de uma Casa Maior, pode haver aí algum conflito de interesses."

    - Estou confiante, pai, de que tanto o senhor quanto minha irmã serão capazes de manejar qualquer conflito de interesse que surja.

    Boros escreveu:"- Se for negociar com estes Lordes, e principalmente, se for deslocar-se com unidades por Dorne, deverá enviar corvos com o selo Yronwood, informando que está apenas de passagem, do contrário estará colocando-se em risco, assim como a nossa Casa."

    - Assim será feito, contudo, por meio de batedores em vez de corvos, considerando os possíveis imprevistos. Mesmo quando as construções ocorrerem em nossas terras, próximas à fronteira com outro lorde, garantiremos que este seja informado.

    Boros escreveu:"- Minha tia é Senhora na Casa Allyrion. Se seu desejo for de construir no Flagelo, talvez possa começar por lá. A depender do lugar, terá que conversar com os Jordayne, também."

    - Agradeço pela assistência. Sua intervenção junto à sua tia será de grande valia para nossos objetivos. Visitar o Lorde Trebor já está planejado.

    Boros escreveu:"- Além disso, a divisão de unidades tem de ser extremamente bem calculada. Não podemos deixar nossas terras desprotegidas. Quem estará à frente destas incursões com você?"

    - As primeiras torres e postos avançados serão erguidos em nossas terras. Dessa forma, elas estarão mais seguras com nosso exército marchando por elas do que com os soldados nos quartéis. Eu estarei na vanguarda, como minha posição exige. Faruk, filho de Ibrahim Intifah, estará no comando das tropas que permanecerão em Paloferro.

    DIA DA PARTIDA

    Contrariamente ao que pensou que aconteceria, Khalid havia dormido tranquilamente na noite que antecedia sua partida. Um sono restaurador, como há muito tempo não tinha. A primeira coisa que fez ao sair de seus aposentos, foi procurar a pessoa indicada por Thomas para acompanhá-lo durante a viagem, a fim de ensiná-lo a ler e a escrever. Desejava, em segredo, que meistre tivesse designado Brida. Nutria afeto por ela, que, além de ter a aparência que o agradava, reunia qualidades de inteligência e amabilidade. Sabia que seria descortês sugerir o nome dela, mas, de igual forma, compreendia que era improvável que Thomas mandasse que sua sobrinha acompanhasse o exército, como de fato não mandou. Khalid teve que afastar da sua imaginação pensamentos de uma abordagem de Quentyn à Brida durante sua ausência.

    Depois, seguiu para o quartel. Cumprimentou os homens que ali estavam e fez o desjejum com eles. Quando chegou o momento de se equipar, abandonou a armadura leve que costumava usar nos treinos e nas incursões anteriormente realizadas e deu lugar à armadura de couro curtido, mais leve e adequada para a função que desempenharia

    Sabia que a partida do exército seria uma cena a ser admirada por Paloferro, de forma que examinou o equipamento de todos os oficais e requereu que eles fizessem os mesmos com os soldados. No momento de partir, sua expressão era séria e determinada, e refletia a responsabilidade que sentia como líder. Trocou olhares breves com os oficiais e soldados mais próximos, transmitindo confiança e determinação, antes de se dirigir em voz alta e clara para todo o exército:

    - Amigos, ouçam-me atentamente! Os frutos do sucesso na mossa missão transcenderá os muros deste castelo. Garantiremos não apenas a segurança do nosso lar, mas também pavimentaremos o caminho para o desenvolvimento de toda a região. As áreas remotas, que há muito sofrem com a falta de proteção, ficarão seguras sob nossa guarda. As famílias que habitam essas regiões distantes, encontrarão alívio em nossa presença vigilante. Além disso, o sucesso desta missão abrirá portas para novas oportunidades. Aqueles que demonstrarem coragem e habilidade, serão reconhecidos e recompensados com patentes e responsabilidades dignas de seu valor. Portanto, meus companheiros, encarem os desafios que se apresentarem com determinação e bravura. Sejamos a vanguarda que liderará Paloferro rumo a um futuro mais próspero e seguro. Este é apenas o primeiro passo de muitos em direção a uma terra melhor para nós, para seus filhos, para suas mulheres e para as gerações futuras. Avante!

    Com um aceno decisivo, confirmou para Bennar que podiam iniciar a partida.


    Mapa:


    Emme


    [/quote]
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por El Cabron Dom maio 26, 2024 10:28 pm



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 _64b4d11

    Xafic Zahi escreveu:
    - Não peço que ele seja inserido no Conselho, meu pai. Tenho ciência que muitos assuntos discutidos nas reuniões não dizem respeito à Vila. O que sugiro, se for de sua vontade, é que ele participe das decisões que afetem os moradores. Que ele seja ouvido quando for conveniente. Ele me relatou diversas necessidades, inclusive as mais básicas, como a escassez das colheitas, problemas com irrigação e dificuldades no comércio. Esses problemas não foram trazidos à minha atenção pelo Conselho e não parecem ser recentes, o que torna injustificável a demora em chegarem ao seu conhecimento.

    - Os portões de Paloferro estarão abertos ao Ancião, meu filho. Não se preocupe com isso.

    Xafic Zahi escreveu:
    - Se me permite a sugestão, considere a viabilidade de estabelecer um mercado na Vila. Atrair mais pessoas para perto do castelo fortaleceria nossa comunidade e nossa defesa.

    - Se sua expedição não se tornar tão custosa, um mercado deve entrar nos planos, assim como o desenvolvimento de rotas e estradas.

    Xafic Zahi escreveu:- Acredito na necessidade de um lorde contar com auxiliares de confiança. Melantria, Kayran e Thiana têm a sua confiança, não a minha. Pelo menos, não ainda. Seria prematuro da minha parte seguir os conselhos de indivíduos com quem ainda não estabeleci uma conexão sólida. Sei que todo Sanguerreal deseja a prosperidade da Casa e a proteção do povo. No entanto, também tenho ciência que cada um tem sua própria maneira de tentar alcançar esses objetivos. Governar com um conselho, como o senhor faz, é uma abordagem legítima e eficiente. Mas, no futuro, quando eu me tornar Lorde Yronwood, e espero que esse dia esteja distante, talvez eu adote outros métodos, igualmente eficazes.

    - Então sugiro começar a construir sua própria rede, meu filho. Quando chegar a hora, poderá fazer da forma que quiser, mas não se feche para nada, Khalid. Seja Conselho ou outro tipo de organização que você faça, é sempre importante ouvir outros pontos de vista, principalmente se forem pessoas experientes.

    ***

    COM O CONSELHO

    Ao adentrar para a reunião com seu Conselho, Boros tomou a palavra antes mesmo do início da reunião. Xaros, embora não fosse um membro do Conselho, tinha uma cadeira exatamente ao lado direito de Boros, e era comum que o Lorde o escutasse algumas vezes durante as reuniões.

    - É bom vê-los. Xaros já me comunicou sobre algumas das reuniões que tiveram com Khalid e em como elas foram… O rapaz é jovem e tem o faro voltado para as ações militares. Como herdeiro, tem sido um bom combatente, embora a inexperiência em campo. Que R'hlor o guie nessa jornada.

    Serviu-se com uma jarra de água um pequeno copo de madeira que estava ao seu alcance, momento este em que o Conselho, de fato, iniciou-se.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 A53e7510
    - Meu senhor, as colheitas deste ano estão abaixo da média devido à seca prolongada. Muitos dos agricultores estão preocupados com a escassez de água. Precisamos considerar alternativas para irrigação e talvez importação de grãos para garantir que não haja escassez de alimentos durante o inverno.

    - A abertura de um canal seria possível? Talvez desviando o córrego de nossas terras para tais regiões?

    - Quanto a escassez, temos de aproveitar melhor nosso porto. Estas importações poderiam nos ajudar nesse momento, mas aumentar nossas frotas de pesca também pode ser um caminho.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 17e38010
    - Lorde Yronwood, o comércio com as cidades costeiras está prosperando, especialmente com Pentos e Lys. No entanto, os preços de certas especiarias e sedas aumentaram devido a problemas de transporte. Recomendo que revisemos nossas rotas de comércio e talvez consideremos novas parcerias para garantir que nossos mercadores continuem lucrativos.

    - Estas cidades costeiras poderiam providenciar os grãos necessários para a manutenção da alimentação de nosso povo durante essa seca? Se sim, podemos firmar parcerias voltadas para esse fim durante essa seca. Seria algo excepcional pelo momento. Agora, o que tem sido os ‘’problemas de transporte’’? Piratas? Quanto a novas rotas, o senhor Alan Wood* deve ter deixado um responsável pelas questões marítimas, peço que o consulte, Kayran.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Cb71ef10
    - Meu senhor, os rumores vindos de Dorne falam de movimentações estranhas entre as casas menores. Há intrigas e alianças sendo formadas que podem afetar nossa segurança. Precisamos estar atentos às nossas fronteiras e fortalecer nossos laços com as casas aliadas.

    Sor Raheen fez seu próprio relatório:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 E915f810
    - Lorde Yronwood, a guarda está em alerta máximo. Khalid levou muitos dos soldados, mas temos homens suficientes para defender o castelo. Não temos relatos de ameaças iminentes, mas é prudente aumentar a vigilância com os últimos desenvolvimentos nas casas vizinhas.

    - Muito bem. Vamos garantir que os batedores sigam próximos das divisas territoriais e a infantaria nas proximidades da fortaleza. Na região do Porto, os Navios de Guerra devem estar atentos e preparados também. Quantos soldados ficaram?

    Por fim, Xaros também tomou a palavra

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 C2261410
    - Meu senhor, a lua está em uma fase auspiciosa. Aconselho que adiemos decisões importantes até o momento mais propício. Além disso, os astros indicam uma viagem benéfica para breve, onde poderemos receber bênçãos para o futuro de Paloferro.

    - Ainda não estamos tomando decisões, apenas analisando os cenários possíveis, meu velho Xaros.

    E assim Boros pousou a mão sobre o ombro do homem que já o acompanhava há tantos anos quanto podia lembrar.

    - Tenho certeza que os bons dias voltarão logo, logo…



    *OBS: Alan Wood foi junto na expedição, certo? Se não foi, favor desconsiderar.
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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por thendara_selune Ter maio 28, 2024 12:00 pm

    Gwyneth Yronwood


    Tenha piedade daqueles que não sentem absolutamente nada.



    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 200w.gif?cid=82a1493b06uqv3ugqp6gso9tjg97qhwhxc2dyvwgdnsh4nzr&ep=v1_gifs_related&rid=200w

    Na chegada.



    Xafic Zahi escreveu:Khalid, sorridente, acolheu Gwyn em seus braços e afagou seu cabelo.

    - É bom te ver em casa - a voz transmitia carinho - É bom ver vocês todos em casa - Dessa vez, dirigiu-se especialmente ao pai. Aproximou-se dele e estendeu a mão para ajudá-lo a descer da carruagem. Um sinal de gentileza e cuidado.


    Assenti com um sorriso às palavras dele. "Obrigada, me fará bem." Sorri novamente e completei, "Não fugirei."

    No jantar


    Visual:

    Deixei que continuassem conversando, enquanto me dedicava a provar de tudo um pouco, aproveitando cada prato e bebendo sem pressa. Levantei uma sobrancelha delicada ao ouvir a novidade sobre Raja e depois sobre Quentyn. "Ela sempre se imaginou em um cargo assim, tem as qualidades necessárias para isso." Beberiquei novamente e suspirei. ""Sobre Quentyn Martell: Ele é fechado como uma concha, mas até mesmo as conchas se abrem com o tempo. Deve haver uma maneira interessante de fazê-lo se abrir, e eu encontrarei." Minha voz transparecia a confiança de quem não costumava fugir de desafios; a vida no castelo precisava de tais aventuras para animar uma lady.

    Quando estávamos apenas nós três, Khalid falou de suas pretensões, e nosso pai complementava com perguntas que logo meu meio-irmão respondia.
    "Conflitos vão surgir, nem tudo se resolve militarmente, mas seu intento é de grande valia. Conte comigo para sanar e contornar o que for possível, mas saiba que precisa lapidar-se diplomaticamente." Não havia qualquer censura ou crítica na minha voz. "Enfim, sentirei sua falta, mas é o peso que você deve carregar como herdeiro. É uma maneira de se provar também. Torço para que seus planos se concretizem. Sou péssima em despedidas, então irei vê-lo partir da muralha."

    Levantei-me, despedindo-me dele com um beijo em seu cabelo e, depois, uma mesura diante de nosso pai. "Com vossa licença, vou deitar." Saí dali pensativa; tínhamos apenas Khalid como herdeiro homem. Meu pai não era um velho caquético, mas um homem ainda forte e saudável. Casamentos geram enlaces poderosos, assim como eu buscava um. Talvez fosse hora de apresentar a mesma possibilidade ao meu pai. Uma casa de médio porte poderia ser muito bem-vinda se tivesse recursos militares interessantes. Sem herdeiros homens, do meu ponto de vista, homens sempre têm o instinto ferrenho de liderar, mas, no geral, mesmo em Dorne com toda sua história, uma viúva com filhas ou uma jovem lady de uma casa em busca de alianças poderia ser bem-vinda tanto para meu pai quanto para Khalid. Buscaria então damas com o perfil dado à submissão, tolas e românticas o suficiente para cair na armadilha certa.

    Afinal, meu pai era o Lorde com poder para administrar nossa casa sabiamente, e Khalid dedicava-se ao militarismo. Cabia a mim tecer bem o caminho matrimonial para ambos. Talvez até Brida fosse uma peça interessante nisso tudo. Um Sor forte, com capacidade para liderar, guerrear em nome de sua adorada esposa e, logicamente, em prol de nossa casa. Algumas terras poderiam atrair o sujeito certo. Para isso, o pequeno conselho poderia me auxiliar a descobrir quais damas e cavaleiros poderiam ser os mais acessíveis para meus objetivos. Com o apoio de conselheiros leais e informados, eu poderia mapear cuidadosamente o cenário social e político, identificando aqueles que se encaixassem em nosso plano.

    Mas havia a questão da minha mãe. Meu pai a procurou por alguns anos, até finalmente desistir. Será que, mesmo convertido à fé do Deus Vermelho, ele poderia simplesmente abandonar isso para se casar novamente?

    No dia seguinte

    Roupinhas do quartento:

    Meus olhos lilases, como brasas sob o alvorecer, seguiram a silhueta de Khalid e seus homens até desaparecerem na vastidão do horizonte. O vento matutino sussurrava promessas de aventura e perigo, enquanto as palavras de Brida pairavam no ar como um bálsamo para meu coração inquieto: "Khalid nasceu para isso, minha amiga. O castelo o aprisiona, reprime sua verdadeira essência. Ele estará bem, eu sei."
    Sor Amyr, com sua sabedoria estoica, assentiu em concordância. A resposta dele era previsível, mas eu precisava ouvi-la. Um sorriso maroto se desenhou nos meus lábios. "E quem sabe, quando ele retornar, trará consigo uma bela donzela para desposar? Ou talvez uma história épica de uma conquista gloriosa!" Uma risada maliciosa escapou dos meus lábios.

    Aproximei-me de Amyr com passos felinos, como uma predadora em busca de sua presa. Meus dedos, como garras afiadas, roçaram suavemente sua armadura. "Mas antes que ele volte, tenho um pedido peculiar para você, Sor Amyr. Você me ajudaria em uma missão secreta?"
    Amyr era conhecido por sua rigidez inabalável e devoção inquestionável ao dever. Tentações mundanas não o abalavam, nem mesmo quando Brida e eu nos aventurávamos no rio, revelando nossa beleza natural sob a luz do sol. Uma vez, o peguei me observando de soslaio, mas ele rapidamente desviou o olhar, preferindo a companhia de um pequeno livro de bolso à visão da filha do Lorde em toda sua glória. Ou talvez, a pele bronzeada de Brida o atraísse mais. No fim, ele era um homem na casa dos 27 anos, viúvo, sem filhos ou bastardos pelo que sabíamos. Mas bem-quisto pelas servas da casa, isso era notório.

    Além de ser um guerreiro muito bom e não se amedrontar com nada, notei que ele não sucumbia às minhas provocações. Precisava de um tutor para o meu divertimento, mas já havia descartado Amyr por questões óbvias. Se estava mirando no príncipe, era evidente que não poderia manchar minha reputação só para descobrir como um homem funciona. Já tinha testado algumas coisas com Raja e Brida, coisas bobas, até porque não podia passar a vida sem saber como beijaria um homem. Amigas são para essas coisas também, confiáveis e leais, por isso nos dávamos tão bem. Em retribuição aos longos anos juntas, entre travessuras, sorrisos, medos e inseguranças,criamos um laço forte, respeitando quem somos e nossos momentos. Quero ser influente para protegê-las a todo custo, ou devo torcer para que Khalid consiga fazer isso sem minha ajuda? A pergunta pairou em minha mente até que voltei minha atenção para minha amiga.


    Alexyus escreveu:- Devemos ter esperança e fé. E enquanto ele estiver longe, faremos o que pudermos para manter Paloferro seguro e próspero. A força de nossa casa não está apenas no campo de batalha, mas também na resiliência de quem permanece.


    Respondi a Brida ainda sem me afastar dele, dando-lhe tempo para responder antes mesmo de saber qual seria meu pedido. "Sim, Brida," afirmei com convicção, "devemos manter a fé, a esperança e também os olhos bem abertos para os perigos que espreitam em nossa casa."

    Brida, minha confidente de longa data, era como uma irmã para mim. Segredos, sonhos e desejos eram compartilhados entre nós sem reservas. Até mesmo cogitei a ideia de uni-la a Amyr, mas o olhar apaixonado que ela lançava para Khalid me fez desistir. Já havia perdido Raja para meu meio-irmão e não estava disposta a perder Brida também, não sem ter a certeza de que ele a faria feliz ou até mesmo a desposaria, o que iria contra meus planos iniciais de casá-lo com alguém que tivesse posses, influência e algo a nos oferecer. Mas talvez, por Brida, eu mudaria de planos.

    "Mas voltando ao meu pedido, Sor Amyr," continuei, minha voz assumindo um tom sedutor, "quero saber tudo que Quentyn faz. Com quem ele conversa, com quem se deita e acorda..." Ele já estava comigo há quase quatro anos, então deveria compreender minhas intenções. "Você conhece todas as servas, sabe o que procuro. Escolha uma que eu possa recompensar, alguém leal, astuta e que eu possa controlar. Que ela vigie cada passo dele, com cautela e discrição, sem se expor." Arqueei uma sobrancelha com um ar felino. "Obviamente, não serei eu a questionar uma serva sobre isso, para evitar boatos e fofocas desnecessárias. Mas você, Sor, é um homem e sabe como elas se derretem por você. Portanto, escolha com sabedoria. Preciso saber tudo o que aquele irritante faz..."

    Lembro-me de quando ele chegou, a atenção que ele recebeu do meu pai e de Khalid despertou meu ciúme. Certa vez, tomada por essa fúria, joguei uma pedra nele enquanto ele admirava um cavalo que meu pai lhe deu, um cavalo que deveria ser meu. "Eu te odeio!" gritei com raiva. Minha atitude me rendeu um castigo e um pedido de desculpas ao príncipe. Foi a primeira vez que vi meu pai tão furioso comigo. Passei dias servindo a Quentyn como maneira de reparar meu ato. Humildade, servidão e controle sobre minhas emoções era a lição que meu pai queria me dar. Nem mesmo Khalid conseguiu convencer meu pai a me perdoar sem um castigo. Entreti-o, acompanhei-o, e ele me obrigou a carregar seu arco e flechas por um pedaço do caminho, mas essa memória me deixava aquecida de alguma maneira. No fim, ele ficou com pena de mim e tivemos uma conversa sobre história, aves de rapina e o quanto ele se sentia bem por estar em Paloferro. Passamos a ter uma relação de irmãos, embora quando ele ficou mais velho passou a ser ranzinza, maduro demais e às vezes insondável.

    Mas agora, meu objetivo era fazer Quentyn se apaixonar por mim e garantir um casamento vantajoso. Para isso, precisava saber se ele estava envolvido com outra pessoa e como eram seus dias longe de mim. "Brida, tenho um pedido para você também. Fique mais amiga de Khalid, que se torne uma ouvinte, mas também uma observadora. Quero saber o que ele pensa, sente, o que pretende para o futuro." Dei um sorriso meigo. "Não há más intenções da minha parte, você me conhece, mas me preocupa que ele se entregue demais ao intento de guerra. A visita aos Drinkwater não saiu como pensei, meu pai tem muito que resolver e meu irmão tem uma tendência a pensar em um futuro desenhado através da espada. Quando mandarmos mensagens a ele, você deve faze-lo também entendeu?!" Olhei-a com cumplicidade e prossegui. "Amyr, conto com você. Sabe onde Quentyn está?"

    Após a resposta deles, fiquei sabendo que o ranzinza estava no salão de treino. Caminhei até a cozinha para pegar romãs, laranjas sanguíneas e chá. Um pano bordado por mim serviria ao meu intento travesso, impregnado com o meu perfume, para que ele enxugasse o suor. Ao chegar lá, desci a escadaria que levava a um salão oval grande, com janelas avarandadas que davam para um dos pátios do castelo e uma escadaria circular que levava ao jardim.

    Ele tinha acabado de treinar e parecia olhar uma lança com interesse. Não que ele fosse o maior dos guerreiros, mas com certeza sabia se defender muito bem. "Meu príncipe…" Segurando a bandeja com maestria, meus olhos lilases brilharam ao fitá-lo. "Imagino que esteja com fome ou calor…" Coloquei a bandeja em uma mesinha de canto, já imaginando o olhar indecifrável dele em minha direção.

    Hoje em dia, não tínhamos atritos; eu não era mais a menina travessa que lhe lançou a pedra, mas ele mantinha uma distância segura de mim, e eu dele. Minha escolha de vestuário não foi acidental. Vestia um traje de seda amarela e vermelha, com bordados dourados que lembravam as cores para homenagear sua casa, enquanto meus olhos lilases estavam atentos, destacando minha figura. O decote era sutilmente revelador, o suficiente para provocar, mas não excessivamente ousado. O tecido se movia graciosamente com cada passo, acentuando minha elegância natural. Um toque de perfume floral, suave mas inebriante, completava a preparação.

    "Parece que você está sempre entretido com treinos, estudos e demais coisas. Nunca se diverte…" Meu tom tinha uma gota de sarcasmo fluindo. "Prefere ficar enfornado aqui a passar um tempo com sua irmãzinha de criação…" As formalidades se desvaneceram, e me aproximei servindo chá de limão e folhas de hortelã. "Nem foi me receber quando voltei. Fiquei chateada com isso, seu insensível cruel…" Perto o suficiente para que ele sentisse meu perfume suave, peguei o tecido bordado. "Permita-me…" Se ele deixasse, enxugaria o suor de seu rosto; se não, me afastaria com graça e nem um pouco abalada.





    OFF:  @El Cabron  e  @Xafic Zahi Desculpem a demora, não me prolonguei muito na parte da chegada ou no jantar para não ficarmos voltando a cena, enfim é isso.

    Falas
    Pensamentos ou falas de PJ/NPCs






    Brida sobrinha do Meistre:

    Era Emir, mas postaram"Amir" HAHA então mudei e não tem problema. Quando der muda a imagem dele   @Alexyus  cheers  Cool

    Sor Amir é introvertido, racional e meticuloso.:


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    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Yronwood

    Mensagem por Alexyus Ter Jun 11, 2024 11:32 am

    KHALID

    Com Brida

    - Fiquei curioso sobre seu primo. Qual é o nome dele? Vocês mantêm contato com frequência? É uma pena que ele não esteja em Paloferro, pois poderia fortalecer nosso exército ou ajudar na proteção do castelo e a treinar nossos soldados.

    Brida encolheu os ombros ao responder:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Brida_10
    - Sor Eyvon do Torrentine. Muito raramente recebo uma carta dele, mas ele parece satisfeito em Alto Ermitério...

    Quando Khalid se uniu às canções depois de comer, Brida riu por vários minutos junto com os aldeões, compartilhando cerveja e alegria. Quentyn também bebia cerveja, mas era mais discreto e não cantou com os outros.

    - Você tem um conhecimento impressionante sobre o assunto - Sorriu e pensou por alguns instantes - Sim, eu tenho algumas ideias - Prevendo que a conversa renderia, sentou-se -  Fumaça vermelha indicará um alertar sobre situações de perigo imediato ou exército inimigo próximo. A fumaça laranja, aviso de condições climáticas adversas, como uma tempestade de areia ou outro fenômeno climático. Fumaça amarela, a necessidade de suprimento. Fumaça verde, para transmitir a necessidade da presença de um representante de Paloferro. Fumaça azul indicará que a necessidade anterior foi atendida ou neutralizada e a área está estável novamente. Ainda sobram cores. Certamente pensarei em algo para elas.

    Brida sorriu ao elogio dele e acenou a cabeça para as ideias dele. Ela também tinha bebido, mas ainda tinha o raciocínio afiado:
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Brida_10
    - A preparação alquímica é um processo cuidadoso, mas pode ser feito. Você deve ter em mente que os diferentes tipos de pós precisam ser mantidos sempre secos antes de serem queimados para não alterar suas propriedades. A fumaça deve se manter colorida por uns 20 ou 30 metros de altura antes de se dispersar ou perder a cor. Em linha reta, acho que deve ser visível a uns dois ou três quilômetros, mas se for colocado num local elevado essa distância poderia ser de quase dez quilômetros. Esses cálculos são muito complicados, e eu estou bêbada demais para ser precisa. É melhor chamar o meistre pra isso!


    Dia da Partida

    Meistre Thomas não indicara Brida para acompanhar Khalid, o que não era de surpreender, já que seriam meses passados entre soldados em acampamentos; para a posição, ele designou um de seus aprendizes, Ethon Uller.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig2_j11

    O rapaz não devia ter nem doze anos, mas vinha carregado de pergaminhos, tintas e penas.
    O Jogo dos Tronos - Yronwood - Página 2 Oig2_j11
    - Bom dia, senhor Khalid! Eu estudei as marcações no seu mapa e devo avisá-lo de que há uma falha: a torre de sinalização 2 está situada no meio de uma planície cercada de colinas, e isso não está certo, senhor! A vantagem de ampla visão à distância da torre ficará coberta pelo tamanho das colinas, e mesmo os sinais de fumaça dela podem demorar muito mais para ser vistos ou nem mesmo ser avistados. Creio que o senhor deveria reconsiderar a escolha e mudar o local para uma posição mais elevada.

    A observação arguta do garoto mostrou que Ethon sabia do que estava falando, então a escolha do meistre não devia ter sido tão errada.

    Khalid comeu e confraternizou com os soldados já preparados para marchar e logo se pôs à frente para fazer um discurso.

    À medida que Khalid terminava seu discurso, um silêncio respeitoso dominava o ar. Os soldados, motivados pelas palavras inspiradoras, ergueram seus rostos com renovada determinação. A esperança e o entusiasmo eram visíveis em seus olhos. Murmúrios de aprovação e acenos de cabeça demonstravam que estavam prontos para encarar a missão com coragem.

    Os oficiais, por sua vez, trocavam olhares de entendimento e confiança. Eles sabiam que a liderança de Khalid seria crucial para o sucesso da empreitada. Com expressões resolutas, eles se preparavam para assumir suas responsabilidades, assegurando-se de que seus homens estivessem prontos e bem equipados.

    Khalid partiu à frente do exército, acompanhado por Bennar Bathim e os batedores da casa Yronwood. O dia começou cedo, com o sol mal despontando no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Os batedores, experientes e silenciosos, avançavam de forma coordenada e eficiente, abrindo caminho pela vegetação densa e terrenos acidentados. A um simples gesto de Bennar, os batedores se espalhavam pelo terreno, indo e voltando, cobrindo toda a extensão do terreno à volta. Alguns também voltavam para informar e orientar o batalhão de infantaria e construtores.

    Khalid, usando sua armadura de couro curtido, se sentia mais leve e ágil, adequado para o terreno e a função. Ele observava Bennar e seus homens atentamente, absorvendo suas técnicas de camuflagem, leitura de pegadas e identificação de sinais sutis na paisagem.

    Durante uma pausa ao meio-dia, Bennar apontou para uma trilha quase invisível entre as árvores. 
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    - Veja, Filho do Sanguerreal, essas pegadas indicam que um grupo de viajantes passou por aqui recentemente. A profundidade sugere que carregavam cargas pesadas, possivelmente mercadorias.

    À medida que o dia avançava, o grupo encontrou um local estratégico para acamparem. Bennar explicou a Khalid como escolher um terreno como base: 
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    - Altura para visibilidade, proximidade de água, mas com camuflagem natural para proteção.

    Caminho sugerido por Bennar Bathim:

    BOROS

    Com o Conselho

    - A abertura de um canal seria possível? Talvez desviando o córrego de nossas terras para tais regiões?

    Melantria considerou:
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    - Sim, uma rede de canais alimentada pelo riacho que circunda o castelo poderia ser uma boa forma de irrigação. Daria algum trabalho, mas seria possível.

    Porém, Sor Raheen fez uma observação:
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    - Milorde, o rio já não é profundo em estações normais, mas na estação seca fica ainda mais baixo. Se desviar água dele para as plantações de Vila de Pedra, o rio pode secar. Isso criaria um fosso seco que facilitaria o ataque ao castelo pelo único fronte possível.

    - Quanto a escassez, temos de aproveitar melhor nosso porto. Estas importações poderiam nos ajudar nesse momento, mas aumentar nossas frotas de pesca também pode ser um caminho.

    Melantria concordou:
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    - A pesca seria uma boa solução, mesmo que transportar os pescados para Vila de Pedra leve alguns dias. Mas para ampliar nossa frota pesqueira, precisaríamos ter uma vila de verdade junto ao porto, com uma população que possa operar o trabalho de pesca e transporte.


    - Estas cidades costeiras poderiam providenciar os grãos necessários para a manutenção da alimentação de nosso povo durante essa seca? Se sim, podemos firmar parcerias voltadas para esse fim durante essa seca. Seria algo excepcional pelo momento. Agora, o que tem sido os ‘’problemas de transporte’’? Piratas? Quanto a novas rotas, o senhor Alan Wood* deve ter deixado um responsável pelas questões marítimas, peço que o consulte, Kayran.

    Kayran passou a explicar:
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    - Para uma emergência, podemos comprar grandes carregamentos de comida de lugares mais próximos de nós que as Cidades Livres, tais como Tor, Limoeiros, ou mesmo nas Terras da Tempestade; sairia bem mais barato que importar de Essos. Problemas de transporte são os usuais, piratas, sim, mas também tempestades, navios extraviados, discussões acerca do preço do frete, mercadoria que se estraga na viagem...Oriento os comerciantes do porto a como evitarem esses problemas, mas são incidentes recorrentes. Quanto ao capitão Alan Wood, ele e seus comandados são sem dúvida marinheiros habilidosos em batalha naval, mas receio que não tenham uma boa compreensão de rotas comerciais...

    - Muito bem. Vamos garantir que os batedores sigam próximos das divisas territoriais e a infantaria nas proximidades da fortaleza. Na região do Porto, os Navios de Guerra devem estar atentos e preparados também. Quantos soldados ficaram?

    Sor Raheen respondeu prontamente:
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    - Ainda temos 70 batedores, 30 homens de infantaria e cinquenta ajudantes de ordens. Posso enviar os batedores em revezamento para nossas divisas, mas recomendo que mantenha a infantaria aquartelada no castelo, milorde.

    - Ainda não estamos tomando decisões, apenas analisando os cenários possíveis, meu velho Xaros.

    E assim Boros pousou a mão sobre o ombro do homem que já o acompanhava há tantos anos quanto podia lembrar.

    - Tenho certeza que os bons dias voltarão logo, logo…

    Boros não era ignorante quanto às opiniões de seus conselheiros. Os membros do conselho eram pessoas de estudos em livros, enquanto Sor Raheen e o Nada D'Areia eram homens que confiavam na espada. Tal como o Meistre Thomas, ausente daquela reunião, eles não confiavam nas opiniões intuitivas de Xaros. Também, nenhum deles tinha se convertido à adoração de R'lhor, preferindo continuar a cultuar os Sete Deuses dos ândalos.

    Mas nenhum deles ousou questionar a amizade de Boros com Xaros.


    GWYNETH

    Dia da Partida

    "Mas antes que ele volte, tenho um pedido peculiar para você, Sor Amyr. Você me ajudaria em uma missão secreta?"

    Sor Amyr respondeu, bastante sério:
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    - Eu sirvo a vós e a vossa casa, milady.


    "Mas voltando ao meu pedido, Sor Amyr," continuei, minha voz assumindo um tom sedutor, "quero saber tudo que Quentyn faz. Com quem ele conversa, com quem se deita e acorda..." Ele já estava comigo há quase quatro anos, então deveria compreender minhas intenções. "Você conhece todas as servas, sabe o que procuro. Escolha uma que eu possa recompensar, alguém leal, astuta e que eu possa controlar. Que ela vigie cada passo dele, com cautela e discrição, sem se expor." Arqueei uma sobrancelha com um ar felino. "Obviamente, não serei eu a questionar uma serva sobre isso, para evitar boatos e fofocas desnecessárias. Mas você, Sor, é um homem e sabe como elas se derretem por você. Portanto, escolha com sabedoria. Preciso saber tudo o que aquele irritante faz..."

    Sor Amyr pensou por um breve segundo e respondeu:
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    - Eu mesmo posso responder isso, milady. Sor Quentyn treina, estuda e cumpre suas tarefas com disciplina admirável. Como refém ou protegido, poucos seriam mais bem comportados do que ele. Evidente que se for de vosso desejo, posso pedir relatórios detalhados para os servos e servas que o assistem, mas creio que não encontrará nenhuma indiscrição da parte dele, milady.

    "Brida, tenho um pedido para você também. Fique mais amiga de Khalid, que se torne uma ouvinte, mas também uma observadora. Quero saber o que ele pensa, sente, o que pretende para o futuro." Dei um sorriso meigo. "Não há más intenções da minha parte, você me conhece, mas me preocupa que ele se entregue demais ao intento de guerra. A visita aos Drinkwater não saiu como pensei, meu pai tem muito que resolver e meu irmão tem uma tendência a pensar em um futuro desenhado através da espada. Quando mandarmos mensagens a ele, você deve faze-lo também entendeu?!"

    De início, Brida pareceu não saber como fazer o que Gwyn sugeria, mas quando ela mencionou as cartas, o rosto da jovvem se iluminou e ela sorriu:
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    - Posso fazer isso, Lady Gwyneth. Não é difícil saber o que Lorde Khalid pensa, e a senhora sabe tão bem quanto eu. Ele não faz grande segredo de seus planos.


    Informada por Sor Amyr que Quentyn deveria eestar realizando seus treinos de combate, Gwyn foi ao encontro dele com um plano em mente.

    "Meu príncipe…" Segurando a bandeja com maestria, meus olhos lilases brilharam ao fitá-lo. "Imagino que esteja com fome ou calor…" Coloquei a bandeja em uma mesinha de canto, já imaginando o olhar indecifrável dele em minha direção.

    Apesar de sua vestimenta graciosa e sua inegávvel beleza, Quentyn dispensou a Gwyn o mais breve dos olhares, e corrigiu mecanicamente:
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    - Meu pai é o Príncipe de Dorne, Gwyneth. Aqui eu sou apenas Sor Quentyn, um cavaleiro.

    "Parece que você está sempre entretido com treinos, estudos e demais coisas. Nunca se diverte…" Meu tom tinha uma gota de sarcasmo fluindo. "Prefere ficar enfornado aqui a passar um tempo com sua irmãzinha de criação…" As formalidades se desvaneceram, e me aproximei servindo chá de limão e folhas de hortelã. "Nem foi me receber quando voltei. Fiquei chateada com isso, seu insensível cruel…"

    Quentyn olhou-a com um ar de quem pediaa um polido perdão:
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    - Eu cumpro meus deveres. Não fui recebê-la porque achei que seria um momento em família para Khalid e o senhor seu pai. Não quis atrapalhar.

    Perto o suficiente para que ele sentisse meu perfume suave, peguei o tecido bordado. "Permita-me…" Se ele deixasse, enxugaria o suor de seu rosto;

    O herdeiro Martell pareceu desconcertado com o gesto dela, mas não recuou. Enquanto ela enxugava o suor do rosto dele, Quentyn disse apenas:
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    - Por que está fazendo isso, Gwyneth? Não é da sua natureza agir como uma serva...

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